Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 29
Poncho - 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629905/chapter/29

:- Para onde você está me levando, Dalton? Eu não posso me afastar ou me ausentar agora.

Alfonso disse apreensivo pensando especificamente em Dulce depois do dia que ela se transformou quando sua sobrinha foi sequestrada, aquela noite em que os dois dividiram a cama e conversaram, depois dormiram juntos mexeu mais com ele do que todas ás vezes em que transaram.

Fora que pensava também em Maite, ela estava prestes a descobrir onde estavam os sequestradores e ele sentia uma vontade enorme de reencontrar Jonas e bate-lo até sangrar, torturar-lo até os limites de sua quase perdida humanidade. Até o simples pensamento de sequestrar uma criança seja imprudente para ele.

Dalton virou para a esquerda e aos poucos paramos o carro em uma rua, de um bairro de Classe média o mais estranho era que no meio das casas típicas, havia ali um muro de um grande terreno onde havia uma mansão. Mas, o que nós dois fazíamos ali?

:- Por que me trouxe até aqui, Dalton?

:- Tenha paciência Poncho, se eu não estiver errado, logo você terá uma revelação assim como eu tive quando você me contou do caso de Nicole.

Ficaram no carro esperando algo acontecer, Poncho confiava em Dalton, assim se passaram exatos quinze minutos.

E Poncho e Dalton viram o portão do muro ser aberto, para sair Jorge, Poncho apertou as mãos em punho. Desejando está na frente dele para acertar sua cara e começar a sua tortura particular, Jorge tirou algo do bolso e acendeu o que parecia ser um charuto e começou a fumar lá fora encostado no muro da mansão, totalmente tranquilo.

Se ele soubesse o que o aguardava daqui a algum tempo e da surpresinha que Poncho tinha para ele, não estaria tão relaxado.

:- O que estávamos esperando? Vou chamar meus homens e dar uma lição nesse filho da puta agora.

:- Não! – Dalton impediu Poncho segurando sua mão e Poncho estranhou sua atitude. – Temos que esperar um pouco mais, não é a localização deles que faz parte da revelação, isso ainda está por vir. E não vai demorar para acontecer.

Esperaram novamente agora mais vinte minutos, intermináveis dentro do carro de Dalton, que por sorte ninguém os conheciam então não teria perigo algum de serem reconhecidos de alguma forma, ainda mais pelos vidros totalmente negros para quem visse do lado de fora.

Logo uma moto cara chegou, Poncho imediatamente se lembrou da descrição que Dulce fez da noite do sequestro, essa moto parecia ser uma das que foram usadas no sequestro de Nicole, era a vermelha. Poncho logo o reconheceu, voltou a apertar a mão em punho só que dessa vez com mais força, mais ódio que sentia.

O reconheceu imediatamente, sempre o reconheceria não importasse o que acontecesse a ele. Quando tirou o capacete da moto e Jorge se aproximou mostrando intimidade, eles conversaram rapidamente.

:- Essa era a revelação que eu queria te mostrar, antes de todos aparecerem aqui. Antes de Dulce, Maite e seus homens, enfim. – Dalton mesmo policial sabia que Alfonso tinha meus negócios e que muitas vezes infringia a lei esta pela qual era sua ética no trabalho, sabia do seu passado do que ele já fez na cadeia para sobreviver, mas não o julgava poucos presos eram como Alfonso e esses, Dalton ajudava.

Gonzalo.

Em sua conversa com Jorge ficou mais energética eles pareceram discutir, dava para ver nos gestos e logo Gonzalo pareceu dar uma última palavra e colocou novamente seu capacete e deu a partida na moto e foi embora. Deixou um Jorge irritado tanto que logo ele jogou fora o charuto e entrou para a mansão novamente.

:- Eu não sei dizer qual é a ligação exata do seu irmão com Jorge, mas não deve ser boa coisa. Tenho que investigar ainda. – Dalton disse.

:- Temos que investigar, não vou deixar ele escapar dessa vez. Está obvio que ele tem ligação nesse sequestro de Nicole, ele faria de tudo para me atingir. Só não pensei que fosse tão covarde dessa forma.

Celular de Poncho começou a tocar nessa hora e era Maite, avisando que tinha encontrado a localização de Jorge e seus outros comparsas. Tarde demais, Poncho pensou, ele também tinha encontrado. Mas, fingiu que não sabia a informação que Gonzalo esteve ali era totalmente dele, não dizia a respeito de mais ninguém.

:- Dalton, preciso que você me leve o quanto antes para a Avenida Principal, de lá vou encontrar com Maite e vamos voltar aqui para finalmente nos vingarmos.

:- Vai fingir que não conhece esse lugar?

:- Isso. Agora eu preciso que me conte o que você sabe mais sobre Jorge e cada um de seu bando, eu preciso dar um jeito de deixá-lo na cadeia com os piores presos.

Dalton começou a contar o que sabia, pelo o que tinha investigado, nas fichas da polícia. Poncho prestava atenção nas palavras do policial e até arquitetava, um plano para a sua tortura para Jorge. Mas, algo na sua cabeça o alertava a uma grande revelação.

Gonzalo voltou justamente um tempo após Nicole ser sequestrada, teve a impressão faz um tempo de ser seguido, algo lhe dizia que Gonzalo fazia isso. E o mais importante, Gonzalo queria se vingar de Poncho, ele poderia ser aliar com quem quer que fosse para cumprir com essa vingança, ele tinha um temperamento violento, assim como o caçador e justamente quando ele volta caçador muda a sua postura.

Ele só sabia de uma coisa.

Gonzalo, seu irmão, era o caçador.

‘●’

Essa lembrança me veio a cabeça, apesar do lugar onde eu estacionava meu carro, só de está ali novamente poderia ter milhares de lembranças, mas foi essa que me veio a mente provavelmente pelo o que eu passaria assim que descesse do carro.

E foi o que eu fiz, desci do meu carro depois de estacionado e olhei bem a casa, estava a mesma mesmo com os anos passados, porém ao mesmo tempo eu não reconhecia. Minha própria casa.

Desde que fui embora, Gonzalo continuou morando aqui, e era ele quem eu encontraria agora, só que não como inimigos, irmãos ou algo relacionado. Eu o encontraria como advogado, por que ele queria as propriedades dos meus pais, mas isso ele não teria facilmente.

Quando toquei a campainha, tinha apenas um conselho que nem foi para mim. Em mente, não deixar minhas emoções influenciar na minha vingança e naquele caso, no meu trabalho como advogado. Aprendi da forma mais dura como não podemos confiar tanto nas pessoas, ao menos para isso Dulce serviu.

Eu seria totalmente racional, como sempre deveria ser, foi com esse pensamento que Gonzalo abriu a porta e me encontrou ali.

Eu estava de frente a frente com o caçador, precisaria de muita frieza para não fazer nenhuma bobagem e acabar com tudo.

‘– ● –’

Ele chegou na sala que ela o indicou e se sentiu nervoso, quando chegou sua intimação ele se lembrou de Alfonso, desde que ele reapareceu em sua vida, saberia que estava decidido a encontrar quem ele disse ser, o verdadeiro assassino de Felipe.

Entretanto, a sensação de está numa delegacia e numa sala frente a frente com uma policial era totalmente distinta.

O medo mesmo que estivesse ali presente, não era maior que a vontade de se livrar logo daquele fantasma que era Felipe em sua vida.

:- Sabe de uma coisa, eu prefiro fazer essas perguntas aqui do que em sua casa, eu me sinto mais confortável. – ela não se importou de arrumar a camisa branca social em sua saia na frente dele.

:- Não tenho nenhum problema em vir até aqui, policial.

Ele engoliu saliva, querendo começar de ver aquela tortura de se lembrar do passado, já tinha passado por isso quando Poncho veio até ele. Tentando se acalmar, sabendo que estava sendo avaliado em qualquer deslize seu, a placa com o nome da policial refletia sob a luz da sala o deixava quase cego.

Andréa Fernanda García.

A policial chegou em sua casa de maneira pacífica ele estranhou ela vir pessoalmente entregar o ultimato por sorte nem seu marido ou filha estavam em casa, fazendo a questão de conhecer o lugar onde morava com sua família isso atiçava o seu instinto de proteção.

:- Vamos começar com nosso trabalho. – A policial terminou de colocar açúcar em seu café e tirou papéis de sua gaveta. – Francisco, deve saber que o caso do professor universitário Felipe Gómez, você além de aluno da universidade onde ele trabalhava, era bolsista estudava Comércio Exterior, qual relação tinha com o seu professor Francisco?

Ele sentiu um arrepio em suas costas, algo lhe dizia para continuar a mentir e antes que falasse qualquer coisa, ficou indeciso sobre o que fazer ou melhor, falar.

:- Espero que possa me ajudar a resolver de uma vez por todas esse assassinato, encontramos na casa da ex empregada e fiel companheira de Felipe, Laura Fernandez, isso aqui.

Ela jogou na mesa algumas fotos antigas e ele sentiu como se tivesse dado um tapa em sua cara, as fotos eram dele e Felipe das vezes que saíram nada tão comprometedor, mas uma em especial tinha o foco em sua âncora. Algo muito intimo para sua relação entre professor e aluno.

:- Felipe era um professor muito reservado, controlador e tinha um grande zelo por sua carreira. Lecionava Ética na universidade. – ele começou contando, decidido pela verdade. – Desde que eu o vi pela primeira vez, na sala de aula eu tive a certeza que ele escondia algo, isso até descobrir alguns meses mais tarde.

:- O que era?

:- Sua bissexualidade. – ele deixou de olhar as fotos e encarou os olhos atentos de Andréa. – Eu soube desde que coloquei meus olhos nele, na Marinha era assim também ás vezes quanto mais algum homem impõem sua masculinidade, esconde algo diferente. Esse era o seu caso ele me convidou para sair uma vez e eu aceitei.

:- Vocês eram amantes? Tinham encontros sexuais?

:- Sim. – ele confessou a verdade, sabendo que a partir dali não poderia voltar atrás e sentia sensação de liberdade por tirar aquele peso das costas, soube que finalmente exorcizaria aquele fantasma plenamente. – Porém, não foi assim tão rápido, Felipe era desconfiado nada era feito dentro da Universidade. Naquela época eu era jovem, cheio de vontades, mas não conseguia ganhar muito e eu queria dinheiro fácil, nunca tive uma boa fama por ter sido expulso da Marinha por ser gay. Então Felipe me fez uma proposta.

:- Qual?

:- Eu dormiria com ele em troca ele me dava uma boa quantia em dinheiro, não vi problema em aceitar era jovem não ligava para o que os outros pensavam de mim. E além do mais estava perdidamente apaixonado por aquele homem.

:- Então você aceitou?

:- Exato. Me tornei o fixo dele.

:- Como fixo? Felipe tinha mais casos amorosos com outros alunos? – Andréa perguntou direta.

:- Sim, ele abordava quem ele via que estava disposto a isso. Ou seja, quem transaria com ele por algum motivo para ganhar alguma nota maior ou passar de semestre, ano. O que passou a mudar também foram nossos encontros, eles começaram a ser também na Universidade, na biblioteca, alguma sala vazia... – deu os ombros se lembrando dos seus encontros com Felipe, aquilo o levou a sua ruína.

:- O que você conhecia dele?

:- Não muito, eu só era mais um de seus brinquedos, mas eu era o único pago e fixo. Era um homem frio, manipulador, vivia de aparências, o que mais posso dizer? Ele gostava de destruir as pessoas de brincar com elas. Não foi uma morte muito sentida para todos da Universidade, para ser sincero, ele não arrancava amores de ninguém.

:- Francisco, me conte de como foi a mudança dele com os alunos prodígios?

Francisco deu um meio sorriso, lembrando do tempo da faculdade.

:- Toda escola ou universidade do mesmo padrão e pressão do Elite Way, existe uma hierarquia, é necessário status, não tinha essa de igualdade. Mas, naquele ano foi diferente, por que estavam juntos Alfonso Herrera, Dulce Maria Espinosa Saviñon, Angelique Boyer e Eugenio Siller. – Andréa notou que ele falava com um brilho no olhar apesar de tudo, como se os admirassem, estranhando por que era o primeiro depoimento que fizeram isso.

:- Eles juntos eram invencíveis. Imbatíveis, eram os melhores em tudo, não tinha para ninguém foi a época onde o Elite ganhou mais reconhecimento, mais prestigio, eles eram além de populares, as pessoas os idolatravam, eram como ídolos. Isso até eles se separarem por conta dos ciúmes. Tudo que acontecesse com o quarteto era notícia, desde o rompimento da amizade, o começo ou o término de namoro, enfim tudo. Um dia, eles estavam na biblioteca até tarde por algum motivo, Felipe e eu estávamos lá, achávamos que estávamos sozinhos, mas fomos pegos pelos quatro.

:- Conte mais.

:- Não há muito que dizer sobre essa noite, sempre que eu tinha encontros com Felipe na biblioteca ele subornava o funcionário que estava ali, aquela noite ele não estava, então achamos que estava livre, até que escutamos um barulho e quando nos separamos estavam ali os quatro. Felipe ficou enfurecido por ter falhado, por alunos ter nos flagrado, ele passou a fazer da vida deles um inferno.

:- E foi por isso que ele hoje está enterrado a sete palmos. – Policial disse sem medo de deixar Francisco constrangido.

:- Como disse tudo referente a eles ou um deles, virava notícia quando descoberto, então cada briga ou humilhação que eles sofriam a Universidade inteira sabia, ninguém censurava Felipe ele conseguia ser muito influente, mesmo envolvendo Dulce, Angelique e Eugênio filhos de pais ricos.

:- Você acredita que Alfonso Herrera foi o assassino de Felipe? E Dulce foi sua cúmplice?

Ele abaixou a cabeça refletindo, voltando a olhar aquelas fotos que agora não lhe causavam efeito nenhum ele estava dando o seu adeus definitivo a Felipe.

:- Não. – ele suspirou. – Alfonso era explosivo e brigou muitas vezes com Felipe, ele era daquele tipo de cara que latia muito e não mordia, sabe? Era um cara inteligente tinha um grande futuro pela frente e Dulce era outra que não precisava se preocupar com nada, sua família tinha dinheiro, um tipo de garota que só queria se divertir aprontava para irritar o pai. Já tinha uma personalidade forte é verdade. – ele deu os ombros sem saber justificar sua resposta. – O que eu penso às vezes, é que, como os dois mataram Felipe se naquela época eles só se falavam por conta de Eugênio e Angelique?

:- Eles não eram amigos?

:- Eram colegas de classe que conviviam bastante, não se via muita intimidade entre eles, eram parceiros por que faziam os trabalhos juntos na realidade, eles estavam em mundos diferentes, o que ligava Dulce e Alfonso naquela época, era Angelique, ex de Alfonso e Eugênio por quem Dulce sempre foi apaixonada. Não acredito que tenham se juntado para matar Felipe, policial. Se for por motivos, várias pessoas tinham não apenas eles.

:- Você era uma dessas pessoas? Afinal, ele pagava para ter sexo com você, em algum momento deve ter se sentido humilhado ao ponto que você estava? Sentiu raiva dele por ser tratado como os outros? Sentiu ciúme por ver ele com outras pessoas e não com você que era fiel e apaixonado por ele?

:- Policial, como eu já lhe disse na época eu não me importava com a vida que eu levava e nem com a forma que ele me tratava. Claro que com o tempo isso mudou, hoje eu finalmente consegui um emprego decente e cuido da minha família, mas houve um período que tive que me prostituir por que não sabia como fazer para manter minha casa, minha família. – Ele sabia que a policial tinha investigado sua vida inteira, sabia que ela tinha sua ficha e encontrou quando ele deu queixa contra seu ex-cliente por ele ter o agredido. Foi a partir daí que decidiu largar a prostituição.

:- Na noite do assassinato eu não estava na cidade, eu tinha viajado para Cancún, onde fui visitar minha família. Meu pai estava doente, eu fui para o hospital. Eu posso comprovar.

Andréa encarou o homem a sua frente escutando a verdade, é claro que ela sabia disso já tinha verificado e comprovado que ele tinha ido realmente para Cancún. Tinha uma grande diferença no Francisco que entrou nervoso acanhado para o Francisco seguro e decidido que a olhava nos olhos.

:- Vamos encerrar com um pequeno favor seu, tudo bem?

:- Claro.

:- Eu quero que você escreva agora os nomes dos alunos que você se lembra que Felipe teve um caso ou algum envolvimento suspeito. – ela lhe entregou uma folha em branco e uma caneta.

:- Mais são muitas pessoas e além do mais não vou me lembrar de todas, se passaram muitos anos.

:- Escreva os principais então.

:- Certo.

Ela viu ele começar a escrever, assim que ele acabasse o dispensaria por hoje é claro que se fosse necessário ele receberia uma intimação novamente. A medida que ele escrevia os nomes ela foi fazendo uma relação com os outros depoimentos colhidos até agora tudo levava aos mesmos caminhos.

Assim que ela releu a folha, releu os mesmos nomes, Angelique Boyer, Eugênio Siller, Rodrigo Nehme, Dulce Maria Saviñon e Alfonso Herrera.

Tomou mais de seu café, teria muito trabalho pela frente e muito enigma para resolver.

‘– ● –’


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Víctimas Del Pecado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.