A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 8
Los Angeles


Notas iniciais do capítulo

E aiiii, genteney? Voltei rápido demais, sei disso, e isso não é certo, de acordo com as pessoas que escrevem, mas nem me importouney :) Voltei a responder os comentários, e vou terminar de respondê-los ainda nesse sábado, sem falta, ok? Como estou respondendo todos, cara... nossa! Muito obrigada, a todos que comentaram até agora! Muito obrigada mesmo! Já tinha lido cada um, mas tive que reler, e assim... NOSSA! :D OBRIGADA! Não fazem ideia do quanto eu sou agradecida a vocês... :) Crys, Finnie, mahhutchersonlovatocyrus23, Aleh, Pietra, Jujuba (mano), Nanda e Niih, MUITO OBRIGADA pelos seus comentários :) Espero que gostem desse capítulo, assim como todos que estão acompanhando também, e que estão favoritando a fic :) Obrigada, galera. Sim, foi breve a presença deles em LA, mas... espero que tenham gostado. Boa leitura!



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– Um doce com z. - Peeta disse enquanto brincávamos de adedonha na cama de seu quarto do hotel

– Hm... Não existe.

– Existe sim.

– Qual? - perguntei confusa

– Zuzuba, pronto, ganhei! Iaaaa! Trouxaaaa! Vamos assistir Capitão América. - disse colocando sua toca cinza - E amanhã vamos para Veneza Beach! - disse convencido

– Zuzuba não existe, seu mané! Não existe doce com z! - estou indignada - Se não tivéssemos nos escondido na sala do faxineiro, e esperado os policiais saírem, estaríamos na cadeia! E com nossas vidas acabadas! Meus pais ficariam com mais... Desprezo por mim!

– Katniss, esse é o seu problema... - suspirou pesadamente - Você fica pensando demais no que poderia ter sido, e não aproveita o momento. - estava sério, o que é muito difícil - Você é linda, inteligente, engraçada, mas nada vai ter valido a pena quando estiver velha, olhar para trás e ver que simplesmente existiu, não teve emoções.

– Eu tive emoções... Eu tenho emoções. - falei chateada

– Sim, eu sei, mas estou querendo dizer que você é sempre muito certinha, muito perfeitinha, para. Aproveita mais a sua vida, pare de fazer tudo pensando em como será o amanhã e como vai afetar seus pais. Pense no agora e se você vai se arrepender ou não, e não no que os outros vão achar.– sorriu gentilmente para mim

– Com certeza estar com ela era muito mais empolgante. - eu disse suspirando pesadamente, sentindo lágrimas querendo descer pelo meu rosto sem parar, então me joguei na cama

– Katniss... - deitou-se ao meu lado - Prim não deixava eu fazer essas coisas, por mais rebelde que fosse. A rebeldia dela estava em querer fazer o que ninguém nunca havia feito, mas isso não incluía entrar em uma loja duas horas antes de abrir e cantar. - ouvia atentamente a cada palavra que saia de sua boca - Meus pais não aprovavam nosso relacionamento porque ela questionou a razão deles serem tão possessos com relação a roupa que uma mulher usa, ela era feminista, e meus pais acharam aquilo um grande absurdo, disseram que ela era maluca, por achar que a mulher deveria ter os mesmos direitos que os homens... - fechou os olhos, talvez se lembrando dos pais dizendo que ela não era adequada - Enfim. Com você eu sei que é diferente. Você quer se aventurar, mas tem medo do que as pessoas vão pensar, e quer saber? Manda todo mundo se ferrar e cuidar da própria vida. - olhou para mim, ficando de bruços na cama, com um sorriso torto, e eu notei uma covinha - Viva o momento.

– Eu vou. - foi a única coisa que eu disse, e ele sorriu abertamente, me dando um abraço bem apertado - Eu.. Não... Consigo... Respirar... - falei de forma dramática, sentindo o peso de seu corpo sobre o meu, me abraçando e ele riu, se jogando para o meu lado

– Foi mal, eu gosto de abraços.

– É, deu para notar... - respondi com um sorriso no rosto - Vamos assistir Capitão América!

...

– Qual é a da âncora? - ele perguntou passando o polegar um pouco acima da minha cintura, enquanto passava o protetor solar em mim, e eu sorri

– É um gesto de amizade. Eu e Finnick temos uma igual, simbolizando nossa amizade. Um apoia o outro, entendeu? Nós evitamos que o outro se perca.

– Uhum... Não tenho tatuagens.

– Quer fazer uma? - perguntei sorrindo torto

– De jeito nenhum! E eu faria o que, afinal? - sorri

– Eu não sei... Poderia fazer... Hm... Ah... Sei lá. Eu tenho essa de âncora e essa no pulso. - mostrei meu pulso esquerdo

– Sapere Aude... Significa "Atreva-se a ser sábio"? - assenti e ele sorriu - Gostei, mas não tenho coragem, porque tipo... Sei lá. Não tenho vontade de ter uma. E acho essa parada meio clichê.

– É, há uma probabilidade nisso. Mas... Você quem sabe. Poderia fazer uma escrito "sapere audere", que significa "atreva-se a pensar" e latim está muito envolvido com medicina, não está? - assentiu - E podia ter um cérebro em baixo da frase. - ele sorriu

– Uma ótima ideia... Mas aonde eu colocaria isso? - fiz uma expressão pensativa

– No pulso, para ficarmos combinando! - falei empolgada - Vamos! Faz!

– Eu tenho pena... Minha pele é 100% virgem nesse aspecto. - ri de sua cara

– Você tem pena ou medo?

– Os dois... - concluiu - Terminei de passar o protetor.

– Muito obrigada. - eu disse sorrindo - Ué, não vai entrar? - ele negou, tirando um livro de neurologia da bolsa - Está o maior solzão!

– Eu sei, mas... Estou com um pouco de dor no estômago...

– Não acredito em você. - ele bufou

– Caô! To falando sério! Só quero estudar um pouco, e admirar você na água. - corei

– Vai se ferrar... - eu disse indo para a água, escutando sua risada, e isso me fez rir junto.

Veneza Beach é um praia extremamente importante para LA, mas não é tão cheia quanto imaginávamos. É linda, calma, com bastante pessoas, mas dava para encontrar alguém com facilidade, e a areia não fica tão presa como o esperado. A água é bem fria, e as ondas suaves. Mesmo sozinha, me diverti com algumas crianças, e esqueci que tinha 24 anos. Peeta ria das vezes que eu levava um caixote, e sempre que eu pensei em fuzila-lo, e fazer questão que ele reconheça isso, ou ele estava concentrado no livro, ou ria de forma inocente das minhas tentativas frustradas de ficar em uma prancha.

Foi um dia calmo, sereno, e muito agradável, meu dia favorito de dia, podendo perceber o quanto Peeta está certo. A gente tem e precisa que viver o momento para sermos extremamente felizes, e para viver o momento, não é preciso beber, se drogar ou se entregar a homens. É só você fazer o que gosta, com quem gosta, e fazer com prazer.

...

Seu beijo é calmo, suave, e aos poucos, sua língua pediu passagem, que eu fui cedendo aos poucos, para não parecer desesperada, nem nada. - Katniss... - suspirou meu nome, quando precisamos nos separar por falta de oxigênio - Eu te amo.

– Eu também te amo, Peeta. - sussurrei, e ele sorriu, no segundo seguinte, calou minha boca com um beijo

– Katniss, hey, Katniss, acorda! - Peeta disse me balançando

– Ahn? O que foi? - perguntei sonolenta e entorpecida pelo sonho maravilhoso

– Estava se mexendo na cama... - falou preocupado. "Eu queria que nossos corpos estivessem como um só, você me estocando com força e a cama batendo inúmeras vezes na parede, mas isso não está acontecendo, né?" Expulsei meu lado idiota e carnal, vendo que sua preocupação comigo é muito mais importante que a minha primeira vez.

– Me desculpa... Só um sonho. - ele assentiu

– Certeza de que está bem? - sorri torto, me aninhando em seus braços novamente

– Absoluta. Obrigada. E mais obrigada por deixar eu dormir no seu quarto. - ele riu

– Eu estava tendo pesadelos, e nada faz eles sumirem, exceto sua presença. - Peeta fala sem filtros, isso pode ser ruim, mas pode ser bom, como nesse exato instante, onde eu abri um sincero sorriso de agradecimento.

– Eu pensei que fosse pensar em Annie e Gale na minha cama, ou meu pai e sua secretária, ou minha mãe e seu motorista, mas desde que me mudei para a casa do Finn e te conheci, não penso nisso. Não pensei desde que eu acordei em seu apartamento. - pude senti-lo sorrir

– De nada, sei que sou demais. - abraçou-me com os dois braços, e eu me encolhi ainda mais, esfregando nossos pés e ele riu - Faz cosquinha! - disse esfregando o seu pé no meu, e eu ri

– Também faz no meeeeu! - eu disse rindo, fazendo de novo, quando senti suas mãos passeando pela minha barriga - AAAAAAAH! NÃO VALE! - eu comecei a me contorcer, dando pulos, mas ele é descaradamente mais forte do que eu, ai a cama bateu na parede, por eu me contorcer - AAAAAAAH!

– Vão pensar que a gente está de saliências. - disse rindo, ficando por cima de mim, com uma perna de cada lado da minha cintura, e eu ri mais, sem me importar com os outros. Estou... Vivendo o momento.

– Deixem pensar, mas se bem que eu não me importaria se tirasse a camisa. - ele riu

– Você quer me ver nu, Katniss? - 100%... Oh, como eu quero

– Só se admitir que quer TUUUUUDO ISSOOO! - brinquei indicando meu corpo todo, então ele riu mais, voltando a me atacar com cócegas, e o ar condicionado parecia não fazer quaisquer efeito, pois em questão de minutos estávamos ofegantes e suados

– Você realmente não se importaria se eu tirasse a camisa? - perguntou de joelhos na cama, enquanto eu estava deitada, toda à vontade, respirando com dificuldade. Pensei que ele estava de palhaçada, mas não. Sua expressão era séria, e preocupada. Sentei-me na cama

– O que foi? Você tem vergonha do seu corpo? - perguntei com um sorriso no rosto

– Um pouco. - coçou a nuca, olhando para os lados - Aconteceram algumas coisas quando eu era pequeno, e...

– Seus pais te batiam? - o clima descontraído sumiu totalmente, e nenhum de nós ria - Peeta, olha para mim, não vou te julgar. - segurei seu braço, então ele olhou nos meus olhos, que mostravam indecisão, medo e preocupação.

– Mas as cicatrizes estão nas minhas costas...

– Por isso não quis entrar na água? - assentiu - Peeta, está tudo bem quanto a isso. - eu disse ficando de joelhos, de frente para ele, não vou olhar para suas costas, está bem? - assentiu, e eu podia sentir o calor do seu rosto - E ninguém mais vai ficar sabendo, ok? - segurei a barra da sua blusa - É sério. - e puxei sua blusa para cima, tendo a ajuda dele, e fiquei sem fôlego. Que. Cara. Incrível.

Oito gominhos perfeitos, sem nada exagerado, apenas saudável, e a pele mais branca que os braços, só um pouco. - Não devia ter vergonha. - eu disse e ele estava extremamente constrangido - Peeta! Para com isso! Todo mundo gostaria de mudar algo no corpo! - eu disse - Eu tenho estrias na cintura toda, mas não viu por causa do short e que o maiô cobriu! - eu disse e ele riu um pouco - Está duvidando? Ok! - e puxei minha blusa mais grosa para cima, pois eu estava sem sutiã, mas tinha uma outra blusa fina, e quando levantei, deu para ver as linhas brancas idiotas - Aqui, seu babaca. Essa coisa é uma droga, e é para a primeira pessoa que mostro isso. - eu disse sincera, e vi que ele estava ainda mais sem graça, então abri um sorriso - Sei que meus seios são maravilhosos. - o meu sorriso era realmente cínico, pois se tem uma coisa que eu não suporto são meus peitos. Acho eles pequenos demais, mas maior que o da maioria das americanas. Eu tenho bumbum, seios... mas tudo muito normal.

– Obrigado, Katniss. - ele disse suspirando aliviado - Suas estrias são muito piores do que as marcas nas minhas costas. - sorri sinceramente - E você tem um ótimo par de... Peitos. - foi para me provocar, eu sei! Idiota!

– Vai se ferrar, Peeta. - eu disse o empurrando para o colchão e me deitando abraçada a ele novamente. - É sério? - sussurrei - Seus pais te batiam?

– As vezes, quando eu não ia bem em algo ou simplesmente porque não aceitava algo que meu pai impunha. Minha mãe sempre foi educada, cuidadosa, mas sofria na mão do meu pai, e era sempre mais do que eu, pois me defendia. - assenti - E você? Por que tem essas esfrias horríveis, Alguma Coisa Cresta Everdeen? - o clima tenso foi substituído por altas risadas

– Idiota... Porque eu sou dessas. Eu era gordinha quando pequena, mais ou menos adolescente, e emagreci na vida adulta, graças à Deus. - pude senti-lo sorrir - Posso ver suas cicatrizes? - olhei em seus olhos - Não vou me assustar. Eu te mostrei algo que me sinto mal sobre, precisa fazer isso. É o que os amigos fazem. Confiam uns nos outros. - olhei para a mão dele, e entrelacei a minha, e elas pareciam ter o encaixe perfeito - Não precisa ser hoje, ok? - ele assentiu, mas se endireitou na cama, e puxou com calma a minha outra mão que não estava junto a sua, e guiou para suas costas, e a soltou.

Olhei dentro de seus olhos, com grandes cílios loiros, e vi que podia seguir em frente. Subi um pouco em seu colo, e coloquei o rosto na curva do seu pescoço, fechando os olhos e subindo a mão lentamente por suas costas, quando senti uma parte um pouco mais alta, abri os olhos, e ele se esticou um pouco para a frente, e eu pude ver uma marca grande, não é uma queloide, mas ainda sim, é uma cicatriz, e acho que foi causada por... - Uma vara. Quando eu ou meus irmãos desobedecíamos, ele pegava a vara e mandava a gente ir para o porão, pois assim os vizinhos não escutavam os nossos gritos, mas quem estava em casa ouvia... - não tinha mágoa na sua voz, e achei isso muito nobre de sua parte.

Lentamente, continuei passando a ponta dos dedos por cima de três marcas, que não acho que uma cirurgia tire porque são da cor da pele dele, por tanto tempo ali. - Você é realmente a pessoa mais incrível que eu conheço. - falei baixo, com meus lábios entreabertos, passeando lentamente com meus dedos por suas costas, sem acreditar como alguém pode ter feito isso com ele. Eu não pensei em arranhar nada, como meus sonhos tem feito. Eu apenas pensei se com todo o carinho e amor que sinto por ele pode fazer essas cicatrizes desaparecerem por completo. Odeio ver ele triste com alguma coisa. Nesses dias que nos conhecemos melhor, pude notar que quando ele sorri, eu sinto vontade de sorrir, dele continuar com aquele sorriso, e quando ele chora, é como se tirassem um pedaço de mim. Vê-lo sofrer é me fazer sofrer.

– Você não conhece meu passado, Katniss. - olhei em seus olhos, vendo que ele se julgava um ser desprezível, simplesmente pela voz

– Peeta, seu passado não define seu futuro. O passado de ninguém define o futuro quando nós aceitamos mudar. Para mim, não importa quem você foi, o que você fez, importa quem você é agora, e é a pessoa mais incrível que eu conheço, porque... - senti vontade de chorar - Você e Finnick não me jogaram pedras e nem me julgaram quando todo mundo fez isso, e nem me conhecia, você deixou eu ficar na sua casa. - os olhos dele também estavam todos cheios d'água - Você precisa aceitar que os tempos são outros, e que eu, ou qualquer outra garota que se interessar por você, vai focar no que você é hoje. Se o que fez ontem foi ruim, dê seu jeito e faça bom hoje, mas se ainda não estiver satisfeito, faça melhor do que das outras vezes amanhã. Sempre podemos ser uma versão melhor de nós mesmos. - ele sorriu e beijou a minha bochecha, fechei meus olhos e apreciei o gesto com muito carinho.

...

– Santa Monica é incrível! - ele disse me puxando pelo braço animado, desviando a gente das pessoas enquanto corríamos

– Perai! Meu chapéu! - eu falei para ele desacelerar um pouco, enquanto com uma mão segurava o chapéu de palha ideal para nosso último dia em LA, sendo sexta-feira, no sábado, amanhã, visitaremos a calçada da fama com calma, depois compraremos roupas na Rodeo Drive, então iremos para casa.

Minha blusa que só é apertada na parte do busto e larga depois disso, subia e descia junto com meu corpo, e meus shorts jeans estavam me incomodando, por serem mais curtos que o normal, indo na metade das minhas coxas.

Peeta vestia uma calça estilo do exército e uma blusa branca, calçava chinelos e... Só. Estava incrível. Argh... Que vida. Pelo menos acertei na escolha do sapato.

– Duas pipocas, por favor. - ele pediu segurando minha mão - Eu quero doce em cima e salgada em baixo. - sorri por ele gostar dos dois sabores

– Eu quero toda doce, por favor. - o pipoqueiro sorriu e rapidamente nos entregou nossos pedidos e Peeta pagou. - Pensei que só soubesse a senha para passar o cartão. - nossos braços estavam unidos, como se fosse o dia do casamento

– Acha mesmo que eu disse aquilo sério? Eu não sou tão machista e vida loca assim, tá? Só paguei com seu dinheiro o hotel, porque eu gastei meu dinheiro em grande parte no aluguel do apartamento. - Assenti - O resto eu quem estou pagando.

– Mas fizemos um monte de coisa! Peeta! E o dinheiro para o resto do mês?!

– Para de pensar em números. - ele disse sorrindo - Nós não gastamos tanto assim, e estamos no meio de junho, recebo no final do mês, e não vou passar fome, exceto se você continuar comendo lá em casa todos os dias. - corei, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha fazendo ele rir - Não gastamos muita coisa, e já vamos voltar para Vegas. A sua presença compensa, mesmo que eu fique sem dinheiro no final do mês.

– Você diz coisas fofas sem sentir... Obrigada pela gentileza. E você pode usar meu cartão, porque a empresa do meu pai conseguiu um apartamento para mim, e eu não vou pagar nada. Só vou gastar com comida, pois roupa já tenho.

– Não vou usar seu cartão.

– Vai sim.

– Não vou.

– Vai sim.

– Eu já disse que não vou.

– Se não usar, eu vou te morder. - silêncio pensador, e só ouvimos os passos das pessoas animadas sobre a madeira do Píer de Santa Monica, que rangia de forma como se fosse um riso, não se importando se a madeira ficava mais gasta, e o sol das três da tarde dava um beijo em nossos corpos de maneira que revigorava o corpo e a alma.

– Ok, eu vou usar. - sorri satisfeita

– Vou te comprar roupas nova, e aproveitar nossa ida à Rodeo Drive. - ele assentiu, dando-se por vencido - E eu vou dirigir de volta para casa.

– Você que sabe. - colocou a cabeça sobre a minha a eu abracei sua cintura, nunca me sentindo tão bem. - Vamos na roda gigante?

– Óbvio, né?! - ele sorriu sinceramente para mim, e nos foi liberada a passagem sem precisarmos no livrar da pipoca

...

O olhei com atenção, sentindo o vento do meu rosto - Sério isso? - perguntei e ele mordeu o lábio inferior, com um sorriso - PEETA! TA MALUCO?! - perguntei apertando o volante com força, enquanto íamos para casa, e estava chegando um túnel - Você não pode fazer isso. - eu disse tentando manter o foco na pista

– Vou fazer só porque disse que eu não posso. - disse cínico, e no segundo seguinte, estava indo para o banco de trás de seu carro, com cuidado para não estragar as coisas que trazíamos, e passou por uma parte, ficando assim na traseira da picape. - AUMENTA A MÚSICA! - pediu e eu revirei os olhos, mas obedeci.

"If I die young bury me in satin

Lay me down on a bed of roses

Sink me in the river at dawn

Send me away with the words of a love song"

If I die young é uma das minhas músicas favoritas, e Peeta disse que estou certa, mesmo que ela seja sobre o que eu quero que façam quando morrer. Fala muito mais que isso, fala que, embora ela tenha morrido jovem, viveu muito bem.

Como estava de noite, tinham poucos carros, então ai que ele pirou de vez, ficando de pé e jogou os braços para o alto, com o vento beijando seu corpo, e mesmo que tenha medo que ele caia, sorri feliz. Ele merece momentos assim.

Todos merecemos.

Todos nós enfrentamos dificuldades, todos sofremos perdas, todos somos traídos, mas ainda sim, continuamos sendo dignos de amor e felicidade.

Espero apenas que um dia os pesadelos com Prim e o bebê parem de atormenta-lo, e fazê-lo se sentir culpado. Peeta não merece sentir essa dor, mas... Esse é o problema da dor. Ela precisa ser sentida.

– Eu deveria ganhar um prêmio por aguentar suas maluquices. - ele sorriu, sentando-se ao meu lado

– Quer tentar? - neguei

– Muito obrigada, mas eu passo. Vivi emoções mais que suficientes por uma vida que eu planejei, mas prometo que um dia farei isso. - ele sorriu de forma mágica pra mim - Pronto para voltar à rotina?

– Sim... Estou me sentindo muito bem. - disse abrindo a janela do carro - E eu não tenho rotinas. Odeio rotinas. Elas te prendem, te fazem esquecer dos seus sonhos e ambições, e quando isso acontece, te faz perder o amor pela coisa toda, e quando perde o amor, perde tudo. Não tenha rotinas. Siga horários, mas não necessariamente uma rotina, ok? - perguntou e eu sorri

– Durante quanto tempo quer que eu deseje isso?

– Enquanto as estrelas estiverem acima de nós, e até quando você puder. - sorri torto

– Então está bem. - e pegamos a pista que nos levaria para Las Vegas, a Cidade Das Luzes, mas com pessoas mais escuras do que o universo...


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Notas finais do capítulo

E aí? Espero que tenham gostado... Vou amar saber o que acharam nos comentários, e me desculpem se saiu muito robótico >.< Me desculpem mesmo, estou tentando melhorar, estou mesmo. Quero que sejam sinceros, no que eu poderia melhorar.
No próximo, tem Johanna, tem... um provável casal (curtem Johanna e Finnick?) Só acho que as coisas no próximo ficaram meio... corridas, mas... vocês que sabem. Tem um momento Peetniss muito legal, tem encontro das gêmeas e só isso que eu posso adiantar. Beijos, pessoal, muitos e muitos beijos, espero que tenham gostado desse caítulo, o segundo maior da fic, e se não gostaram, tambem vou gostar de saber, mas peço para que digam no que foi. OBRIGADA! BEIJOS!