De repente... Sereia escrita por Ann_Cullen


Capítulo 8
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Adorei todos os comentários :)
Meus agradecimentos vão para:
CarlieS2, Izzy Ramos Cullen, asuna, Aninha, BellaDS, Damond06, Bergmann, Letícia, Débora Rezende, ella, Ana Paula Souza, Naty Grey Hathaway, Alana Colorada,
Dani, Patti.



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Capítulo sete

– E é por isso que precisamos da ajuda de vocês – terminou Edward após contar toda a história de Isabella desde sua transformação até o presente momento.

Beaufort permaneceu em silêncio enquanto absorvia tudo o que tinha escutado.

– Querida você pode pegar um pouco de chá de Viera doce para nós, por favor? – Edythe assentiu e nadou em direção a sua cozinha.

– Não posso ir com vocês – disse Beaufort após Edythe ter saído. – Nosso bebê está previsto para os próximos dias e eu tenho que ficar com minha mulher.

Isabella baixou os olhos, triste, assentindo. Achava mais que certo a conduta do Beau, porém era impossível não ficar abalada com isso. – pensava.

– Mas posso ajudar com vocês de outra forma. Inventei um mapa interativo que funciona como um GPS que existe na superfície. Eles os levarão até o Santuário dos Bolhas.

Edythe voltou com o chá, estendeu a bandeja para Isabella e com um olhar de agradecimento Isabella pegou tomando um grande gole.

– Mas preciso avisar para vocês terem cuidado. Existem coisas que... Que... – Beaufort tremeu.

Edythe o abraçou, reconfortando-o.

– Diferente de vocês eu não fui lá para conseguir a pérola, mas vi uma espécie de altar que guardava algo importante. No entanto, isso não prendeu minha atenção por que meu único propósito era olhar a bolhas e ver onde estava minha Edythe. – falou apertando a mão de sua amada.

– O que enfrentaremos lá Beaufort? – perguntou Edward. – Como você fez para entrar no santuário? Tudo o que já escutei sobre ele diz que é protegido por monstros horríveis.

– Não me recordo muito, minha passagem por lá é tão vaga na minha cabeça. Só lembro-me do que vi nas bolhas. – falou Beaufort com as mãos na cabeça. – Sei como cheguei lá, passei um monte de tempo fazendo pesquisa e juntando dados, comparado, pegando mapas e ouvindo histórias antigas. Filtrei apenas o que era necessário e tracei uma rota.

Ele deu um suspiro exasperado.

– Quando eu vi a rota que tracei fiquei surpreso pelo lugar por que ele não é longe, mas inteligente.

– Como? – perguntou Edward confuso.

– O redemoinho das algas. Para chegar ao Santuário vocês tem que passar pelo redemoinho das algas.

– Mas isso é impossível – falou Edward com um riso nervoso. – Não há nada depois do Redemoinho das Algas, aprendemos isso na escola.

– Esse é o quê da questão. É pensar que depois de lá não há nada, quando há, de fato.

– Deuses! – exclamou Edward.

– Eu sei, vejo agora que fui louco como todos pensam quando entrei lá. Mas desde quando se é racional no amor? Vocês devem entrar juntos no redemoinho, vai ser desorientador, mas aos poucos vão começar a distinguir formas. E logo após haverá as sereias abortadas.

Isabella viu todos fazerem caretas.

– Sereias abortadas? – perguntou confusa.

– Sim, são sereias que nasceram sem caudas, mas respiram em baixo da água.

– E são perigosas?

– Um pouco. – afirmou Beaufort um pouco evasivo e continuou – Quando consegui escapar delas cheguei até um lugar. O lugar mais lindo que vi em toda minha vida, é como um castelo, mas menor e todo feito de cristais que brilham devido às algas azuis fluorescentes. Além disso, só lembro-me de estar em frente de um espelho em forma de espera em três dimensões, tipo uma bolha, com um altar que guardava algo em sua frente. Agora como entrei lá e se tinha algo para impedir minha entrada eu não lembro.

Quando Beaufort terminara de falar todos permaneceram em silêncio para digerir o que ele tinha falado.

– Vou buscar o mapa interativo, volto em instantes.

Quando Beaufort saiu Isabella olhou para Edward.

– Edward...

– Eu já disse que irei com você Isabella – relatou em definitivo depois de perceber o que a Sereia- Humana queria argumentar. – Iremos até o fim. Se você continuar com isso a levarei até o castelo e a manterei presa nas masmorras.

– Você não faria isso.

– Pois tente – disse com a arrogância de um príncipe.

– Grosso.

– Boba

– Acho que já chega, não é crianças? – falou Edythe quando viu que a troca de elogios continuaria longe.

Edward e Isabella se entreolharam envergonhados.

– Aqui está – disse Beaufort estendendo o seu mapa quando entrou na sala novamente.

Um peixe? – pensou Isabella – Esse será nosso mapa?

– Este, como eu já disse, é um dispositivo que criei e funciona como um mapa interativo. Já está programado e, portanto, guiará vocês até o santuário. Fiz em forma de peixe porque achei dinâmico, se vocês precisarem parar é só apertar um botão que está na barbatana dele, estão vendo? Ótimo.

– Obrigada Beaufort. – disse Edward abraçando seu amigo.

– Sim – concordou Isabella – Serei eternamente grata. Não sei como lhe retribuir tudo isso

Ele riu.

– Pois eu sei - disse – Se ambos aceitarem serem padrinhos do meu filho quando tudo isto acabar.

– Mas eu serei humana – disse Isabella.

– Nós daremos um jeito. – respondeu Beau

– Sendo assim eu aceito.

Beaufort e Edythe olharam para Edward em expectativa.

– É claro que aceito.

– Ótimo. – todos sorriram felizes.

Horas depois, Edward e Isabella se encontravam seguindo o peixe GPS para o Redemoinho das Algas. Assim como Beaufort afirmara, o Redemoinho não era longe de onde estavam, pois em três horas eles chegaram a um dos seus obstáculos.

No momento em que olhou o que tinha que enfrentar Isabella assustou-se. Era como um tornado imenso e muito forte, mas ao invés de vento tinha algas que girava repetidas e repetidas vezes, observou Isabella.

Edward por outro lado mostrava uma fachada de tranquilidade, mas internamente estava temeroso com o percurso que as coisas poderiam ser tomadas. De acordo com o que Beaufort dissera ambos tinham que entrar no Redemoinho. Mas só de olhar o que via na sua frente mais se conhecia da impossibilidade e da loucura de tal acontecimento.

E mais, Edward se encontrava bastante preocupado com Isabella que não possuía nenhuma habilidade de luta ou de sobrevivência. Tinha medo dela se machucar, não se perdoaria caso isso acontecesse. Prometera a Alice que cuidaria dela.

E é só por isso – pensava Edward numa tentativa de autoconvencimento. Nadou até o peixe-mapa e apertou o botão para parar e o colocou na bolsa, virou-se para Isabella e disse:

– É agora ou nunca.

Isabella sentiu seu coração acelerar só com a possibilidade de entrar naquele tormento. Ela respirou fundo tentando controlar sua respiração.

– Tudo bem, mas vamos entrar juntos? Não faz medo de nós nos perdemos? – perguntou temerosa.

– Eu não tinha pensado nisso. Acredito que só segurar sua mão será o suficiente – Edward olhou ao redor procurando por algo que os ajudasse a mantê-los unidos até que avistou algo que funcionaria.

Edward Pegou a corda d’agua, era esverdeada, cor de lodo, mas tinha uma elasticidade e consistência necessária para amarrar Edward e Isabella.

– Acredito que seja bom nos amarrar, assim não faz medo que nós nos separemos. – disse Edward colocando a corda ao redor da cintura de Isabella e, posteriormente, na sua. Apertou mais um pouco e estendeu sua mão para Isabella.

– No três nadamos em direção ao redemoinho.

Isabella olhou aquele redemoinho amarronzado cheio de algas que girava rapidamente e estremeceu apertando a mão de Edward com força.

– Estou com medo Edward. – disse Isabella com seus olhos castanhos arregalados pelo pavor de entrar no redemoinho.

– Eu também, mas temos que fazer isso. Olhe para mim, agora respire fundo.

Isabella respirou um pouco mais tranquila.

– Muito bem – falou Edward massageando suas mãos para depois olhar para seus olhos profundamente – Eu não deixarei que nada, nada aconteça a você.

Isabella sentiu seu coração acelerar, mas por uma sensação completamente diferente do medo e assentiu corando. Edward a ajudaria e para Isabella isso já bastaria para lhe acalmar os ânimos.

Os dois viraram para frente do Redemoinho das Algas, estavam a uns sete metros do cujo. Olharam-se e Edward começou a contagem regressiva:

– Um... Dois... Três

E nadaram rapidamente até o Redemoinho das Algas. A primeira coisa que Isabella percebeu ao entrar naquele tormento foi a dor. As algas batiam fortemente por todo o seu corpo como chicotes de espinhos, era impossível abrir os olhos e ver algo devido a velocidade com que seu corpo era movimentado dentro do Redemoinho. Isabella só sentia que girava várias vezes, para ela era impossível quase respirar.

A segunda coisa que percebeu e que, para Isabella, foi mais desesperador do que sentir a dor com que as algas batiam-lhe às costas em alta velocidade foi se dar conta que a mão quente de Edward já não encontrava mais na sua e que, tampouco, encontra-se perto dela. Isso a fez esquecer-se de tudo e um pavor mais profundo surgiu dentro dela.

Onde você está, Edward? Isabella perguntou-se temerosa. Será que tinha lhe acontecido algo?

Mesmo sentido seu corpo girar Isabella tentou ainda fazer alguma força para nadar numa tentativa de procurar Edward. Foi em vão, no entanto.

– EDW... EDWA... EDWARD... – gritava Isabella. Mas pelo barulho das algas batendo-se umas às outras e no corpo de Isabella era quase impossível ele escutar.

Isabella tentou se concentrar em tudo ao redor, mas não deu. Sentia-se enjoada pelo giro interminável, com dor pelas chicotadas das algas e por estar sozinha. Sozinha.

Isabella não soube quanto tempo demorou dentro daquele redemoinho, parecia que estava rodando dentro daquele tormento por dias, mas chegou um momento em que Isabella parou de sentir as algas tocarem o seu corpo e foi cuspida com força, como o mais podre alimento, para fora do Redemoinho das Algas.

Mesmo após de ter saído, ainda sentia sua cabeça girando graças a fisiologia do seu corpo. Permaneceu assim por alguns minutos, pelo menos para ela, até que parou e conseguiu abrir os olhos. Desorientada olhou ao seu redor e visualizou as água num tom marrom claro muito diferente do azul cristalino do qual tinha vindo. Quando olhou para seus braços viu que estava repleta de pequenos corte, como aqueles feitos por um cinturão. Assim como hematomas arroxeados por sua barriga.

Assustou-se, mas foi prontamente esquecido quando viu que Edward não estava perto dela. Olhou para cima por alguns minutos para ver se o Redemoinho cuspia Edward, mas não aconteceu nada. Fez uma busca por um perímetro perto de onde saíra, mas não via nada. Apenas via o final do Redemoinho e uma floresta na sua frente, porém no lugar de árvores tinhas algas com a mesma tonalidade das algas do Redemoinho.

Ótimo – gemeu Isabella – Mais algas.

Ficou tentada a procurar Edward ali dentro, mas ela sentia que sua intuição dizia não, que ela deveria permanecer fora dali. E assim o fez. Nadou por mais um tempo ao redor de onde saíra, mas não encontrou Edward. Cansada, com fome e dolorida, dormiu num átimo.


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Notas finais do capítulo

Onde está o Edward? Oh god! kkkkkkk
Comentem gente! Estamos quase nos CEM comentários.
Muita felicidade para uma pessoa só kkkkkk
Leitoras novas, apareçam! Não precisam fazer um depoimento, se colocar "gostei" eu já vibro de felicidade.
Próxima postagem: provavelmente 25/12/15



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