E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 44
Capítulo quarenta e três




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No dia seguinte à execução de Nott, Theodore já não parecia tão abalado. Ao menos estava conseguindo manter-se impassível a qualquer comentário ou até mesmo a primeira página do Profeta Diário que exibia uma última fotografia do Comensal da Morte.

Hermione acordou antes do noivo e no mesmo instante que recebeu o jornal jogou-o para dentro da lixeira, Theo não precisava mais daquilo. Mas claramente, não pode esconder os exemplares expostos na entrada do Ministério da Magia.

— Que droga. — Murmurou quando o rapaz parou para comprar o maldito jornal.

Theodore aproximou-se e passou a mão livre por sua cintura.

— Eu ficaria sabendo uma hora ou outra, mas agradeço por ter tentado me proteger. — Beijou-a no topo da cabeça, sem se importar com quem os via. — Aliás, não é a matéria principal que eu quero ler. A temporada de Quadribol começa agora e preciso ver a tabela de jogos!

Hermione sacudiu a cabeça e suspirou — aliviada. 

O departamento de aurors estava um caos. O elevador mal parava naquele andar, sempre tinha alguém entrando e saindo. Missões explodindo em todo o canto como nunca, até que Harry chegou e parou ao lado de Hermione e Theodore que tentavam entender.

— Tudo por causa do baile. — Murmurou. — Os aurors que não fecharam a cota de horários trabalharão na noite para manter a segurança, estão todos tentando fechar o horário para ficarem livres.

— Droga, eu provavelmente devo muito. — Suspirou Theodore e beijou a bochecha de Hermione, soltando-a com um estalido. — Te vejo depois!

Theodore sentou-se em sua escrivaninha e tratou de abrir as pastas amarelas. Missões incompletas, seu setor era basicamente limpar a sujeira dos outros e quando necessário, sair em missões de alto risco.

— Então vocês dois vão ir ao baile juntos? — Harry perguntou, a sobrancelha arqueada sugeria muita coisa.

— Sim e daqui uns meses vamos nos casar. — Comentou discretamente e riu da expressão de Harry.

— Parabéns, Hermione. — Abraçou-a e fez um sinal positivo para Theodore que os observava. — Significa que você vai ficar aqui, em Londres.

Hermione sorriu e sacudiu a cabeça afirmando, não que tivesse pensando em voltar para a França depois do que aconteceu com a sua avó.

— Mas Hermione sabe que eu iria para onde quer que ela fosse! — Theo aproximou-se e concluiu, quebrando o abraço. — Só que no momento, preciso terminar isso aqui. Até mais tarde.

Hermione acenou e Harry sacudiu a cabeça.

— Gina pediu para te entregar isso. — Mostrou um pequeno envelope para Hermione e deu as costas à amiga. — Boa sorte!

A sala de Hermione estava do mesmo jeito que deixara naquele dia, organizada à sua maneira. Jogou-se na cadeira giratória e abriu o envelope com calma, tirando de dentro um pergaminho escrito às pressas, os borrões em algumas palavras ficaram visíveis.

Gina a estava convocando para comprar os vestidos para o baile e ressaltou que teria de procurar algo neutro para não ressaltar sua barriga de grávida nas fotografias. Hermione gargalhava lendo a carta típica de Gina.

Preparou e terminou uma dezena de relatórios, enviou-os à Harry e passou a assinar as missões bem-sucedidas de outros aurors.

Não viu o horário passar, almoçou sentada em sua mesa com Harry ao lado, lhe passando pergaminhos e notas de missões e acontecimentos. Inclusive algumas cartas de fãs.

— Essa garota diz que quer se casar com você, Harry! — Riu e mostrou a carta para o amigo. — E com Rony!

— Aqui diz que se você estiver disposta ela lhe pagaria uma cerveja amanteigada, Hermione! — Harry riu alto quando Hermione pegou a carta e guardou de volta no envelope, deixando-a longe.

— Mas e o Rony? Faz algum tempo que não o vejo. — Perguntou e realmente queria uma resposta, o amigo passara uma noite ao seu lado no Hospital e depois desaparecera.

Harry murmurou algo como “uma missão importante” e calou-se.

Durante a tarde Hermione trabalhou muito, sua mão já doía e descartara duas penas de faisão. Sentia como se tivesse feito os deveres de um ano inteiro naquela tarde.

A porta se abriu inesperadamente e pode ver o corredor vazio e escuro.

— O que ainda está fazendo aqui? — Theodore entrou, havia sangue em seu supercílio e escoriações desde o canto dos lábios até a bochecha.

— O que aconteceu com você? — Hermione atravessou a sala rapidamente e em poucos passos já segurava Theo pelo pulso. — Venha aqui.

Levou-o até uma cadeira da mesa de reunião e mandou-o sentar-se ali, voltou para sua escrivaninha e abriu algumas gavetas até encontrar uma caixinha de madeira.

— Aqui está! — Pegou tudo que julgou ser necessário e voltou para Theo. — Curativos.

Curvou-se e passou os dedos delicadamente pelos ferimentos, todos superficiais, mas assim mesmo limpou-os e retirou o sangue seco com uma gaze umedecida. Lembrava-se de todas as vezes que ajudou Harry com curativo ou Rony da vez que estrunchou durante a guerra e não tinham sequer muitos conhecimentos médicos ou poções.

— Sorte a minha que a minha noiva sabe cuidar de ferimentos. — Comentou bem humorada e ajudou-a a levantar-se. — Estou bem, juro!

Hermione assentiu e fechou a caixinha, deixando-a em cima da mesa.

— O que aconteceu?

— Fui terminar a missão de um garoto e tenho certeza de que ele irritou muito aquele senhor, precisei usar a varinha, mas está tudo bem! — Respondeu minimamente, seu trabalho fora tedioso a não ser pelo curto duelo e não queria incomodá-la. — Agora explique o por quê de estar aqui até agora? O departamento todo já foi.

— Ah, eu não ouvi ninguém saindo e precisava muito terminar os relatórios. — Deu de ombros.

— Você está tensa, alguma coisa errada? — Hermione negou com a cabeça, era apenas trabalho. — Então, já que estamos sozinhos...

Hermione notara pelo tom que Theo usara que seria beijada, mas não teve sequer tempo de reagir e seus lábios já estavam colados, buscando passagem contra os de Theo. Cada vez mais colados, cada vez mais ritmados e cada vez mais fortes. Não havia mais espaço para ser quebrado, as mãos de Hermione circundavam o pescoço de Theodore e brincavam com o cabelo escuro, enquanto ela a apertava contra seu corpo com uma brutalidade carinhosa.

— Estamos... No trabalho! — O resto de juízo que Hermione tinha falou rápido, mas entrecortado pelo beijo.

— Mas sozinhos! — Exclamou e voltou a beijá-la.

Theodore tinha muita destreza com a varinha, Hermione admitiu isso no momento em que sentiu-o mexer minimamente o mão, segurar a varinha e fechar a porta com um feitiço silencioso.

— Tudo bem, mas precisamos ser rápidos! — Murmurou por entre os lábios de Theodore e passou a abrir os botões do casaco pesado do rapaz.


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Notas finais do capítulo

Hey, desculpem não ter postado na quarta, tive um dia mais longo do que realmente esperava!
Até



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