Lovebug escrita por JAG


Capítulo 2
Um plano perfeito


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente! Mais um cap pra vcs! Espero que gostem....



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Acordei com o Sol esquentando meu rosto. Merda, esqueci de fechar a janela ontem a noite. Já me encolho pensando nos tipos de insetos que podem ter entrado no meu quarto enquanto eu estava dormindo. Mas isso não vai me incomodar, hoje tem tudo para ser um dia fantástico. Sim, sim, sim. Hoje é meu aniversário. Pra ser sincera, odeio aniversários, eles só representam o quanto mais eu fico velha e o quanto eu vivi uma vida sem graça e sem sentido. Esse é meu aniversário de 18 anos e só me anima porque eu sei que eu vou ter um pouco de liberdade, mesmo por pouco tempo até eu me prender a um marido.

Meu celular toca e eu atendo no terceiro toque. É um holograma da Olive, minha melhor amiga. Ou melhor, minha única amiga, mas isso não vem ao caso. Ela estava toda eufórica dizendo que teria uma inauguração de uma boate e que minha presença é obrigatória. Ok né, melhor do que ficar em casa.

Dês dos meus quinze anos, armei um plano. Sou muito observadora, estou a um tempo percebendo algumas brechas no sistema que eu posso me aproveitar delas. Os guardas noturnos estão sempre muito avoados, preferindo fazer qualquer coisa que não seja ficar no seu devido posto. Muitas pessoas, as mais ricas, devo ressaltar, estão se recusando a usar o uniforme e muitos governantes estão deixando isso passar em branco. Daqui quinze dias os agentes virão me visitar para me dar todas as informações de como proceder com a minha vida, como se eu já não soubesse. Depois da saída deles, eu fugirei. Já tenho um barco e um remo me esperando e eu irei descobrir o mundo.

Estava me arrumando. Confesso que não vesti a roupa mais comportada que tenho mas, ah, hoje eu quero me divertir. Olive já está livre das regras rígidas da creche há muito mais tempo que eu, então ela já arrumou sue próprio aerocarro. Esse modelo é eficiente, mas só transferiu o trânsito do asfalto para o céu. Ela combinou de passar aqui meia hora atrás e até agora nada. Já estava ficando impaciente quando ela chegou, aparentemente com um novo namorado. Olive realmente é muito adepta ao sistema em questão á arrumar um marido, porém se recusa a deixar o governo escolher por ela, então ela vai experimentando. Já se passaram góticos, românticos, indiferentes, alternativos, roqueiros, falantes, mudos, engraçados, populares e nerds. Chega até ser engraçado, cada final de semana ela está com um. Já eu, há. Parece que eu sou repelente em quesito namoro. Já fiquei com uns meninos assim em balada, daqueles que nem o nome eu sabia, mas nada mais além disso.

– Elisaaaaaaaaa, como você ta se sentindo? Não se faz dezoito todos os dias hein... Ah, a propósito, esse é o Jered.

– E ai Elisa – diz Jered sem ao menos olhar na minha cara. Enquanto sentava no banco traseiro respondi:

–Ah, ta sendo ótimo até agora Oli, mas sei lá, ainda estou me recompondo de ter conseguido sair daquele inferno. Preciso arrumar um emprego também, conseguir pagar essa casa, preciso também... – comentei desanimando a cada tópico.

–Na na ni na não, nada disso hoje Eli, hoje vamos nos divertir! Você vai adorar essa boate, o dono é amigo daquele meu ex, o... Ah, você sabe qual é. Acho que ele pode até ter estado com você na creche ami, ele não saiu a muito tempo e... – Oli começou a tagarelar e eu desliguei.

Acho que ela vai ser a única pessoa que eu vou sentir falta de verdade, a única pessoa que alegrava meus piores dias e que sempre me ajudou com tudo. Ela foi como uma irmã que eu nunca tive. Espero um dia poder retribuir tudo o que ela fez e faz por mim.

Chegamos a tal boate. A entrada era bem chique assim, luzes coloridas, seguranças, limusine na porta, descendo mais e mais gente de todos os tipos, cores e cores, perucas e mais perucas. Até me impressiono como a vida a noite é diferente da de dia, parece que de noite as pessoas têm liberdade de ser como são, sem esse uniforme ridículo e o corte de cabelo igual. Parece que saímos um pouco da uniformidade. Estava encantada, nunca tinha visto nada parecido. Na verdade nunca tive chance de ver algo parecido pelos meus intermináveis anos de creche, como vocês já devem ter percebido.

Musicas com letras sem sentidos eram tocadas em um volume tão alto que tremiam o chão. Pessoas mexiam seu corpo de uma maneira estranha para mim, como se estivessem se deliciando única e exclusivamente pelo tempo passado lá. Algumas dançavam de maneira mais sensual outras estavam aproveitando para elas mesmas, um ambiente que eu me sentia totalmente deslocada.

Olhei para o lado e vi Olive se pegando na parede com o novo namorado que eu já esqueci o nome. Nem precisava lembrar, é capaz dela terminar com ele amanhã mesmo. Bem, estou sozinha. Avistei um banquinho e logo pensei: vai ser lá que eu vou passar o resto da noite. Enquanto andava um cara me pegou pela cintura e foi logo me beijando, e eu meio que deixei. Ele até que beijava bem, mas não queria ficar nessa situação por muito tempo, beijando um menino que eu não faço a menor ideia de quem seja. Quando ele se afastou, olhei em seus olhos e puta que pariu, fudeu a porra toda agora. Separei-me dele ao mesmo tempo em que ele me reconheceu.

– Elisa... – começou, mas eu me virei e corri. Corri para fora dessa boate, o mais rápido que eu conseguia, tentando limpar as lágrimas do rosto enquanto lembrava desse homem que um dia fez parte da minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai???? Bom como bem casado ou ruim como bem falecido? ahhah, comentemmmmm meu povo, quero saber o que vocês acharam... Juro que sou legal ahhaha Até o próximo ;)



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