A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 16
Conseqüências


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Reconheço duas coisas.
1ª- não respondi os comentários
2ª- 99,9% de vocês me odeiam pelo capítulo anterior, mas... Por favor, tenham 3 (incluindo esse), de paciência.
Não respondi porque são muito incríveis, e eu não sei como corresponder o carinho de vocês, e agora estou em Cabuçu (quem é do Rio, sabe que Baixada Fluminense é o fim, e Cabuçú, o poço, mas é onde meus tesouros, vulgo avós, moram, e eles estão com uma idade avançada, e eu preciso cuidar deles, levá-los para o hospital, limpar a casa) e não tem internet. Só estou no 3G, ai complica mais ainda, mas eu realmente vou responder todos eles.
Como não sei quando vou responder, quero esclarecer um comentário, que não me ofendeu, e eu amei por ter lido pela sinceridade da pessoa, da qual não vou expor, por ética.
Bem, o objetivo da fic é: As vezes, o medo é maior e mais forte do que o amor e a esperança. O medo de não ser suficiente muitas das vezes é maior sim, e esse é o objetivo da fic, mostrar isso, da mesma forma que quero mostrar que todos nós temos medos, algo que nos apavora, uns sabem lidar com, outros não. Também quero mostrar nessa fic, e tenho como objetivo, mostrar que ninguém é perfeito, apenas Deus, e somos peças, peças de um quebra-cabeça que precisa ser completado por outra pessoa, e a união dessas pessoas, pode nos machucar, nos amassar, mas de nada importa se nos unirmos. O que importa é o resultado final.
Mrs Hooks, obrigada mesmo pela sua mensagem! Caramba, eu fiquei muito, muito, muito feliz por você ter se incomodado em me mandar uma MP, e te peço perdão por não ter respondido:/// de verdade, mas farei isso o mais rápido possível!! Obrigada mesmo, e vou seguir o seu conselho :D
Jujuba e Cami... Como vou agradecer vocês? Acho que não tem como. Bem, MUITO OBRIGADA. Obrigada mesmo, eu li e reli suas recomendações diversas vezes, e fiquei muito emocionada pelo carinho e por vocês terem se incomodado em ter feito isso. Obrigada, valeu.... Palavras não podem expressar o meu sentimento de gratidão! E nem foi uma recomendação, foram duas! Obrigada! :))
A todos os que comentaram no capítulo anterior: eu não podia ser mais sortuda, de forma alguma, porque se eu juntar os dois últimos capítulos mais comentados da fic, não alcançarão a quantidade de comentários do capítulo anterior, e eu sou MUITO grata por isso, mesmo que a maioria de vocês tenham dito coisas negativas sobre... Nada é como a gente pensa que vai ser, isso é a vida real, e na vida real, infelizmente, as pessoas se vão sem dar adeus, mas não há nada que fique não resolvido se a gente colocar força de vontade.
Tudo vai se resolver, só peço três capítulos, incluindo esse abaixo. Um beijo e um abraço.



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– Ela vai ficar bem. - ouvi uma voz masculina muito comum aos meus ouvidos - Vocês chegaram a tempo, mas foi por muito pouco.

– Obrigada mesmo, Gale. - Madge disse, e sua voz estava embargada

– Não precisam me agradecer... Esse é o meu trabalho, e a Katniss é uma pessoa incrível. - não tinha nenhum vestígio de falsidade na voz, e sim arrependimento - Olha quem acordou! - sorriu para mim, mas meus olhos estão muito ardidos ainda

– Ai meu Deus! - Madge correu para me abraçar - Como você está se sentindo?!

– Ai, eu to passando mal, não me aperta, sua idiota. - eu disse respirando com certa dificuldade, e meu corpo parecia pesar uma tonelada

– Ah, ela tá reclamando, então está ótima. - Gale disse anotando em um bloco, em um tom profissional

– Vai se ferrar você também, Gale. - minha voz estava bem rouca, e ele riu alto, assim como Madge - Calem a boca. Eu to toda dolorida.

– Ok, vou pedir para te trazerem remédios para aliviar as dores no corpo. - aproximou-se da cama, colocando uma paradinha nos ouvidos, e depois um bagulho gelado próximo as minhas clavículas, para saber das batidas, e sei lá. - Inspira e expira. - obedeci, e saiu meio falhado, fazendo-o rir de leve - É, você vai ficar boa. - assenti, fechando os olhos e seguindo o procedimento, inspirando e expirando.

...

– E foi isso. - Finnick e Madge estava sentados de lado da minha cama de hospital, e eu contei o que aconteceu entre eu e Peeta, e os entreguei a carta. Minha voz preencheu aquele cômodo, então os dois trocaram um olhar tenso

– Hm... Entendemos que você está apaixonada, e esse sentimento é recíproco. - Madge disse - Mas acontece que, Katniss... Ele só está com medo, de tanto amor que sente por você. - meus olhos se encheram d'água

– Nós não somos perfeitos, Egg... - suspirei profundamente - Eu também tenho marcas no corpo e na alma.

– Eu sei, querida... - beijou minha testa, afagando meus cabelos

Meu sonho era tocar as estrelas, e Peeta realizou ele diversas vezes, e me levou até mais que isso, nós ultrapassamos elas na noite anterior.

– Não tem nenhum lado positivo nisso tudo? - perguntei olhando para os lados, tentando me esquecer de tudo, mas era impossível. A cada piscada, eu me lembrava dos nossos suspiros, dos seus toques, das nossas peles se encostando, dos nossos beijos, do quanto eu nunca me senti tão especial e incrível desde que me conheço por gente.

– Ele te deu um belo vestido azul... - Madge disse mordendo o lábio inferior, estendendo a caixa que vi ao lado do envelope

– E bem caro. - Finn se intrometeu - Eu ia comprar pra Johanna, mas só que tinha a Lotte, e os presentes para você, e eu gastei metade do meu salário no meu novo video game... - revirei os olhos, mas tive que sorrir - Caraca! Ainda tem um cordão! - ele puxou a caixa da minha mão, e enfiou as mãos, pegando a caixa azul-marinho e abrindo - Cara, eu virava mulher se recebesse isso... - tirou da caixa e me mostrou, com um sorriso, e mais lágrimas me vieram aos olhos

– Uou! Ah... Eu não sei se eu o odeio, ou se o amo. - Madge disse baixo, para que eu não ouvisse

– Ele me deixou sozinha! Com uma carta! - eu disse - Deve odiá-lo, porque eu não consigo fazer isso. - ela assentiu

– Ok, eu o odeio, mesmo te dando um colar da... - pegou a caixa - ELE TE COMPROU UM CORDÃO DA CHANNEL! GAROTA! - o queixo dela estava no chão - AI MEU DEUS! ISSO É DEMAIS! - Finnick pegou a caixinha de suas mãos e fez um perfeito "o" com a boca

– Essa parada é três vezes meu salário, por ser de ouro fino e diamantes, cê sabia? - ele estava sem acreditar - Ich weiß nicht, wie man diesen Kerl hassen... - disse em alguma língua que não conheço

– Que você disse? - eu e Madge perguntamos juntas

– Ah, estou fazendo um curso de alemão para não xingar perto da Charlotte... - disse dando de ombros - eu disse "não sei como odiar esse cara".

– A ta... - dissemos juntas novamente - Quero bala. - Madge disse se jogando no sofá - Vou lá comprar. Quer ir comigo, Fiu, Fiu?

– Uhum. Johanna comeu todas as balinhas que sobraram na minha Candy Machine. - ela riu, e eu também, por sua expressão de tristeza. - Vamos logo, para eu não chorar com saudade das minhas balinhas. - e saíram.

...

Soluço. Soluço.

Abri meus olhos lentamente, com preguiça - Que...? - levei um susto ao ver Gale sentado abraçado a si, de lado no sofá do meu quarto de hospital - O que você ta fazendo aqui? E chorando? - perguntei esfregando os olhos e ele fungou, passando os dedos nos olhos

– Nada. - sua voz estava embargada - Volta a dormir, que eu vou continuar a chorar. Não tenho outro lugar pra fazer isso em paz.

– Ah, droga... - murmurei, fechando os olhos com força, e abrindo-os logo em seguida. Sentei-me na cama, com os pés balançando para fora da mesma - O que aconteceu?

– Annie sem eu saber assinou a documentação para mandar o Dylan para a adoção, porque disse que me ama, mas não estamos preparados para isso. - soluçou mais uma vez, escondendo o rosto nos joelhos - Que droga! Droga! - dizia diversas vezes

– Então assim que o bebê nascer... Vai ser mandado para uma família? E adotado? - assentiu - Mas você é o pai, Gale.

– Talvez. - suspirou profundamente, limpando os olhos - Annie é uma vagabunda. Ah, que se dane. Você sabe que ela é mesmo. - não fiz nada - Mas as probabilidades são grandes. Ela não ficou grávida enquanto estávamos juntos. As camisinhas estavam furadas quando nós... - parou - Não vou dizer. Já te desrespeitei suficientemente por uma vida. E ela se esqueceu de tomar os remédios, por causa da situação toda. Ela mesma disse pra mim. - e chorou mais - Oh, droga! Dói tanto assim ser traído? - perguntou olhando para mim, com os olhos vermelhos e intensos, como os meus

– Quando você ama ou se importa com uma pessoa sim, Gale. - suspirei profundamente - Mas você também dormiu e dorme com outras mulheres. - ele negou

– Não, eu só fico de caô mesmo, trocando conversa e sorriso com as enfermeiras, mas não é nada mais que isso, nunca foi. Eu gosto mesmo da Annie, e nem sei o que aconteceu para eu ter tentando te beijar... Me desculpe por isso, aliás. - deu de ombros - Era apenas você e Annie, ai você descobriu tudo, e eu me foquei apenas nela. - o escutei com atenção - Eu amo mesmo a Annie, Katniss, e nunca fui para cama com outra garota sem ser ela. - eu fiquei de queixo caído com o que acabei de ouvir. Minha boca formou um perfeito "o" - É, pode fazer essa cara de espanto mesmo, porque é a mais pura verdade.

– Gale... - murmurei, e uma coisa tomou conta de mim, que comecei a rir - Você era um cara de 23 anos, formado em Medicina, noivo e virgem? - assentiu, se acomodando no sofá e deitando-se, de barriga para cima, com um braço cobrindo-lhe os olhos, enquanto eu ria, esquecendo-me de tudo por alguns instantes - E você quase perdeu sua virgindade comigo? - assentiu. Lembrei-me de quando ele fez tudo bonitinho, quando nós noivamos, e quase chegamos a dar um passo mais longo, mas eu tinha medo, estava apavorada, e não era de meu costume fazer isso. Tínhamos apenas 20 anos... - Gale, você me surpreende... A cada dia. - me joguei para trás, e ficamos em silêncio, um bem estranho e indescritível

– Qual é entre nós dois? Tipo... Nós somos amigos, cunhados, ou duas pessoas mal resolvidas? - silêncio e depois nossas risadas se misturando no ar

– Você me magoou muito, Hawntorn. Eu sinto falta de quando nós fazíamos competição de quem acertava mais pessoas com balões d'água e quem matava mais pessoas no Resident Evil. - pude senti-lo sorrir, ao se lembrar de nós dois, apenas como melhores amigos se divertindo na adolescência

– Eu sempre ganhava. - disse convencido e eu bufei

– Você roubava! Isso sim! - voltei a me sentar na cama - Jogava três bolas de uma vez só enquanto eu mal conseguia segurar uma! Babaca! - ele riu

– Posso fazer nada se os caras são melhores e mais fortes. - olhou para mim, ainda deitado no sofá, e suspirou - Eu trabalhava com ele quase todos os dias, e pode ter certeza que ele te ama, e ter ido embora foi a prova. - coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha - Esse seu tique nervoso é extremamente fofo, cara. É meio impossível não se apaixonar por você, mas acontece que entre nós só dava certo a amizade. - olhou para o teto - Não me deixa falando sozinho, por mais que eu mereça isso. Eu estou mesmo arrependido de ter te dito aquelas coisas, mas a Annie está me deixando sem paciência e sanidade alguma...

– É, todo mundo diz isso... Que ele me ama, mas acho que quem ama não vai embora, fica. - ele se sentou no sofá, olhando para mim com atenção, e eu me senti muito à vontade com ele

– Quem ama quer o melhor para você, e ele achou que, indo embora, depois dessa coisa toda aí, estaria te protegendo, entendeu? - assenti, e meus olhos ficaram cheios d'água - Ele apenas é um cara com um passado difícil, Catnip. Agora é seguir em frente mesmo, e... Viver. - um sorriso nasceu em meus lábios quando o ouvi me chamar de Catnip, apelido que não usava a muitos anos.

– É melhor morrer então, porque viver de amor tá palha. - falei o que Peeta escreveu e ele suspirou profundamente

– Se for tomar algum remédio suicida, me avisa, que eu tomo junto, porque ta palha mesmo. - levantou os ombros, suspirando muito profundamente, e eu bocejei

– Digo o mesmo para você. Não sou pastor para perdoar seus erros, mas se isso ajuda, está perdoado, honestamente. Fico feliz que nada tenha ficado mal resolvido entre nós... - ele sorriu, com suas duas covinhas fofas - E não se preocupe também... Esquece a Annie, cara.

– Você um dia vai conseguir esquecer o Peeta? - foi como uma facada em meu peito. Claro que não.

– De forma alguma.

– Nem eu vou esquecer ela. Eu amo ela, Katniss, mas... - suspirou novamente - É diferente. Não é recíproco.

– Então conquiste-a, Thor. - ele sorriu. O chamo de Thor desde que assistimos o filme da Marvel, onde o herói se chama Thor, e o nome do filme É Thor também. Deu pra entender? Então, ai eu o chamo assim pela semelhança com o protagonista. - Sério... Amor consiste em conquistar. Todos os dias, e independente do que ela faz, com certeza vai mudar de ideia, e você é um cara legal... - corou - Sou sua amiga agora, pelo que tudo indica, e sou a irmã gêmea dela. Há um sentimento sim, mas ela sempre se esquivou dessa coisa de ser mãe, etc. Conversem, ok? - ele assentiu - Olha, enquanto estivermos juntos, Peeta e Annie são assunto proibido, está bem?

– Com certeza. Agora eu vou dormir, porque disse que não voltaria essa noite. Quero que ela pense que tô na casa de outra garota, pode ser? - ri, assentindo, e me deitei novamente, fechando os olhos, mas vi outros, vi os olhos de Peeta.

...

– Ah, você só dorme, tia! - Charlotte disse chateada - Não quero fazer compras com a mamãe! Vâââmuuus! Eu amo a senhoraaaa!

– Oh, querida... - suspirei profundamente - Ok, eu vou trocar de roupa, está bem? Quer me ajudar a escolher? - na mesma hora seu rosto mudou, abrindo um lindo sorriso, e eu sorri junto

– Cheguei! - Madge disse - Deixei Johanna na casa do Finn, e Cato me proibiu de ir pra casa. - bufou - Katniss, eu não te vejo a quanto tempo? - me levantei do sofá, exausta, ainda esfregando os olhos e bocejando

– Umas duas semanas. - respondi indo para meu quarto, onde mudei a cama de lugar, assim como o colchão e os edredons.

Fazem dois meses que Peeta deixou aquela bendita carta, e eu não consigo tirar aquele idiota da minha cabeça. Na verdade, eu o amo ainda mais. É uma linha de amor e ódio. Não acho que esses sentimentos sejam opostos, na verdade, acho que andam de mãos dadas, pois amamos tanto uma coisa, que chegamos a ter ódio, raiva, rancor de amarmos tanto aquilo. Tudo me lembra ele, ainda mais o colar de natal...

– Usa esse, tia! - Lotte me estendeu o bendito vestido azul

– Esse não, querida. - eu disse pegando o cabide de suas mãos pequeninas e pondo de volta no final do guarda roupa - O que acha desse? - peguei um outro, cheio de flores

– Lindo! Lindo! - empolgada, bateu palmas e deu pulinhos - Vou deixar o sapato separado para a senhora, tia KitKat! - beijou a minha bochecha, e eu sorri verdadeiramente, colocando-a no colo

– Vou tomar um banho, e já vamos, está bem, princesa? - ela assentiu, saindo correndo e eu entrei no banheiro.

##

– Não ta fechando! Não ta fechaaandooooo! - eu disse indo para a cozinha, segurando o vestido - Alguém puxa isso por favor? - Madge revirou os olhos

– Ninguém mandou ficar no escritório até tarde resolvendo aquelas coisas idiotas de cassinos. Você não precisa fazer isso. Ai, olha só! Engordou uns três quilos desde que eu cheguei! - disse bufando, puxando o zíper - Não ta subindo, Kat. Vai lá ver outro! - com lágrimas nos olhos, e batendo o pé, fiz o que ela mandou, batendo a porta do guarda roupa com muita raiva, tirando uma blusa do Coldplay e um shorts... Que não fechava!

– QUE SACO! INFERNO! PRAGA! - eu dizia tirando de forma muito raivosa a bendita peça de roupa e lançando-a bem longe.

Peguei uma calça de legging, que deu, ainda bem, e fui para a sala, enquanto fazia um rabo de cavalo, e as duas riam aos cochichos - Agora vamos embora! - eu disse pegando as chaves, com uma raiva inexplicável no meu coração.

##

– Esse vestido não vai caber em você para a festa de casamento do Finn, Kat. Aceite. - Madge disse quando eu lhe mostrei mais um dos vestidos

– Ah, eu desisto! Não vou a festa alguma! - me dei por vencida, jogando as mãos pro alto - É o 10º vestido! E a Charlotte até já dormiu! - minha... Sobrinha, digamos assim, porque Finnick é meu "irmão", estava quase babando no meu colo. Madge a tirou de meu colo, e a aninhou nos seus braços

– Vamos embora. Vou te deixar em casa e volto, está bem? - assenti - Mas vou escolher o seu vestido

– Ok, finalmente, mas antes passemos na praça de alimentação.

##

Gosto horrível. Isso é o que define o que acabou de sair da minha boca, diretamente na bolsa da barbie cheia de purpurina da Lotte - Oh, tia... A senhora tá machucada? - perguntou preocupada, e eu vomitei mais e mais, quase chorando.

Levantei o rosto, e Madge me olhava com um olhar indecifrável. - É, e a tia vai no médico.

– Vai ver o papai Finn? - assenti, sentindo as coisas rodarem, mas logo voltarem ao normal, quando me dei conta no que ela disse

– Chamou o tio Finn de que? - ela corou

– De papai... Bem, o meu papai não gosta de mim, e eu vi ele batendo no rosto da mamãe quando eu era um pouco menos grande... - balançava as perninhas, e tanto eu quanto Madge prestávamos atenção - Ela o expulsou de casa, e a vovó veio me buscar correndo, enquanto a mamãe ficou trancada no quarto. Meu papai me viu, e ia bater em mim... - seus olhos ficaram cheios d'água, enquanto eu já estava chorando - Mas ao invés disso ele disse "você é idiota igual a sua mãe, e eu tenho uma família muito melhor do que essa", me empurrou e saiu. Mamãe parou de chorar e me colocou no colo. Tio Finn nunca fez isso, na verdade, ele não me deixa com medo, e nem a mamãe. Ele diz que ama a gente. Não falando, mas nos abraça, me dá coisas legais, e me põe pra dormir... Mamãe diz que ele é o "cara de sua vida" - indicou com os dedos ainda pequenos - E quando é assim, ele se torna o meu papai, não é?

– É sim, querida... E ele vai ficar extremamente feliz quando o ouvir dizer isso. - Lotte sorriu para minha irmã - Tia Katniss precisa ir ver o tio Finn e o... - enrijeceu ao ter que dizer - Tio Gale mesmo, para fazer alguns exames. - ela e ninguém apoia minha amizade com meu ex-noivo, e eu também não levava muita fé, mas nós, mesmo que tivéssemos dito que não falaríamos, conversamos sobre as pessoas que amamos, ou seja, Peeta e Annie, acabamos chorando, mas oferecemos apoio mútuo nessas ocasiões, e nos divertimos como pudemos. Outro dia, ele foi no meu apartamento jogar Resident Evil, e no outro fomos para o que ele mora com sua esposa, Annie, e ficamos no terraço, jogando bolas com água nas pessoas.

...

– E agora? - Finnick perguntou, com um envelope fechado que trouxe do hospital. Só tem eu, ele e Madge - O que fazemos com isso?

– Abre, né?! - Madge puxou o envelope das mãos dele, e ela queria chorar - Não vou conseguir abrir isso. Abre, Finn. - meu amigo bufou, pegando o envelope, mas antes que pudesse abrir, e puxei, ficando de costas para eles e rasguei a droga, pegando logo as folhas cheias de nomes estranhos, mas um me chamou atenção, e justo ele estava destacado.

– Katniss? - Finnick disse com delicadeza, enquanto meus olhos se enchiam d'água - Qual foi o resultado? - me virei para eles, com uma mão na boca, os olhos com muitas lágrimas e uma mão na barriga, e eles prenderam a respiração

– Eu estou... Grávida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu vou amar saber o que acharam, e só peço paciência. Amo vocês, TODOS VOCÊS, obrigada por lerem.