Ah Se Você Soubesse escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 31
Talvez conte sobre Dara




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Lily_Pov(On)

 

Não quis ver a Dara quando saí do Clube, estava com a cabeça quente demais, não queria descontar isso nela, mas o bom é que também não a achei, então isso foi perfeito. Quando cheguei em casa minha mãe não estava, não achei estranho isso, pois, ela havia trocado o descanso com uma amiga, e estava trabalhando no turno da tarde hoje, mas resolvi fazer uma janta decente como pedido de desculpas, mesmo que ela não descobrisse que era isso.

Precisava fazer algo rápido então decidi fazer um Risoto de manjericão acompanhado de umas coxas de frango que achei no congelador, fritei elas com as ervas que tinha sobrado do risoto. Fiz tudo bonitinho, esperava que ela chegasse antes do meu pai e que conversássemos decentemente, estava preparada para isso, mas não foi o que aconteceu.

Montei a mesa, fiz uma salada, coloquei os pratos e fiquei esperando. Quando meu pai chegou antes dela, eu assustei, fui olhar as horas e era 19:30; ela já devia estar em casa por volta de meia hora atrás, jantei junto a meu pai e ainda não tinha sinal dela. Alguns minutos depois minha mãe ligou para meu pai e avisou que uma papelada havia a prendida no escritório e estava saindo àquela hora do trabalho, falou para não a esperarmos para jantar.

Ótimo, eu me preparo para falar com o Clarck, o cretino some. Preparo uma refeição para acalmar minha mãe e falar com ela, a mulher também não aparece, que dia de sorte esse! A bateria do meu celular havia acabado enquanto estava no clube de xadrez, então coloquei o bendito para carregar enquanto arrumava para tomar banho, demorei mais tempo do que o normal debaixo daquela água morna do chuveiro. Deu uma tristeza ao voltar para meu quarto, estava tão empoeirado, tinha que limpá-lo, mas a preguiça me fez adiar isso.

Peguei meu celular havia várias mensagens não visualizadas, boa parte delas era da Dara, antes das 17:20 horas, horário que normalmente eu saio depois dos treinos e reunião de grupo, ela explicava porque não me encontrou depois do horário, como geralmente faz.

[Dara]

(16:15) Lily, o Sombra não almoçou lá em casa hoje, ou seja, os gatos estão sozinhos desde cedo. A Lady Fluppy está sem tomar remédio até agora.

(16:15) Eu tenho que ir lá ver ela!

(16:16) Aí depois você me conta o que aconteceu.

(17:30) E aí, já saiu?

(18:00) Lily, tudo bem?!

(19:05) LILY!!!

(19:10) Lily, você falou com sua mãe, foi isso?

(19:15) Lily, sério, responde. Tô preocupada!

Eu havia pensado que ela tivesse falado com meu irmão antes, talvez para tentar fazer que ele não fosse um babaca comigo, não foi isso, mesmo assim me pergunto o que aconteceu com ele. Aproveitei que ela estava online e a respondi, antes que ela viesse ou mandasse as forças especiais, talvez até o F.B.I na minha casa para ver se estava bem.

[Lily]: Ai, desculpa Dara. Meu celular estava sem bateria, coloquei para carregar agora.

[Dara]: Você está bem? Só me importa isso.

[Lily]: Tô sim, só esqueci do celular mesmo. Foi mal.

[Dara]: Então, como foi com meu irmão?

[Lily]: Não foi, a conversa não aconteceu, porque ele não apareceu.

[Dara]: Como assim?! Ele esqueceu de ir falar com você?

[Lily]: Na verdade, acho que ele fugiu de mim.

[Dara]: Por quê?!

[Lily]: Acho que o Clarck pensa que eu quero voltar com ele.

[Dara]: Que ridículo, ele não teria essa sorte.

[Dara]: Ou teria?! 0.o

[Lily]: Hum...Talvez...

Ela não respondeu de prontidão como estava fazendo, eu estava brincando, ela não percebeu isso? Credo, Deus me livre do Clarck outra vez!

[Lily]: Você acha realmente que eu disse a verdade?

[Lily]: Tenha dó, eu nunca voltaria com o Clarck. O termo Ex está muito bem empregado ao ser em questão.

[Dara]: Pô Lily, você acaba com meu coraçãozinho desse jeito!

[Lily]: Até porque, a gente não é mais só amiga. Eu não sei dizer o que a gente tem, mas não somos apenas amigas.

[Lily]: E vou ser sincera, não quero que sejamos só amigas.

[Dara]: Nem eu

Conversei mais um pouco com a Dara, depois tive que limpar meu quarto e meio que eu tive de parar de falar com ela, senão eu não eu não iria terminar de se quer varrer aquele lugar. Mas ainda respondia, só estavam mais espaçadas minhas respostas, pois minhas mãos estavam ocupadas demais para digitar. Não costumo dormir tarde pois meus pais nunca deixaram, e sono é a segunda coisa mais sagrada para mim, depois da minha série de TV e de quadrinhos favoritas “Gate Nº 5”, pois estou autorizada a me deixar virar noite vendo maratona disso. Mas voltando à nossa conversa, acho que conversamos até quase uma da madrugada, só não falamos mais pois eu caí no sono enquanto digitava.

Acordei atrasada no dia seguinte, e acho que quebrei meu despertador, pois em meio ao meu sonambulismo eu o joguei na parede, mas não tive muito tempo para olhar isso. Vesti qualquer roupa, quase engoli um pão à seco de uma só vez e saí correndo, na metade do caminho parei para vomitar o pão que tinha comido, mas cheguei a tempo ainda. Não sei dizer se estava muito apressada ou se minha mãe já havia saído quando eu acordei, pois não a vi no meio do caminho. Mas não sei dizer se isso é bom ou ruim, pois ela vai falar comigo sobre ter beijado a Dara, isso é um fato, eu adiando isso ou não, vai acontecer. Do mesmo jeito que uma hora ou outra eu vou ter que contar que estou grávida, eu adiando ou não, essa conversa vai acontecer, até porque duvido que eu seja capaz de esconder sozinha um ser humano por muito tempo, ele mesmo irá se denunciar quando a minha barriga começar a crescer.

Eu planejei que iria falar com o Clarck sobre a gravidez quando o achasse, e depois, quando chegasse em casa falaria com minha mãe sobre a Dara, se tivesse cabeça e dependendo do ritmo da conversa talvez falaria sobre o netinho dela, também. Mas novamente o Clarck não estava lá, dessa vez não foi a escola com a desculpa de estar doente, tem uma parte de mim que quer acreditar nessa história, pois ele nunca perderia seu precioso treino de basquete, mas também duvido muito que seja verdade, mesmo não tendo argumento para isso. Não sei o motivo de ele estar me evitando, mas isso já está me dando nos nervos.

Pensei até em ir na casa dele depois da aula, tirar satisfação com, mas pensei bem, decidi não perder tempo com isso não. Eu definitivamente não estou em condição de ficar com raiva, isso me dá mais enjoo. Por sorte quando cheguei em casa minha mãe estava lá, pelo menos uma conversa eu não teria que adiar. Coloquei delicadamente minha mochila no chão e me joguei de qualquer jeito sobre o sofá, e esperei ela falar alguma coisa, mas nada, ela estava lendo uma revista quando chegou e assim ficou.

—Esses dias todos você queria falar comigo, mas aqui estou e agora desistiu? — Perguntei um tanto confusa.

—Hum... Você claramente não quer falar sobre sua amiguinha, não vou forçar — Disse ela sem me olhar nos olhos.

—Ok... Então... — Respondi fazendo menção de levantar.

—Olha, vou ser sincera — Voltei meu olhar para ela — O que você está fazendo é errado, mas eu também não vou me preocupar, sei que isso é só uma fase.

Minha mãe falou numa calma e frieza, aquilo doeu. Não sabia explicar o porquê de aquilo doer, mas foi como facada rápida e precisa.

—Como assim uma “fase”?!

— Você ficar se agarrando pelos cantos com essa menina, isso é só uma fase.

— E como você tem tanta certeza disso?

—Ah tenha dó Lily, este será seu ultimo ano na escola. Depois você irá para a faculdade. Obviamente você está experimentando, mas eu te conheço, tenho certeza que não é isso que você quer da vida.

Minha mãe falava tão convicta, aquilo me dava raiva, ela parecia realmente acreditar fielmente em suas palavras.

—E como tem essa certeza toda? — Perguntei arqueando a sobrancelha.

—Você acha que eu nunca fiz isso? — Ela olhou nem no fundo dos meus olhos — Era muita festa, bebida e sexo na faculdade. Eu já fiquei com uma, na verdade duas garotas nessa vida, eu tentei, mas isso não era para mim.

Tah, informações desnecessárias, traumas desnecessários...Minha mãe é uma pessoa como qualquer outra, então sim, eu sei que ela transa e que fazia isso antes de conhecer meu pai, mas eu não preciso saber disso, na minha opinião as palavras “sexo” e “mãe” nunca deveriam ser ditas na mesma frase. Mas esquecendo um pouco disso, quem diria que minha mãe já teve seu lado sapatão... Não esperava!

— E porque acha que isso vai acontecer comigo? — A indaguei.

— Você é minha filha, por que seria diferente? Mas o que está fazendo é errado, está traindo seu namorado com a própria irmã dele, e quando ele descobrir?

—Bem, quando ele descobrir não vai fazer diferença, pois, nós terminamos já faz um mês.

—O que?! Terminaram por causa dessa garota? Esperava mais de você Lily.

—Não — Me levantei — Terminamos porque ele me traiu, a Dara é minha amiga. Queria dizer que é só isso, mas não é.

Peguei minha mochila, minha mãe estava com o semblante fechado, estava muito pensativa, não quis dar atenção a isso, decidi ir para meu quarto. Estava quase no final da escada quando ela resolveu seus pensamentos e me perguntou:

—Então isso é uma vingança?

—Na verdade não — Eu fiquei no lugar onde estava, ótimo, ela não podia me ver daquele ponto — Eu acho que gosto dela, para ser sincera.

Entrei em meu quarto e fechei a porta de modo que ao se fechar fizesse barulho, queria que minha mãe soubesse que estava lá. Pensei que ela viria atrás de mais satisfações, mas não fez isso. Dara estava indo ao cinema com Sombra, ela até me convidou, mas não achei apropriado aceitar; ela estava sobre tanta pressão quanto eu, precisava de um momento para curtir com os amigos, não ia atrapalhar isso. Sem contar que tinha muito estudo para colocar em dia, então esse foi meu programa daquela noite, estudar.

Dormi em cima dos livros, para variar, porque pelo jeito a Dara estava certa e minha cama é “dura demais”, pois essa não é a primeira vez que isso acontece, e só acordei no dia seguinte. Levantei sentindo uma dor no pescoço, acho que estava com torcicolo, outra coisa que já aconteceu outras vezes. Fui meio torta até o banheiro, liguei o chuveiro no quente e deixei a água (quase lava) correr sobre minha pele, esperava aliviar um pouco a dor, melhorou um pouco, o suficiente para eu me ver ereta no espelho, mas ainda me sentia travada.

Ao chegar à escola vi o carro do pai do Clarck estacionado no lugar de sempre, isso significava que ele havia chegado, já havia bastante gente do lado de fora, mas nenhum sinal do senhor em questão. Dara estava sentada na escadaria com olhar fixo em seu celular, provavelmente me esperando. É estranho para mim dizer isso, mas ela estava tão bonita hoje, do seu jeito, claro! Mas nunca tinha parado para ver o quanto isso era bonito nela. Ela estava com lentes negra, uma touca marrom clara, uma camiseta de banda preta, que na minha opinião era grande demais para seu corpinho esbelto, vestia também uma calça jeans com rasgos em seus joelhos e coturnos negros.

—Oi oi! — Disse eu sorrindo.

—Não vou te cumprimentar, não estou bem com você — Ela me olhou com aquela cara manhosa —  Você me trocou ontem por seus livros idiotas.

—Que?! Eu te fiz foi um favor.

—Qual, exatamente?!

—Te dei o prazer de aproveitar seu filme sem eu comentando a cada dois minutos — Ela riu e se levantou — Você sabe que eu faço isso.

—Mais que a Magda, impossível! Ela estraga toda magia do cinema comentando a lógica sem sentido dos filmes.

—É, nisso você tem certeza — Ela me abraçou e eu lhe dei um beijo rápido — Você já viu o Clarck hoje?!

—Não, cheguei agora pouco, Lily. Mas o carro dele tá aí, ele deve estar também.

—Imaginei o mesmo.

—Ôh, preciso te contar, avisei para a Amélia que o Clarck tinha faltado ontem, acho que ele deve ter tomado um esporro daqueles, agora pouco passou sem graça por mim.

— Só você mesmo Dara, obrigada — Disse eu rindo.

—Quê?! Você achou que eu ia perder essa oportunidade? Nunca — Peguei sua mão, ela sorriu — Então, vamos procurá-lo?

—Pode ser, acho que preciso de ajuda para não dar um ataque nervoso.

Fomos até a sala que ele teria aula no primeiro horário, nada, procuramos em todos lugares, menos nos banheiros masculinos (Mesmo que a Dara tivesse tentado, e eu a impedi). Por fim ficamos na frente do armário dele, mas nada, o sinal da escola tocou e nenhum sinal dele aparecer, Clarck havia se escondido bem, talvez estivesse no vestiário da quadra como Dara tinha dito.

Ele havia fugido de mim mais uma vez, mas não conseguiu repetir o feito no horário de almoço, eu matei os 15 minutos finais de aula para poder vê-lo sair da sala, Clarck saiu um pouco antes da aula terminar e foi surpreendido por mim o esperando no corredor.

—Lily! — Gritou Clarck ao me ver — O que faz aqui?

—Esperando encontrar você, já que você não quer falar comigo.

—Ai, está bem...Eu te devolvo a camiseta.

—O que?! Que camiseta?

—Ué, não é por isso que está atrás de mim? — Acenei negativamente — A camiseta número 21 do Tim Duncan que você me deu, autografada e tudo mais.

—Claro que não — O sinal tocou e o corredor rapidamente se encheu de estudantes.

—Espera, se não é isso, o que é então?

— Clarck, eu preciso mesmo falar com você, podemos ir para um lugar mais calmo?

— Tá bom, eu me rendo!

Esperamos os corredores se esvaziarem e entramos em uma sala qualquer, fechei a porta e fiquei escorada de costas para ela, olhando para Clarck que estava de frente para mim, com os braços cruzados.

—Então você fugiu de mim, esse tempo todo pensando que eu queria de volta o presente que te dei? — Perguntei.

—Bem, se você não queria voltar comigo, qual seria o motivo então?

 —Não estou interessada, aliás — O interrompi

—Então, lembrei da camiseta e que você sabia o quanto eu gostava dela.

—E nem lembrava desse presente idiota.

Acho que o ofendi, ao chamar a camiseta do ídolo dele de idiota. Ele mudou o tom de voz, parecia imitar um personagem que infelizmente eu não conheço, obviamente queria zombar de mim.

 — Óh, o que é tão importante que fez a toda certinha Lily correr atrás de mim...

—Clarck... Isso é sério... — Disse eu, chamando sua atenção.

—Óh, porque eu nunca vi certinha da Lily, você correr atrás de ningu...

 Tive que interromper ele, não estava com paciência.

—Clarck, eu estou grávida! —Grite e ele ficou mudo.

Ficamos um pouco em silencio, abaixei o olhar, não queria encarar ele, nem que ele me encarasse. Clarck parecia olhar o nada, enquanto eu olhava seu tênis da Nike.

—Não vai falar nada? —Perguntei após uns minutos.

—Você tá querendo dizer que eu vou ser Pa... Pa..Pai?! — Acenei positivamente — Não, isso não pode ter acontecido, nós sempre usamos preservativo.

—Até o momento que VOCÊ me convenceu a tomar anticoncepcional, porque não queria usar camisinha. E eu infelizmente não tomei de maneira certa o remédio, aconteceu que...É, tô grávida.

Ele começou a rir de nervoso, era visível seu estado de pânico. Eu coloquei minha mão sobre seu braço, ele se quer olhou para mim.

—Como isso é possível? — Ele me olhou assustado, eu ia repetir o que tinha dito, mas ele me interrompeu — Não, nem dá para falar que é sua culpa não ter tomado o anticoncepcional. Não era para acontecer uma coisa dessas.

—Eu sei... Você não faz ideia do quão assustada eu estou — Uma lágrima escapou — Não sei nem como falar isso para minha família.

—Ei, chora não — Ele enxugou minha lágrima com a mão.

—Obrigada, Clarck. Você não sabe o quanto me sinto mais leve por ter contado isso para você, é como se tivesse tirado um peso das minhas costas.

—Então é isso... Pai! — Ele riu — Sabe, o MEU PAI vai esfolar minha cara no passeio de casa, depois a Helena vai me matar, certeza.

—Imagine eu então, acho que já posso arrumar minhas malas, meus dias de estádia lá em casas estão contados.

—Mas por que isso agora? A gente terminou daquele jeito e agora você vem me dizer que está grávida — Seu semblante mudou, ele ficou sério — Espera...Terminamos faz um mês... Essa... Essa criança não é minha.

—Como assim?! VOCÊ me traiu, não o contrário, lembre-se disso — Falei também séria.

—Grande coisa, e o que te impede de ter transado com qualquer cara nesse tempo que terminamos? —Ele queria sair da sala, eu não deixei.

—Mas eu não dormi, mas de todo jeito não teria com ser outra pessoa, não teria nem como isso acontecer, pois, eu estou com Da... —Me censurei.

—Viu, você já está com outro cara. Sabe, você me deu um susto, mas... — Ele me puxou para o lado — Passar bem Lily, você não vai me enganar.

—Não, eu nunca faria isso... — O segurei pelo braço — é verdade, eu estou grávida de você, Clarck.

—Posso falar minha opinião? Você está mentindo para voltar comigo...Que feio

—Espera! —Ele passou por mim sem me olhar.

Eu tinha que contar para ele a verdade, sobre a Dara, se não ele não acreditaria em mim. Já estava um pouco longe, mas sabia que podia me escutar, até porque não havia ninguém no corredor, estavam todos almoçando.

—Clarck! —Gritei, mas se quer virou o olhar para mim — Essa criança só pode ser sua. Porque... Porque eu estou sim com outra pessoa, só que essa pessoa é sua irmã! —Ele parou na hora — Dara e eu estamos saindo, Clarck.

Ele passou as mãos em seu rosto, deu meia volta e veio até mim, sério.

—Isso é verdade, você e Dara estão se pegando?

—Sim — Respirei fundo — A gente ficou um pouco depois que você e eu terminamos, estou saindo com ela já faz umas 3 semanas, então não pense que eu te traí com ela, isso aconteceu depois. E não, eu não queria ter engravidado de você, nem de ninguém!

Me segurei para não chorar, meus olhos estavam ardendo de vontade de chorar, mas me contive. Clarck parecia perdido, mas com certeza tinha acreditado em mim.

—Então... Quer dizer que você tá transando com a Dara agora?!

—Clarck! Eu me abri para você e só conseguiu reter o que é pertinente à “Dara”?

—Desculpe, mas isso é uma coisa que eu nunca esperaria acontecer... — Clarck riu de nervoso novamente — É muita informação para reter Lily, vamos com calma.

—Que calma?! Eu estou com seis semanas de gravidez, tempo é uma coisa que não está do meu lado, no momento.

—Uau, isso tudo já?!

—Sim... — Nesse momento não consegui segurar minhas lágrimas.

—Eu preferia que você quisesse minha camiseta de volta— Ele me abraçou — E já disse para não chorar.

—Eu também queria que fosse a droga da camiseta — Disse eu, rindo em meio as lágrimas.

—Shh... Não fala isso, Tim Duncan autografou aquela camiseta.

—Na verdade, você sabe que aquilo é item de fábrica, neh?

Ele me soltou, cruzou os braços novamente e me olhou sério. Não entendi o porquê daquilo, acho que ele sabia disso, só que queria acreditar que a réplica do uniforme do ídolo dele tinha algo de especial, mesmo não tendo. Basicamente foi o mesmo que contar para um criança que papai Noel não existe.

 

Lily_Pov(Off)


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