De repente... Sereia escrita por Ann_Cullen


Capítulo 12
Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Adorei os comentários 😍💜
Penúltimo Capítulo *chorando rios de lágrimas*
Agradeço, desde já, por tudo. TUDO MESMO, vocês são as melhores.
Vamos ler? BORAAAA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630742/chapter/12

Capítulo Onze

Encontrar a moradia dos Espíritos da Água foi relativamente simples. Para Isabella sair do Vulcão Calefo foi o mais complicado até o momento, pois com sua barbatana machucada dependia-se quase que totalmente do Edward para se locomover e isso a chateava já que gostava da sua auto independência.

Então a viagem fora apenas nado, peixinhos, golfinhos e tudo o que envolvia o mar. No entanto, chegou um período durante a viagem em que eles começaram a subir para a superfície.

– Para onde iremos Edward? – perguntou Isabella alarmada.

– Para casa dos Espíritos. – falou como se fosse óbvio.

– Na superfície?!

– Sim. Elas vivem numa ilha dentro de outra ilha. Nós vamos para uma ilha que há vários turistas da sua espécie, mas há magia grega chamada de névoa que mascara a moradia dos Espíritos da Água.

– Incrível! E as pessoas não enxergam isso?

– Não. – disse Edward.

Eles subiram e subiram até que Isabella sentiu o ar entrar por suas narinas. Respirou fundo e deu um suspiro de prazer. Estava deliciada com o simples fato de respirar o ar atmosférico. Posteriormente Isabella olhou ao seu redor e visualizou onde estava. Como de costume, se deslumbrou.

Havia uma enorme lagoa, a qual ela estava dentro, rodeada por árvores de todas as cores: amarelo, rosa, azul. Próximo às margens da lagoa tinha pedra com três sereias conversando entre si, já no centro da lagoa havia um bastão, como um alicerce, que seguia até o alto e suspendia uma espécie de toca.

– Há algo que você precisa me atualizar sobre os Espíritos da Água, Edward?

Ele a fitou.

– Sei tanto quanto você. Elas eram sereias que foram transformadas em Espíritos.

– Elas são boas ou ruins? Por que você se lembra do pergaminho? Ele diz: “Espíritos da água com amor vencerão”. Dá uma ideia que elas não são flores que se cheirem.

– Concordo com você Isabella

– E então... Como faremos para achar a pérola?

Edward suspirou balançando a cabeça.

– Não tenho ideia, mas acredito que, por mais que não saibamos como são os Espíritos da Água, seja bom começar perguntando a elas.

Isabella assentiu sem saber o que esperar do encontro. Ela viu Edward nadar até o grupo de sereias que passaram a observá-lo atentamente. Isabella não gostara disso, não gostava de como o fitavam. Era de uma maldade maliciosa que fez os pelos do braço de Isabella arrepiar-se todo.

– Com licença – pediu Edward educadamente – Como posso encontrar os Espíritos da Água?

A que estava sentada no meio saiu de onde estava sentada e nadou até próximo a Edward. Ela era linda, tinha cabelos loiros perfeitamente ondulados com uma cauda longa num roxo bem escuro.

– Está falando com elas. Eu sou Tanya e essas são as minhas irmãs Irina e Kate. E você?

Isabella arqueou as sobrancelhas, surpresa. Pensava que elas eram translúcidas, como um espírito, e não tão real “em carne e osso” como dizia o jargão popular.

– Sou Edward Cullen...

– O príncipe – interrompeu o espírito Kate com uma curiosidade notória.

– E essa é Isabella Swan. – completou Edward.

– E como posso lhe ajudar alteza? – perguntou Tanya olhando Edward atentamente.

– Estamos a procura da ultima pérola. A pérola dos desejos.

Isabella observou Tanya levar a mão discretamente até seu ventre que possuía um acessório que acentuava a beleza da cauda, como um cinto. Ele era de miçangas rosa com uma pérola no meio.

Será que essa é a pérola que eu quero? – pensava Isabella.

Isabella ergueu os olhos novamente e viu que Irina tinha Isabella em observação por todo o momento. Ela observava Isabella como um tigre olhava a sua presa. Constrangida, Isabella corou olhando para longe dos orbes da sereia ruiva.

– Pode nos ajudar a encontra-la? – continuou Edward.

– Claro. Está lá – e apontou para a toca no alto.

– Está com você?

– Sim – Tanya assentiu – Está na nossa casa. Escutaremos a história de vocês e então terão a ultima pérola. Creio que já conseguiram as pérolas anteriores, estou certa?

Edward assentiu e Isabella continuava olhando as sereias, pouco desconfiada. O pergaminho colocara dúvidas na sua cabeça que a fazia imaginar que toda aquela bondade, talvez, fosse fingida. Rapidamente, Isabella se recriminou com seus pensamentos negativos em relação aos Espíritos da Água, pois, até aquele momento, elas estavam mais do que dispostas a ajudar eles.

– Ótimo. Vamos até minha casa.

E, surpreendente, começaram a ficar cada vez mais translúcidas e flutuavam em direção a suas casas. Lembrando- se da incapacidade de Edward e Isabella, Tanya apontou para Vitórias-régias que tinham na superfície da lagoa. Cada um nadou até a planta e sentou-se e, como magia, começaram a flutuar.

A casa delas era bastante bonita e simples. Havia enormes conchas que se encadeava um sobre as outras como um beliche para três pessoas, penteadeiras e um balcão que separava a cozinha do quarto-sala. Por fora, parecia uma varanda com mesa repleta de cadeiras.

Os Espíritos da Água os levaram até a varanda e todos se sentaram.

– Por que vocês querem a pérola? – Perguntou Tanya enquanto bebia um xicara de chá – Desculpem-me a minha pergunta invasiva, mas não vou entregar ela a qualquer pessoa com um propósito de menos.

Edward olhou para Isabella que respirou fundo.

– Eu sou humana, porém fui transformada em sereia contra a minha vontade. Sei que para conseguir voltar a ser o que era só reunindo todas as pérolas.

– Interessante – disse Kate e Tanya assentiu.

– Acredito que esse seja um bom motivo de entregar a pérola para Isabella irmãs. – afirmou Irina.

– Vou pegá-la para vocês. – disse Tanya.

Será tão fácil assim? – se perguntou Isabella.

Tanya saiu em direção à sua casa e voltou instantes depois segurando uma caixinha. Sentou-se novamente e abriu para Isabella. Era a pérola. Tanya estendeu a caixinha na direção de Isabella e sussurrou um “pegue”. Isabella prontamente pegou-a com as mãos.

– Você tem as três pérolas agora Isabella – sussurrou Edward – Já pode voltar para casa.

Isabella olhou para Edward, deveria estar aliviada, mas não. Sentia um peso cada vez mais forte em seu coração e sabia o porquê disso, não queria estar longe do Edward.

– Isso mesmo Isabella. Já pode realizar seu desejo, pegue as pérolas restantes.

Isabella pôs as mãos no seu pescoço e encontrou o colar, abriu o seu depósito das pérolas e retirou cada uma delas. Olhou sua mão e encontrou as três pérolas reunidas.

Levantou-se o olhar e fitou o rosto de todos os presentes. As irmãs espíritos olhavam suas pérolas como uma criança vê um doce. Tinha muita ambição estampada ali e isso quase fez Isabella guardar as pérolas de volta ao seu lugar seguro.

– Faça seu pedido Isabella – disse Edward olhando-a profundamente.

Isabella assentiu, mas ainda tinha a sensação que tudo estava fora do lugar, que aquela pérola que ganhara não era a que queria. Fitou o colar de caudas da Tanya e viu a pérola que ainda ostentava lá, sentia vontade de estender a mão ate lá e puxar a pérola para si. Balançou a cabeça para dispersar seus pensamentos e abriu a boca para anunciar seu desejo quando foi interrompida por um pigarro.

Isabella tornou a fechar a boca, confusa.

– Antes de você realizar seu pedido eu e minhas irmãs queremos dizer a vocês sobre a nossa história. - relatou Tanya.

– Nós éramos sereias assim como você – afirmou Tanya apontando para Isabella – Mas, só por que tentamos pegar um objeto para nós, uma coisinha de nada de um Deus, fomos sentenciadas a viver nesta ilha como um espirito imundo. – cuspiu ela irritada. – Tínhamos fama, glória e depois estávamos aqui sem nem poder tocar uma nas outras.

– Mas vocês pareceram reais o bastante para nós minutos atrás. – disse Isabella.

Tanya mexeu a mão num sinal claro de descaso.

– Conseguimos isso depois de três séculos plantadas aqui.

– E por que você está nos contando tudo isso? – questionou Edward.

– Ora, não é óbvio? Vocês tem aquilo que possuímos – os olhos da Tanya seguiram para as pérolas na mão de Isabella. – Vamos desejar voltar a ser como éramos, antes de Poseidon ter feito tudo isso. E ainda de brinde destruiremos o seu filhinho, o príncipe queridinho.

– Não. – arquejou Isabella fechando a mão em reflexo automático com coração batendo as alturas.

Isabella e Edward não podiam sair de onde estavam, pois não estavam com as Vitórias-régias, então se viram impossibilitados de se moverem. O que aconteceu em seguida foi tão rápido que para Isabella tudo se passou num borrão confuso.

Kate e Irina flutuaram até o Edward prendendo-o na cadeira onde ele estava sentado. Ele tentava se mover e usar sua força, mas estava em desvantagem. A Tanya partiu para cima de Isabella para tomar-lhe as pérolas, tentou abrir a mão de Isabella, mas esta a fechava mais fortemente ainda. Mas o Espírito da Água não deixava impune, empurrou Isabella na cadeira que ela estava derrubando-a no chão da toca num baque doloroso.

Isabella gemeu.

– Isabella – ela escutou Edward chamar enquanto fazia força contra as irmãs.

Isabella sentou-se no chão na toca e fitou a Tanya que novamente partiu para cima da sereia. Sem pensar, Isabella jogou as pérolas que tinha na mão em direção a lagoa. Tanya praguejou enquanto olhava-as cair rapidamente.

Tanya estava quase pulando em direção ao local que as pérolas caiam quando Isabella jogou-se contra ela, mas o espírito a empurrou de volta. Isso fez com que Isabella batesse fortemente sua cabeça na quina da varanda das sereias, mas antes disso Isabella ergueu sua mão no colar de caudas da Tanya e o levou com ela, caindo fundo abaixo.

– NÃO. – ela escutou os gritos de Edward misturados com os da irmãs espíritos.

Edward vira o momento que Isabella caiu com muita angustia. Odiado pela ação dos Espíritos da Água, soltou-se de Kate e Irina e pegou sua faca forrada com o bronze dos Deuses e, motivado pelo amor que sentia a Isabella, matou todas elas.

Arrastou-se até a beirada da varanda e, sem pensar, jogou-se lá de cima. Importando-se apenas com Isabella, de como ela estava. Encontrou-a caindo até o fundo, nadou até ela e viu que todo o percurso que Isabella tinha percorrido dentro da água havia uma macha vermelha. Sangue.

Edward se desesperou e viu que Isabella tinha machucado fortemente. Numa tentativa, procurou as pérolas que Isabella tinha jogado e encontrou as três repousando sobre uma pedra oca. Segurando Isabella, ele reuniu todas as pérolas. Fechou os olhos e pediu:

– Eu desejo que Isabella volte a ser o que era antes. – Mas nada aconteceu.

Edward sentiu seu coração acelerar mais. Seria todo aquele esforço em vão? As pérolas não serviam? Era tudo uma mentira?

Edward varreu seus olhos pela região de onde estavam enquanto derramava lágrimas azuis. De medo. Procurava por algo que pudesse ajuda-lo a salvar Isabella até que seu olhar se deparou na mão da sereia. Tinha um colar com uma pérola no meio.

Pai – rezou Edward – Me ajude, por favor.

Edward retirou o colar das mãos de Isabella e o torou enquanto pegava a pérola e colocava-a junto com as outras três que possuía. Três, das quatro, começaram a brilhar. Edward suspirou aliviado e pegou cada uma delas.

Olhou para Isabella e acariciou lhe a face. Aproximou seus rostos e depositou um beijo nos seus lábios e, ali, se deu conta que amava Isabella Swan. Percebeu também que só queria o bem daquela Humana-Sereia e que faria de tudo para ela ser feliz, para ela ter a vida dela de volta, assim como era antes dele.

E foi fechando os olhos que Edward fez o pedido que lhe doeu a alma.

– Desejo que Isabella volte a ter sua vida como era antes. Sem o mar, sem ferimentos e... Sem mim.

Edward sentiu algo quente na palma de sua mão, abriu os olhos e viu que todo o corpo de Isabella brilhava. Brilhou, brilhou até que desapareceu nos seus braços. Ele continuou fitando o local onde ela estivera nos seus braços sentindo-se oco e vazio. Sabia que nunca a esqueceria. Nunca.

Isabella Swan, Eu te amo. – pensou Edward relembrando do ultimo verso da profecia: “Para perder, no final, o que mais importa.”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gente? Comentários? Recomendações?
Ultimo capítulo já está prontinho. Planejo postar terça-feira, mas se chegarmos aos 200 comentários antes desse dia, posto antes. kkkkkk

LEIAM MINHAS OUTRAS FICS (Estão concluídas)

PERDIDA NA ILHA: A tradutora Isabella Swan, durante suas férias de trabalho, decide fazer uma viagem de barco com o seu pai, Charlie. Na viagem, o pior acontece, o barco naufraga. Agora Isabella se encontra perdida numa ilha deserta. Ou era o que ela pensava até encontrar um lindo selvagem de olhos verdes esmeraldas.

NO DIA EM QUE FUI ASSALTADA: Isabella Swan, 17 anos, ERA uma garota extremamente estudiosa, comportada, responsável e...bv. Durante um assalto, o astro do cinema mais badalado (Edward Cullen) atendeu uma de suas preses. Abalando seu mundo e fazendo esquecer todas as suas virtudes.