Black Rose escrita por Cyn


Capítulo 6
Sonho II- Dinbe Raz




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Sonho II- Dinbe Raz

Abri meus olhos e olhei a luz que entrava pela janela. Levantei-me e olhei em volta do quarto. O mesmo quarto da outra noite. As mesmas coisas. A mesma beleza.

–Princesa?

–Entra, Tess.

A porta se abre e Tess entra sorrindo. Senta-se ao meu lado me sorrindo tão carinhosa me enchendo o peito de alegria por ter alguém como ela me ajudando, me servindo, me compreendendo.

–O Faraó pediu-me para a avisar que Dinbe Raz está prestes a chegar. É para se preparar para o receber.

–Como vão os preparativos para o baile?

–Tudo pronto, princesa. Será um baile lindo.

Assinto e levanto-me andando até ao armário. Tiro a primeira roupa que encontro e me viro para Tess.

–E os cavaleiros?

–Seu pai está a tratar disso, princesa. Não devia se preocupar com essas coisas. O seu dever é apenas ficar linda para o Príncipe Dinbe Raz.

–É o meu povo, Tess. Eu também me preocupo com eles.

Visto o vestido verde e viro-me para o espelho arranjando meu cabelo. Meus próprios olhos me olhavam não me reconhecendo.

–É certo, Princesa. Eu compreendo. Mas por enquanto, deixe seu pai tratar desses assuntos. O importante agora é casar-se com o Príncipe Dinbe Raz.

–Sim, sim, sim. Eu sei, Tess.

Suspiro e viro-me para ela.

–O que achas?

–Estás linda, Princesa. O Príncipe Dinbe Raz não resistirá.

Suspiro assentindo. O dever agora era casar-me com Dinbe Raz. Meu único dever. Todo o resto não passava de … resto.

Os sinos tocaram anunciando a chegada de Dinbe Raz e seu pai. Olhei Tess que me olhava encorajadora. Engoli em seco e sai pela porta até ao encontro do Príncipe.

Meus passos seguiam pelo palácio, mas não reconhecia nada, no entanto sabia onde tinha de ir. Era como se fosse instinto.

Apenas parei quando ouvi a voz do Faraó. Meu pai.

Na entrada do palácio, ao redor de milhares de pessoas felizes gritando e um elefante enorme, o Faraó sorria conversando com o Faraó Azherd e Dinbe Raz.

Tomei o máximo de coragem que consegui e avancei até eles. Meus passos pareciam contados. Minha respiração quase inexistente. Tess seguia atrás de mim.

Assim que me viu, Dinbe Raz levantou os olhos aos meus. Seu sorriso morreu e seus olhos castanhos brilharam de uma maneira estranha. Seus cabelos castanhos brilhavam com os raios do sol. Sua pele bronzeada parecia ser porcelana, sem qualquer imperfeição.

–Minha filha!- Meu pai fala abrindo os braços.

Forço um sorriso e o abraço. Seus braços se fecham ao meu redor enquanto olha para os dois convidados.

–Azherd, Dinbe Raz, esta é minha filha, Princesa Lillistha.

–Que bela jovem tu tens aqui, Ertsh.- Azherd pega minha mão e a beija sorrindo.- Muito bela, Princesa.

–Agradeço o elogio, Faraó Azherd.

–Ora minha querida, trate-me apenas por Azherd. Em breve seremos todos família.

–Com certeza.- Meu pai diz rindo com Azherd.

Meus olhos se encontram com os de Dinbe Raz que sorri pegando minha mão com delicadeza e a beijando. Apenas um mero toque. Quase sem toque.

–É uma honra finalmente conhecê-la, Princesa. E uma honra maior será casar com sigo.

–É um homem com belas palavras, Príncipe Dinbe Raz.

–E a Princesa é a mais bela joia que vi em toda a minha vida.

Sorri-o um pouco e sinto olhares em nós dois.

–Parece-me que eles se darão bem. Ertsh?

–Acho o mesmo, meu amigo. Porque não vamos até á sala do trono e deixamos o jovem casal conhecer-se melhor?

–Ótima ideia.

Eles saem conversando enquanto eu olhava Dinbe Raz sem saber o que dizer. Ele parecia do mesmo modo olhando nossos pais saírem.

–Ouvi dizer que tem irmãos, Príncipe Dinbe Raz.

–Sim. Seis na realidade. Todos rapazes.

–Uau.

–É filha única, Princesa?

–Sim. Meus pais nunca quiseram ninguém depois de mim. Acharam que ainda era cedo. E depois ouve a invasão e a morte de minha mãe… foi um choque. Meu pai não quis ninguém despois dela.

–Imagino. Um homem de uma mulher só. É raro hoje em dia.

–Completamente.

Falávamos enquanto caminhávamos pelo pequeno jardim interior. Sempre seguidos por Tess e seus guardas.

–Posso fazer uma pergunta um pouco indiscreta, princesa?

–Claro.

–Diga-me, nunca se apaixonou? Digo, é bela como o rio Nilo e nunca teve ninguém. Será porque nunca encontrou a pessoa certa ou porque os homens do Sul são cegos?

Ri-o um pouco e paro o olhando.

–A primeira.

–Bom, espero que eu seja o homem certo em sua vida.- Fala olhando-me nos olhos parando também.- Aquele de quem precisa.

–Não tenho certeza disso, Príncipe Dinbe Raz, assim como não tenho certeza do que acontecerá amanhã. Mas deixe-me que lhe diga, que está a ir num bom caminho.

–Fico feliz por isso, Princesa. E prometo-lhe, que nunca ficará triste comigo ao seu lado. Serei aquilo de que precisa, dia e noite.

–Isso agrada-me.


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