Ah Se Você Soubesse escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 24
Querer não é poder


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



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Dara _Pov(On)

Acordei de manhã com torcicolo por ter dormido sentada, olhei ao redor e não vi Lily, mas ouvi um barulho do banheiro e presumi que fosse ela, o banheiro estava com a porta aberta e não estava assim ontem, então devia realmente ser ela. Levantei e fui até lá, ela estava abraçando o vazo colocando os bofes para fora, assim que a vi aproximei-me e puxei o cabelo dela para trás para que não o sujasse.

— Sente-se melhor? —Perguntei depois que ela pareceu melhorar.

—Sim—Disse ela me encarando, levantou-se, limpou a boca e terminou de falar—Me sinto muito melhor.

Desci as cortinas da sala e chamei Lily para se deitar um pouco, preparei com um pouco de água quente para um capuchino, havia trazido em minha mochila alguns saches disso, junto com uns salgadinhos para tapear a fome caso fosse preciso, entre mais algumas outras besteirinhas de comer. Enquanto isso Lily apenas ficou estendida no carpeta da sala tampando seu rosto da pouca claridade vinda por entre a malha das cortinas.

—Quer comer algo? —Disse eu entregando o café para ela, que basicamente o tomou em um só gole.

—Não—Disse ela se jogando no sofá—Para que tanta luz?

—Sei como, é ruim ressaca, neh?—Disse eu rindo.

—Que bom—Ela me olhou... Meio agressiva.

—Você está bem? —Perguntei tentando tocar em seu braço, mas ela recuou.

—Não, minha cabeça parece que vai me matar, minha mãe já me ligou mais de quinze vezes me procurando...Só mandei uma msg falando que estou na sua casa, não estou mentalmente bem para falar com ela— Ela tampou sua cabeça com uma almofada—Meu Deus! Eu não costumo beber e ontem exagerei.

—Ah, foi só um engradado de cerveja.

—Você acabou de escutar o que me disse?

—O que?!

—Eu bebi um engradado de cerveja sozinha, ou seja, 4,200 litros de cevada processada e fermentada e aproximadamente 150 ml de álcool se a cerveja tiver Álc 3,5%.... Ou seja—A interrompi com um beijo do mesmo jeito que ela me interrompeu ontem, NÃO AGUENTAVA MAIS a ver falando de números e contas.

Ela estatelou os olhos, pensei que fosse me empurrar, mas cedeu ao momento. Ficamos naquilo algum tempo, estava tão feliz, ela não havia se esquivado de mim, estava aproveitando ao máximo o momento e ela também parecia estar fazendo o mesmo...

—Isso foi incrível—Disse ela sem olhar em meus olhos—Eu nunca havia beijado uma garota antes.

Me aproximei novamente e lhe dei um selinho, ela me puxou e me beijou novamente, depois do nada empurrou suavemente meu ombro para que me separasse dela.

—Como eu dizia antes.... —Ela pôs sua mão sobre a minha—Isso foi incrível, mas eu não posso continuar com isso. Sabe, eu acho.... Quer dizer, eu sei lá no fundo da minha alma que eu NÃO Sou lésbica e....

Ela me puxou novamente e me beijou de novo, não entendi isso, parecia querer me engolir com sua vontade de me ter mais próxima, eu realmente não a entendi, então novamente parou do nada e me empurrou com força.

—Merda!! O que eu estou fazendo—Disse Lily curvando-se para frente, apoiando seus cotovelos em seus joelhos e tampando seu rosto com as mãos—Perdão eu estou.... Estou...

—Você está confusa—Disse eu colocando a mão em seu ombro—Mas tudo bem, eu entendo.

Ela olhou para mim e sorriu ternamente.

—Perdão por ter te beijado, eu não estava pensando direito, não devia ter feito isso.

—Não precisa se desculpar.

—Foi um erro—Disse ela tristonha.

—Foi sim—Disse eu também triste ou ver sua reação.

—Vamos fazer assim... Podemos esquecer isso que aconteceu? —Perguntou Lily muito preocupada.

—Claro... Se te faz sentir melhor—Disse eu olhando meio catatônica para ela, que frieza—Quer alguma coisa para comer? —Disse eu tentando disfarçar minha tristeza.

—Não.... Meu estomago ainda está girando.

—Ok então.

Fui até a cozinha buscar um copo d’água, estava sedenta, não estava com sinais de ressaca, mas estava me sentindo como se estivesse desidratada.

—Dara... Posso te contar uma coisa?

—Claro, o que você quiser.

—Eu fiquei muito feliz que seu irmão terminou o relacionamento comigo—Ela disse isso e eu virei-me assustada para ela— Porque eu sentia que não estava sendo fiel com ele também, mesmo que nunca tenha o traído.... Eu já não estava conseguindo o ver do mesmo jeito que via antes.

—E como você o via então?

—Bem, antes eu o via com os olhos de uma apaixonada, mas a paixão queima e um dia quando você menos espera o fogo se apaga.... Você vê que isso não é exatamente aquilo que você queria para você e tem de aprender a gostar de quem está ao lado, ou simplesmente escolher acabar com tudo— Ela olhou em meus olhos e faltava um pouco para conseguir ver minha alma, gelei nessa hora—Eu havia escolhido aprender a gostar, mas não estava dando certo.... Fiquei feliz por ter acabado, só não gostei do jeito, pensei que ele gostasse de mim.

—Hum.... Não sei o que dizer, só sei que amei o esbregue que ele levou ontem e mesmo se ele não tivesse te traído iria fazer isso.

—Gostei muito do que você fez.... Obrigada! —Disse ela me sorrindo meigamente.

—Disponha madame!

Acho que...Aff eu não acho nada.... Fiquei muito feliz por cada beijo recebido dela, mas parando para analisar o momento vejo também que estou me aproveitando da situação, ela terminou um relacionamento agora, sinto-me como se estive abusando de sua carência para conseguir sua atenção. O melhor que posso fazer agora é deixá-la se resolver consigo mesma e ver no que dá. Aff que dor no coração dizer isso, mas pelo menos sei que ela não vai me dar mais um gelo, também porque eu pedi especificamente isso para ela e como resposta ela me disse sorrindo que não tinha porquê fazer isso.

Dara _Pov(Off)

..................*****.....................

Lily _Pov(On)

 

Hoje é segunda e mesmo já tendo passado dois dias que não vejo Dara, ainda sinto seu toque em meus lábios, acordei hoje, cheguei na frente do espelho, passei suavemente o indicador sobre meus lábios e tive a sensação de ainda beijá-la, ri em silencio de mim mesma por isso.

—Por que você fica tão feliz sabendo que beijou uma garota? Bom, é melhor eu guardar esse sentimento só para mim—Disse eu para meu reflexo enquanto penteava meu cabelo—Imagina se ela descobre isso?!

Desci as escadas, tomei café da manhã, saí mais cedo como de costume e fui para a escola, chegando lá vi o Clarck arrumado como sempre, mas com uma cara de apreensivo, ele me encarou e eu fingi não o olhar.

—Ei, Lily—Disse ele segurando meu braço quando passei por ele.

—Me solta Clarck—Disse eu me livrando dele—Tá ficando doido?

—Lily, eu preciso muito conversar contigo! Muito mesmo! —Dava para ver a cara de desespero dele.

Fomos até o corredor do segundo andar que geralmente é vazio nessa hora e a janela é grande e ainda dá para ver da rua quem passa por lá, me encostei na parede, cruzei meus braços e o encarei fazendo cara feia.

—Fala, sou toda ouvidos.

—Bem....Primeiramente eu queria te pedir perdão por ter te traído e por não ter tido coragem de falar isso semana passada, é que eu fiquei muito envergonhado e não sabia se você iria me ouvir, de todo jeito.

“Que cretino, pior que se eu não tivesse visto o que ele tinha feito sexta anoite eu acreditava nesse teatrinho ridículo dele...Gente! Eu namorava mesmo um vigarista desse? ”.

—Tadinho—Disse eu fingindo acreditar nele—Mas por que não falou nada o dia que eu te vi com aquela peituda mesmo?

—Bem, eu tentei te ligar mil vezes, você não atendeu

“É a primeira coisa que ele diz hoje que é verdade, ele me ligou três vezes aquele dia... Só falta me pedir para voltar depois disso”.

—Hum... —Disse eu mostrando desinteresse.

—Bem.... Eu vou direto ao ponto—Ele ajoelhou-se e pegou minha mão—Por favor me perdoa Lily, volta para mim! Eu juro que estou arrependido, quase morri essa semana sem você. Nem consegui dormir esse final de semana de ansiedade para falar contigo.

“Ai para Clarck! Isso está me dando até enjoo. Você não dormiu direito esse final de semana por medo e está falando isso comigo por medo também. Idiota! ”.

—Levanta Clarck, tá pagando mico assim—Disse eu o puxando para cima—Bem, você parece realmente arrependido, eu te perdoo.

—Sério?! —Disse ele já tentando me abraçar, eu pus minha mão entre nós.

—Não terminei de falar. Eu te perdoo, mas não acho justo dar uma segunda chance para alguém que eu sei que vai fazer a mesma coisa de novo. Você não foi feito para ser preso à outra pessoa, você mesmo me disse isso no nosso aniversário de cinco meses.... Não vai dar certo entre nós, eu quero alguém que esteja do meu lado sempre e aceite que eu gosto de segurança.

—Lily, mas foi só uma vez.... Eu juro que não vai se repetir.

—Não, essa foi a primeira vez que eu fiquei sabendo.... Não quero saber da segunda ou terceira.

—Amor, por favor me perdoa—Disse ele desesperado.

—Claro que te perdoo...Só não volto para você “amorzinho”.... Mas podemos ser amigos—Disse eu estendendo a mão para ele.

—Tudo bem, você está certa em não voltar para mim, eu vacilei em te tratar assim.

—Sem ressentimentos—Disse eu sorrindo.

Estava virando me quando ele me segurou novamente pelo braço.

—Uma última pergunta.... Você conhece algum roqueiro que possa me emprestar roupa de motoqueiro? Vai ter uma festa à fantasia na quinta que vem e eu queria ir vestido de motoqueiro.

“Hum...Tava faltando se entregar descaradamente né espertinho”. 

Fingi pensar um pouco, depois respondi.

—De roqueiro, só conheço o Sombra e o Tio Quebra Osso, mas meu tio é muito grande, não vai servir as roupas dele em você—Disse eu naturalmente.

—Tio Quebra Osso?! —Disse ele arregalando os olhos, depois tentando manter a postura o mais rápido possível— Quer dizer... Po..Po..Por que ele tem esse nome tão curioso?

Fingi estar intrigada com seu gesto, hahaha deixa o Clarck pensar que só ele sabe brincar, eu também atuo muito bem.

—Meu tio é militar e lutador de MMA nas horas vagas—Disse empolgada.

—Que interessante—Disse ele catatônico— E vocês são muito próximos?

—Bastante, apesar de meu tio trabalhar muito, ele está passando as férias aqui na cidade e em breve irá se aposentar para nossa alegria, então estaremos mais próximos, se Deus quiser.

—Que le..leg...Legal Lily. Mas era só isso que eu queria falar com você mesmo, não vou te amolar mais, boa aula!

—Boa aula para você também, fofo.

Antes de descer as escadas esbarrei com Dara que veio ansiosa na minha direção.

—Lily, por favor me diz que você está bem —Disse Dara transparecendo sua preocupação.

—Eu estou ótima Dara.

—Ele não te fez nada, ah que milagre!

—Por quê?!

—Eu sei lá, te vi lá de fora e pensei... Ai, eu fiquei preocupada que ele tivesse lhe fazendo algum mal.

—Eu estou bem Dara—Disse eu olhando em seus olhos, ela me abraçou apertado depois disso, na verdade meio que se jogou em meus braços—Então, você não quer saber o que aconteceu?

.....******....

Combinei de ir com as gêmeas na sexta comprar roupas de inverno, o outono está quase acabando e eu não tenho uma peça nova se quer de frio. Então depois da aula a Fernanda pegou as gêmeas e eu na escola para irmos fazer compras.

—O que vocês querem fazer primeiro? —Perguntou Fernanda.

—Comer!! —Gritou Megan logo de cara.

—Ok então—Disse Fernanda rindo um pouco.

—Megan, eu não sei como você não engorda.... Sério—Disse eu.

—Ué.... Não é pecado gostar de comer—Defendeu-se Megan.

—É sim, isso chama-se gula maninha—Disse Magda também rindo da irmã.

—Anem gente, para de pegar no meu pé... E poxa, gula é quando uma pessoa come demais.

—Aí, você descrita em pessoa—Disse eu.

—Para de zuar com a minha cara, gente!! Eu não como nada desde o almoço.

Nós três caímos na gargalhada, a Megan está sem paciência de tudo hoje e está hilário ver isso.... Não poderíamos deixar essa oportunidade de brincar com ela, porque geralmente ela também não perde essa oportunidade conosco.

—Ah não gente...Vamo parar! —Disse Fernanda defendendo Megan—E não fica assim não gata.... Você está lindaaa.... Maravilhosa.... Pode comer sem culpa.

—Obrigada! —Disse Megan já sorrindo.

—Só não exagera nos carboidratos—Disse Fernanda sem a intenção de magoar mesmo.

—Anem...Desisto—Disse Megan saindo zangada de perto de nós.

—Ué.... Disse algo de mais? —Perguntou Fernanda sem entender.

Magda e eu rimos compulsoriamente, explicamos como a Megan era e fomos até a praça de alimentação, sabíamos que a encontraríamos lá. Depois ficamos passeando pelo shopping, na porta de uma loja puxei Magda um momento e pedi para conversar em particular com ela, nos sentamos nos banquinhos da loja enquanto Megan e Fernanda andavam pela loja.

—Então... O que é que você queria falar?

—Ai, perdão é que eu quase não te vi disponível para conversar essa semana.

—Pois é, fiquei muito enrolada com os projetos do robô que estou construindo com o Martin. Mas então... O que você queria falar?

—Eu beijei a Dara! —Disse meio que jogando para fora isso.

—Oi?! Como é que é? Repete... —Disse Magda com o queixo caído.

—Lembra que eu te contei que ela meio que me raptou na sexta anoite?

—Sim.... Vocês ficaram enquanto você estava bêbeda?

—Sim e de manhã também.

—Espera aí, vocês transaram bêbadas?

—Não, claro que não.... Nem tanto né Magda. Mas eu dormi no sofá com a cabeça no colo dela, depois de manhã quando fui falar como eu estava me sentindo, meio que rolou um clima de novo e a gente se pegou algumas vezes de novo.

Magda parou para atender Fernanda que chegou pedindo a opinião dela sobre um casaco, depois ainda com Fernanda por perto ela respondeu:

—Olha amiga, você já teve sonhos lésbicos com a garota, sonhou até que estava fudendo com ela...  Eu meio que já esperava que isso fosse acontecer, nem me surpreendo.

—A Lily sonhou que estava fudendo quem? —Disse Megan chegando por trás de mim, me matando de susto, me dando um pequeno infarto.

—A Dara—Disse Fernanda se olhando no espelho na nossa frente sem virar-se para trás.

—Ai que vergonha—Disse eu cobrindo minha face com minhas mãos.

—Eu ouvi certo mesmo? —Disse Megan assustada.

—Sim....Agora pode voltar a fazer suas compras tá! —Disse Magda tentando afastar a irmã.

—Ah mas...

—Não precisa se preocupar Magda, já que elas estão aqui eu conto para elas também —Disse eu ainda tampando minha cara, de vergonha.

Juntei todas e contei tudo que tinha acontecido, Megan lembrou o sonho que tive no acampamento e Magda lembrou (não precisava) do sonho que tive o dia da festa do pijama bizarra na casa delas.

—Puff, primeiro minha irmã virou lésbica...Agora você Lily, desse jeito só falta eu pelo visto—Disse Megan fazendo cara de emburrada.

—Sou lésbica sim e qual o problema? —Disseram Fernanda e Magda nervosas ao mesmo tempo.

—Nenhum, gente!! —Respondeu Megan assustada com a reação das duas—Só tô falando que foi quase em sequência que vocês se assumiram.

—Epa, epa epa! —Disse eu interrompendo a fala da Megan—Eu não assumi nada e eu não sou lésbica, pelo que eu saiba eu ainda gosto de homem.

—Então você é bissexual? —Perguntou Megan ainda com cara emburrada.

—Não!... Quer dizer.... Eu não sei, eu só sei que eu queria muito beijar a Dara e aconteceu.... Eu não sei o que eu sou.

—E não tem problema isso. “Ah, mas você pegou uma mina, então você é lésbica”, não necessariamente. —Disse Fernanda colocando sua mão em meu ombro— Sabe o problema dos dias de hoje, tudo é rotulado. A comunidade criou termos para “classificarem” os diferentes tipos de pessoas, se você gosta de rock então você é roqueiro, você é triste, só usa preto...Sei não, mas você é gótico. Acho isso ridículo, só exclui mais ainda as pessoas, dividindo as cada vez mais em grupinhos.

—Não entendi—Disse eu.

—Você não deve se preocupar em ser hetero ou lésbica ou bi ou o diabo a quatro... Você deve se preocupar com o que você sente, o resto é só nome.

—Verdade—Disse Megan.

—Só uma pergunta.... Você ficou com ela por curiosidade por conta desses sonhos…. Ou.... Ou sei lá, senti algo pela Dara? —Perguntou Magda.

—Eu.... Eu não sei também, eu acho que gosto muito dela, na verdade eu acho que sinto realmente algo por ela, mas.... Poxa eu não posso me deixar gostar dela.

—É meio estranho não acha? —Disse Megan rindo sem graça—Você termina com o cara e pega a irmã dele, é um pouco estranho e nem é uma “vingança”.

—Megan!! —Gritaram Magda e Fernanda.

—O que gente?! —Disse ela assustada de novo, ela está muito voada hoje e sem noção também.

—Não gente, pior que ela está certa, é realmente estranho... Mas eu não... Eu simplesmente não posso.

—Hum... Mas algo me diz que você quer muito—Disse Fernanda.

—Querer não é poder—Disse eu ajeitando meu cabelo.

—Mas o amor é algo poderoso, então querer amar também é..... Espero que consiga resolver esse conflito entre você mesma logo.

—Eu também.


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