Quem sabe então assim ? escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ... tenho 2 notícias. A minha aflição por temer botar tudo a perder por contar com leitores muito agoniados vai continuar , vocês se acanharam nos comentários mas lotaram minhas mensagens , ainda nem respondi todas , mas irei ,prometo, mas enfim vcs escolheram e vem mais drama por ai, mas antes que queiram minha cabeça ,saiba que serão poucos capítulos até o final ....



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Maura, pega sua bolsa, e com uma pequena mala de mão caminha escadas a baixo.

Passavam das 14:30 horas, quando Maura recebe uma ligação do porteiro do condomínio avisando –a que o táxi a aguardava, e após ela autorizar a entrada dele no condomínio, ela por fim pega sua carteira, confere seus documentos, e segue até a porta, quando ouve o taxista tocar a campainha. Maura segue à passos lentos, e observa cada detalhe ao redor de si, como se fotografasse, como se registrasse em sua mente, os ambientes que trazia tantas boas recordações dela ao lado de Jane.

Maura não queria, em momento algum acreditar que aquela fosse talvez uma das últimas vezes que estaria ali, afinal, ela só precisava mais uma vez da resposta de Jane para que isso pudesse acontecer.

–Boa tarde senhora, permitame – o taxista estende a mão tomando sua pequena bagagem, entre elas uma de mão levando em seguida para o carro.

–Boa tarde senhor, é muita gentileza sua, obrigada –Maura tenta oferecer seu mais genuíno sorriso, mas a aflição é tanta, que ela falha na missão.

O Taxista acomoda as bagagens no porta-malas e em seguida abre a porta para que Maura se acomode no carro.

Maura olha com tristeza ao redor, olha a sacada de sua casa, e lembra de todas as vezes que Jane a deixara ali em segurança após algum coquetel que ela habilidosamente convencera a morena a acompanha-la.

Maura dispersa o pensamento quando o motorista enfim chama sua atenção

–Senhora? Desculpe, eu não quis assustá-la, qual será o destino?

Maura indica o caminho, e ele logo pensa em uma rota que facilite o trajeto, visto que há na cidade naquele dia uma festa que se espalha por vários pontos da cidade.

Senhora, o trânsito hoje está um pouquinho complicado.

–Tudo bem, tudo que eu mais queria era que as condições meteorológicas estivessem péssimas e meu voo fosse remarcado ou mesmo cancelado- Maura não esconde a tristeza ao proferir tais palavras

–Perdão, mas esse endereço que a senhora me indicou é um restaurante correto?–O Taxista ficara em dúvida ao saber que dentro de instantes Maura tomaria um voo.

–É sim –responde ela tranquilizando o homem –é que eu preciso encontrar alguém antes de partir.

O silêncio se estabeleceu. O tráfego estava ainda mais complicado do que Maura pudesse imaginar, ela olha em seu relógio e já passavam das 15:00 horas, ela teria menos de uma hora para explicar a Jane o que teria que fazer. E ela sabia que não seria nem um pouco fácil, sobretudo depois da noite de amor que tiveram.

–Chegamos senhora

–O senhor pode me dar alguns instantes? Não será muito tempo prometo

–Claro, senhora, disponha do tempo que precisar, se a senhora me dá licença, vou deixa-la em privacidade – o homem oferece as apalavras de maneira cortês à Maura saindo do veículo em seguida, e passando para a frente do mesmo, onde observa o local e às pessoas que ali estavam, deixando Maura que apenas um sorriso e um simples muito obrigada é capaz de dar em agradecimento à sua gentileza.

Maura observa pela janela, e com o olhar baixo, quebrantado, enfim respira o mais fundo que consegue, buscando forças para enfim deixar o veículo

Maura , dá leves batidas no vidro do táxi , essa era a deixa para o homem retornar ao veículo para receber o pagamento por seu trabalho. Ele entra e observa Maura , sem fazê-la se sentir invadida.

Após receber a quantia pela corrida, acrescida de uma generosa gorjeta, o taxista lhe oferece um sorriso, e saindo do táxi, para abrir a porta para ela, ela se põe à disposição dela caso queira uma corrida ao aeroporto

–Senhora ?

–Sim

–Aqui está meu cartão. E coloco-me à sua inteira disposição a qualquer hora, para leva-la ao aeroporto ainda hoje se quiser, é claro, e também estarei a sua inteira disposição quando a senhora estiver de volta à Boston- o Homem sorri de maneira gentil, e Maura não hesita em perguntar

–Porque o senhor supõe que eu voltarei à Boston?

–É simples senhora

–Seria porque eu carrego pouca bagagem?

Maura pergunta realmente interessada na resposta do homem que lhe sorrira em cumplicidade e ela por algum motivo não entendera o motivo para tal gesto, ela demonstra curiosidade ao franzir o cenho , fazendo com que o homem mais uma vez lhe dispense um sorriso , porém dessa vez acrescido das palavras ele enfim responde

–Não senhora , não é por isso .

– E então?

–É por um conjunto de fatos, primeiro, a senhora não parecia contente com a viagem, segundo, é visível que a senhora deixa para trás algo muito importante, e somente ao chegar aqui, e ver aflição daquela mulher, alta, morena, sentada ali- ele aponta para uma das coberturas na área externa do restaurante onde Jane olha para o carro dele com uma curiosidade e aflição que não cabia nela– é que eu pude ter certeza que é ela quem a senhora não quer deixar para trás.

Antes mesmo de buscar pela pessoa para quem ele discretamente apontava, Maura sabia de quem se tratava, era ela, era Jane à sua espera.

Maura se vira e tem a certeza de que tanto ela quanto o homem intrigante à sua frente estavam certos

Ela volta a fitar o homem como se tentasse descobrir como ele fora capaz de captar tudo aquilo em tão pouco tempo, sendo que tudo o que acontecia ali, e aconteceria dali em diante, havia sido exatamente, por ela não ter enxergado, e se feito ser notada por Jane antes que tudo desmoronasse como estava prestes a acontecer.

–Então senhora, por favor, tome meu cartão, porque eu tenho certeza, que a mesma pessoa que faz você sofrer por deixa-la aqui, será a responsável por trazê-la de volta à Boston.

–Obrigada – Maura sorriu sem entender ainda como era visível tudo aquilo a um completo desconhecido-Deus te ouça senhor, espero de verdade poder resolver tudo o que preciso, para enfim viver feliz aqui em Boston.

–Senhora, perdoe minha indelicadeza, mas a senhora tem pouquíssimo tempo para acalmar o coração daquela dona, antes de tomar um voo após encarar um trânsito desleal.

–Imagina, senhor, eu entendo .Na verdade ,eu estou ganhando tempo para encontrar palavras para não a magoar mais do que sei que vou magoar– e num menear de cabeça, Maura despede-se do homem, e avista Jane vindo em sua direção, tomando sua pequena bagagem e acompanhando-a com a mão em suas costas, até onde estava sentada à espera dela.

Jane até tenta procurar palavras para quebrar o silêncio durante o caminho de poucos passos, mas que parecia interminável tamanha era sua angústia.

Ao chegarem em sua mesa, Jane puxa a cadeira para Maura sentando-se em instantes à sua frente.

Jane respira fundo, e enfim quebra o silêncio

–E então Maur, vai me explicar agora o porquê de tudo isso, o porquê dessa bagagem?

Jane estava realmente aflita com o que pudesse vir a seguir visto que naquela madrugada Maura batia à sua porta, lá pelas 3, com o intuito de se despedir dela.

–Jane, eu vou precisar que você tenha paciência e que me aceite de volta, é só isso que eu peço, embora sei o quanto será difícil– Maura nem consegue ir além disso, os olhares perdidos de Jane, atordoados à espera do último golpe a fizeram sentir como se algo preenchesse cada espaço da sua laringe, impedindo –a de falar e até mesmo de respirar

–E então Maura? A voz de Jane era carregada

–Jane, eu não pude evitar, foi tarde demais, eu não consegui Jane, eu não consegui–Maura chorava copiosamente, Jane busca por algo, mas não encontra nada e decide enxugar suas lágrimas com o guardanapo de papel, que tinha na mesa além dos de pano

–Hey , calma , fica calma , vai ficar tudo bem – Jane oferecia conforto a ela enquanto enxugava as lágrimas que Maura não conseguia controlar

­-Seja lá o que for, a gente vai resolver, nós estaremos juntas isso é o que basta

–Não Jane, você não entende.

–Como assim eu não entendo Maura , me explica então , por que a cada segundo isso me preocupa mais- Jane afasta se de Maura , e se coloca novamente em seu lugar à espera da explicação da legista .

–Jane , ontem quando eu a ouvi dizer no almoxarifado que ‘’ jamais dormiria comigo’’, eu retornei um pedido de contato do governador , que havia me feito uma proposta tentadora.

–E ? ...

–E ai que essa resposta eu fiquei devendo ao governador durante as últimas semanas, na esperança de conseguir me acertar com você ...

–Maura eu não estou gostando do rumo dessa conversa

–O que você teria feito Jane?

–Eu não sei, Maura, mas com certeza eu não aceitaria de cabeça quente.

–Jane, eu não podia, era o governador, eu devia, eu devo aliás satisfações a ele.

–Okay Maur, me diga por parte ...qual foi a proposta, ou melhor, pule direto para sua resposta

– (......)

– Maura apenas lhe dirige o olhar, que desaba novamente em lágrimas dando a Jane a certeza de que ela de fato aceitaria.

–Você vai me deixar, não é?

–Jane, você me obrigou

–Como Maura? Fui eu quem telefonou para o gabinete do Governador, fui eu quem se deslumbrou com a proposta dele, hun? Me diz Maura , como eu te obriguei à isso ?

–Jane , você não entende não é ?

–Não Maura , eu não entendo como pode passar pela sua cabeça , me deixar para trás depois de tudo que vivemos essa noite .

–Jane , você acha que foi fácil para mim ouvir você gritar aos quatro cantos que jamais dormiria comigo ? Eu estava sem rumo Jane , tudo o que eu precisava era ficar longe de você, e eu não devia ter agido sem ponderar um pouco mais , mas mesmo assim Jane , eu ainda deixei em aberto, mesmo após ter falado diretamente com o Governador, me negando a dar ali mesmo , naquele momento a resposta definitiva ,a resposta que eu adiei por semanas esperando por você Jane .Essa era a minha condição eu estava em suas mãos , quando na verdade tudo que mais queria era estar nos seus braços como estive essa madrugada.

–Qual era a condição Maura? O que foi que te deu coragem de aceitar enfim?

–Você Jane! É Sempre você, você foi o motivo de eu ter ignorado o Governador por todo esse tempo e você foi também o motivo de eu ter por fim aceitado a proposta dele

–Okay , só me diga então como eu fiz isso , porque eu acho que você está atrasada pro seu voo –Jane não mede as palavras , o que faz com que Maura se sinta ainda mais impotente diante da situação.

–Você não apareceu Jane!

–Maura , eu estou aqui agora , é isso que importa ! Jane se põe de pé e tenta impedir Maura que já se posiciona a deixar o lugar.

–Sim Jane , isso importa , e você não sabe o quanto eu gostaria que você ainda estivesse aqui, quando eu voltar, isso se eu ainda encontrar razões para querer viver aqui , visto que tudo o que me prende à Boston é você .

–Voltar ? Maura você vai mesmo? Nada do que aconteceu essa noite muda sua decisão?

–Jane , esse é o ponto , essa decisão , eu ortoguei à você . Você as tomou, pergunte ao Frankie ele saberá te explicar o quanto eu adiei essa decisão esperando pela noite que tivemos hoje, mas você não apareceu Jane, você não apareceu, e agora eu tenho que partir sabendo que tudo que eu amo, e QUEM eu amo ficará aqui.

–Maura , please ? – Jane suplica

Maura se aproxima dela, e a beija, Jane a princípio não reage ao beijo tamanha era a confusão de fatos que passava por sua mente aquele instante. Mas os lábios de Maura nos seus, eram impossíveis de ignorar, e ela a beija com mais entrega, não contendo a dor de saber que aquele poderá ser o último beijo delas. Lágrimas lavam seu rosto diante de sua impotência em manter o amor de sua vida ali , a dor era insuportável, e o beijo que a fazia presente em si , por fim fora interrompido por Maura que ainda em lágrimas suplica

–Jane ,me espera como eu esperei por você por todo esse tempo ?

–Por quanto tempo Maur?

–Três meses.

–Três meses Maura? E para onde exatamente você vai?

– À Londres Jane , são só três meses

–Três meses Maura, é muito tempo para aguentar ficar longe de você

–Jane, eu a desejei por anos, e só essa noite eu a tive em meus braços, o que serão noventa dias?

–Uma eternidade Maur , eu não sei se consigo...

–Jane eu tenho que ir agora – Maura olha seu relógio e nota que está muito atrasada- se você ainda me quiser ,se você for paciente como eu fui ,nós nos vemos em noventa dias , mas você pode me chamar sempre pelo Skype , pelo face time , por qualquer forma que queira que eu esteja a sua espera , porque eu Jane , certamente esperarei por você, resta saber se você esperará por mim , e então Jane ? Você vai esperar por mim?

–Maura ?

–Sim Jane ?

–Por favor ?

FICA ?

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Notas finais do capítulo

Será que ela fica ?
Sinto muito , você só vai saber se continuar comigo até o próximo ...
E ai ? Te vejo no próximo ?