Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 28
Dulce - 13




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Dulce

:- Vai para o inferno, quero que você se foda!!! – Ele gritou comigo e me jogou para dentro do elevador mesmo com minhas costas doendo pela batida violenta eu me aproximei dele de novo que recuou.

:- Você tem que me escutar.

:- Não!! Eu não tenho que escutar nenhuma palavra mentirosa dessa sua boca suja. – ele falava com repúdio com a cabeça abaixada com os seus olhos na altura dos meus e estavam vermelhos poderia jurar que eram de raiva.

:- Você não pode acabar com nosso pacto. – tentei argumentar, mas ele não queria me ver nem pintada a ouro, nunca o vi tão raivoso desde o dia do nosso julgamento.

:- Para você tudo se resume ao nosso pacto? Onde estava sua cabeça em nosso "pacto", em nossa vingança quando estava com Eugênio? Eu NÃO ADMITO traição, Dulce Maria. E a partir do momento que você decidiu me enganar, quem acabou com nosso pacto foi VOCÊ. Então arque com as consequências dos seus atos.

E me empurrou mais uma vez me jogando no elevador e se afastando, ele foi mais rápido que eu e conseguiu fechar as portas, o escutei lá fora apertando os códigos para trancar o elevador, aquela porta de aço seria aberta só quando ele quisesse. Não adiantava eu negar ou bater na porta, eu tinha perdido Poncho.

Desde que ele me encontrou com Eugênio nunca me arrependi tanto de ter aceitado um encontro com ele, tanto que até inventar a desculpa da viagem de Ceci eu fiz. Depois que ele nos pegou juntos na casa de Alma, onde geralmente são meus encontros com Eugênio já que nem quero ele no hotel e nem ele me quer em sua casa. Poncho tinha sumido o dia inteiro eu fiquei esperando horas em seu quarto até que ele chegasse e que nós discutíssemos sem que ele quisesse ouvir nada do que eu tinha para dizer.

O elevador chegou aonde eu queria.

O bar do hotel.

Pedi logo uma bebida mesmo sabendo que não adiantaria em nada eu não teria o privilégio de esquecer de nada. Eu não conseguiria esquecer a forma como Poncho me tratou o quão agressivo ele estava, eu joguei com as cartas erradas e acabei caindo numa cilada. Uma tentação. Mas, como ele conseguiu me achar? Tudo estava dando certo eu conseguia ter minha vingança pessoal e também os meus desejos saciados.

Eu tinha Eugênio em minhas mãos e ainda tinha Poncho como parceiro, tinha tudo sobre o controle até...

:- Eu quero uma caipirinha como só você sabe fazer, Emiliano. – Escutei aquela voz irritante do meu lado senti raiva brotar dentro de mim. – Ah, só brasileiros para fazer uma caipirinha com uma ótima qualidade e bom gosto.

Comentou vendo Emiliano o brasileiro que trabalhava no bar fazendo seu pedido. Então ela se virou para me encarar, senti seu olhar irônico me fitar de cima a baixo.

:- Você está péssima, Dulce. – Maite comentou concluindo e eu ignorei, tentando me controlar como apenas sua presença me irritava eu tinha uma fossa para entrar, não esperava que para acabar de vez com meu dia Maite aparecesse.

:- Delicioso. – ela provou o seu primeiro gole de sua caipirinha. – Eu posso não ter recuperado meu humor totalmente, mas só de te ver eu consegui de voltar meu sarcasmo. Eu queria ter um espelho agora ah como eu queria, só para te mostrar o seu reflexo.

:- Você não tem mais o que fazer, Maite?

:- Não. Definitivamente não, estou literalmente saboreando o sabor da verdade. – ela riu do meu lado me mostrando sua bebida, ela tinha voltado a ser a mesma de sempre.

:- Você já está bêbada, não está falando nada coerente.

:- Não, você que não está entendendo, eu sempre lhe disse Dulce, ninguém tem o controle de tudo, ninguém consegue uma vingança deixando seus sentimentos influenciar nas suas ações. Você nunca foi o centro do mundo querida.

:- Do que você está falando? – deixei minha bebida de lado e me virei olhando para ela, começando a entender tudo. – Como você...

:- Eu provei que você estava errada revelando um segredo seu. – ela deu um sorriso torto e fechado.

:- Sua vagabunda. Você arruinou tudo, Poncho acabou com nosso pacto, com nossa parceria. Com tudo. – eu comecei a nutrir uma vontade de esganar aquela mulher com minhas mãos diante daquela revelação sua.

:- Não era você que tinha tudo sob o controle?

:- Eu não deveria ter me aliado a você. – neguei com a cabeça me lembrando das vezes que nos juntamos.

:- Eu só abri os seus olhos Dulce, você pode ser boa jogadora, mas estava distraída. Não fui eu que arruinei tudo, foi você. – ela apontou um dedo a mim. Me lembrei do que Poncho falou hoje cedo, eu tinha destruído tudo. – Não fui eu que me deitei com Eugênio por pura vaidade e prazer, não fui eu que traiu Poncho que o influenciei a acabar com a relação dele com Angelique. Foi você. Precisava de alguém para não só dizer a verdade a você como também mostra-la, por que não suportava pensar em Poncho com alguma outra mulher, enquanto você se deitava com quem quisesse, especialmente Eugênio inimigo maior de Poncho. Posso até apostar que pensou nem que fosse por um momento a deixar a sua vingança de lado?

Eu escutava cada palavra que saía de sua boca com o coração batendo violentamente no peito. Ela estava jogando na minha cara todas as verdades, todos os erros que eu cometi. Abaixei a cabeça por que uma estranha como ela, estava me fazendo enxergar tudo que eu negava em admitir, sim eu pensei por um momento quando estava ao lado de Eugênio em abandonar tudo que planejava, talvez pudéssemos ficar juntos. Mas, depois eu o encontrava com Angelique e me lembrava de tudo o que eu tinha passado por ele, do quanto eu ainda odiava ele apesar de tudo.

Ainda mais, quando eu reencontrava Poncho quando eu estava com ele. Quando ele e eu estávamos juntos compartilhando beijos ou desejos e fantasias maiores.

:- Eu já fui assim Dulce. – Maite voltou a falar comigo. – Por isso aconselhei tanto, por isso sei o que você sente. Me senti obrigada a abrir seus olhos estamos num jogo de vida ou morte, Dulce Maria, não se deve confiar em ninguém. Nem em mim. Nem em Poncho, nem em si mesmo e pior desse jogo é a traição.

:- Você não tem o direito de falar nada. De me julgar. – comecei a falar tentando raciocinar.

:- Eu não estou julgando desde o começo, nunca fiz isso, eu sempre aconselhei. Mesmo que você não me importasse nada, eu só quero bem a Poncho e fim.

Por que ela não calava a boca e me deixava sozinha, por que ela tinha que falar dele, por que ela tinha que estar com ele. Só de pensar nos dois juntos eu tenho vontade de sentir minha mão arder por conta de um tapa dado na cara dela. Poncho não merecia ter uma mulher como Maite.

:- Essa conversa já deu Maite. Já deu os seus conselhos presunçosos, fez o seu papel de boa moça que tanto você quanto eu sabemos que não é. Agora me deixe beber em paz e sozinha eu não preciso de ninguém agora.

:- Está na hora de você ficar sozinha mesmo, afinal de contas você se colocou nessa situação. Estou indo embora. – ela se levantou virando toda a sua caipirinha.

:- Só tenho uma pergunta. – disse antes que ela fosse embora de vez. Do bar e da minha vida.

:- Qual?

:- Como você revelou tudo a Poncho? – olhei para ela, ansiando a resposta, me vingaria da traição dela. Ela estava de costas e permaneceu assim até no momento de me responder.

:- Eu escrevi um bilhete. – me disse apenas e foi caminhando rapidamente a vi saindo do bar.

Lembro-me de quando Poncho me encontrou com Eugênio dizia algo desconexo falando algo sobre o caçador, ela escreveu um bilhete, ela falou sobre falta de confiança eu não deveria confiar em ninguém, ela foi a primeira a encontrar Nicole, foi a primeira que encontrou os falsos policiais. Era uma mulher misteriosa, Poncho me disse que Maite estava na cidade a mais tempo de quando ela apareceu na festa da Universidade.

Ela poderia ter acesso a esse hotel quando quisesse por que desde sempre conheceu os funcionários, ou seja, ela já esteve antes aqui. Ela tinha um humor mórbido, assim como o caçador.

Tudo estava debaixo do nosso nariz sempre!

Eu precisava descobrir como e por que ela fez o que fez, ainda mais dessa sua obsessão por me ajudar, talvez caçador e o assassino de Felipe não sejam a mesma pessoa e Maite quer descobrir quem seja, mas de uma coisa eu sabia, tinha descoberto aquele momento. Ela conhecia quem era ou...

Maite era a caçadora.

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