Survival Instinct escrita por Anieper
Quando me vejo nos teus olhos
Refletida, projetada na retina do teu olho
Fico assim encantada... fascinada!
Inoema Nunes Jahnke
Rick e Daryl passaram o resto do dia e quase à noite inteira correndo. Eles nunca tinham corrido tanto na vida deles. Mas não podiam parar. Tinham que encontra aquele carro, parar e pegar Ally de volta. Eles corriam o máximo que podiam, mas não eram páreos para o carro. Eles o tinham perdido de vista a alguns quilômetros, mas como não tinha nenhuma entrada ou estrada segundaria, eles continuaram. Quando estavam amanhecendo chegaram a uma encruzilhada. Eles olharam para as três ruas mais não tinha como saber para onde eles tinham ido. Não tinha nenhuma pista.
– Para onde? – Rick perguntou sem consegui respira. – Que caminho devemos seguir agora?
– Não sei. – Daryl respondeu olhando em volta. As três ruas eram iguais, não tinha nada que desse uma pista de para onde eles deveriam seguir. – Se as ruas fossem de terra, eu conseguiria te dizer com certeza por onde devemos ir, mas nessas ruas não sei qual seguir.
– Não podemos voltar sem ela. – Rick disse tentado respira. – Não podemos. Eles podem matá-la, estupra-la. Não podemos deixa ela com eles.
– Não temos mais para onde ir, Rick. Eu também não quero desisti, mas não sabemos para onde ir. Não temos para onde ir.
– Você disse que estavam com uniformes policiais. – Rick disse olhando envolta com raiva. – De onde eram?
– Não sei. Eles estavam longe. Eram azuis. – Daryl disse passando a mão na cabeça. – Não sei de onde é. Mas que droga. Não dava para ver direito.
– Estamos a um dia de viagem da igreja. – Rick olhando para frente com a respiração mais calma. – Temos que voltar.
– Rick...
– Não sabemos para onde ir. Não podemos deixar eles sem segurança. Carl e Judith estão lá. Temos que voltar. – Rick disse olhando para baixo. Daryl podia jurar que ele estava chorando. – Temos que voltar. Ally nunca me perdoaria se alguma coisa acontecer com eles.
Sem dizer mais nenhuma palavra, eles deram as costas para as estradas e voltaram a andar em direção a igreja.
Carl estava tentando acalmar Judith, mas não estava tendo muito sucesso. Desde que a mãe tinha sumido, ela não parava quieta. Ela se esticava no colo dele e olhava envolta. Carl sabia que ela estava procurando pela mãe. Ela nunca passou uma noite inteira sem a mãe ao seu lado. Carl olhou pela a igreja e viu todos andando de um lado para o outro. Glenn e Maggie estavam mais afastados de todos e conversavam baixinho. Abraham e Rosita arrumavam as coisas deles para irem embora. Carl passou a mão no rosto da irmã e se sentou com ela no colo e pegou a mamadeira dando um pouco de água para ela.
– Ainda não conseguiu acalmar ela? – Michonne perguntou se sentando ao lado dele.
– Não. Ela nunca passou tanto tempo longe da mãe. – Carl disse olhando para a mulher ao seu lado. – Acho que ela vai ficar assim até a mãe voltar. Ou depois de um tempo vai se acostumar.
– Seu pai e Daryl foram atrás dela, Carl. – Michonne disse sorrindo para ele. – Eles vão encontra ela.
– Eles estavam de carro, não acho que meu pai e Daryl vão conseguir chegar até eles e trazer minha mãe de volta.
– Mesmo com sua mãe te falando tanto em ter esperança e acreditar, você ainda não acredita que eles vão conseguir encontra e trazer ela de volta.
– Sei que eles vão até onde der para ir, mas e se encontrarem mais de uma estrada? Para onde vão seguir? Dois homens não são mais rápidos do que um carro.
– Eu sei. – Michonne disse passando a mão na cabeça da Judith.
– Ei, precisamos conversar com vocês. – Abraham disse olhando para Carl. – Sei que combinamos uma coisa com seu pai, mas precisamos ir.
– Vão levar o ônibus? – Carl perguntou arrumando a irmã no colo.
– Sim. – Abraham se ajoelhou na frente do menino e entregou um mapa para ele. – Quando seu pai chegar, entreguei isso para ele. Aí está o caminho para Washington. Vamos seguir por ele até onde dê, mas mesmo se saímos, vocês vão saber por onde seguir.
– Tudo bem. – Carl disse pegando o mapa. – Assim que meu pai e Daryl voltar, seguiremos vocês.
– Certo. Nós vermos em breve. – Abraham disse antes de se levantar e sair da igreja.
– Vamos com eles. – Glenn disse parando ao lado dele com Maggie ao lado dele. – Falei para seu pai que sentimos muito. E que vamos nós encontra em breve.
– Certo. – Carl disse colocando o mapa ao lado e voltando sua atenção para sua irmã. – Vou falar com ele. Vou falar que vocês esperam pela gente.
Carl se levantou e foi para o escritório do padre e fechou a porta. Ele se deitou no sofá e colocou a irmã em cima dele. Em pouco tempo, ele estava dormindo.
– Carl? – ele escutou uma voz o chamando ao longe. – Carl?
– Hum... – ele disse abrindo os olhos antes de fechar novamente por causa da claridade. – Pai?
– Oi. – Rick disse tirando a filha do colo dele para que ele se sentasse.
– E a mãe?
– Eu não sei. – ele disse se sentando ao lado do filho e olhou para o chão. – Daryl e eu seguimos o máximo que conseguimos, mas paramos em uma encruzilhada. Não sabíamos para onde ir. Para onde seguir. Tentamos. Eu tentei.
– Eu sei, pai. Não o culpo. – Carl disse colocando a mão no braço do pai. – Você é meu herói, pai. Sempre foi e sempre será. Sei que vai ser difícil sem a mãe, mas vamos fazer dá certo.
– Eu sei. – Rick disse olhando para ele. – Vamos fazer dá certo. – ele colocou a mão no bolso e tirou o canivete o bolso. – Escolhemos esse canivete uma semana antes da prisão cair para seu aniversário. – ele entregou o canivete para o filho. – Sua mãe que escolheu. Tem uma foto nossa aí. Ally, Judith, você, eu e o nosso pessoal.
– Obrigado. – Carl disse olhando para o canivete. – Vou levar sempre comigo.
– Sua mãe tinha muito orgulho de você, filho. Ela faria qualquer coisa por você e Judith. Assim como por qualquer pessoa desse grupo. – Rick balançou a filha no colo e beijou a testa dela. – Vamos ficar bem e juntos. Somos uma família. Sempre seremos.
– Eu sei, pai. – Carl disse pegando a mão da irmã. – Somos uma família e temos que proteger Judith, não importa o que tivemos que fazer.
– Eu sei, filho. Vamos matar qualquer um que tentar machucar sua irmã.
– Eu acho que o senhor fez a coisa certa ao matar aquelas pessoas. Eles matariam outras. Isso se não voltassem atrás da gente. Maggie e Glenn foram embora por que não entendiam isso. Eles me pedirem para falar que estarão esperando pela gente. Abraham me deu um mapa. Está no primeiro banco lá na igreja.
– Michonne me entregou ele. – Rick se esticou e pegou o mapa entregando Judith para o irmão. Quando abriu viu que Abraham tinha marcado o caminho e tinha escrito uma frase.
Me desculpa. Fui um idiota, mas espero que venha para Washington. Esse novo mundo precisa de Rick Grimes.
– Vamos atrás deles? – Carl perguntou olhando para o pai.
– Vamos. Mas antes tenho que passar em um lugar com Daryl. – Rick disse passando a mão na cabeça da filha. – Voltamos antes do amanhecer e partiremos amanhã.
– Tudo bem. – Carl pegou a irmã e saiu do escritório.
Rick olhou para o mapa e pegou sua arma saindo so escritório. Daryl estava esperando por ele na porta. Rick olhou para os filhos que estavam com Michonne e Carol.
– Vamos ir a uma loja de arma que passamos quando estávamos voltando. Tem algumas coisas lá, mas estávamos sem silenciador e apenas com a besta e facas não íamos conseguir matar todos. Vamos voltar lá e pegar tudo o que podermos.
– Quer que eu vá com vocês? – Carol perguntou olhando para os dois.
– Fique aqui com as crianças. – Daryl disse olhando para ela. – Não vamos demorar muito.
Os dois saíram juntos e deixaram os outros para trás. Rick e Daryl foram em silêncio. Eles estavam cansados de passarem a noite correndo, mas mesmo assim tinham que pegar aquelas balas. Eles não tinham muita munição e cada bala era preciosa. Rick não conseguia parar de pensar na esposa. Eles tinham se encontrado depois de Terminus e ficaram apenas duas semanas juntos antes de sequestraram ela. Mesmo sem saber para onde ela foi, depois de levar Carl e Judith para um lugar seguro, ele iria atrás daquele carro. Ele iria seguir aqueles desgraçado até o inferno. E os matariam.
– Vamos entrar e sair atirando? – Daryl perguntou quando eles pararam na frente da loja.
– É. – Rick respondeu olhando para o nada. – Vamos matar.
– Não foi sua culpa. – Daryl disse arrumando a arma. – Sabe disso, não sabe?
– Eu deveria estar com ela. Deveria proteger ela. Falhei mais uma vez. Mas eu te juro, Daryl, assim que meus filhos estiverem em segurança, eu vou atrás deles e vou pegar minha mulher de volta. E acho bom, que eles não a machuquem, por que a morte deles será pior.
– Estou com você. Assim que chegarmos em Washington e tivemos certeza que todos estão em segurança, conseguimos carros e munições, vamos atrás daqueles idiotas e vamos matar todos. Ninguém mexe com a branquela e fica viva.
Eles não falaram mais nada, apenas entraram dentro da loja de arma.
Carl estava deitado no chão da igreja olhando para cima. Ele estava com o canivete que tinha ganhado do pai na mão e pensava na mãe. Judith tinha dormido depois de Michonne passar uma hora andando de um lado para o outro com ela no colo e agora, Lizzie e Mika estavam dormindo perto dela.
– Vai ficar aí a noite toda? – Mike perguntou se deitando ao lado dele.
– Vou.
– Eu sinto muito pela a Ally. Ela me salvou duas vezes quando tinham walkers e tivemos que sair da nossas casas. Eu queria te feito o mesmo por ela.
– Ela disse que você salvou a Judith. Que você ficou com ela e as meninas ficaram na prisão com minha irmã. Acredite Mike, isso para ela valeu mais se você salvar ela mil vezes. O mesmo vale para mim e para meu pai. Judith é o que mais importa para a gente. Ela é a prioridade.
– A minha também. Acho que a de todos do grupo. – Mike disse rindo. – Eu vejo até meu pai cuidando dela. E papai não é uma pessoa muito fã de criança.
– Ainda acho estranho você chamar Daryl de pai. – Carl disse olhando para a foto da mãe. – Mas ele parece se importa com isso.
– Ele é legal. Me enzinou a usar a besta. Certo, eu ainda não consigo segurar ela direito. Mas é apenas um questão de tempo. – ele disse olhando para o nada.
– Meninos venham. – Carol chamou da porta do escritório. – Vocês tem que dormi.
Os dois levantaram e foram para onde os outros estavam. Eles deitaram no chão e ficaram em silêncio. Amy estava deitada com Edwin no canto. Carol e Michonne estavam sentados lado a lado conversando. Laica e Poseidon estava sentados olhando para a porta com as orelhas baixas e tristes. Sasha e Tyreese estavam no outro canto dormindo.
– Cadê o padre? – Carl perguntou olhando em volta.
– Não sei. – Michonne disse olhando envolta. – Faz tempo que não o vejo.
– Socorro. Me ajudem. – eles escutaram Gabriel gritando. – Eles estão atrás de mim.
Eles se levantaram rapidamente e correram para a porta. Michonne pegou a espada dela e passou pelas crianças e abriu a porta. Gabriel entrou com alguns walkers atrás dele.
– Vamos. Para trás. – Michonne disse olhando para os mortos. – Para o escritório.
Eles correram para o escritórios e começaram a empurrar a porta.
– Ali. Foi por onde eu sair. Peguem o bebê e as crianças e vão. – o padre disse mostrando a saída lateral. – Vocês vão para os fundos da igreja, é a nossa única chance.
Carl correu até a irmã, apegou no colo e abriu. Ele deixou os cachorros passarem primeiro, saiu logo depois com Mike, Mika e Lizzie atrás dele. Em pouco tempo os outros saíram atrás deles. Assim que Carl saiu, viu Laica e Poseidon em cima de dois walkers. Mike pegou a faca e matou os dois.
– Eu não consigo correr mais. – Gabriel disse olhando para Michonne que tinha ajudado ele a se levantar.
– Não vamos correr. – ela respondeu.
Enquanto, Sasha Tyreese Amy cuidavam das crianças, Carl e os outros foram para a frente da igreja. Eles fecharam a porta e mataram os walkers que estavam presos. Depois disse eles foram para a cerca e ficaram ali parados. Carl pegou a mochila onde a irmã estava e a colocou em suas costas.
– Onde você foi? – Michonne perguntou olhando para o padre.
– Para a escola. Tinha que ver, tinha que saber. – ele respondeu. – Eu queria ver se Rick estava certo. E ele estava. Se não fossem eles, seriam a gente.
– Meu pai não matar por matar. – Carl disse olhando para ele. – Eles eram canibais. Matavam pessoas e as comiam. Eles prometiam um santuário e quando as pessoas iam para lá, eram trancadas em vagões e depois mortos. Meu pai fez a coisa certa.
Nessa hora os walkers conseguiram empurrar uma das madeiras que eles tinham colocado na porta.
– Temos que ir. – Carol disse.
– Para onde? – Mika perguntou pegando sua arma com os outros.
– Não vamos sair daqui sem meu pai. – Carl disse olhando para eles.
– Carl, aqui não é seguro. – Tyreese disse.
– Acabei de perde minha mãe. Não vou sem meu pai. – ele disse firme. – Ele e Daryl foram para uma loja de arma aqui perto. Se formos para algum lugar, vamos para lá atras deles. Nessa hora um caminhão de bombeiro veio pela a estrada e parou na frente da porta. Abraham desceu, junto com Maggie e Glenn.
– Vocês estão bem? – Maggie perguntou abraçando Michonne.
– Estamos. – Michonne respondeu sorrindo. – Vocês voltaram.
– Eugene mentiu. Eles não sabe a cura. – Glenn respondeu depois de olhar para Abraham. – Rick e Daryl ainda não voltaram?
– Eles foram em uma loja de arma, aqui perto. – Carl respondeu. – Perderam a pista em uma encruzilhada.
– Eu sinto muito. – Maggie disse abraçando o menino.
– Eu também. – Carl respondeu do mesmo modo que o pai respondia desde que saíram da prisão e perguntavam sobre a mãe.
– Vamos atrás deles e vamos ver o que Rick quer fazer. – Abraham disse olhando para o caminhão.
– Que direção temos que seguir? – Rosita perguntou.
– Aquela. – Carol apontou. – Eu vi quando eles foram.
– Certo. Entrem no caminhão.
Depois que todos estavam sentados e preparados para parti, Abraham ligou o caminhão e eles seguiram atras de Daryl e Rick.
– O que aconteceu? – Rick perguntou assim que o caminhão parou por eles na estrada. – Carl, Judith?
– Estamos bem, pai. – Carl disse descendo do caminhão e indo até o pai. – Estamos bem.
– A igreja foi tomada. – Edwin disse. – Quando estávamos vindo para cá eles chegaram, Eugene não sabe a cura.
– Washington não é a resposta. – Abraham falou.
– Edwin? – Rick perguntou.
– Ainda tenho minhas pesquisas. Eles tem um CCD lá, ele não é como o de Atlânta. Se ninguém acionou a alto destruição, posso continuar com o que tenho. E posso saber sobre a Judith. Temos cinquenta por cento de chance.
– Do que estão falando? – Rosita perguntou.
– Vamos para Washington. – Rick disse sem ligar para ela. – Vamos atrás do CCD.
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