Apenas Um Olhar escrita por Mi Freire


Capítulo 21
Coincidência ou... Destino?




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Na manhã seguinte, durante o meu café-da-manhã no refeitório, Marta me procurou para dar um recado.

— Telefone para você.

Um pouco apreensiva, peguei o aparelho e ela fez questão de me levar para outro lugar, para que eu atendesse a ligação com mais privacidade.

— Filha? – era minha mãe, que alivio. — Os gêmeos querem falar com você. Espera aí... Vou passar para eles.

O primeiro a falar foi o Vinicius.

— Oi, mamãe. Você tá bem?

— Sim, meu amor. A mamãe tá ótima!

Conversamos por rápidos minutos. Perguntei a ele o que estava fazendo e se estava gostando de ficar na casa da vovó.

— Mãe, onde você tá? – o Gustavo perguntou, após eu me despedir do Vinicius, o mais velho.

— Filho, a mamãe está no médico. – tentei explicar, mas sem entrar em muitos detalhes.

Deve ser muito difícil para uma criança entender certas coisas.

— Estamos com saudade! – disse ele, um pouco antes de finalizar a lição.

Depois disso, eu fiquei muito chorosa. Até perdi o apetite. Pedi a Marta que me levasse de volta ao quarto.

— Olá! – Rodrigo entregou o quarto, me pegando totalmente desprevenida. Rapidamente tentei esconder as lágrimas.

Ele se aproximou com um novo livro em mãos.

— Ei, o que foi? Você não está chorando, ou está?

Não esperava que ele se aproximasse tanto, nem que tocasse o meu rosto com tanta leveza e carinho com a ponta dos dedos só para secar minhas lágrimas. Não consegui olhar para ele.

— Não quero te ver triste assim. – ele se afastou, voltando a sorrir. Senti um tremor na barriga. — Olha, eu trouxe um livro para você. Ele está um pouco velhinho, mas é um presente.

Sequei os últimos vestígios de que estava chorando e sorri para ele, agradecida.

Rodrigo não perguntou o porquê de eu estar chorando, mas percebi que ele fazia um grande esforço para me distrair e me animar, contanto histórias engraçadas sobre alguns pacientes.

Naquela tarde, preferi almoçar no quarto mesmo. Ainda me sentia tristinha. Além do mais, o céu tinha fechado de repente. Parecia que iria chover a qualquer momento. Por falta do que fazer e sem a companhia do Rodrigo, que estava ocupado por aí, eu acabei adormecendo pelo resto da tarde.

De fato, choveu. Acordei assustada com o barulho na clínica. Mas não foi uma chuvinha qualquer. Caiu uma grande tempestade, como a muito tempo eu não presenciava. Com direito a raios, trovões e relâmpagos. O céu ficou muito escuro.

— Merda! – Rodrigo entrou no quarto, aos risos. Ele trazia o meu jantar. — Pelo jeito, hoje vou ficar preso aqui na clínica.

Antes de me entregar a bandeja, ele fechou as janelas.

— Por acaso, você não tem medo de tempestades, ou tem?

Ele riu, divertido.

— Um pouquinho, para ser bem sincero.

Enquanto eu comia, ele sentou-se ao meu lado e me contou sobre seus traumas de infância com grandes tempestades.

— Nem meus filhos têm tanto medo de tempestades.

— Você tem filhos? – perguntou ele, surpreso.

Ops.... Acho que falei demais.

— Tenho dois. Eles são gêmeos.

— Nossa, que legal. E eles são idênticos, como você e sua irmã?

— Sim, são bem parecidos. Mas têm personalidades bem diferentes. E, bom, eu e minha irmã já não nos parecemos tanto.

— Se parecem sim! E quantos anos seus filhos têm?

— Seis.

— Nossa, pensei que ainda fossem bebezinhos.

Aquela foi uma ótima oportunidade para falar mais sobre meus filhos.

Um pouco antes da hora de dormir, meu médico entrou em meu quarto. Ainda chovia muito lá fora. Nós conversávamos um pouco, enquanto ele me examinava e fazia algumas anotações em sua prancheta.

— Você está cada vez melhor, Melissa.

Depois que ele se foi, eu me preparei para dormir. Estava quase pegando no sono quando ouvi um forte barulho de trovão. Rodrigo entrou desesperado no meu quarto.

— Pelo visto você estava falando sério. – observei, com um sorriso. De repente meu sono tinha ido embora.

Ele sentou-se na cadeira ao lado da minha cama, a cadeira que ele mesmo colocou ali para as nossas leituras.

— Vou ter que passar a noite aqui na clínica. Lá fora está impossível. Posso ficar aqui com você ou você pretende dormir?

— Não, não. Pode ficar.

A noite pareceu curta demais para o tanto que conversamos. Eu só dormi algumas horas depois porque estava sob o efeito de alguns comprimidos. Mas quando acordei no outro dia, tive uma grande surpresa. Rodrigo ainda estava ali, com o corpo na cadeira e a cabeça apoiada na minha cama. Ele estava dormindo!

Pensei em acorda-lo. Cutuca-lo, talvez. Ele merecia ir para casa descansar após ter passado o dia todo na clínica. Mas eu fiquei com receio de toca-lo. Ele parecia tão tranquilo, apesar de parecer nada confortável naquela posição. Dormia tão serenamente. E era tão parecido com um anjo...

— Bom dia. – levei um susto quando ele abriu os olhos e sorriu daquele jeito típico dele, com as duas covinhas a mostra.

Rodrigo se espreguiçou e se levantou, para minha surpresa ele se inclinou e beijou o alto da minha cabeça.

— Preciso ir agora. Me diverti muito noite passada.

Naquele dia, frio e nublado, Rodrigo não apareceu. E pela primeira vez, no começo da tarde, eu tive coragem suficiente para me abrir de vez com o meu psicólogo. Pela primeira vez, contei a alguém todos os detalhes da minha antiga vida. Ao final da minha consulta, quando voltava para o meu quarto sem ajuda de ninguém, nem mesmo da cadeira de rodas, eu me sentia bem melhor, mais aliviada por ter colocado tudo para fora.

Um mês e meio depois, quando eu estava começando a me acostumar com as visitas frequentes do Rodrigo ao meu quarto, das nossas conversas, dos momentos de leitura e passeios pelo jardim ou pela clínica, o médico me deu alta.

Segundo ele, eu estava pronta para voltar para casa. Uma parte de mim estava bastante ansiosa para isso. Mas por outro lado, eu morria de medo do que poderia encontrar lá fora.

Também não estava nenhum pouco preparada para distanciar do meu mais novo amigo e enfermeiro: o Rodrigo. O laço que cresceu em nós ao longo do tempo era algo que eu não poderia explicar. Também não estava pronta para o interrogatório das pessoas nas ruas. Dos vizinhos e colegas perguntando o porquê eu tinha voltado para casa dos meus pais ou porque do meu casamento não ter dado certo.

Eu já caminhava melhor, as marcas roxas no meu corpo já estavam bem mais claras e algumas até tinha desaparecido. O médico garantiu que eu estava em perfeito estado. Mas que precisava perder alguns quilos. Não por estética, mas porque a minha saúde já estava começando a se comprometer. Principalmente a minha disposição física.

Ele passou uma série de remédios e me deu algumas dicas. O psicólogo pediu para que eu continuasse a visita-los para batermos um papo. E naquela tarde a minha família apareceu, me trazendo roupas. Eles estavam felizes por me levarem para casa.

— Antes de irmos eu preciso falar com uma pessoa. – eu expliquei, já saindo do meu quarto. — Eu não demoro.

Percorri praticamente a clínica inteira, até encontrar o Rodrigo lá fora no jardim, comendo seu lanche da tarde.

Ele sorriu quando eu me sentei ao lado dele, no banco.

— Estou indo embora.

— É, eu sei.

— Você não pensou em se despedir de mim?

— Não sou muito bom com essas coisas.

— Eu também não. Mas não poderia ir sem antes falar com você. É difícil explicar, mas eu quero que você saiba que a amizade que construímos nesse mês foi muito especial para mim. Com certeza eu melhorei tão rapidamente por sua causa. Eu tenho muito a agradecer.

— Não, você está enganada, Melissa. Você melhorou porque foi corajosa. Você é uma mulher forte! Eu tenho muita admiração por você. Sabe, eu não sou muito de me apegar as pessoas, não com tanta facilidade. Mas com você foi diferente e eu não sei se estou preparado para perder a sua amizade.

— Você não vai! – digo depressa, um tanto desesperada. — Não vai ser a mesma coisa, eu sei. Mas vou continuar vindo aqui algumas vezes por semana para falar com o psicólogo.

Por um momento eu pensei que seria capaz de beija-lo ali mesmo. Porque essa era a minha vontade. Ele era tão lindo e me fazia tão bem. Mas eu não podia. Não poderia misturas as coisas e nem me precipitar. Éramos apenas amigos.

— Posso te dar um abraço de despedida?

— Claro.

Ele colocou o lanche de lado e nós nos abraçamos demoradamente. Sentir a pele dele em contato com a minha era sempre uma sensação estranha e ao mesmo tempo reconfortante.

Levantei-me, eu precisava ir embora agora.

Estavam todos esperando por mim lá fora.

— Tchau, Rodrigo.

— Tchau, Melissa.

Trocamos um último olhar antes de eu finalmente virar as costas.

Meus pais já estava me esperando no carro. O caminho da clínica até em casa era muito rápido. Coisa de quinze minutos. Assim que coloquei meus pés dentro de casa, meus filhos vieram correndo me abraçar. Eu me abaixei para recebe-los em meus braços.

Depois cumprimentei a minha irmã, meu irmão, o Igor e meus sobrinhos.

Eu já me sentia em casa.

— Está com fome, querida? Eu preparei um bolinho pra você!

— Não, mãe. Obrigada. Agora só quero subir, descansar e passar um tempo com os meus filhos.

E foi exatamente o que aconteceu.

Sentei-me em minha antiga cama e cada um dos garotos sentou de um lado, ainda me abraçando carinhosamente.

Eles fizeram mil e uma perguntas. Tentei responde-los da melhor forma possível. Mas a pior pergunta ainda estava por vir.

— Mamãe, onde está o papai? – perguntou o Gustavo, olhando-me com seus olhinhos azuis tristes. — Quando vamos voltar para casa, mamãe? Eu sinto falta do papai.

Tentando ao máximo não chorar, eu beijei seus cabelos negros.

Não pude responde-lo. Não daquela vez.

— Não chora, mamãe. – pediu o Vinicius, me olhando cheio de preocupação. — Nós vamos cuidar de você agora.

Precisei de pelo menos três dias para me acostumar a rotina que eu costumava ter sete anos atrás. Com o entra e sai dos meus sobrinhos brincando com os meus filhos, a mamãe reclamando que o papai não sai do sofá, a minha irmã gritando com as crianças e meu irmão chegando tarde em casa depois de uma noitada fora.

Precisei de três dias para criar coragem e sair de casa para resolver meus problemas pessoalmente. Afinal, eu já não era mais uma menininha. Eu tinha muita coisa para fazer. E a principal delas era matricular meus filhos em uma nova escola, perto de casa.

Melissa?

Passei horas e horas conversando com a diretora da escolinha que eu costumava trabalhar alguns anos atrás, resolvendo questões das matriculas dos meus filhos. Quando saí da sala da diretora foi que tive uma grande surpresa. Por um momento achei que estava vendo coisas demais.

— Alícia?

Ela sorriu e veio praticamente correndo me abraçar. Nós não nos víamos a anos. Nós não nos falávamos a anos. Foi difícil segurar as lágrimas, porque eu senti muita falta dela durante todo esse tempo. Ela que sempre foi a minha melhor amiga de verdade e eu injustamente duvidei dela e por isso acabamos nos distanciando, até perdemos completamente o contato.

Nem acredito que perdemos um bocado de tempo da vida uma da outra. Quando mais novas, tínhamos tantos planos!

— Desculpe não ter aparecido antes para te ver. Eu soube o que aconteceu. Sua mãe me contou. – ela explicou, segurando as minhas mãos. — Eu sinto muito, Mel. Muito mesmo.

Nós nos abraçamos de novo, chorosas.

— Estou no horário de almoço. Quer sair pra conversar?

Assenti e saímos do colégio de mãos dadas até a lanchonete mais próxima.

— Você não merece ter passado por isso. Você é uma das melhores pessoas que já conheci! Ainda não acredito que ele foi capaz de uma coisa assim.

Naquele momento eu me senti tão mau por tudo, principalmente por ter duvidado da amizade dela.

Eu fui tão injusta!

— Não importa. Já passou. Eu estou bem, voltei a morar com os meus pais. E agora eu tenho filhos! Você já os conheceu? Eles são as únicas coisas que me importam agora.

— Sim! Eles são lindos e se parecem muito com você. Sabe, eu também tenho um filho. Ele tem quatro anos!

— Jura? Por favor, me conta o que aconteceu desde que nos distanciando. Não me deixe de fora de nenhum detalhe.

Era como se nunca tivéssemos nos separado.

Tudo parecia exatamente como antes.

— Lembra-se daquele dia, durante o trabalho, em que eu te procurei desesperada para assumir a minha turma? O Bruno tinha sofrido um grave acidente de trabalho. Eu precisei ficar com ele no hospital por dias. Ele fraturou as pernas, nem conseguia andar direito. Depois decidimos que iriamos nos mudar para Petrópolis, para perto da família dele. Por isso deixei o meu cargo para você. Eu confiava na sua capacidade de dar aula. Sabia que era o seu sonho!

— Mas ele já está bem? – fiquei muito preocupada, na época eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Sim, levou um tempo, ele precisou fazer tratamento e fisioterapia, mas ele voltou a andar. Graças a Deus! Então, tive nosso filho. Nós nos casamos e decidimos que era hora de sair da casa da mãe dele e voltar para o nosso lar, aqui em Niterói. Quando eu voltei ao trabalho, fiquei muito triste em saber que você tinha se mudado para o Leblon depois de ter se casado com aquele homem.

Ainda era doloroso para mi lembrar que os meus planos não tinham saído exatamente do jeito que eu tinha sonhado. Mas fiquei feliz que pelo menos ela tinha se saído bem nessa.

— Eu preciso voltar ao trabalho. – disse ela depressa, depois de conversamos muito e almoçarmos juntas, como nos velhos tempos. — Passo na sua casa mais tarde, pode ser?

Quando voltei para casa, minha irmã estava por lá. Era seu dia de folga na pousada e ela ficou tomando conta das crianças. Tinha acabado de dar almoço a eles. E olha que eram muitas crianças.

Quatro filhos dela e dois meus.

E ela já estava esperando pelo quinto filho.

— Me reencontrei com a Alícia hoje mais cedo. Nós conversamos. Parece que está tudo bem outra vez.

— Eu sabia que isso aconteceria uma hora ou outra. – disse minha irmã, colocando os pratos vazios na pia para lavar. — Vocês sempre foram como carne e unha. Praticamente irmãs!

Ajudei-a a lavar a louça que as crianças tinham sujado, depois levamos as crianças para a casa dela, para não atrapalhar o papai, que ainda tinha o hábito de tomar conta da televisão, na sala. Na casa da Juliana tinha um grande quintal e muitos brinquedos.

Acordei no dia seguinte disposta a mudar a minha vida. Acordei cedinho, junto com a mamãe. Dei banho nos gêmeos, preparei o café-da-manhã para eles e os levei para o primeiro dia de aula na nova escola. Eles estavam se estudar a um mês e meio!

Depois que cheguei em casa, coloquei uma camiseta larga do meu irmão e uma velha calça legging. Ainda eram sete e meia da manhã. Estava determinada a começar a correr hoje mesmo, na tentativa de perder alguns quilos. Muitos quilos. Mais precisamente, treze quilos. E começar a seguir uma nova dieta rigoroso.

Eu voltaria a ser a Melissa Borges de antes. Claro que não tão ingênua e bobinha, capaz de se apaixonar pelo primeiro cara misterioso que passa pela minha frente. E chega de fantasiar futuros absurdos, acreditando ter uma vida como nos livros. Eu preciso de foco. Preciso manter os pés no chão. Não só por mim, mas também pelo futuro dos meus filhos.

Ainda era cedo. As ruas do meu bairro estavam vazias. Comecei a correr sem direção em um ritmo lento. Afinal, era só o começo de uma nova jornada. Eu estava bastante confiante.

Percebi que eu não era a única em busca de uma vida mais saudável. Assim como eu, havia muitas pessoas que decidiam acordar mais cedo e sair para correr. Então, eu não me senti tão sozinha. O que me deu mais forças para continuar em frente.

De longe avistei uma figura familiar correndo mais a frente. Era ele. Só podia ser ele. Os tons daqueles cabelos eram irreconhecíveis, assim como aqueles ombros e aquela pele aveludada.

Corri mais rapidamente, na esperança de alcança-lo.

— Rodrigo? – perguntei, tentando me manter lado a lado com ele. Mas ele não me escutou de imediato, pois estava com fones de ouvido. Somente ao perceber a minha presença ao seu lado, foi quando ele me olhou, um tanto duvidoso.

— Melissa? – ele tirou os fones, estava surpreso por me ver ali. Mas eu só conseguia sorrir, sem acreditar que nossos caminhos haviam se cruzado pela terceira vez. — Você por aqui?

— É, resolvi começar a correr hoje. Sabe, preciso perder uns quilinhos. O médico concorda comigo. – eu ri, animada.

— Eu não concordo. – ele parou, me fazendo parar também. Enfim ele tinha aberto aquele sorriso. — Para mim você está ótima.

— Oh, você não precisa ser sempre tão gentil comigo. – brinquei, divertida. — Eu tenho passado um pouco dos limites nos últimos anos. Esse não é o meu peso normal.

Ele me olhava, parecendo admirado.

— Eu tenho que ir para a clínica daqui algumas poucas horas. – disse ele, conferindo as horas no relógio em seu pulso.

— E eu preciso ir voltar para casa. Acho que deu por hoje.

— Posso te acompanhar?

— Mas é claro.

Refizemos nosso caminho, ainda lado a lado.

— Eu corro algumas vezes por semana. Talvez nós possamos correr juntos a partir de agora. O que você acha?

— Seria ótimo!

Chegamos em frente da minha casa muito rápido, rápido até demais. Queria poder conversar mais com ele.

— Você mora aqui? – ele olhou para a pousada, parecia surpreso.

— Não. Na verdade, eu moro nos fundos. A pousada pertence aos meus pais.

— Sério? Você tá brincando!

— Não. – eu ri. — Porque?

— Porque eu moro ali. – ele apontou para a casa em frente.

A mesma casa que pertencia ao casal de velhinhos que foram morar com os filhos por estarem idosos demais e que colocaram a casa para alugar.

Não, aquilo era coincidência demais.


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Notas finais do capítulo

As coisas estão ficando boas. Vocês não acham? Alícia e Melissa se acertarem. Agora elas podem voltar a serem grandes amigas de novo, como se a distancia nunca tivesse existido e o tempo nunca passado. E a Mel e o Rodrigo, parecem que eles são vizinhos. Coincidência ou destino? Comentem! O próximo capítulo já está pronto!