Ah Se Você Soubesse escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 26
Indo com o vento


Notas iniciais do capítulo

Um milagre a final, depois de correr como condenada(Não sei para que a pressa) eu estou de férias da faculdade e agora terei tempo de escrever e continuar essa historieta linda e adorada ^~^

Sabendo disso....Espero que gostem queridíssimos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630884/chapter/26

Dara_POV (On)

 

—Lunática, acorda! — Disse Sombra me empurrando do Sofá, havia dormido no ombro dele.

—Hã?! —Disse eu acordando assustada.

—Dormimos vendo TV de novo—Disse Sombra cambaleando enquanto caminhava para seu quarto—Vai para o quarto, são quase três da matina.

Levantei e fui para a cama tentar dormir de novo, estava em um sono tão bom lá na sala, era quase impossível eu dormir de novo depois de acordar. Droga, hoje é segunda de novo e hoje tem prova no último horário, Merd@!

Como já era esperado eu não consegui voltar a dormir, então peguei meu celular e fui olhar meu Face para distrair um pouco. Às 3:21 eu recebi uma mensagem no Messenger, era da Alice, levei um surto, mas não me surpreendi.

[Alice]: Que feio, acordada até tarde. Você não tem aula amanhã não?

[Dara]: Pergunto o mesmo. E aí, tudo bem?

[Alice]: Tudo ótimo. Não tô afim de ir amanhã não.

Não estava com paciência para falar com ela naquele momento, então fui bem direta.

[Dara]: Você está me stalkeando, não é?

[Alice]: Na verdade, não. Eu te deixei para a Lily, lembra? Mas eu cheguei em casa de uma festa agora e te vi online e pensei “Por que não dar um oi? ”. 

“Nossa, que interessante!! Você não tem mais ninguém para encher o saco não menina? ”.

[Dara]: Até parece uma desculpa convincente.

[Alice]: Não é desculpa, juro que é verdade. E aí, você e a Lily Estão bem?

[Dara]: Estamos, na medida do possível. Quer dizer, se ter ficado duas vezes conta como bem.... Já deu para entender que não anda bem do jeito que você queria que eu dissesse.

[Alice]: Hum, para mim está super bem. Ela terminou um relacionamento a pouco tempo, não é?

[Dara]: Sim.

[Alice]: Então está indo tudo bem mesmo.

[Dara]: É, acho que você está certa, olhando por esse lado.

[Alice]: Se bem que terminar um relacionamento igual ela terminou, é dose. Poxa, receber fotos do namorado transando com uma mulher na piscina e depois o encontrar só de toalha na porta da casa vizinha é muito difícil.

[Dara]: É verdade.

[Alice]: Tenha um pouco de paciência que tudo vai dar certo.

“Hã?! Como ela sabia da história da toalha? A Lily contou só para mim e as gêmeas, e isso foi na casa dela, ou seja, não tinha como Alice saber por conversas de corredor”.

[Dara]: Espera.... Como ficou sabendo que a Lily encontrou o Clarck assim? Ninguém na escola sabe tantos detalhes assim, nem a mais fofoqueira.

[Alice]: Então....

[Dara]: Então o que?

[Alice]: Então raciocina comigo…. Quem você acha que mandou as fotos para ela e contou da traição?

“Put@ que pariu!! Até arrepiei agora, por essa eu não esperava”.

[Dara]: Não acredito!! (@_@)

[Alice]: E por que não? Eu disse que iria te ajudar, foi o que eu fiz.

[Dara]: Mas Alice, você não gostava de mim?

[Alice]: Sim, posso parecer doida e um tanto possessiva, mas tudo o que eu mais quero é te ver feliz, seja comigo ou com outra pessoa.

“Alice, você é uma caixinha de surpresas...Me surpreende mais a cada dia”.

[Dara]: Alice, nem acredito que você fez isso. Quer dizer, acredito que você fez. Só não consigo pensar em motivos para isso, você não tinha nenhum, podia simplesmente ter deixado isso.

[Alice]: Sei disso. Na verdade, nem era para eu ter te contado isso, mas mal de dei oi e você já estava achando que eu só estava te perseguindo. Então precisei te contar isso e mostrar que na verdade sou uma amiga sua e que torço para você e a Lily darem certo.

[Dara]: Obrigada Alice, você é demais.

Depois daquilo a Alice foi dormir e eu fiquei lá olhando o nada. Mais tarde fui para a escola ansiosa para ver Lily, provavelmente ela vai pegar o resultado do exame depois da aula hoje, quero acompanha-la. Por infelicidade do destino não a vi antes da aula, tive de ir para minha aula, então no intervalo da segunda aula fui direto para o armário dela, corri o mais rápido possível, mas não a vi. Deduzi que ela havia ido ao médico bem cedo para pegar o resultado do exame, mas não creio que ela vá faltar a próxima aula, já que ela tem prova (Assim como eu ).

Eu acertei minha teoria, no intervalo do terceiro horário eu a vi catatônica em frente ao seu armário, estava com a porta do armário aberta e segurava um envelope lacrado. Eu me encostei no armário do lado dela e ela se quer percebeu que eu estava lá.

—Então, você vai abrir ou vai ficar só olhando? —Disse eu, dando um susto na Lily sem querer.

—Porr@ Dara! —Disse Lily catando tudo que havia deixado cair com o susto, eu me abaixei e ajudei também— Quer me matar do coração?

—Desculpa, é que você só olhava para o teste de gravidez e não fazia nada.

—Como sabe que isso é um teste de gravidez?

A olhei encarando e respondi em tom de sarcasmo, sei que ela odeia isso, mas devido a circunstâncias…Era preciso.

—Você está de brincadeira comigo, não é? Se isso não é um teste de gravidez...O que é então? Não venha me dizer que isso é seu boletim—respondi sorrindo sarcasticamente.

—Nossa, Dara você não precisa ser tão grossa.

—Desculpa, acho que estou tão ansiosa quanto você para saber o que ele vai dizer.

—Você não é a única, tá?!

—Sei, agora para de enrolar e abre isso por favor.

Fiquei do lado dela enquanto ela abria o envelope e puxava vagarosamente o papel, lendo com cuidado todas as palavras para no final chegar a saber que sim, eu vou ser titia, Lily está realmente grávida. Isso não era de surpreender, mas Lily pareceu gelar naquela hora. Eu tinha que fazer algo, ainda estava com um de seus livros em minha mão, então resolvi distraí-la um pouco, mesmo que isso significasse ela brigar comigo.

Eu chamei sua atenção dizendo seu nome, assim que ela olhou para mim eu a empurrei um pouco para trás. Ao mesmo tempo levantei o caderno em minha mão esquerda, deixei em um ângulo perfeito onde tanto a porta do seu armário quanto seu caderno cobrissem seu rosto. Foi tudo muito rápido, mas foi o tempo exato para eu a beijar e depois voltar para minha posição original.

Lily, regalou os olhos, mas nada disse. Isso não é normal dela, isso não é um bom sinal.

—Eu sei que está triste agora, mas.... Eu quero que saiba que eu estou aqui e vou fazer todo o possível, e se preciso for, até o impossível para te ajudar—Disse eu sorrindo.

—Obrigada—Respondeu Lily secamente.

“ O que?! Eu te beijei em público e você se quer surta por causa disso? ”.

—Você está ouvindo o que eu disse ou foi substituída por um robô que não sabe expressar emoções? Por que você não brigou comigo nenhuma vez hoje, eu te beijei no meio desse corredor cheio e você simplesmente não disse um A? —Disse eu curiosa.

—Eu sei que você só fez isso para tentar me animar, achei até fofo você ter me beijado... E não estou triste., já aceitei que estou grávida—Disse ela sorrindo, bem nesse momento o sinal tocou—Só acho que minha cabeça está muito cheia no momento.

Nos encaramos momentaneamente em meio àquela confusão de pessoas passando. Posso não conhecer Lily há muito tempo, mas uma coisa eu sei, aqueles olhos dizem mais que aquele sorriso.

—Tem certeza? —Disse eu a encarando.

—Tenho—Lily me abraçou e me beijou na testa—Agora vamos para a aula, te vejo na hora do almoço.

—Tudo bem então.

Fiquei pensando nela a manhã inteira, mal fiz a prova direito. Mesmo sabendo que o que ela tinha me dito era mentira, o que eu ia fazer sobre aquilo? Tudo que eu podia fazer era motivá-la, mas se continuasse em cima dela falando coisas como: “eu estou do seu lado” ou “o que precisar eu estou aqui”, entre outras coisas do tipo, provavelmente ela vai brigar comigo. O que eu menos quero agora é que ela brigue comigo, posso até querer irritá-la um pouco, mas é só para distraí-la as vezes. Queria poder fazer mais por ela, mas acho que tudo que eu realmente posso fazer por hora é deixar ela se acalmar e deixar ela se resolver consigo mesma.

Quarta à noite eu estava em casa, cortando legumes na hora do jantar, olhando para o nada e pensando em tudo relacionado à Lily. Sombra estava jogado no sofá, ainda de camisa social e gravata, visivelmente cansado, surfando pelos canais da TV.

—Então, a Lily está realmente grávida? —Perguntou Sombra do nada e sem eu comentar nada sobre o assunto.

—Hã?! Ah sim, ela está grávida mesmo. Vou ser titia— Disse eu sorrindo.

Nota: eu posso até parecer um cosplay de noiva cadáver, mas amo crianças. E apesar de ter perfil para assustar qualquer uma, raramente uma criança não gosta de mim.

—Oh, que legal—Disse Sombra pegando Sr. Almíscar no colo— Dara, você já deu o remédio da Lady Fluppy?

—Já dei, fiquei com medo dela passar mal igual ontem então dei o remédio assim que cheguei.

Uma coisa que não contei, minha gata tem epilepsia; quer dizer, na verdade não sabemos ao certo ainda, pois estamos fazendo uma bateira de exames na bichana para descobrir. Mas enfim, apenas sei que ela tem convulsões, e também sei que isso dá muita dó. Eu não entendo como um bichinho tão pequeno possa ter um mal tão grande. Já faz duas semanas que tenho que dar fenobarbital duas vezes por dia para ela não passar mal, por sorte ela toma sem nem precisar misturar na comida. A Lady Fuppy é um amor de gata comigo e o Sombra, ao contrário do Sr. Almíscar, que apesar de ser super carinhoso; falou em remédio, banho ou veterinário.... Você não vê mais Sr. Almíscar, além de procurar o bichano ainda tem que abrir a boca dele, sem contar que ele não cede com facilidade. Por sorte ele nunca mordeu nenhum de nós, só é manhoso mesmo.

—Ô FOLGADO! —Disse Sombra para o gato, que havia se enroscado sobre sua barriga.

—Eu não sei quem é mais preguiçoso, se é o gato que sentou a bunda no sofá ou o que sentou a bunda no que se sentou no sofá.

—Ei! —Disse Sombra quase que só sussurrando por conta da preguiça—Mas você me chamou de gato, então tá de boa, menos mal aliás.

—Sombra eu estava pensando aqui....

—Hum?!

—Se a Lily for expulsa de casa.... Ela pode vir morar com a gente por um tempinho?

—Por mim tudo bem —Disse ele depois de uma eternidade.

—Obrigada—Disse eu sorrindo muito.

—De nada, não preocupa com ela amiga, vai dar tudo certo. Tenho certeza que os pais dela não são pessoas tão sem coração assim.

—Obrigada, é que...

—Eu sei.... Não precisa explicar, eu também ficaria muito preocupado se estivesse no seu lugar—Disse Sombra virando no sofá e quase esmagando o Sr. Almíscar — Mas enfim, se ela precisar.... Você tá do lado dela e eu estou do seu, o que precisar eu estou aqui.

—Obrigada—Disse sorrindo—Ai, tudo seria bem melhor se você fosse meu irmão, não acha?

—Ai credo!! —Disse Sombra histérico.

—O que foi?

—O que foi?! Se eu fosse seu irmão, seria o Clarck. Se eu fosse o Clarck.... Eu agora seria pai? Nãaaaaoooo.

Ri um pouco, sabia onde ele queria chegar, mas resolvi perguntar mesmo assim.

— E o que tem de tão ruim ser pai?

—Nada, mas só de pensar em dormir com uma mulher…. Eu dou um ataque cardíaco—Disse Sombra se levantando e agora amassando de vez o Sr. Almíscar que de tão folgado ainda não tinha descido do sofá. O gato deu um miado e depois um pulo daqueles—Enfim, a Lily até que é bonita... Mas mesmo assim, se fosse o caso...Estaríamos brigados de todo jeito, já que tu gosta dela.

—Véi, você viaja demais—Disse eu rindo compulsoriamente (sei que sou retardada, mas pode dizer) — Eu queria que VOCÊ fosse meu irmão, não que VOCÊ fosse o Clarck.

—Legal.... —Ele ficou encarando o nada momentaneamente—Acho que eu preciso de uma cerveja, minha cabeça tá me matando.

“Que bela solução para um problema...Só você mesmo Sombra”.

 

Dara_Pov(Off)

....................***** ....................

Lily_Pov(On)

 

Você já saiu chutando pedrinhas na rua pensando na vida? Pois é assim que estou agora. Megan e Magda estavam andando ao meu lado, estávamos indo à sorveteria. Megan não parava de tagarelar e eu já nem sabia do que ela falava, Magda apenas escutava e ria da irmã.

—Não é Lily? —Perguntou Megan.

—Hã?! O que? —Disse eu quase caindo.

—Que isso Lily, você está tão distraída. Está tudo bem? —Perguntou Magda.

—Tudo—Respondi cabisbaixa.

—Hum.... Já sei, está pensando na Dara, não é? —Disse Megan me cutucando com o cotovelo.

—Não. Ai vocês são minhas amigas, vou falar de uma vez...Eu estou grávida.

—O QUE!! —Disseram as duas em uníssono— Mas como?!

—Estou com quatro semanas, quase cinco.

—Hã?! Então isso foi antes do Clarck e você terminarem—Disseram as duas novamente em uníssono.

—Sim.

—Ele já sabe amiga? —Perguntou Megan.

—Não, podemos mudar de assunto? Sei lá, voltar a falar do que vocês estavam conversando antes—Disse eu chutando a pedrinha que carregava com os pés para longe.

Magda me encarou perplexa, mas não disse nada.

—Mas amiga, você está grávida, não é uma algo como .... Ah hoje eu fui ao açougueiro e voltei para casa. Isso é uma coisa importante, como espera que nós simplesmente ignoremos isso e continuemos andando? —Disse Megan.

—Por que ao açougueiro? —Perguntei tentando achar a ligação entre os assuntos.

—Porque estou com fome, só isso—Respondeu Megan.

—Ah tá...Já devia desconfiar, mas enfim...Eu só queria que vocês entendessem que eu não quero falar sobre isso por hora.

—Mas... — Tentou argumentar Megan.

—Não, deixa ela Megan—Disse Magda colocando a mão no ombro da irmã—Ela sabe o que faz.

—Mas... —Ainda tentou falar Megan, indignada.

—Obrigada Magda—Disse eu sorrindo meiga—Agora vamos tomar sorvete, gente?!

—Claro... —Disse Magda, ela quis falar algo mais, mas não disse nada. Me pergunto o que ela queria dizer.

A semana passou depressa, quando vi já era sexta-feira quase oito da noite. Eu estava trancada em meu quarto fazendo trabalho de álgebra enquanto conversava no telefone com a Dara, era como se ela estivesse ao meu lado conversando, me senti melhor comigo mesma ouvindo a voz dela.

[Dara]: Qual questão você está?

[Lily]: 32

[Dara]:  Credo! Quantas questões tem essa bagaça? Desde a hora que eu cheguei em casa você está fazendo isso.

[Lily]: 54 questões, sem contar as que tem letra a, b, c e o infinito para resolverem também.

[Dara]:  Put@ que pariu. Isso não é trabalho, isso é um dever monstruoso que dá trabalho para Caralh@.

[Lily]: Verdade.

[Dara]:  Sabe, nós podíamos sair amanhã. Sei lá, você decide o que fazer, só queria passar um tempo contigo.

[Lily]: É uma ótima ideia, mas amanhã tenho mais trabalho para fazer.

[Dara]:  Anem Lily, sai comigo...Só um pouco, ficar muito tempo fazendo trabalho de escola mercê um descanso...Poooorr Faaaavooorr!!!

Parei até de escrever naquele momento e dei um sorrisinho para.... Eu ia dizer que era para o nada, mas havia um pôster Iron Man (Magda que me deu) colado bem na minha frente, então tecnicamente sorri para ele. Dara falou de um jeito tão manhoso, deu até dó, ela é muito fofa.

[Dara]: Ué.... Ficou muda?

[Lily]: Não, é que você falou de uma forma tão fofa e tão manhosa, eu até abri um sorriso aqui.

[Dara]:  Hã?!

[Lily]: Sei lá achei bonita sua voz, só isso.

[Dara]:  Hum.... Então você gosta da minha voz...Hum, interessante...

Dara havia falado de uma forma sedutora e muito bonita, mas não aguentei e ri da situação.

[Dara]:  Nossa, ficou tão ruim assim minha voz?

[Lily]: Não mesmo, com essa voz você ganhar qualquer pessoa no mundo.

[Dara]:  Hum.... Então se é assim eu posso ter você.

Dara falou novamente com a mesma voz sedutora e agradável aos meus ouvidos. Eu gostando de uma garota e achando sexy sua voz...O mundo gira, não é?

[Lily]: Eu não sou qualquer pessoa.

[Dara]:  SEM GRAÇA!! Não sabe nem brincar.

Dara havia falado agora com uma voz manhosa e infantil, não aguentei e novamente ri daquilo. Justo nesse momento meu pai bateu a minha porta e disse que a pizza já havia chegado, eu agradeci e ele foi embora.

[Dara]: Pizza?! Tem pizza aí e você nem me convida para comer? Isso é maldade, sabia?

[Lily]: Sexta do pôquer

[Dara]: Tem até pôquer aí e você nem me chama? Magoei.

[Lily]: Toda sexta meu pai joga pôquer com os amigos dele, essa semana foi a vez dos amigos dele virem para cá jogar.

[Dara]:  Ahh.... Que legal, mas e a sua mãe?

[Lily]: O que tem ela?

[Dara]: Ela não vê nada de mais nisso?

[Lily]: Não, porque geralmente ela joga junto. E tirando dias excepcionais, isso dura até às 22:00 no máximo

 [Dara]:  Hum, que legal... Mas sério...Deu vontade de comer pizza agora.

Olhei toda a pilha de dever que eu tinha para fazer, estiquei-me um pouco na cadeira e pensei: “FOD@-SE TUDO ISSO! Ela é mais importante que esses trabalhos”. Sem contar que desses trabalhos, um é para quarta e outro sexta-feira, ambos tenho tempo de fazer.

[Lily]: Por que você não vem me buscar então? Eu te pago uma pizza.

[Dara]: O que?!

[Lily]: Vêm me buscar, eu te pago uma pizza.

[Dara]: Você está falando sério?

[Lily]: Sim, amanhã eu não vou ter tempo para sair com você.... Então podíamos sair agora.

[Dara]: Por mim tudo bem.... Deixa só eu trocar de roupa aqui e eu já te busco.

[Lily]: Ok.

Eu estou à beira de um colapso, não sei o que fazer daqui para frente, mas parece que sempre que falo com a Dara eu me acalmo. Eu nunca fiz isso, deixar meus estudos para sair com alguém? Puff, para mim isso é besteira, tempo perdido. Mas preciso muito ver ela, preciso sair dessa casa, antes que o circo pegue fogo, depois eu volto quando as coisas estiverem mais calmas.

Meia hora depois que eu já havia trocado de roupa a Dara chegou na minha casa. Eu estava ainda em meu quarto, então minha mãe chegou à porta antes de mim e a abriu para Dara, ela a encarou de um modo que fez Dara ficar sem graça, mas não disse nada para ela. Eu passei por minha mãe que também me encarou, cheirava a álcool, era nítido que havia bebido. Ainda bem que decidi sair um pouco dessa casa.

—Mãe, vou sair com a Dara e as gêmeas. Volto mais tarde tá?

—Ok, mas já não é tarde demais para isso?

—Claro que não, as meninas inventaram de ver um filme que passa às dez.

—Tudo bem… Mas, juízo... — Já estava quase na moto quando minha mãe completou a frase— Para vocês duas.

—Droga, ela sabe—Falei baixo.

—O que?! — Perguntou Dara.

—Dara, por favor só olha para frente, daqui a pouco eu conto— Disse eu olhando para a moto e falando baixo, minha mãe ainda nos observava.

—OK—Respondeu Dara colocando o capacete.

Quando já estávamos a algumas quadras da minha casa, Dara parou a moto, virou-se para mim e me perguntou:

—O que foi que aconteceu lá na sua casa?

—Primeiramente preciso saber de uma coisa, posso dormir na sua casa hoje?

—Claro que sim, mas agora me fala o que aconteceu, fiquei curiosa.

—Acho que minha mãe já descobriu sobre a gente.

—O que?! Conta isso direito, mas como?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ah Se Você Soubesse" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.