Vocal Harmony escrita por hrhbruna


Capítulo 6
05


Notas iniciais do capítulo

Milhões de anos depois uma atualização... curtinha, mas é uma atualização.

MÚSICA DO CAPÍTULO

https://www.youtube.com/watch?v=hDuLEAF9kcQ



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            Quando eu aceitei Marlene no grupo sem consultar ou fazer uma audição formal como todas nós éramos submetidas, eu tinha certeza que as meninas ficariam bravas comigo, mas eu não sabia o quanto. Encarando o vazio da sala de música que as Rouxinóis se encontravam para ensaiar toda semana, Marlene estava ao meu lado me olhando com pena – ultimamente era a única coisa que as pessoas sentiam de mim.

Até mesmo James Potter, o ser mais arrogante e apático da face da Terra estava sentindo pena de mim e havia concordado em não sabotar a competição no sábado, na verdade, concordara até mesmo em fazer um bom trabalho! Entretanto, agora que eu não precisava mais me preocupar com Potter e seus arruaceiros destruindo minha carreira, eu tinha que lidar com um bando de meninas ingratas e pirracentas!

— Meu Deus, por que isso está acontecendo? – murmurei pra mim mesma.

            A única reação que eu tive foi me jogar sentada no meio da sala vazia. Eu estava sentindo uma vontade louca de chorar, entretanto não o faria. Marlene mal me conhecia e para ela eu era a líder desse grupo. Eu precisava me manter firme nesses momentos de crise, quando todas as outras pareciam ter se esquecido do significado de ser um grupo, de ser uma Rouxinol.

— Talvez elas não tenham recebido a mensagem. – amigavelmente Marlene disse, a voz dela vindo atrás de mim.

            As luzes da sala se acenderam iluminando o recinto. Provavelmente Marlene o fizera, já que eu estava chocada demais até mesmo para me importar de sujar meu uniforme.

            Eu só conseguia olhar para as cadeiras vazias. Para nossa sala completamente vazia e sem vida.... Eu já tinha visitado a sala dos Troublemakers. Não bastando terem o auditório a disposição quando quiserem, eles também tinham uma sala de coral enorme, com o próprio pianista que era pago para ficar por conta deles. Eles tinham outros instrumentos musicais, eu já tinha visto Black várias vezes tocar guitarra, assim como Longbotton que tocava bateria.

            Aqui, na minha sala, eu tinha cadeiras. Cadeiras vazias e um chão mal limpo, porque não havíamos feito faxina direito.

            Eu estava profundamente chateada. Imagino que as meninas também estavam chateadas comigo, entretanto eu acho que tenho mais razão para isso que elas. Tudo o que eu tenho feito ultimamente foi me sacrificar e humilhar por esse grupo! Tenho escutado desaforos de Alice porque ela me culpa pelo péssimo desempenho do grupo, mas não está interessada em fazer exercícios para melhorar sua voz ou respiração. As meninas dizem que precisamos lutar pelas Rouxinóis, mas bem, eu não vi ninguém colocando a cara a tapa.

            Quem foi falar com as Rouxinóis desistentes? Eu. Quem distribuiu listas de recrutamento? Eu. Quem foi fazer um acordo com o diabo hoje de manhã? Eu.

            Mas é claro, não é mesmo? A Lily é uma megera, uma capitã horrível. E foi muita falta de consideração da parte dela aceitar a novata no grupo sem fazer uma audição formal com todas as outras Rouxinóis – até porque nós sempre pudemos nos dar ao luxo de recusar alguém, correto?

— Você quer conversar sobre isso, Lily?

            Senti uma mão no meu ombro e sorri para Marlene que havia se ajoelhado ao meu lado. Ela parecia levemente empática a minha situação e eu quase me senti mal por ter sido vaca com ela. Era uma menina legal, no fim das contas.

— Eu só estou cansada, sabe? – funguei e senti os olhos encherem de água. Ah, que droga. – Ganhei a bolsa porque acreditavam que eu poderia levar as Rouxinóis a vitória, entretanto não fiz nada disso. Fomos às Regionais uma vez, sabia? Foi o mais longe que chegamos. Eu... Deus, eu estou me sentindo uma fracassada.

            Ouvi uma batida na porta e eu levantei a cabeça esperançosa, mas não era nem Alice, nem Dorcas ou Mary. Era a última pessoa que eu esperava ver ali! Não, também não era James Potter – ele seria o primeiro a chegar aqui se soubesse o estado que eu me encontrava, porque para Potter tudo é uma grande piada, nós vivemos em um espetáculo e adivinha quem é a palhaça? Eu!

            Não, quem adentrava a sala naquele momento era Emmeline Vance. A garota mais popular do colégio... E a mais vaca também.

— Eu podia jurar que aqui era o prédio do coral. – ela disse, arqueando as sobrancelhas e me encarando com expressão interrogativa. – Tem algum motivo para você estar inchada como uma porca e se acabando de chorar, Evans?

            Viram? Vaca total.

— O que você quer Vance? – perguntei, postando-me de pé e fungando.

            Marlene ao meu lado havia cruzado os braços e olhava Vance da cabeça aos pés. Senti-me extremamente pequena perto das duas – lindas, altas, loiras e ricas.

            Emmeline pareceu ficar momentaneamente presa e preocupada em avaliar Marlene, porque provavelmente não a conhecia, mas quando eu a chamei, lentamente, virou-se para me encarar e abriu o sorriso mais cínico do mundo – e de dentes lindos e maravilhosos. Acho que Vance e Potter vão ao mesmo dentista.

— Eu quero me inscrever no glee club. — ela disse sem rodeios e jogou a mochila no chão. – Quase reprovei no ano passado porque não tinha créditos extra.

            Bufei e revirei os olhos. Eu conhecia esse tipinho... Algumas vezes eu recebia uma ou duas desesperadas que me juravam lealdade, mas assim que garantiam sua aprovação, elas pulavam fora.

            Ano passado, eu tive o prazer de recusar essas aproveitadoras – sim, eu ignorei totalmente a política ‘todas são bem-vindas’ –, mas esse ano, com quase nenhum membro do grupo, ou seja, chances quase nulas de irmos para as competições de show choir, eu não poderia me importar menos.

— Claro. – dei de ombros. – Seja bem-vinda.

— Obrigada, Evans. – ela disse e então deu uma olhada ao redor. – Isso aqui está meio vazio... onde estão As Três Patetas?

            Cerrei os punhos e lancei um olhar furioso para Vance. Apesar da maldade que Alice, Mary e Dorcas haviam feito comigo, eu jamais permitiria que alguém falasse desse jeito com elas ou sobre elas.

Mary, Alice e Dorcas infelizmente não estarão mais conosco.

— Uh?

— Sim, somos apenas nós três. – acenei com a cabeça e suspirei. Dei-me conta, então, que eu não havia apresentado as duas. – Por falar nisso, deixe-me apresenta-las. Emmeline Vance. – apontei para a direita e então para a esquerda. – Marlene McKinnon.

— A novata? – Emmeline disse olhando com deboche para a mão que Marlene havia estendido, gentil e educada como de costumeiro.

— Não. – Marlene disse com seu fortíssimo sotaque escocês e cruzando os braços sobre o peito, olhando-a criticamente. Ela era mais alta que Vance. — Marlene McKinnon. Esse é o meu nome, e recomendo que não o esqueça.

            Geralmente eu sou a primeira a me empolgar com a ideia de ver o circo pegar fogo e acredite geralmente uma batalha de Divas me deixaria muito animada. Eu poderia ver Emmeline Vance como Britney e Marlene como Christina, as duas possuídas pelo calor do pop e batendo cabelo de um lado para o outro no palco e... Sacudi a cabeça, espantando aquela visão da minha cabeça e então caminhei até onde eu havia guardado minha bolsa (lê-se: a jogado) e a peguei por uma alça, colocando em apenas um dos meus ombros.

— Muito bem, Vance, você está dentro. Traga-me depois o bilhete para assinar. – eu resmunguei. – Vamos logo...

            Marlene estava pronta para me seguir, mas então Emmeline girou os calcanhares e chamou pelo nosso nome. Quando me virei para olhá-la, ela tinha as mãos nos quadris e parecia levemente aborrecida.

— Falaram-me que você faria uma audição, e que mesmo que fosse obrigada a me aceitar, eu tinha que fazer o teste de qualquer forma. Eu fiquei três horas ensaiando a droga da música e assisti vídeo aulas no YouTube durante as férias inteiras.

            Até ficaria comovida com a dedicação de Vance se eu não soubesse que era apenas uma fachada, que o que ela queria mesmo era o carro que o papai dela a prometeu caso ela fechasse o ano com nota A. Entretanto, hoje em especial, eu não estava sendo facilmente impressionada pelos dramas alheios – apenas o meu era importante. Eu iria pedir licença para Marlene e iria me dar o direito de estourar as janelas de St. Mary School com minha playlist para ‘dias terríveis’ – eu tenho na verdade uma playlist diferente para cada tipo de situação. Para quando eu estou feliz, para quando estou triste, para minha formatura, para meu casamento, para quando eu tiver uma mini eu (minha filhinha) e poder cantar com ela. Enfim, acho que deu pra entender.

            Ah, eu já ia me esquecendo. Tenho uma playlist também para o dia que eu ganhar um Tony!

— Sim, geralmente eu faria uma audição porque é norma do clube. Mas como você pode ver, mal existe um clube. Então, me desculpe, mas eu vou me dar ao luxo de confiar surda e cegamente em você e aceita-la. Passe bem, Vance.

            Eu já tinha girado meus calcanhares e voltado a sair da sala quando eu a escutei outra vez.

— Por favor... Se não vão me escutar cantar, que pelo menos cantemos uma música juntas. Sei lá, não é esse o objetivo do grupo afinal de contas?

            Às vezes eu deixava a minha ambição e competitividade me cegarem e acabava me esquecendo do ponto central do nosso grupo. Que era cantar.

            Dei uma olhada para Marlene e suspirei. Ela sorria para mim e percebi como eu fui egoísta e mesquinha – eu estava agindo como as meninas que haviam me abandonado. Eu estava deixando as minhas frustrações obterem o melhor de mim e não dava a mínima pelo fato de Marlene ter concordado em me ajudar, mesmo mal me conhecendo e também para Vance, que apesar de ser uma vaca, havia se esforçado pra caramba durante as férias porque queria estar à altura do grupo. Não ensaiar ou até mesmo não cantar uma musiquinha sequer seria desrespeitoso.

            Seria desrespeitoso não só com elas, mas comigo também. Porque eu assinei a porra de um contrato com o diabo hoje e não vou nem mesmo cantar uma musiquinha?

            Suspirei e girei os calcanhares outra vez para encarar Emmeline Vaca Vance. Ela arqueou as sobrancelhas loiras e sorriu maldosamente. Eu costumava temer Emmeline, principalmente de mais nova, mas eu iria mostrar a ela que infelizmente ela estava no meu prédio e infelizmente não importaria quantas vídeo aulas ridículas de canto ela assistisse no YouTube, St. Mary só tinha uma estrela. E sou eu.

— Não vou pegar leve com você, Vance. Apesar que a música de hoje é algo bem simples. – eu disse marchando de volta para a sala e já tirando o iPod do meu bolso.

— Eu não imaginei que fosse, Evans.

— Marlene, massacre-a também, ok? – pedi e pisquei.

— Entendido. – Marlene riu.

— E como supostamente deverei saber que parte devo cantar? – replicou Emmeline, parecendo confusa.

            Conectei meu iPod nas caixas de som que sempre ficavam ali dispostas para nós. Selecionei a música e então ao som dos primeiros acordes, virei-me para olhá-la.

— Você vai ver... Vai encontrar sua parte. Ela vai se adequar a sua voz, simples assim. – prometi.

            E então quando eu soube que chegara a hora, cantei!

— Head under water

And you tell me

To breathe easy for a while

The breathing gets harder

Even i know that

Made room for me

It's too soon to see

If i'm happy in your hands

I'm unusually hard to hold on to

            Eu olhava para as duas enquanto cantava e dei-me conta que era a primeira vez que eu o fazia na frente de Marlene. Ela sorriu positiva e parecia impressionada, o que fez maravilhas ao meu ego. E quando olhei para Vance, observei com divertimento que ela parecia nervosa. Toda a pose, autoconfiança e arrogância da megera rainha Emmeline Vance havia desaparecido.

— Convinced me to please you

Made me think that I need this too

            Com apenas um olhar, eu disse a elas que deveriam deixar de acanhamento e me ajudarem.

— I'm trying to let you hear me as I am.

            Eu juro! Juro que nunca senti isso, juro que eu daria de tudo para que houvesse um produtor aqui nesse instante porque a mistura de nossas vozes, as três, na última linha, havia me deixado arrepiada.

            Apontei para Marlene e deixei-a liderar o refrão.

— I'm not gonna write you a love song

'cause you asked for it

'cause you need one

You see, i'm not gonna write you a love song

'cause you tell me it's make or break in this

            Ela cantou lindamente e eu a ajudei, mas deixei que a voz dela dominasse a minha. Nós nos movimentávamos graciosamente num círculo e dei-me conta que eu não era a única que estava apreciando aquele momento e era engraçado como ele parecia certo, como parecia... completo.

— If you're on your way

I'm not gonna write you to stay

            Talvez era isso que estivesse faltando nas Rouxinóis. Química! Nós três, cantando juntas, tínhamos química. Aquele mero improviso de dois minutos estava se provando cada vez melhor!

If all you have is leavin'

I'm gonna need a better reason

To write you a love song today

            Marlene pareceu ler meus pensamentos, porque assim como eu, havia dado espaço para que Emmeline se provasse. E quando ela cantou... Foi lindo. Sério, ela não era Christina Aguilera, como eu já bem sabia, mas... Era digno. Muito digno.

— Promise me

You'll leave the light on

            Ela cantou isso. Duas linhas, mas eu decidi não força-la. Percebi que ela parecia extremamente fora de seu lugar e desconfortável. Infelizmente, como eu sempre digo, o holofote não é para todos.

            Marlene mais que imediatamente assumiu a parte que deveria ser cantada inteiramente por Emmeline.

— Cause I believe

There's a way

You can love me

Because I say

            Cheias de expectativa, elas se voltaram para mim. Confesso, eu estava um pouco metida, porque Marlene ainda parecia admirada e Emmeline parecia muito sem graça. Mas bem, eu não sou uma pessoa ruim, sou uma pessoa boa, por isso decidi que iria ajudar Vance.

— I won't write you a love song

'cause you ask for it

'cause you need one

            Cantei, olhando diretamente para ela e tentando tranquiliza-la. Ela havia entendido que era para ela cantar a próxima parte e por isso, quando eu apontei, ela nem hesitou em começar.

— You see, I'm not gonna write you a love song

'cause you tell me it's make or break in this

            Eu sorri, acenando com a cabeça satisfeita e fiz sinal para que Marlene também nos acompanhasse.

— Is that why you wanted a love song?

            Novamente eu senti aquele arrepio. Aquela sensação gostosa de harmonia enchendo meus ouvidos, enquanto a química quase cegava aos meus olhos. Ainda dançávamos distraidamente ao redor uma das outras.

— ‘Cause you asked for it

'cause you need one

You see I'm not gonna write you a love song

'cause you tell me it's make or break in this

If you're on your way

I'm not gonna write you to stay

If your heart is nowhere in it

I don't want it for a minute

Babe, I walk the seven seas

When I believe that there's a reason to write you a love song

Today.

Today...

            E quando terminamos, quando acabamos ali, no meio da sala, rindo como um bando de tontas e ainda ofegantes, eu não sabia nem mesmo descrever o que eu estava sentindo. Mas eu sabia que alguma coisa grande iria acontecer e que tudo estava prestes a mudar – eu só não sabia o quanto.

—x-

 

— Eu não imaginava que você cantasse tão bem Lily...

            Fiquei um pouco surpresa com o comentário de Marlene. Nós estávamos nos preparando para dormir – assim como eu, Marlene tinha seus próprios rituais. Estava de tão bom humor que até mesmo dei uma das minhas prateleiras lotadas para ela.

— Ah é?

— Sim... Eu não imaginava que você cantasse como a próxima Patti Lupone.

— Vai descobrir, Marlene, que eu já tenho um ego grande demais. Não deveria ficar me dizendo essas coisas.

            Ela riu e eu acompanhei-a. Ela era uma boa colega de quarto e talvez viesse a ser mais que isso, talvez viéssemos a nos tornar boas amigas. Tão boas amigas quanto Potter e Black são.  

            Chacoalhei a cabeça espantando o pensamento. Eu não estava ali para fazer amigas.

            Veja só, eu achei que tinha amigas e elas me abandonaram! Todas! Sem exceção!

— O que você queria dizer hoje mais cedo com ‘fiz um acordo com o diabo’?. – Marlene perguntou curiosa.

            Nós duas já estávamos deitadas em nossas respectivas camas. Eu estava terminando de trançar meus cabelos para que eles não acordassem semelhante a uma juba de leão no dia seguinte.

— Oh... – revirei os olhos. – Não é nada. É só que eu me reuni com o capitão do grupo rival para discutir detalhes sobre a apresentação de domingo. Tivemos que entrar num acordo para que ele não sabotasse a apresentação dos dois grupos. Em troca, eu tenho que deixar os garotos dele em forma.

— Hum... o que nós vamos cantar?

— Eu não faço ideia. Potter disse que fazia questão de escolher. – respondi com pouco caso, porque eu realmente não estava muito interessada. – Provavelmente algo bastante show choir. Aquele exibido não perde uma oportunidade sequer para mostrar seu “grande talento” ao mundo.

            Embora eu odiasse admitir que James Potter tivesse mais talento que qualquer um lá dentro, era só por isso que eu não estava preocupada com o que ele estava planejando. Eu sabia que seja lá o que Potter fizesse ficaria fantástico! Ele colocaria seus macacos, digo, seus amigos para dar piruetas no palco se fosse necessário.

— Nós deveríamos cantar alguma coisa bem original. – Marlene disse em meio a um bocejo. – Algo... incrível.

— Eu já tenho em mente o que cantaremos. Acho que você vai gostar.

            Dito aquilo, eu a desejei boa noite porque se eu ia ter que passar os próximos três dias na companhia do nojento do Potter então eu precisava de uma ótima noite de sono.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que vocês tenham gostado! Tive um surto de imaginação agora pouco rs vamos ver quando vem o próximo... bjs



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