Quem sabe então assim ? escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente , como ficou decidido com as mensagens , eu vou estender até no máximo o capítulo 22 , vem um pouquinho de drama , mas não vai ser muito , prometo , aah , vou postar 2 capítulos porque a atualização do windows ferrou meu notebook , e tô achando que ficarei sem ele até o fds , cruzem os dedos pra que não.Beijos , até mais .



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Com o coração em mil pedaços e lágrimas a lavar seu rosto, Maura ignora o pedido de Jane, embora tudo o que ela mais quisesse era ficar.

Era nunca mais deixar de estar ao lado da mulher cujo em seus braços ela enfim pôde conhecer o amor de verdade.

Jane a observava partir com passos firmes e apressados embora soubesse que Maura também estava em pedaços.

Ela ainda a observava tomar um táxi que passara na rua quanto Maura a olhou nos olhos pela última vez antes de desaparecer de seu campo de visão.

Jane não podia ouvi-la, mas as últimas palavras de Maura eram com certeza “Eu te amo Jane ‘’

E as dela eram exatamente as mesmas, embora ela não tenha conseguido sequer balbucia-las.

Jane ficara ali, parada, por horas, sem ação alguma.

Por inúmeras vezes o garçom veio até ela perguntar se ela estava bem e a resposta era sempre a mesma: “ Sim, eu estou bem obrigada, me traga mais uma cerveja por favor? ’’

E tantas foram as vezes, que Jane já não sabia o que faria para chegar em sua casa, já que veio dirigindo e agora depois de tanto álcool ingerido era impossível e imprudente voltar dirigindo para casa.

Ela decide então ligar para Frankie vir encontra-la no restaurante.

–Alô, Francesco?

–Alô? Jane?

–Sim Frankie, sou eu.

–Jane você está bêbada?

–Aaaah! Nop !

–Jane, você nunca me chama de Francesco, salvo quando está bêbada.

–Está bem, Frankie, eu não estou bêbada, mas eu preciso que você venha me encontrar para levar meu carro, porque mesmo eu não estando bêbada, não seria prudente uma detetive cometer infrações no trânsito, e pior perder a licença.

Está bem Janie! Onde você está?

Jane informa o endereço e pouco mais de 15 depois da ligação, Frankie a avista.

Hey Jane, o que aconteceu? Você está um lixo!

–Eu também te amo Frankie!–Jane nem estando bêbada perdia sua vocação para o sarcasmo.

–O que houve, cadê a Maura, você não viria almoçar com ela?

–A Maura me deixou Frankie

–O que? Como assim?

–É isso mesmo Frankie, a Maura foi embora há algumas horas atrás , dentro de sei lá , umas 3 horas e alguns minutos ela estará desembarcando em Londres

–Jane não me diga que ela aceitou?

–Aceitou! Espera – Jane assustada, o encara –Como você sabia que ela tinha algo para aceitar?

–Ué , porque os documentos que ela esperava exigiam um monte de protocolo e veio para o Departamento de Polícia de Boston trazido por um oficial de Londres ,que ainda aguardava pela assinatura do Governador antes de chegar até mim que fui o responsável pela a entrega à Maura.

–Espera, você sabia que Maura ia ser transferida e não me contou?

Jane não aguenta e desfere alguns golpes no irmão

–Hey , calma , Jane , calma não foi assim , eu não sabia ,não exatamente.

Frankie!

Jane, presta atenção, ontem por volta das 17:40 horas, eu cheguei à casa da Maura com vários envelopes, eram documentos, mas um envelope, no entanto me chamou a atenção porque continha um brasão e a insígnia do governo do Reino Unido, e visto que tinha tanta frescura, tanto protocolo a ser seguido, logo imaginei que era algo muito importante

Jane observa com expectativas, mas ansiosa, ela interrompe

–E você enxerido do jeito que é não se aproveitou da proximidade com a Maura para perguntar o que seria aquilo tudo?

–Jane! Ele a repreendeu com o olhar e aumentando o tom de voz que mostrava a ofensa que ela havia lhe feito, mas logo cai na gargalhada ao dizer:

–Bem eu até tentei, não vou negar

–E o que ela disse, o que tinha no envelope?

–O meu futuro!

–Hã ? Jane interrompe sem entender

– Digo, não o meu futuro é óbvio, o futuro dela, o futuro da Maura!

–Tá, tá bom eu já entendi Frankie- ela o interrompia curiosa –E o que mais? Jane perguntava ansiosa pela resposta

–Nada! Ela só disse isso, mas disse que só saberia dizer de fato o que aquele envelope significaria na vida dela depois de conversar com você durante o jantar, que foi quando ela pediu licença e foi preparar o jantar para vocês.

–Mas você, não sabia? Ela não conversou com você durante o jantar?

Não! –Jane deixa escorrer uma lágrima, mas rapidamente a enxuga, antes que Frankie a interrogue.

–Ela deve ter deixado para falar hoje durante o almoço, por isso não falou ontem –Frankie tentava animar a morena, que logo se ativera ao fato que ela havia ido embora há poucas horas atrás.

–Não Frankie, ela não me contou porque eu não fui ao jantar, eu tive-me do de encará-la, e agora meu medo me privou para o resto da minha vida, do único amor que eu já pude sentir.

–Jane, oque, o que você quer dizer com isso?

–Eu sou uma idiota Frankie! Uma idiota, eu deixei ela ir, eu desperdicei a única oportunidade de ser feliz.

–Calma Jane, vai ficar tudo bem, eu prometo– Frankie a toma num abraço, e Jane dessa vez, nem ao menos tenta se livrar dos braços dele.

–Você não teve culpa Jane

–Claro que tive Frankie, se eu tivesse aparecido no jantar, se eu não fosse uma covarde, ela não teria desistido de mim, desistido de tudo aqui só para não te que me encarar novamente.

Jane chorava de uma maneira que Frankie nunca a viu chorar, ele não sabia o que fazer.

–Jane , vamos, eu vou levar você para a casa da Mãe e lá a gente conversa melhor Okay ?

–Não Frankie, claro que não, me leva para o meu apartamento okay ? Tudo que eu não quero agora são mais motivos para lembrar da Maura e da minha estupidez. Nem tampouco quero jogar essa bomba na Ma

–Claro Jane, vamos.

Frankie acena para o garçom que logo traz a conta, e ele deposita o valor dentro do cardápio saindo em seguida apoiando suas mãos nas costas da irmã, ele recebe dela, as chaves do carro e após acomodá-la no banco do passageiro, a alerta a colocar o cinto de segurança, e ela o faz.

O caminho para casa parecia interminável, se havia sido torturante percorrê-lo ao contrário, quando ia sem saber ao certo o porquê ia de encontro à Maura, agora não existia palavra que descrevesse a dor que sentia ao saber que ao deitar em sua cama, era o cheiro de Maura que ela sentiria em seus lençóis.

–Frankie tenta quebrar o silêncio ensurdecedor, ligando o rádio, e ao parar em um semáforo ele busca por uma estação específica, e se empolga ao ouvir a canção no rádio passando a cantar junto o refrão

Make a wish, baby

Well, and I will make it come true

Make a list, baby

Of the things I'll do for you

Ain't no risk, now,

In lettin' my love rain down on you,

So we could wash away the past,

So that we may start anew

Ao seu lado, no banco do passageiro Jane , chora , e chora sem pudor algum o que desperta ainda mais a preocupação do irmão, Jane nunca demonstrava suas fraquezas , muito menos aceitava quando ela havia sido a parte imprudente de qualquer situação.

–Hey , o que foi ?

–Eu fiz um pedido Frankie, e ela não aceitou –Jane desaba novamente em lágrimas

–Calma Jane, vai ficar tudo bem, ela logo que estiver com a cabeça no lugar, provavelmente aceitará seu pedido, aliás, o que você pediu? Frankie a fita, enquanto ela olhava para a pista que corria em sentido contrário sob seu carro

–Agora, não dá mais

–Porque Jane, o que seria tão difícil de você pedir de novo? O que você pediu?

–Fica! Eu pedi a ela que ficasse Frankie, mas mesmo assim, ela tomou aquele avião, ela me deixou Frankie, porque eu sou uma toupeira quando se trata da minha felicidade.

Frankie não tinha certeza, mas podia jurar que somente agora Jane tinha noção do quanto amava Maura, e que sua vida sem a legista não seria nem de longe algo que ele desejaria ao seu pior inimigo.

Frankie estava decidido a ajudar a irmã, e a doutora, afinal quem seria ele para ficar entre elas se elas de fato se amavam.

–Jane?

–Sim?

–Posso perguntar uma coisa?

Mais uma, não é? Porque uma você já perguntou! Mas vamos Frankie, pergunta logo

–Você ama a Maura?

–Se isso não for amor, eu não sei de verdade o que é! Sim Frankie, e agora eu tenho certeza que a amo como todos sempre desconfiaram que eu a amava, mas eu cega nunca percebi, até essa madrugada.

–Essa madrugada –Frankie estava confuso -Porque Jane, o que houve essa madrugada?

–Porque, essa noite, por volta das 3 da manhã a Maur bateu à minha porta, para se despedir de mim.

–Entendi! Não precisa explicar –Frankie balança a cabeça dispensando a continuação da explicação de Jane quando presume erroneamente o que teria acontecido naquela madrugada -Você só percebeu que a amava quando ela foi se despedir, não foi?

–Mais ou menos.

Como assim mais ou menos?

–Eu só percebi que a amava quando me entreguei de corpo e alma a ela sem medo algum

–Jane! Frankie freia bruscamente com o que acabara de ouvir da irmã -Você transou com a sua melhor amiga?

–Não Frankie! Claro que não.

–Janie, você definitivamente está bêbada!

–Cala a boca Frankie, e pare de me chamar de Janie ! E presta atenção na estrada! -Jane se irrita com o olhar curioso do irmão

–Então vocês não transaram?

–Não!

–Então porque você disse que se entregou de corpo e alma a ela? Você agora virou adepta as parábolas? –Frankie tentava animá-la pois agora além de triste, Jane estava irritada

–Porque foi isso o que aconteceu!

–Jane eu estou definitivamente confuso!

Frankie, você perguntou se eu transei com aminha melhor amiga, a resposta é não Frankie, eu não transei com a minha melhor amiga! Eu fiz amor com a mulher da minha vida!

Jane chora ao dizer as últimas palavras, lembrando que a mulher da sua vida, que estivera em seus braços naquela madrugada inesquecível, estava agora dentro de um avião, a cada minuto mais distante de ser sua realidade.

–Oh Jane, eu sinto muito que tenha acabado assim –Frankie estava de verdade empenhado em fazer a irmã se sentir melhor

–Acabado? Quem disse que acabou?

–Não?

–Não! Eu não a deixei esperando todos esses meses, talvez anos, porque assim como eu a amei todos esses anos sem perceber qual era de fato o real sentimento que eu nutria por ela, ela também pode ter esperado para que essa noite tenha chegado durante anos, por que então, eu me negaria a espera-la por 90 dias?

–Mas Jane, noventa dias para um relacionamento que só existiu por uma noite, é muito tempo, eu não quero parecer pessimista, mas você acha que resistirão?

–O que são noventa dias de angústia, diante da possibilidade de uma vida inteira feliz ao lado de quem se ama? Hun? -Jane sorri agora um pouco mais confiante de que vale sim a pena a dor de resistir noventa dias longe de seu amor

–Chegamos.

Valeu Frankie. Ah, e não fala nada para a mamãe sobre isso ainda não, está bem?

–Está bom, como você quiser. Você não quer que eu suba? Você está bem?

–Não! Não precisa, eu estou bem, obrigada. Pode ficar tranquilo, eu vou só tomar um banho e pôr as ideias no lugar.

–Então está bem, fique bem mesmo, e não tome nem uma cerveja a mais, você precisa estar sóbria, para aguentar esses noventa dias longe da Maura, e sobretudo precisa estar sóbria para manter contato com ela, ela precisa de você mais do que você precisa dela Jane.

–Okay, recomendações anotadas. Valeu mesmo Frankie.

–Por nada, qualquer coisa pode me chamar.

–Frankie, você não quer levar meu carro? Depois eu pego, eu estou com o carro do departamento também na minha garagem, não vai me fazer falta.

–Está bem, eu levo e depois eu venho com o Tommy trazer de volta.

–Certo, boa noite Frankie, obrigada.

–Boa noite, se cuida, e se falar com a Maura ainda hoje, diga a ela que eu esperarei ansiosamente 90 dias para abraçar a minha oficialmente cunhada.

Jane não resiste ao comentário de Frankie e suspira satisfeita com a ideia de que provavelmente, todos a aceitariam como sendo sua namorada.

Jane enfim ao ver o irmão desaparecer de sua vista, adentra em seu prédio, e resolve ir de escadas, para não correr o risco de encontrar nenhum vizinho que queira puxar papo com ela.

Tudo que Jane queria era dormir pelos próximos 89 dias, mas ela sabia que isso não era possível, e que a dor de sentir o cheiro de Maura em seus lençóis, só tornariam ainda mais torturantes a espera.


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Notas finais do capítulo

E então ? Passaportes em mão ?



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