Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 47
Capítulo 47




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Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Gandhi

Ally pegou a filha e foi em direção ao banheiro. Quando chegou lá tinha bastante pessoas. Ela olhou para o lado e viu que estava lotado. Ela saiu do bloco B e foi para o C.

– Ei, onde vai? – Daryl perguntou quando a viu indo em direção a saia.

– Bloco C. Preciso usar o banheiro.

– Quer que eu fique com ela?

– Claro. – Ally entregou a filha para Daryl que a pegou e jogou para cima. – Não faça isso. Ela acabou de comer. Vou logo antes que Rick venha atrás de mim

Rick odiava quando ela fazia isso. Falava que quando estava procurando por ela nunca encontrava. Mas ela estava apertada, e não conseguia ir ao banheiro com muito barulho em sua volta. Sempre achava que alguém ia entra ou ficar olhando para ela. Ally entrou no bloco e foi direto para o banheiro. Ela usou o banheiro rapidamente, lavou as mãos e estava quase saindo do banheiro quando viu sangue no chão. Ela não sabia de quem era, mas isso não podia ser bom. Ela resolveu ir atrás de Rick e Hershel. Quando estava passando pela porta do pavilhão de C quando Mika a chamou.

– Será que posso falar com você rapidinho? – a menina perguntou.

– Claro. – Ally entrou no bloco de cela e foi até aonde a menina estava. – O que foi?

– Ontem estávamos dando nomes para os walkers. Foi ideia minha por que vi um deles com um crachá. Carl chegou lá e disse que não éramos para fazer aquilo por que eles estão mortos. Ele e Lizzie começaram há discuti, mas depois saímos. Por que Carl é assim? Estávamos apenas dando nome.

– Querida, quando damos nome a uma coisa, começamos a gosta dessa coisa. Ter sentimentos por ela. Aquelas coisas lá fora, são mortos, são monstros. Se começamos a esquecer o perigo que eles nós oferece, vamos morrer. Se não tivemos a certeza que eles nos matariam se tivessem a chance, vamos acabar morrendo. Carl não disse por mal. Mas ele já viu do que aquelas coisas são capazes de fazer. Não fique triste com isso. Certo?

– Sim. Obrigada. – ela disse sorrindo. – Antes que me esqueça, papai disse que as sementes que Rick queria, estão na última cela.

– Obrigada. Vou lá pegar. – Ally sorriu uma última vez para menina que saiu do bloco de cela.

Ally foi andando em direção a cela e viu algumas sacolas em cima da cama. Ally pegou as sacolas e estava quase saindo da cela quando escutou um gemido atrás dela. Ao se virar viu um walker entrando pela porta e indo até ela. Ally deu um grito e dois passos para trás. Ela olhou em volta procurando alguma coisa para se defender, mas não encontrou nada. Ela chutou ele e o afastou dela. Sem ter como se defender, ela se preparou para matar ele com as mãos. Ela pegou o walker pelos cabelos e acertou a cabeça dele contra a parede.

– Saiam. – ela escutou alguém grita e o som de tiros. Nessa hora mais walkers entraram pela porta.

Os walkers pegaram os braços dela e tentaram morde-la.

– Saiam daqui. Vamos, todos corram. – Ally escutou a voz de Rick. – Foi mordido?

– Vamos. – Daryl gritou.

– Rick. – Ally gritou o mais auto que pode, e tentou se solta quando viu o outro voltando a se levantar.

A única coisa que se passava pela cabeça dela era os filhos. Ela puxou o braço com força e conseguiu afasta outro o outro e esmagou a cabeça dele na parede.

– Rick. – ela gritou quando viu o outro se aproximar dela.

Usando toda sua força conseguiu se virar. Ela sentiu a respiração de um dos walkers no seu pescoço. Ela pensou que foi o fim quando escutou três tiros e sentiu sangue escorrer na sua costas. Ela levantou a cabeça e viu Rick parado na porta com uma arma na mão. Ele entrou rapidamente e passou pelos corpos e abraçou a esposa.

– Oh, Deus. Eu pensei que era o fim. – ela disse fechando os olhos e escondendo o rosto no peito dele.

– Tenho que ajudar os outros. Você está bem?

– Estou. Vou com você.

Eles mataram os que tinham se transformado e estavam na parte de cima. Ally foi ajudar a cuidar dos feridos. Ninguém precisou ser amputado, já que as mordidas tinham sido em lugares que não dava para corda. Mas alguns tinham se machucado na correria. Como desde que o pessoal da prisão foi para lá, Rick não queria nenhum deles, ou seja, os Grimes, com armas. Ela passou mais tempo com Hershel e aprendeu mais sobre medicina. Ela estava terminando um curativo quando Rick a chamou e eles saíram do bloco de celas.

– Hershel, Edwin e Bob acham que é uma doença. Dois foram encontrados do mesmo modo. – ele falou para Ally. – Vamos manter todos separados por enquanto. Edwin e o dr S estão examinado os corpos.

– Deus, Judith. – Ally disse pensando que agora não poderia chegar perto da filha. – Como vou cuidar dela sem coloca-la em risco? Não vou poder cuida da minha filha. Se soubesse disso não teria vindo para cá.

– Ally, se acalma. Não tinha como saber. Vai ficar tudo bem.

– Eu preciso sair daqui. – ela disse começando a senti dificuldade para respirar. – Não consigo respirar.

Os dois saíram dali e viram Carl e Maggie ajudarem Michonne a caminhar. Carl correu até eles e abraçou os dois.

– Carl, não. – Rick disse se afastando do filho.

Ally se sentou no chão e começou a respirar devagar enquanto Rick explicava as coisas para o filho. A única coisa que pensava era na filha. Ela não deveria ter saído do bloco de celas deles.

– Você está bem? – Rick perguntou se ajoelhando na frente dela.

– Estou. Apenas um pequeno ataque de pânico. – disse olhando para ele. – Não precisa se preocupar com nada.

– Venha. – Rick ajudou ela a se levantar e pegou uma blusa limpa para ela. Ally se trocou e se afastou do marido. – Eu vou ajudar Daryl. Você está bem?

– Sim. Acho que você deve saber, Edwin me fez tomar uma injeção para gripe duas semanas atrás quando fui com ele e Daryl atrás de remédios para as crianças. Ele disse que por causa do clima na prisão e do ambiente fechado era melhor me preveni, por causa da bronquite. Ele não pensou que mais pessoas fosse precisar e como estava quase vencidas e não temos o local certo para conserva-las, decidiu não trazer.

– Fico mais tranquilo. Não quero você doente. Acho que depois de tomar um bom banho, se limpar bem, pode volta para o bloco B.

– Eu também não quero você doente. Vou falar com Hershel e ver o que ele acha. Daryl precisa de ajuda.

– Certo.

Rick se afastou dela e foi até aonde Daryl estava. Ally suspirou e olhou para as cercas. Ela estava tensa, mas mesmo assim tentou se acalmar. Ela queria ver a filha, mas sabia que era melhor ficar longe. Ela ficou um tempo assim, até que ela viu as cercas começarem a entorta e um grupo grande saindo da floresta.

– Merda. – ela disse e correu para o portão.

– Rick. Daryl. As cercas. – ela gritou o mais auto que pode e correu para a cerca.

Ela pegou um pé de cabra e correu mais rápido. Quando chegou onde a cerca estava torta começou a matar. Logo Maggie, Sasha Tyreese, Glenn, Rick e Daryl estava ajudando ela.

– O barulho atraiu mais. – ela disse acertando o máximo que podia.

Ela olhou para Rick que olhava para o ferro em sua mão, hesitante. Ela teve vontade de gritar com ele, mas sabia que o marido precisa decidi aquilo por si só. Ele achava que por usar armas colocou na cabeça de Carl que para se defender tem que matar pessoas, mesmo se ela aparentemente não oferece perigo. Quando viu Rick acerta o primeiro walker, ela sorriu e passou a matar com mais vontade.

– Vocês viram isso? – Sasha perguntou olhando para o chão. – Estão alimentando essas coisas?

– Depois vemos isso. – Glenn disse apontando para a cerca. – Temos problemas maiores agora para nós preocupar.

– Está cedendo. – Rick gritou jogando seu ferro no chão e forçando o corpo na grade.

Eles pararam de matar e passaram a apoiar o corpo na cera, tentando força para o outro lado.

– Esperem se afastem. – Daryl disse. – Temos que tirar eles daí.

– Daryl, pegue o jipe. Eu sei o que fazer. – Rick disse e passou pela a esposa.

Ally ficou olhando os dois se afastarem e saírem. Ela pegou o ferro que Rick usava e passou a matar walkers com Glenn e Sasha enquanto Tyreese e Maggie foram abri o portão. Ela viu quando Rick pegou o primeiro porco e o cortou o soltando. Na hora, ela e os outros pararam de matar e pegaram as madeiras que estava ali. Quando eles terminaram foram até o outro lado. Assim que chegaram lá, Hershel esperava por eles.

– Vamos manter todos que apresentam sinal da doença no bloco A. Temos poucos remédios, e não sei bem como agi daqui para a frente sem colocar todos em estado de pânico, mas vamos ficar bem. – ele disse olhando para os três. – Tudo bem por aqui?

– Sim. – Glenn respondeu. – Já controlamos tudo.

Nessa hora, Maggie abriu o portão e Daryl entrou. Rick desceu e olhou para Edwin.

– Temos que conversar. Eu, você e Ally. – ele olhou para a esposa que estava com os braços cruzados olhando para frente. – Vou apenas cuida de onde ficavam os porcos e tirar essa roupa. Preciso de um tempo.

– Tudo bem.

Ally se afastou deles e se sentou onde ninguém poderia ver ela. Estava se controlando para não entra no bloco B e pegar a filha. Ela ficou assim por algumas horas, até que Rick e Hershel.

– Conversei com Edwin. – Rick disse se ajoelhando na frente dela. Ele estava sem blusa e com o rosto sujo de sangue. – Ele disse que não acha que você corre perigo de estar doente. Tome um banho e pode ir pegar Judith.

– Serio? – ela perguntou olhando de um para o outro.

– Sim. – ele disse sorrindo. – Cuide dela para mim?

– Claro. – ela disse e olhou para o marido. – Quanto tempo vai ficar aqui fora com Carl?

– Vou manter ele e Carl aqui por algumas horas. Não precisa se preocupar. Se não sentirem nada, podem ir para o bloco amanhã. Não ficaram muito tempo lá. E Carl apenas teve um rápido contado com Rick.

– Mas Patrick estava doente. Ele foi um dos mortos.

– Não acho que Carl corra perigo. Ele é forte.

Ally assentiu com a cabeça e se levantou. Ela pegou uma roupa no varal e foi até o bloco A. Apesar de ter água, era fria, mas isso não importava para ela. Queria apenas está com a filha. Ela tomou um banho demorado e lavou bem o cabelo. Ela estava tentando esfregar as costas quando Rick entrou. Ele tirou as botas e a calça. Depois entrou de baixo do chuveiro com a esposa. Ele esfregou as costas dela. Ele a limpou o máximo que pode, apesar de não ter mais sangue, ele continuou esfregando. Eles terminaram o banho e foram se trocar. Ally estava penteando os cabelos de costas para Rick quando ele se aproximou.

– Tudo ficará bem. – ele disse a virando de frente para ele. – Não se preocupe. Amanhã cedo, se não senti nada estarei com vocês. Carl também.

– Certo. – ela olhou para o rosto dele. – É errado eu querer chorar por te que ficar longe de vocês dois por uma noite?

– Não, amor. Está tudo bem. Estou feliz que tenha tomado aquela vacina. Você poderá cuida de Judith. Devolvi a arma para Carl. Quero que pegue uma também e fique atenta. O pessoal do bloco C não chegaram perto de vocês, mas mesmo assim não podemos ariscar.

– Tudo bem. – Ally pegou a arma que ele esticava para ela e o beijou rapidamente antes de sair dali e deixar ele sozinho.

Ela parou e piscou algumas vezes para afastar as lágrimas, antes de voltar a andar. Quando ela saiu do bloco A viu algumas pessoas olhando para ela, mas seguiu em frente e entrou no bloco B. Assim que atravessou a porta pode escutar o choro da filha. Desceu as escadas correndo e foi para lá. Beth estava com a menina no colo e cantava para tentar acalmar a bebê que estava inquieta. Judith levantou o rosto e viu a mãe, logo ela começou a se esticar para ela.

– Venha, amor. – Ally disse pegando a filha no colo.

– Ainda bem que veio. Ela estava ficando louca. – Beth disse sorrindo para ela. – Ela não gosta de passar muito tempo longe você.

– Desculpa, amor. A mamãe estava ajudando pessoas. – ela disse apertando delicadamente o corpo da filha contra o seu.

– Como estão as coisas lá fora?

– Um caos. – ela olhou para Michonne que estava descendo as escadas. – Como está o pé?

– Bem. Como faz isso? A dez segundos ela estava quase deixando todo mundo aqui ficando surdo.

– Ela sabe que vou cantar para ela. – Ally sorriu para a filha. – Não é, amor?

– Já escutei você cantando, mas não sei por que ela gosta tanto assim. Não me leve a mal, sua voz é bonita, mas mesmo assim. – Michonne de sentou e olhou para ela.

– Costumava cantar para ela durante a gravidez. – ela se sentou ao lado da mulher. – Ela pegou esse costume de lá. Mas não é a minha voz, e sim a música.

Ally arrumou a filha no colo e começou a cantar baixinho e calmamente.

Não tenha medo, pare de chorar
Me dê a mão, venha cá
Vou proteger-te de todo mal
Não há razão pra chorar

No seu olhar eu posso ver
A força pra lutar e pra vencer
O amor nos une para sempre
Não há razão pra chorar

Pois no meu coração
Você vai sempre estar
O meu amor contigo vai seguir
No meu coração, aonde quer que eu vá
Você vai sempre estar aqui

– Onde estão os outros? – Beth perguntou quando viu que Judith já tinha dormido.

– Todos os que seu pai acha que correm perigo de estarem doente dormirão fora hoje. No bloco D, por essa noite. Depois vamos ver o que fazer, ainda não sabemos.

Beth fez que sim com a cabeça e se afastou delas.

– O que foi? Por que está com essa cara? – ela perguntou para Michonne.

– Eles não querem que eu vá atrás daquele filha da puta. – disse olhando para a menina que segurava a blusa da mãe, dormindo. – Parece que esqueceram o que ele fez.

– Eles não esqueceram. Eles estão preocupados com você. – ela disse pegando a mão da filha e olhou para ela. – Acho que eles vão sair em busca de remédios. Se forem, você vai com eles?

– Sim.

– Vou ajuda a preparar as coisas. Espere que vou colocar ela no berço e já volto.

Ally se levantou e foi para a sua cela, depois de colocar a filha no berço e foi na cela que Michonne estava. Ally tinha lavado as roupas de Michonne e sempre separava algumas coisas para ela. Elas conversaram enquanto arrumava as coisas. Michonne não era de falar muito, mas Ally tinha o dom de fazer qualquer pessoa falar mais do que devia.

– E você? Como andam as coisas por aqui?

– Acho que bem. Não converso muito com o pessoal do conselho, tento ficar longe. Rick ainda se recusava a usar armas, mas depois de hoje acha melhor voltamos aos velhos costumes e Carl ainda não está feliz com tantas crianças pegando no pé dele.

– Ele é jovem. Passou por muita coisa.

– Eu sei. Tento deixar ele o mais souto que posso, mas não posso passar por cima das ordens de Rick.

– Você é uma ótima mãe. – ela disse olhando para ela com um olhar distante.

A conversa acabou ali e logo ela tinham arrumado tudo. Depois de dá um leve aperto no ombro de Michonne, Ally foi para a sua cela e ficou ali dentro olhando para a filha. Ally suspirou e pegou a filha e foi costurar as roupas de Rick e Carl. Afinal, ela tinha que ocupar a cabeça com outra coisa.


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