De repente... Sereia escrita por Ann_Cullen


Capítulo 13
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Como estão? Sei que atrasei uns três dias de postagem, mas isso aconteceu por que eu escrevi um final horrível, daí já viram né, tive que reescrever tudo e digo que me entusiasmei. Deu mais de dez folhas o capítulo kkkkk. Adorei tudo que escrevi e espero que você também.
Amei todos aqueles comentários, amei, amei mesmo. Vocês são as melhores leitoras do mundo.
Quem nunca comentou a fic, vamos comentar nesse capítulo. Ele é o ultimo.
Vamos ler? BORAAA



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Capítulo Doze

— Isabella Swan? Acorda querida.

Isabella sentia seus olhos pesados, sua cabeça doía bastante, latejava até. Tentava mexer seu corpo, seus braços, mas parecia que estava coberta de chumbo.

— Está tudo bem com você, meu amor, estaremos esperando por você. – dizia a voz doce da sua avó, Marie Swan. Ainda de olhos fechados, Isabella não sabia o que tinha acontecido. Pior! O que sua vó Marie fazia ali em pleno fundo do mar? Era ilógico.

Os seus pensamentos era tão imprecisos e confusos. Lembrava-se do Edward e que ele estava... Oh não! Pensou Isabella quando seu deu conta que Edward corria risco. Aqueles Espíritos da Água queria matá-lo como vingança ao pai dele, o Deus Poseidon.

Seu coração começou a acelerar, no fundo soava um bip em frequências cada vez maiores. Isabella tentou-se mexer-se novamente. Tinha que ajudar ao Edward, ele estava correndo risco e poderia estar... Estar morto. Não!

— Edward. – Isabella conseguiu, enfim, pronunciar vagarosamente.

— Oh Deus! Peter, Peter, chame ao médico.

Médico? Isabella não entendia mais nada do que estava acontecendo. Pensar naquilo tudo estava acentuando sua dor de cabeça, cansando-a. Apertou a mão da pessoa que a segurava enquanto tentava, insistia, na verdade, em abrir os olhos. E assim o fez visualizando um quarto branco, estéreo e o rosto preocupado de sua linda avó.

— Onde estou? Como vim parar aqui? – fora suas primeiras perguntas.

— Calma querida, você está no hospital.

Isabella estava prestes a começar uma enxurrada de perguntas a sua vó quando o médico chegou e começou a cuidar dela fazendo as perguntas básicas, sobre que ano estava, qual era o nome dos seus avós, como era seu próprio nome. Isabella respondia tudo, sem entender o que estava acontecendo. Instante atrás estava lutando com a Tanya pelas pérolas e agora ela acordava ali num hospital.

— Você está bem, aparentemente. Faremos mais alguns exames, mas por hora você está sob observação e ficará assim pelos próximos dois dias.

— O que aconteceu vovó? – perguntou Isabella a Marie depois que o Doutor saíra da sala.

— Não se lembra de nada minha menina? – Isabella balançou a cabeça, negando.

— Você saiu a noite no dia do Festival para praia e foi encontrada desacordada horas depois por um policial que a trouxe até aqui. Sua cabeça tinha um forte ferimento e sangrava. Não imagina o susto que nos deu menina. Está em como há quase um mês.

— Em coma?! – Exclamou Isabella abismada. Não estivera em coma! Estivera no mar com o Edward. Não esteve?

Isabella balançou a cabeça tentando clarear seus pensamentos. Tudo estava tão confuso que começava a duvidar dos próprios pensamentos. Será que aquilo que vivera com Edward foi uma ilusão de uma cabeça fértil? Ou nada aconteceu de verdade? A primeira alternativa lhe parecia mais lógica.

No entanto, não conseguia parar de sentir aquilo por Edward, de sentir que aquilo realmente aconteceu. Isabella não soube quando começou a chorar, mas quando seu deu conta estava sendo embalada por sua avó.

— Calma menina. Tudo vai se ajeitar.

Mas Isabella não conseguia parar de chorar, chorava por motivos que sua avó desconhecia completamente. Chorava por um amor perdido até que dormiu de exaustão com a imagem de Edward lhe sorrindo torto.

Horas depois Isabella acordou. Antes mesmo de abrir os olhos se deu conta que não tinha sonhado que, de fato, estava em um hospital. Abriu os olhos e viu sua prima, Rosalie, sorrindo e dizendo o quando estava aliviada por vê-la acordada.

— Tive tanto medo prima. Envelheci anos só de ter pensado que perdi você. – disse a loira com um sorriso estonteante enquanto apertava a mão da morena. – Não imagina a repercussão que seu nome cresceu na mídia, até saiu um artigo seu intitulado de “Bella Swan num sono de Bela adormecida” acredita? Eles são doentes pela desgraça dos outros. Mas o que importa é que agora está bem.

Isabella deu um sorriso sem graça.

— Obrigada Rose.

— Mas você me parece tão abatida. – Rosalie sempre foi uma boa observadora, por isso Isabella não ficou surpresa pela observação da sua prima.

— Acredito que foi o coma, mas logo estarei bem. – a tentativa de convencer sua prima não foi boa, mas ela não insistiu, pois conhecia a prima suficiente para saber que ela contaria no momento em que sentisse confortável.

Dois dias depois Isabella estava de volta em casa, completamente bem, sem nenhum trauma ou sequela. Suas fotos estavam por todos os jornais e declaravam o renascimento da Bella Swan. Isabella sempre sorria e mostrava agradecimentos, mas aquela sensação oca, vazia estava lá e sempre estaria. Ela só não entendia como ela foi parar ali, como não estava com Edward, como... Como...

Isabella jogou as almofadas para longe se si, com raiva de si mesma por ter criado uma história, uma mentira, uma ilusão. Lágrimas caiam como uma tempestade pelo seu rosto, não demorou muito para soluços assolarem por todo o seu corpo. Chegara até a pensar que preferia ficar em coma se isso fosse o suficiente para fazê-la ficar perto do Edward mesmo sem ele amá-la.

E a vida assim seguiu, Isabella parou com suas atividades artísticas por um momento indeterminado, tinha feito uma entrevista onde explicou que sentia a necessidade de parar por um momento enquanto reestabelecia sua saúde física e emocional. E foi assim que começou a trabalhar na livraria mais conceituada da Grécia, que pertenciam a seus avós. Eles ficaram muito felizes por aquilo, pois assim a amada neta deles ficava por perto.

O movimento da livraria tinha aumentado bastante, pois todos queriam ver a famosa estrela de cinema. Nos momentos em que parava, ela tinha sua imaginação voltada pelos belos corais, pelo azul delicioso do mar, por seus amigos, por Edward. Mas rapidamente tentava mudar de assunto, doía demais pensar naquilo.

Respirou fundo enquanto atendia ao novo freguês, não adiantava ficar se remoendo por algo que nunca existiu. Agora, tinha que aceitar a realidade, brincar com ilusões só iria destruí-la.

— Obrigada – disse Isabella sorrindo após dar o troco ao seu cliente que sorriu.

Isabella suspirou fundo.

— Hora de seguir em frente Bella – repetiu a si mesma. Um auto convencimento.

No momento em que Isabella desapareceu dos seus braços, Edward sabia que não podia viver longe dela. Da sua Sereia. Percebeu que a amava tarde demais, mas mesmo se tivesse percebido, sabia que Isabella queria ter sua vida de volta, a sua vida humana. Sem ele.

E foi isso que o fez realizar o pedido por Isabella. Dar o que ela queria, mas não sabia que seria tão doloroso não a ter mais perto de si. Não rir com ela, não passar horas explicando sobre as peculiaridades do oceano.

Retornou desolado para o Reino das Profundezas e correu para sua mãe se pondo a chorar com descontrole. Sua mãe, mesmo sem ele dizer, sabia o motivo da tristeza do seu filho, era nítido em cada partícula dele.

— Eu amo Isabella mamãe. Mas agora ela se foi e eu nem disse adeus.

— Você não acha que agiu precipitado, Edward? Poderia ter cuidado dela e ver o que ela queria.

Edward engoliu seco.

— Eu sei, mas isso foi o que ela sempre quis que eu pensei que foi a coisa certa a fazer.

— Nem sempre o amor é lógico Edward – disse Esme passando a mão nos cabelos acobreados do filho – Mas não se martirize você fez o certo.

Edward suspirou e lembrou-se de seu amigo Beaufort procurando por o amor da vida dele, Edythe. De como ele moveu céus e pedras por ela, lembrou-se do pacto que ele fizera só para que pudesse ajuda-la.

Edward separou-se de sua mãe e saiu do cômodo dizendo que precisava ficar só. Queria ver Isabella, nem que fosse apenas uma vez para ver se ela estava feliz e bem. Se ela estivesse ele a deixaria em paz e nunca mais ela o veria novamente.

Mas ele não sabia como se tornar humano e então pensou na solução mais rápida para ele. Faria o pacto com o tritão que ajudou a Beaufort e encontraria Isabella.

Partiu do castelo rapidamente sem despedir-se com ninguém, pois ninguém concordaria com o que iria fazer. O pacto sempre envolvia perdas, mas Edward estava disposto a tudo por Isabella. Depois de horas nadando, Edward encontrou o tritão, não foi uma tarefa muito difícil para o príncipe.

Edward o fitou o tritão. Ele tinha cabelos castanhos longos, sua cauda era bem escura e brilhava num tom musgo. Suas feições eram fortes, ele exalava poder. Os olhos, porém, era aquilo que mais assustava Edward, eram amarelos.

— O que deseja meu jovem tritão? - Edward nadou para perto do cujo.

— Quero que me ajude e sei que pode me ajudar.

— Sabe então que eu não posso lhe ajudar sem ter nada em troca, não é? – perguntou o tritão.

Edward assentiu.

— Odeio esse meu trabalho, mas vivo por isso. Se eu não ajudar as pessoas em troca de algo definho até a morte. E eu não quero morrer – disse sorrindo.

— Eu entendo Senhor.

— Me chame de Garret, meu jovem. Mas estou muito curioso, o que posso fazer por você?

— Eu quero que me torne humano e reencontrar um pessoa, Isabella.

Garret sorriu.

— O amor! – exclamou teatralmente. – O que o amor não pode fazer com uma pessoa. Sim, eu posso lhe ajudar, mas será que pode me dar o que eu quero?

— Qualquer coisa. – afirmou Edward com veracidade.

Garret se aproximou de Edward o fitando com seus penetrantes olhos amarelos.

— Eu quero sua vida. Te darei seu desejo, lhe transformarei em humano e levarei você até sua humana, mas em troca eu quero sua vida – disse o tritão, o pactuador — Mas entendo se você não...

— Eu aceito – disse Edward sem hesitar, faria qualquer coisa só para vê-la – Mas quanto tempo terei com ela?

— Um dia.

— Então aceito em lhe dar a minha vida se eu ver Isabella ao menos uma última vez. Juro pelo rio Estige.

Edward viu o tritão sorrir e sentiu-o tocar-lhe a testa, fazendo que o corpo de Edward girasse.

— O amor! – Edward escutou Garret exclamar de longe. Isso foi a ultima coisa que escutou.

Edward voltou do estupor e percebeu, de imediato, que não estava no mar. Se tornara humano, afinal. Não tinha mais cauda e nem barbatanas, mas sim um par de pernas musculosas e peludas. Olhou em volta, assustado, com o local que estava, era tão barulhento e totalmente rodeada de concreto.

Era muito diferente de como os livros mostravam, com árvores e vários animais, o que mais tinha era casas de concreto, outra coisa que nunca tinha visto, mas que se movimentava com uma velocidade supreendentemente.

— Está tudo bem jovem? – Edward virou-se ao som da voz de alguém e encontrou um velhinho.

— Como?

— Faz um tempinho que você está aqui em frente a livraria. Queria saber se você quer algo, está perdido? Ou procura por algo?

— Estou procurando por algo, quer dizer, alguém. – falou Edward entusiasmado com a ideia de alguém lhe ajudar a encontrar Isabella.

— Quem? Talvez eu possa lhe ajudar, conheço muita gente.

— Isabella. Isabella Swan.

O velho ergueu as sobrancelhas.

— Minha neta? Rapaz, eu espero que você não seja um daqueles repórteres inconvenientes.

— Não, não. Não é isso, senhor. Por favor, me leve até Isabella.

Peter Swan percebia o desespero do jovem por encontrar a Isabella, mas tinha receios por leva-lo até ela.

— Tem algum problema aqui? – perguntou uma mulher idosa, Marie.

— Esse rapaz, quer encontrar com nossa menina.

Marie voltou-se para Edward com seus olhos inquisidores como se o avaliasse na alma. Ela tinha os olhos da Isabella, Edward percebeu.

— Como se chama rapaz?

— Edward Cullen.

— Edward? – perguntou Marie curiosa. Tinha escutado Isabella sussurrar esse nome enquanto ainda estava no hospital.

O tritão, agora humano, assentiu.

— Entre querido, vou te levar até a nossa Bella.

Edward seguiu a velha senhora até dentro do estabelecimento e se viu rodeado por milhares de livros dispostos em um labirinto de estantes. Varreu seus olhos pela a sala e viu uma pessoa agachada procurando um livro na parte final da estante. Era Isabella.

— Isabella – chamou-lhe, era nítido a animação e o entusiasmo na sua voz.

Isabella escutou a voz que mais queria em todo o seu ser, a princípio pensou que era mais uma das pegadinhas de sua cabeça. Mas quando girou para trás o fitou, teve que se segurar para não desfalecer. Era ele, seu Edward. Não estava sonhando. Era tudo real.

— Edward – disse com os olhos já transbordando em lágrimas e, sem se conter, abraçou-o como se sua vida dependesse disso.

— Isabella, Isabella, Isabella – dizia Edward abraçando-a enquanto inspirava seu cheiro.

— Eu sabia que não estava imaginando aquilo tudo. – sussurrou ela.

Edward sorriu para Isabella e tocou-lhe a face.

— Senti tanta sua falta Isabella.

— Eu também.

— Vejo que você não era um fã louco por um autógrafo – sussurrou Marie.

Isabella riu enquanto saia do abraço do Edward, mas o tritão se recusou a ficar longe dela e segurou-lhe pela a mão. Não podia se dar ao luxo de ficar longe dela, principalmente pelo pouco tempo que tinha.

— Ele é um grande amigo meu vovó. Não precisa se preocupar. Será que posso dar uma saidinha por algum tempo?

— Claro querida. Não tenha pressa em voltar.

Edward seguiu Isabella ainda de mãos dadas. Eles andaram por um longo percurso e chegaram à praia.

— Achei que aqui fosse o ideal para nossa conversa. Perto do mar, perto da terra. Perfeito para nós.

Eles sentaram-se de frente para o mar e permaneceram em silêncio.

— O que aconteceu Edward? – Isabella foi a primeira a falar.

Ela escutou Edward respirar fundo.

— Você foi empurrada pela Tanya e acabou batendo a cabeça e caindo desacordada. Me desesperei e de alguma forma consegui me soltar de Kate e Irina e matá-las. Tanya teve o mesmo fim, felizmente. E então fui a busca de você e a achei desacordada, peguei as pérolas e fiz o pedido que você tanto queria. Mas nada aconteceu e eu percebi que tinha algo de errado com as pérolas.

— Uma era falsa, não era?

Edward assentiu.

— Eu senti isso. Algo me dizia que era o colar de caudas da Tanya. – falou Isabella.

— E você estava certa, peguei a outra pérola e desejei que você se tornasse humano. E isso foi o que aconteceu, assim como você queria.

— Sim, mas... Mas por que você não esperou que eu acordasse? Que pudesse me despedir de você?

Edward pegou as mãos dela e entrelaçou com as suas, fitando-as.

— Pensei que sua vontade de ser humana era maior do que qualquer coisa.  Estive errado?

— Eu queria, mas não sem antes de me despedir de você. Eu...Você foi uma das melhores coisas que me aconteceu no fundo do mar, Edward.

Edward fitou Isabella numa tentativa de gravar seu rosto em sua memória. Tão linda e amável.

— Mas estou curiosa.

Edward ergueu as sobrancelhas.

— Sobre...?

— Como você conseguiu se tornar humano? Por acaso encontrou outras pérolas? – disse Isabella rindo.

Edward hesitou em falar e isso fez o sorriso de Isabella se desfazer.

— O que você fez Edward? – disse Isabella mais convicta.

— Nada de importante.

— Por favor, Edward. Me diz.

— Eu fiz um pacto.

— Com o mesmo tritão que Beau fez? – Edward assentiu - O que ele pediu em troca da ajuda dele Edward?

— Nada de importante.

Isabella o olhou, cética.

— Se não é importante então não há problemas em me dizer.

Edward permaneceu em silêncio. A preocupação de Isabella se intensificou ainda mais.

— Edward! Diga-me.

— Minha vida – disse ele em um sussurro baixinho.

Isabella ficou transtornada. Será que ela ouvira direito?

— Como? – perguntou ela novamente.

— Minha vida foi a minha barganha.

Isabella continuava olhando para Edward como se visse outra pessoa no seu lugar. Ela realmente entendeu certo? Ele trocou sua vida por se tornar humano?

— Por que fez isso? Por que barganhar sua vida Edward? – esbravejou Isabella olhando-o furiosa.

— Precisava fazer isso. – disse Edward e tocou a face de Isabella fitando seus olhos. – Eu precisava ver você Isabella.

— Mas... Mas...

— Mas nada. Já está feito.

Isabella começou a chorar e pulou nos braços de Edward abraçando-o fortemente.

— Você tem que encontrar um jeito. Não pode morrer por conta disso. Não po-po-po-de mo-mor-rer por is-is-so - disse entre soluços.

— Valeu a pena.

— Mas não devia ter feito. Esse seu dever de príncipe de que tem que cuidar de todos atravessou os limites.

— É isso que pensa Isabella? Que vim aqui para fazer meu dever de príncipe e ver se estava bem?

— E não é?

— Também, mas não foi o principal motivo, Isabella.

Isabella estampou confusão na sua face.

— Por que então?

Edward passou a mão pelos cabelos de Isabella nunca deixando de olhar nas profundezas dos olhos delas.

— Porque eu te amo Isabella.

Dizer que se assustou é um eufemismo. Isabella arregalou os olhos, desacreditada.

— Me ama?

— Mas do que tudo.

—Oh Edward, não sabe o quanto desejei escutar essas suas palavras. Mas não nessas circunstâncias.

Edward lhe deu um sorriso triste.

— Eu queria não ter sido cego, para perceber que eu estava completamente apaixonado por você antes. Assim eu teria mais tempo com você.

Isabella chorou ainda mais.

— Quando tempo ainda tem?

— Menos de um dia.

— O QUÊ? – gritou Isabella. – Não, não, não.

Abraçou Edward com força. Ele passava a mão em suas costas, consolando-a, enquanto ele era que devia estar sendo consolado.

— Eu te amo Edward. – ele a apertou ainda mais forte.

— Não sabe o quanto é bom escutar isso, pequena.

Isabella afastou de Edward.

— Não consigo aceitar que tenho menos de um dia com você, justo agora que sei que me ama. Nunca vou aceitar, nem que eu viva durante a eternidade. – disse Isabella. – Tem que haver um jeito de reverter isso.

— Não há Isabella. Tem que aceitar isso, meu amor.

— Não, não, não. – repetia a mulher incansavelmente.

—Sim, amor. Não vamos perder nosso pouco tempo com banalidades. Eu te amo e, por hora, isso tem que bastar.

— Seu amor e tudo que quero Edward. Para sempre.

— E ele sempre vai existir. Sempre vou te amar.

Mergulhando a cabeça, Edward a beijou. Não foi um beijo educado. Beijou-a com firmeza demonstrando uma grande dose da sua habilidade.

— Vamos Edward – disse Isabella após se desvencilhar dos braços dele e se levantar.

— Para onde, Isabella?

— Se esse é o nosso ultimo dia juntos eu quero que, pelo menos, você me faça a sua mulher. – e o beijou demoradamente, suas línguas se movendo de maneira sugestiva, Isabella sentia o toque das fortes mãos quentes nos seus braços nus e a sensação incrível de quando o corpo másculo havia se apertado contra o dela.

Foram para um hotel para curtirem o ultimo momento juntos. O amor resplandecia por eles, qualquer um que os visse compreenderia o sentimento complexo que existia ali. Edward beijou Isabella lenta e completamente enquanto a apoiava contra a cama. Isabella não conseguia falar, pois flutuava em sensações.

Mesmo desconhecendo do seu corpo humano, Edward sabia comandar seus instintos masculinos. Pegou o seio daquela pequena mulher e os dedos hábeis começaram a trabalhar. Um suspiro deixou os lábios dela quando a mão dele encontrou um refúgio quente nas pernas macias.

Tomando-lhe a mão, ele a puxou para si. Ele guiou o polegar dela através de seu próprio lábio inferior.

— Você está sentindo, Isabella?

Ela sentia em seu núcleo.

— E isso?

Ele levou a mão dela em outra viagem sensual, e a intensidade das sensações a fez ofegar enquanto ele movia a palma da mão dela lentamente sobre os mamilos femininos. E todo tempo ele manteve o olhar no dela, enquanto a excitação de Isabella era intensificada pela aprovação nos olhos dele.

A sensação era indescritivelmente boa e tinha uma ligação direta com outros lugares, levando-a a juntar a coxas, o que produziu um pulso de prazer, algo que provocou um gemido trêmulo em sua garganta. Edward estava acariciando as nádegas, acariciando-a de uma forma que a fez arquear as costas e pedir por mais.

Naquele momento esquecia-se de tudo. De que a vida de Edward estava próximo ao fim. Naquele momento só sentia o amor. Isabella abriu a boca à procura de ar. E ele ainda estava a acariciando. Separou as pernas da mulher e a tomou como dele. Isabella só queria que ele a tocasse, e quando ele o fez, seus gritos de liberação provavelmente puderam ser ouvidos em toda Grécia. Dormiram de exaustão devido a noite torrencial de paixão que tinha ocorrido entre eles.

Mas tudo começou a ruir. Edward acordou sentindo uma dor insuportável, Isabella sentiu ele se mover e abriu os olhos de imediato olhando a expressão do seu amado.

O coração de Isabella acelerou, sabia que a hora tinha chegado. Edward morreria.

— NÃO – Ela gritava enquanto corria para perto de Edward e o tocava vendo a luta do seu tritão pela busca de ar.

— Vou chamar um médico, eu tenho que, tenho que... – Lagrimas já escorriam pelo rosto de Isabella.

— Não. – ela sentiu Edward murmurar. Ele engoliu seco sentindo mais dores percorrer por todo seu corpo. Isabella ficou mais perto dele e fitou os olhos verdes do seu amado.

— Oh Edward...

— Eu lhe fiz feliz? – perguntou ele tocando-lhe a face.

Isabella sorriu por entre lágrimas.

— A mais feliz do mundo.

Edward sorriu enquanto tossia e arqueava com as dores e gemia.

— Então eu... Ahh... Eu... morro em paz. Amo você Isabella. Muito.

— Eu também te amo Edward. – ele fechou os olhos.

— NÃO, NÃO, NÃO. – gritava Isabella chorando copiosamente. Seus soluços faziam seu corpo chocalhar.

Isabella não sabia o que fazer, o homem da sua vida estava em seu braço. Morto. Numa tentativa desesperada, Isabella ergueu a cabeça para cima e rezou como nunca fizera em toda vida.

— Poseidon, ajude-me. A mim e a seu filho. Traga ele de volta para mim ou troque a minha vida por a dele, mas ajude-nos, por favor.

Mas nada acontecia. Isabella abraçou o corpo do Edward sempre chorando.

— Meu amor, meu amor. – chamava Isabella dizia junto ao corpo dele.

Abriu os olhos e algo chamou a sua atenção. Eram três pontos luminosos. Isabella deixou Edward e foi até o que lhe chamava a atenção e o que viu a fez tirar o fôlego. Eram três pérolas.

Isabella rapidamente as pegou. Poseidon decidira ajudar. Sem conter de entusiasmo Isabella pegou as pérolas e fez seu pedido.

— Desejo que Edward tenha de volta aquilo que lhe foi tomado injustamente. A vida.

E, como num passe de mágica, o corpo de Edward começou a brilhar. Isabella pegou a mão dele e esperou. Alguns minutos depois lá estava ele, abrindo seus olhos.

— Isabella?

— Sim meu amor – disse ela abraçando-o – Sou eu.

— Como... Como... Eu não devia estar morto? – perguntou ele, Isabella assentiu – E por que não o estou?

— Eu fiz o pedido as pérolas.

— As pérolas? E como você as conseguiu?

— Creio que a culpa foi minha – sussurrou uma voz atrás deles. Poseidon.

— Pai?

— Sim, meu filho, sou eu.

Vendo a confusão estampada nos rostos deles, Poseidon continuou a falar.

— Histórias de amor sempre foi negócio de Afrodite. Mas não pude deixar de interferir na vida de vocês principalmente a de um filho meu. O amor de vocês é puro, para vida toda. O fim não podia ser tão rápido.

— Obrigada Poseidon – agradeceu Isabella.

— Por nada minha criança.

— Muito obrigado mesmo, Pai.

Poseidon sorriu e aproximou-se do jovem casal e tocou-lhe a testa de ambos.  Eles sentiram o corpo todo ficar mais quentes, era um calor reconfortante que fez tanto Isabella quanto Edward suspirar de prazer.

— O que foi isso? – perguntou Edward ao seu pai.

— Apenas um lembrete a vocês – afirmou enquanto apontava para o pulso deles mostrando uma marca que havia ali em forma de tridente.

— Lembrete? – perguntaram ambos confusos.

— Exato. Marquei vocês para se lembrarem de que aquilo que vem do mar sempre pode voltar ao mar. Só basta desejar.

E desapareceu.

Edward fitou Isabella e, sem se conter, a beijou com paixão de tirar o fôlego.

— Eu te amo, para todo o sempre.

— Assim como eu.

E voltaram a se beijar sem se preocupar com nada, fariam isso depois. Quando duas almas se encontram, nada pode separá-las, isso, eles puderam comprovar.

FIM


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Notas finais do capítulo

Ai gente! Só não estou chorando em prantos por que ainda tem o epílogo, mas mesmo assim. Vamos comentar gente! É o ultimo capítulo daqui.
Meus profundos agradecimentos, desde já, por todo acompanhamento.