Uivos ao luar escrita por Lailla
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem. E peço aos especialistas em Naruto que se eu estiver escrevendo algo errado, me avisem 'kkk
Às vezes Naruto ficava muito sozinho e como ele disse, eu também era como ele. Ficamos cada vez mais próximos e nos tornamos amigos. Fiquei feliz porque... Eu nunca tive um amigo.
Ele era um menino que aprontava todo tipo de confusão para deixar bem claro que ele existia. Iruka-sensei chamava bastante sua atenção e aos poucos ele foi formando pequenas amizades e me apresentando a eles. Naruto sempre dava um sorriso largo ao me apresentar e eu sempre ficava encolhida com o olhar baixo e mexendo nos dedos.
Ino era uma menina bonita, Sakura inteligente, Chouji comia bastante, Shikamaru preguiçoso, Kiba desafiador, Shino reservado, Sasuke habilidoso, Hinata era doce e gentil, e Neji maduro para a idade. Eu já conhecia Hinata e Neji, morei com eles por um tempo até Hiashi-sama parar de cuidar de mim. Não éramos muito próximos, mas Hinata falava mais comigo do que Neji. Ela era gentil e se preocupava comigo. E isso foi aumentando cada vez mais até criarmos uma amizade entre nós. Se passaram alguns anos e crescemos um pouco. Já iríamos nos graduar. Ino e Sakura deixaram o cabelo crescer. O meu continuava curto e preto.
Naruto aprontou de novo, eu caminhava pela vila. Dois shinobis pulavam pelo telhado atrás dele.
– Naruto! – Gritavam – Como você pôde fazer isso?!
Eu arregalei os olhos. Eles passaram pulando pelos telhados, acima de mim. Olhei para a direção que eles vieram e engoli a seco. Naruto pichou o monumento Hokage! Pus a mão na cabeça e suspirei. Não acreditava naquilo.
– Hum... Naruto-kun aprontou de novo?
– Hum? – Me virei. Era Hinata com Sakura ao lado – Hai, hai...
– Tomara que Iruka-sensei não faça a turma pagar pelo o que ele fez. Baaaaaka! – Sakura exclamou com raiva.
– Hum. – Assenti mexendo nos dedos.
No dia seguinte Iruka-sensei mandou todos fazerem o Jutsu de Transformação. Todos exclamaram indignados. A maioria já havia passado, mas ele mandou todos fazerem como um novo teste. Ficamos em fileira e fizemos, mas na vez do Naruto ele fez o Ero no Jutsu. Iruka-sensei passou mal e brigou ele.
– Ahh, Naruto... – Pus a mão no rosto.
Depois da aula, Naruto ficou o resto do dia limpando o monumento. Eu estava sentada em um dos telhados. Queria ajudar, mas Iruka-sensei o vigiava. Suspirei.
– Ne, o que está fazendo?
Me assustei e olhei para o lado. Neji estava agachado próximo a mim.
– Etto... Queria ajudar ele. – Abaixei o olhar.
– Hum. Aquele baka só faz besteira – Ele olhava o monumento – Nee, por que você sempre usa esse tapa-olho? Atrapalha o Byakugan desse olho.
O olhei.
– Você não lembra?
– Não.
– Hum... – Pensava.
Neji e eu nunca fomos muito próximos. E ele se distanciou mais depois que seu pai morreu. Tinha receio do que ele pensaria e principalmente se ele contaria a alguém. Acho que o clã decidiu me esquecer e apagar meu nome de lá, mesmo eu tendo o nome do clã.
– Eu... Sou um pouco diferente.
Ele me olhava.
– Como?
Abaixei o olhar. Ele percebeu que aquilo era um pouco inconveniente por não sermos tão próximos. Levantou e pôs as mãos nos bolsos.
– Melhor eu ir. Ja ne.
– Ja. – Disse suave.
Não que eu não o quisesse por perto ou que não queria contar pra ele, mas tinha medo de ele contar para alguém. Depois que Hiashi-sama descobriu, contou ao Terceiro Hokage e ele disse pra eu não contar a ninguém se não ficaria em perigo. Abracei meus joelhos, suspirando.
No final da tarde, eu voltava para casa e vi Naruto sentado no parque. Fui até ele e vi que estava com a barriga cheia.
– Já jantou?
– Hum? – Ele me viu – Hai, hai. – Estava com um sorriso gigantesco no rosto – Iruka-sensei pagou ramen pra mim.
Sorri e sentei ao lado dele.
– Você faz essas coisas e ainda come ramen. Engraçado.
Olhava para o parque e aos poucos meu sorriso desapareceu. Isso acontecia muito.
– Nani? – Ele perguntou.
Abaixei a cabeça e comecei a arrastar meu pé de leve na grama. Estava preocupada com Neji, mas não podia contar ao Naruto. Ele talvez poderia ficar curioso novamente em relação ao meu tapa-olho. Porém eu também estava preocupada com outra coisa.
– Hum, sobre a graduação amanhã.
– Ah, você vai passar! – Ele exclamou rindo – Se esforçou tanto.
– Hum, hai.
Na verdade eu não estava muito preocupada comigo, mas com ele.
...
No dia seguinte estávamos em sala e Iruka-sensei à frente. O teste seria o Bunshin no Jutsu. Torci a expressão, Naruto não conseguia fazê-lo direito! Eu estava à frente da mesa, com Iruka-sensei e Mizuki-sensei sentados nela, num cômodo vazio. Juntei as mãos e o chakra fluiu. Surgiram três bunshin.
– Oh, parabéns Naru-chan! – Iruka-sensei sorriu.
– Hum, arigatou. – Disse desanimada fazendo os bunshin desaparecerem.
– Hum? Nani?
Me aproximei com o olhar baixo e fitei as bandanas em cima da mesa.
– Nee, eu sou esforçada. – O olhei – Mas Naruto é muito mais. Onegai...
– Naru-chan... – Iruka-sensei sorriu – Eu sei que você se preocupa com ele e sei que ele é dedicado, mas Naruto deve provar que é capaz sozinho.
– Hum. – Assenti, abaixando o olhar.
Saí da sala e Naruto iria ser o próximo.
– E aí? – Ele abriu um sorriso.
– Passei...
– Êêêhhh! – Ele comemorou pulando.
Ele entrou contente, mas eu fiquei ainda mais angustiada ao ver aquela alegria. Quando ele fechou a porta, abaixei a cabeça.
“Onegai... Naruto. Ganbatte.”, pensei.
...
Havia um aglomerado de pessoas em frente à academia. Os pais estavam parabenizando seus filhos, que usavam bandanas. Eu estava no meio, mas queria sair dali. Não havia ninguém para me parabenizar e eu estava procurando pelo Naruto. Quando cheguei perto de duas mulheres o vi e abri um leve sorriso, mas logo o desfiz quando escutei o que elas cochichavam.
– É ele.
– Hum, soube que ele foi o único que não passou.
Arregalei os olhos, pasma.
– Isso é ótimo.
– Não podemos aceitá-lo como um shinobi.
– Verdade. Ele e aquela garota Hyuuga...
– Pare! Não podemos falar sobre isso!
Olhei para elas. Quantas pessoas más havia no mundo!
– Sumimasen. – Disse.
Elas exclamaram assustadas ao me verem. Passei por elas e fui até ele. Naruto estava em um balanço, deprimido. Ele me olhou e viu a bandana amarrada no meu pescoço.
– Hum, Naru-chan... Parabéns. – Ele disse. Vi a tristeza em seu olhar.
– Naruto... Você pode tentar de novo. Por favor...
– Hai...
Abaixei o olhar. De repente Mizuki-sensei apareceu. Franzi a testa, não gostava dele.
– Ne, Naruto. Posso conversar com você por um momento?
– Hum, hai.
Peguei rápido na manga do casaco dele.
– Naruto, onegai... – Cochichei – Tome cuidado. Não gosto dele.
– Hum, hai. – Ele disse desanimado.
Mizuki me olhava, franzi a testa em sua direção. Os dois foram embora. Suspirei esperando que ele ficasse bem, eu realmente não gostava daquele cara.
Não consegui dormir àquela noite, fiquei olhando para o teto. Esperava que Naruto se formasse de alguma forma.
...
No dia seguinte, eu caminhava pela vila. Queria fazer algo, mas todos estavam ocupados. De repente Naruto aterrissou no chão e eu pus o braço na frente do rosto pela poeira que levantou.
– Naru-chan! – Ele exclamou com aquela voz estridente – Tem alguma coisa de diferente em mim? – Ele sorria largamente apontando para a cabeça.
Abri um grande sorriso.
– Não pode ser! – Exclamei – Como!
Naruto me disse que Mizuki o enganou para roubar o Pergaminho de Aprisionamento, e ele o fez. Seria pra ele provar ao Iruka-sensei que era capaz de fazer um daqueles jutsus. Todos começaram a procurá-lo, se o pergaminho saísse da vila seria perigoso. Iruka-sensei o encontrou, mas Mizuki o enganou de novo dizendo que ele queria apenas o pergaminho. Contou a ele sobre a Raposa de Nove Caudas e que Iruka-sensei o odiava porque seus pais morreram naquele dia. Iruka-sensei disse que era mentira e Naruto não era um monstro. Disse que ele era dedicado e por ser desajeitado ninguém acreditava que ele era capaz. Quando Mizuki ia matá-lo, Naruto apareceu e lutou com ele. Ele conseguiu fazer Kage Bunshin! Fez milhões deles e acabou com Mizuki. Eu sabia que não gostava dele por alguma razão!
Enquanto ele contava, fomos para o parque. Eu o olhava, animada.
– Sugoii! – Exclamei, mas percebi algo – A Raposa?
O sorriso dele desapareceu.
– É... – Ele coçou a cabeça – Você... Vai ter medo de mim?
– Hum? Claro que não, baka! – Exclamei indignada – Porque...! – Parei.
– Por que o que? – Ele levantou uma das sobrancelhas.
– Ano... Se eu contar algo promete que não vai me odiar ou ter medo de mim? – Eu disse mexendo nos dedos.
– Hai.
– Eu... Quando nasci... A vila ia ser atacada por outro monstro.
– Eu sei. Foi depois que eu nasci. Ookami no Akuma, ne?
– Hai. – Disse cabisbaixa – Selaram em você o de nove caudas... E em mim o de onze.
Ele arregalou os olhos.
– Naru...
– Onegai, não me...
– Matte! – Ele gritou – Não vai achar que eu vou te odiar, ne?!
Engoli a seco. Além de ser inesperado, me assustou.
– Já disse que somos iguais. E somos mesmo, ne!
Abri um sorriso, meus olhos marejaram.
– Nee, Naruto.
– Hum. – Ele disse com a testa franzida.
– Você é meu melhor amigo. – Eu disse sorrindo gentilmente.
Ele pareceu surpreso. Sorriu também.
– Nee, você devia sorrir mais assim. Fica bonita.
O olhei surpresa e corei.
– Não fale essas coisas, Naruto! – Resmunguei.
Ele caiu na gargalhada apontando pra mim. Fiz cara de tédio e o segurei balançando-o e rindo.
– Baka! Baka! Baaaaka!
Ele riu até chorar!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Estão gostando? Acho que ainda está meio chato, mas prometo que vai melhorar. *--*