Unknown Love escrita por Katherine Henderson


Capítulo 66
O Começo da Batalha




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Depois da declaração e do pedido de namoro do Alex, a galera do fundão já estava em um cantinho mais reservado, conversando. Rey e Carlinhos ainda tentavam se recompor do fato de que agora todo mundo da turma já estava comprometido.

-Escuta, Alex, eu achei que ia demorar muito pra você ficar com alguém... -Carlinhos ainda piscava um pouco. Não tinha se acostumado completamente com as lentes de contato- Claro, por que quase todo mundo aqui no colégio sabia da sua má sorte amorosa...
-Ok, Carlinhos, muito obrigado por lembrar da única coisa mais chata do meu mundo... -Alex olhava o amigo nerd com uma vontade súbita de ter um Super Bonder para colar a boca do amigo, pra nunca mais abrir- Por que não vai ler o seu livro?
-É mangá... -Carlinhos corrigia enquanto levantava o mangá de Blue Dragon (n/a: Menção do mangá "Blue Dragon" em homenagem a Matt, meu lindo skatista. Love you 4ever!!!) para ler de novo.
-Acho que o que meu cyberlove quer dizer, -Norma já tentava se explicar pelo Carlinhos- é que o que ninguém no colégio esperava acontecer, aconteceu: Alex Ruiz namorando...
-É, mas a maioria já apostava nisso, -Isa abraçava o braço de Alex apertado- quer dizer, o pessoal já sabia de mim e do Alex. Então era só uma questão de tempo até todo mundo saber que a gente ia oficializar o namoro.
-Ok, ok, tudo isso é muito bom, tudo isso é muito bonito, mas não vamos deixar isso atrapalhar a gente, sim? -Rey já se manifestava, com o topete mais gigante que conseguiu fazer no dia- Temos duas semanas para o show de talentos e se a gente não conseguir nada acima da perfeição, sabe o que vai acontecer com a gente???
-Com a gente eu não sei, topete lindo, mas eu sei o que vai acontecer com você -Linda segurava Rey, que parecia estar a beira da convulsão de tão trêmulo que estava- Você vai ter um ataque cardíaco e acabar morrendo, mas não se preocupe. A superenfermeira Linda vai te ajudar, meu fofo...

Enquanto todo mundo ria com o ataque de Rey, Alex e Isa estavam um tanto nervosos enquanto olhavam pra trás. Eles viam Cristina e Diego, acenando para que os dois se aproximassem. O aceno, claro, era Cristina quem fazia, mas o rosto furioso não combinava muito com o aceno inocente. Isa estremeceu, apertando ainda mais o braço de Alex.

-Ah, Cristina... -A voz de Isa quase parecia um sussurro.
-Não se preocupa, eu te protejo... -Alex a abraçou, protetor, enquanto se afastavam bem discretamente da turma do fundão.

Os dois já estavam de frente a Cristina e Diego. Isa ainda estremecia, parecia que em três dias, Cristina tinha se tornado a coisa mais perigosa do universo. Alex esfregava o braço da garota, tentando acalmá-la, fazer ela ver que não tinha nada que ela pudesse temer com ele por perto. Logo, quando os quatro finalmente se encararam, o silêncio pavoroso enchia o lugar. Dava pra sentir a nervosidade no ar.
Finalmente Cristina abriu a boca, e a voz que saiu não combinava nada mesmo com os olhos vermelhos de fúria.

-A gente pode conversar por uns minutinhos, sim?
-Por quê, Cristina? -Alex colocou Isa atrás dele, para protegê-la- O que mais você quer fazer pra piorar nossa vida?
-Eu só quero conversar com vocês... -Cristina jogou o cabelo pra trás enquanto tentava se defender- Pode ser?

Alex e Isa trocaram um olhar nervoso enquanto seguiam Cristina e Diego que se afastavam dos lugares públicos do colégio e iam para a antiga quadra da escola (n/a: a quadra da escola onde algumas partes da história aconteceram e a quadra onde os quatro vão NÃO é a mesma), que estava tomada pelo mato espesso. Diego não teve muita dificuldade em abrir o cadeado, e logo os quatro estavam dentro do lugar mais pavoroso e terrível de todo o colégio (n/a: Não, não é a sala da diretora Rigores). Alex  foi o primeiro a voltar a falar depois que todos eles estavam dentro da quadra abandonada.

-Ok, o que você quer, hein? -A voz de Alex parecia furiosa ao dizer aquilo- Diz logo Cristina, eu não tenho muito tempo a perder com você.
-Você sabe o que eu quero, Alexandro... -O fogo no olhar de Cristina se intensificou- O que você negou a me dar quando falhou a sua missão... Eu quero o sangue DELA!!!- Cristina já parecia maluca quando gritou a plenos pulmões enquanto apontava para Isa, que já não tremia mais. De repente o grito de Cristina dera a ela uma força desconhecida. Dera a ela a vontade de encarar aquela filha de demônio de frente, de pular nas costas da Cristina e arrancar a cabeça dela.
-Não adianta, Cristina, você não me domina fácil como faz com esse estrupício...
-O nome é Diego... -Diego interrompeu meio ofendido. Era óbvio que ele queria para com essa história de chamarem ele de estrupício.
-Tanto faz... Você não me domina mais Cristina. Seu plano de acabar com a minha vida e a vida da minha Isa já está arruinado. Se quiser a Isa, vai ter que passar por cima de mim primeiro...
-Era o que eu esperava ouvir. -Cristina deu um risinho de sarcasmo- Soube que vocês dois oficializaram o "namorinho"... Aproveitem esses momentos juntos... Podem ser os últimos...
-Isso é uma ameaça, Cristina?
-Não sei, será que é? -A garota loira pegou uma das folhas que estavam caídas pelo chão e, com um único toque dos dedos de Cristina, a folha cor de âmbar se incendiou, só restando cinzas.
-Cuidado, Cristina. Você sabe que não tá comprando briga somente comigo e com a Isa, não é?
-Ela sabe disso, Alex... -Diego disse, meio soturno. Ele agora preferiria não tomar partido de Cristina, mas ele ainda seguiria a Princesa das Trevas- Mas acha que ela vai te escutar?
-Diego, não se intromete! -A voz de Cristina soou dura ao ordenar ao seu capacho particular.
-Sim, princesa...
-Bom, acho que já falei tudo o que eu poderia falar. Agora, se me derem licença... -Cristina se endireitou e começou a sair, não sem antes provocar Isa- Ah, Isabella... Eu com certeza vou rir muito quando suas cinzas estiverem sob os meus pés, projeto de anjo...
-Não, Cristina, eu vou rir quando as suas cinzas estiverem sob os meus pés...
-Você tá me ameaçando? -Cristina estava a poucos centímetros do rosto de Isa, soltando seu hálito de enxofre na garota.
-Não sei, será que eu tô? -Isa ria por dentro ao perceber que estava usando as mesmas palavras que Cristina usara ao ameaçar Alex, mas seu estilo de mostrar sua ameaça foi bem mais assustadora do que a de Cristina.

Isa balançou seus dedos na direção do rosto de Cristina e sentiu, um tanto satisfeita, quando seu dedo tocou a bochecha de Cristina, fazendo um barulho quase parecido com o de hambúrguer fritando na chapa (n/a: Foi mal, gente. Escrever episódio com fome, é nisso que dá: frases que tem alguma coisa a ver com comida...). A loira se afastou com um grito infernal, enquanto sua mão cobria a bochecha esquerda. Cristina trincava os dentes enquanto sentia a queimadura que Isa tinha causado a ela.

-Sua... Sua... Filha da mãe!!! Vai me pagar por isso!!! -Cristina cobria mais uma vez a bochecha enquanto corria pra fora da quadra. Diego ainda estava lá dentro, já prestes a sair também.
-Escuta, sei que vocês dois tem razões pra temer a Cristina e a mim, mas sinceramente, eu não quero fazer nada com vocês. Claro, isso não se aplica muito a você, Alex... -Diego deu um sorriso cansado enquanto Alex trincava os dentes- Mas a luta que a Cristina quer travar com vocês não é minha. Nunca foi. Mas é claro, quando quiser resolver nossas diferenças, Alex, estarei pronto e esperando...

Diego saía da quadra, lançando um último olhar para Alex e Isa: Alex se sentia furioso, porém aliviado. Ele tinha posto tudo (ou quase tudo) o que queria falar para Cristina e Diego pra fora. Isa se sentia um pouco presunçosa, o leve brilho da vitória dançava nos olhos dela. Pensar que vencera a primeira batalha com Cristina, mas por outro lado ela estava insegura, sabendo que mesmo uma batalha vencida não significava que a guerra estava ganha...


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