Katricce começando a achar aquele sorriso presunçoso de Gilbert incrivelmente irritante. Será que aquela criatura sorria até quando estava dormindo? A morena corou por alguns pensamentos indevidos. O silêncio era ensurdecedor, Katry não sabia o que falar e ao que parecia o prussiano estava a observando meticulosamente em absoluto silêncio, o que criava uma tensão no ar, um sentimento incômodo. Gil estendeu a mão e limpou um pouco da poeira do rosto da brasileira com uma expressão neutra. O toque frio da mão do rapaz fez Katry se arrepiar e recuar.
_ Então... - A cacheada começou a frase mas se perdeu no que ía dizer.
_ Tipo... - Gilbert também perdera suas palavras.
_A-acho q-que... - Katry riu pelo nervosismo e pelo gagejar.
_ Vamos ter que te remanejar de quarto Iced Mädchen. - "Por que raios ele usou o plural?" pensou Katricce "O problema é só dele e não tem mais ninguém aqui além de nós dois." Ela ponderou se aquele cara não era realmente louco, mas então lembrou que ela mesma fazia esse tipo de construção gramatical quando estava sozinha. (Deveria ser pelo fato de ser muito incrível para uma pessoa só ou era o que achava.) Bem se ele fosse louco por esse motivo ela também era. Então relevou.
_ Estou com fome, você esmagou meu bolinho, não se esmaga o bolinho de uma dama. - A morena botou as mãos na cintura tentando parecer confiante. - Você prometeu me alimentar e suprir TODAS (muita ênfase no TODAS) as minhas necessidades.
_ Ja, ja, ja minha Mädchen. - Beijou a mão da garota como se fosse um cavaleiro em um baile. - Agora, vamos ao rango! - Dizendo isso ele a puxou pela mão conduzindo-a até a cozinha impecavelmente limpa da casa. Sério mesmo, aquele lugar era tão mas tão limpo que chegava a reluzir. Gilbert pegou dois pratos e talheres os arrumando na mesa. - Já almoçou? - Katry negou com a cabeça. - Nem eu.
_ Posso perguntar o que você estava fazendo todo esse tempo? - a morena não era curiosa mas não conseguiu resistir a perguntar.
_ Estava ajudando a Jul, ela vai fazer uma festa do pijama com algumas amigas e apesar de tudo é minha irmã, sempre vamos ajudar um ao outro. - Katry pensou no quanto aquilo era fofo pois no geral ela só brigava e ignorava seus irmãos. - E ela me pagou 50 euros kesesesese. - Lá se foi a boa imagem mas a brasileira não se importou, sua barriga roncava e assim que as batatas gratinadas recheada com macarronada a bolonhesa foram servidas desapareceram quase que instantaneamente. Não houve conversa durante a mesa e nem tempo para pensar que aquele prato era tão bom quanto estranha, a fome era maior. Gilbert deu a morena um macaron de sobremesa, lembrava um suspiro, ela achou muito doce e enjoativo ao seu gosto então só comeu aquele.
_ Posso ficar em um quarto próximo ao do Ludwig? - Katricce perguntou fazendo o rapaz arquear as sobrancelhas. - É o lugar mais fácil de gritar por ajuda. - falou dando de ombros o que fez o prussiano ficar as gargalhadas.
_ Gilbertoooooo! - fizeram-se ouvir vozes melodiosa por detrás da porta. Com um palavrão em alemão Gil quis que não tivesse chegado tão cedo, mesmo aquele Beilschmidt tinha medo daquela combinação perigosa. Pela porta entram Antônio e Carmen Fernandes Carriedo e Francis Bonnefoy cada um com seu próprio sorriso de "hoje tem". Mas o mais preocupante era: onde diabos Francine tinha se metido? Aqueles franceses eram perigoso juntos onde se podiam ver, separados com um em localização desconhecida era um problema bem maior.
_ Salut mon ami. - Francis cumprimentou. O prussiano levantou dizendo um animado "Meu amigo!" quando na verdade queria dizer "Seu filho de uma parideira, espero que tu morrás de DST, eu disse pra chegar mais tarde!". Porém surgindo que numa nuvem de purpurina das trevas Francine veio por detrás de Gilbert lhe dando um tapa forte na região das nádegas.
_ Por Alsácia e Lorena! - Gritou a francesa. Gil virou quase que rosnando para a mesma.
_ Você tirou essa do fundo do baú. - O prussiano estava irritado.
_ Cuco! Mas você ainda guarda rancor! - Francine deu uma risadinha. - Dá cá um abraço na irmã França! - Ela abriu os braços só para ser empurrada pra longe. - Nossa que rude... Cadê o amor?
_ Quer amor? Vá ver o último anime gay dos Honda! - Katry se pronunciou, não gostava que alguém ficasse se jogando em cima de Gilbert, mesmo que não tivesse direito algum sobre ele.
_ Rawn... A gatinha morde. - Francine segurou a brasileira pelo queixo. Carmen e Antônio lamentaram não ter trazido pipoca. Francis queria dar uns pegas em qualquer um mas pensava em um jeito refinado de o fazer. Gilbert não aguentando a cena puxou Katricce contra si.
_ Tira as patas dela, cachorra... - O prussiano se segurava para não pegar uma arma e começar uma guerra ali mesmo.
_ O que você disse seu fracote de merda? - Francine tirou sua capa e desceu do salto.
_ Isso que você ouviu, cachorra. - Gilbert não era homem de voltar atrás.
_ Ain... Fala isso pra mim na cama me invadindo por trás... - Francine falou sensualisando.
_ Altamente desnecessário. - Katry falo sem se desvencilhar dos braços do prussiano mas ainda sim fez todos na sala rirem. Ali estava Katricce Snow e o Bad Touch Trio, o que a brasileira queria dizer era: Fujam para as colinas!