Ah Se Você Soubesse escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 2
Alguns momentos inesquecíveis... E um doloroso


Notas iniciais do capítulo

Olá povo querido, amado e que mora no meu coração.... Hoje trouxe mais um capitulo para vocês e espero sinceramente que gostem.


Então... Perdão qualquer erro e muito boa leitura!



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Eu estava indo ao campeonato regional de natação, nada de mais, fui junto com a equipe de natação da escola. Odeio esse tipo de coisa, mas o lado bom é que ficarei quase uma semana sem aula, pois estávamos indo na terça e voltaremos na sexta. O evento como uma ideia geral me pareceu bom já de cara, mas eu pessoalmente acho que quem fez esse campeonato deve ser idiota ou queria realmente nos livrar da aula, porque...

“Onde já se viu fazer um campeonato para estudantes e fazer eles perderem dias de aula?!”

Eu acho meio estranho isso, mas tudo bem, quatro dias sem escola nem eu reclamo e viajar para fora da cidade muito menos. O lado ruim é que vim sem minha família e só podia conversar com o Clarck de noite e para piorar seria por mensagens (tenho sérias dúvidas se minha internet irá ou não me deixar na mão), nada contra mensagens, elas ajudam muito, mas nada substitui o contato humano.

As competições começaram na quarta de manhã e naquela hora mesmo já começou a humilhação, porque eu como a boa esportista que sou simplesmente vesti minha armadura de guerra, que se compõem por: meu maiô de natação, minha toca e óculos de natação. E como disse antes, a humilhação começou aí, porque no final já não tinha mais eu e sim o ET de Varginha vestido para uma expedição noturna; sinceramente considero essa a nossa primeira prova, porque fico um ser humano totalmente distorcido com esse tipo de roupa, aliás, que mulher fica “feminina” com essas roupas? Olhe na tv e diga-me o nome de pelo menos uma, que eu juro bater palmas de pé para ela. Mesmo com toda tecnologia por trás dessas roupas.... Não poderia ter algo mais bonitinho não?

Fui campeã dos 200 metros livres, fiquei muito feliz, saí da água quase dando pulinhos de alegria, me vesti e já estava indo pegar minha tão merecida medalha de ouro. Andava com uma pose de rainha enquanto caminhava até o pódio, quer dizer.... Cheguei bem perto dele. Eu caí um pouco antes de chegar ao pódio e para piorar caí de cara nele, cortando assim meu supercílio; cair não é o problema, o problema é o jeito absurdo que eu caí. Minha treinadora disse que caí basicamente em câmera lenta, ela disse que “eu quis cair”, parei um pouco como se tivesse pegado equilíbrio e depois desabei no chão (e com o rosto no pódio).

Pronto, a vontade foi me esconder debaixo de meu cobertor e nunca mais sairei de lá. Eu nunca passei um mico tão grande como esse em minha vida e para piorar estou com um corte do tamanho do mundo no rosto, acho que entrei para o livro dos recordes pelo tombo que levei.

Mesmo ferida competi na prova de revezamento de 400 metros com minhas colegas, quer dizer, fui contra vontade da enfermeira que me atendeu. Mas nós ganhamos e no fim é isso que importa, mas estava tão sem graça e nervosa que na verdade nem liguei.

Acho que isso é uma coisa chamada destino, que eu não sei quem o controla decidiu pregar-me uma peça muito sem graça. Aliás, se alguém souber quem controla o destino.... Me passa o endereço ou telefone porque tenho assuntos a resolver com ele. Mas voltando o foco aqui, u voltei para casa com cinco pontos na cara e muito nervosa... Droga! Como vou para escola com essa cicatriz?

.......................*****.......................

Amanhecia novamente, o telefone ao lado de Lily tocou, na tela estava uma foto de Clark. Eram 7:15 da manhã de sábado e poderia ser o Papa ligando que era quase certeza que Lily acordaria de mal humor do mesmo jeito.

— Clarck, você sabe que horas são? —Disse Lily quase gritando.

— Bom dia flor do dia!

— Sábado de manhã, você sabe que ontem cheguei tarde de viagem tarde e vem me desejar bom dia? —AH só pode ser brincadeira.

— Bom dia para você também, grossa.

Dava para ouvir nitidamente as risadas de Clark do outro lado da linha, aquilo me deixou furiosa.

— Idiota!

— Sabia que isso ia te deixar nervosa, por isso como desculpas eu já tinha planejado sair contigo depois do almoço.... Que tal?

— Vai me deixar dormir mais um pouco se eu aceitar?

— Claro, eu juro.

Desliguei meu celular, o deixei no silencioso e joguei na gaveta do criado mudo ao meu lado.  Acordei às 9:34, peguei meu celular e vi que havia duas ligações; uma às 8:15 e outra às 9:15, adivinha de quem... Ele mesmo, e é lógico que eu liguei de volta, estava mais calma pelo menos.

— Lily, não sabia que é falta de educação acordar alguém em pleno sábado de manhã? —Disse Clark com uma voz de sono.

Morri naquele momento, nem acreditei que ele estava usando minha própria fala contra mim. Poxa, estava mais calma, mas estava sem paciência alguma para aquilo.

— Sério?! —Respondi com tom de descaso.

— Sim, eu acho que deveria existir uma lei que proibisse acordar adolescentes cedo durante o final de semana.

— Não diga.

Ele soltou uma longa risada do outro lado, aquilo me acalmou na hora e segundos depois eu estava rindo junto com ele.

— Oh Deus! Eu nunca imaginei que iria ter uma conversa no mesmo nível de uma criança de primário com meu namorado.

—Que isso, eu não irrito tanto assim.

— Não.... Imagina —Respondi sarcasticamente e não aguentei, acabei soltando uma risada.

 Eu desci as escadas para ir à cozinha perdurada no telefone. Iria fazer meu café da manhã conversando com meu amor, quer coisa melhor que isso?

— Você não tem nenhum irmãozinho mais novo, você não faz ideia de o que é irritar—Disse eu passando o telefone para o viva voz.

— Você também não, você não tem um irmãozinho para saber.

— Realmente, mas tenho dois priminhos de sete anos que valem por cinco ou seis no mínimo.

— São tão difíceis assim?

— Não, eles são impossíveis. Uma vez eles vieram para minha casa visitar a família e eu fiquei de babá deles, eu já vi meninos custosos, mas igual os dois não...

E assim passei o resto da manhã, pelo menos até as onze da matina, ao lado de um telefone conversando com meu loiro querido e iria vê‐lo às duas da tarde novamente, aquele dia estava sendo perfeito. É incrível que tudo de ruim com o Clarck parece melhorar, meu namorado é realmente um mágico.

Às 14:00 em ponto ele estava lá com seu cabelo ajeitado com gel para trás, bermuda com a barra virada para cima, blusa polo cinza e óculos Ray Ban que lhe caiam perfeitamente. Senti-me tremendamente simples com meu vestido azul claro, sapatilhas da cor do vestido e cicatriz (Presente de viagem), se ele não tivesse dito que eu estava linda assim que abri a porta, com certeza teria voltado e me arrumado mais.

Ele estava com o carro do pai dele, um conversível antigo muito bonito e bem cuidado, só não me pergunte o nome ou a marca do possante porque carro não é meu forte, muito menos um tão antigo quanto aquele. Perdão a aqueles que gostam de carros, para melhorar minha fala vou chamá-lo de “carro clássico”, mas continua sendo velho na minha opinião. Deixando minha opinião de lado, eu tenho que admitir que aquele conversível não era nem um pouco velho, pois um carro velho mesmo é aquele que não é cuidado;  basicamente o contrário do carro do Clarck, que  parecia extremamente cuidado, nem tinha aquele cheiro que os carros velhos costumam ter.

— Antes de entrarmos no carro tenho algo a dizer para você Lily— Ele fez cara séria — E prefiro estar aqui te perturbando, domingo de manhã... —Ele Começou a cantarolar.

— Anem, credo. Se você me acordar amanhã cedo aí a coisa vai ficar feia.

Ele caiu na gargalhada, depois entramos no carro, graças a Deus, não aguentaria ouvir ele cantar nem mais um pouco, ainda tô irritada.


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