A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 39
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoal!
Vespera de Natal S2 Como vocês vão passar? Eu vou ficar em casa com a minha família e alguns parentes, mas eu não podia esquecer da minha família linda que são vocês, meus leitores S2
Sério, se eu cheguei até aqui com tanto pique, foi porque vocês me apoiaram muuuuito. Muuuuuito obrigada, pessoal, vocês são os melhores S2
Enfim...
Sobre a música do capítulo: quem me conhece sabe que eu sou uma completa viciada em Avril Lavigne, e essa música é tão Damon e Elena que eu estou morrendo de amores S2
Enfim²...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629597/chapter/39

Capítulo 38

Você é tão bonito
Mas não é por isso que eu te amo
Eu não tenho certeza que você sabe
Que a razão que eu te amo
É você, sendo você, só você
Sim, a razão de eu te amar
É por tudo que nós passamos
E é por isso que eu te amo

Avril Lavigne - I Love You

O carro parou em frente a residência Salvatore alguns minutos depois. Elena respirou fundo várias vezes. Era difícil encarar a verdade depois que ela era desvendada, era difícil admitir os erros cometidos, Elena sabia disso agora.

Damon deu a volta no carro, abrindo a porta para ele e estendendo a mão. Elena sorriu agradecida, colocando sua mão sobre a dele, e juntos entraram na casa. Em passos lentos eles atravessaram o jardim e finalmente entraram, não havia ninguém no primeiro cômodo da casa, o que de certa forma acalentou Elena.

– Você está bem? – Damon perguntou, encarando-a com o cenho franzido.

– Um pouco nervosa, mas estou bem – Ela respondeu. Damon assentiu, sem se convencer.

– Eu mandei uma mensagem para o meu pai há algum tempo, estão todos na sala de estar.

Geralmente, eles estariam no escritório de Giuseppe, onde ocorriam a maioria das reuniões e família, mas esse caso era especial e Damon pediu ao pai para que fizessem na sala, a fim de acalmar Elena e não a sobrecarregar. Vendo-a agora, ele sabia que havia feito o certo.

Eles abriram a porta da sala de estar e entraram. Elena prendeu a respiração sem perceber. Estavam todos ali. Giuseppe estava sentado em sua poltrona vermelha, Elizabeth estava elegante como sempre sobre o sofá, já Stefan – que surpreendeu Elena por estar ali, ela ainda achava que ele estava em turnê – estava quase deitado no sofá, sentado de forma desleixada. Elizabeth deu um tapinha em sua perna, dizendo para ele se ajeitar, Stefan revirou os olhos, mas acatou a ordem.

– Pai, mãe, Stefan – Damon saldou respeitoso, sem soltar a mão de Elena que soavam – Eu queria apresentar alguém a vocês – Ele sorriu feliz, por mais que tivesse medo da reação dos pais – Esta é Elena.

– Uau, vocês realmente são idênticas – Disse Stefan, batendo palmas divertido. Elena sorriu, sem saber o que fazer ou o que dizer.

– Vocês sabem que terão que tomar a responsabilidade por cada ato de vocês, não sabe? – Indagou Giuseppe, aliviado por finalmente ver um sorriso no rosto de seu primogênito.

– Sim, pai.

– Antes que Damon e eu fizéssemos qualquer coisa, eu queria ter certeza que temos a benção de vocês – Elena começou a falar depois de respirar fundo – Eu sou muito grata por todos os momentos no mês passado, eles foram muito importantes para mim. Mas vocês não sabiam quem eu era e me tratavam como se eu fosse Katherine, me perdoem por isso e por todas as mentiras.

– Elena – Elizabeth finalmente se fez presente – Eu aposto que você teve seus motivos – Ela sorriu – Apesar de ser errado o que você fez, você conquistou meu filho e fez dele um homem muito melhor, por isso eu só tenho a agradecer a você. Seja bem-vinda a família, querida.

Elizabeth se levantou e abriu os braços, caminhando até Elena, ela a abraçou gentilmente, verdadeiramente agradecida a jovem morena que estava mais que emocionada.

– Muito obrigada, Elizabeth – Disse Elena – Isso é muito importante para mim.

– E então, o que vocês planejam? – Perguntou Giuseppe quando Elizabeth tornou a se sentar e Damon e Elena tomaram dois lugares no sofá.

– Primeiro, eu tenho que anular meu casamento com Katherine – Damon respondeu ainda segurando a mão de Elena – Depois nos casamos.

– Damon... Não tão rápido assim – Elena corou, causando a risada de todos.

Depois de alguns minutos de conversa, Elena e Damon se retiraram da sala e foram até o quarto de Damon, que estava exatamente igual da última que ela esteve ali. Elena sorriu, seus dedos explorando cada canto.

– Esse quarto tem tanto de você – Disse Elena.

– Sério? – Damon se deitou na cama, colocando as mãos atrás da cabeça.

– Sim – Elena sorriu, se aproximando dele e se deitando ao seu lado na cama, com os cotovelos sobre o colchão – Me conte algo da sua infância.

– Já te contei.

– Não – Ela balançou a cabeça – Quero te ouvir como Elena.

Damon a olhou e sorriu, aquele sorriso que deixava à mostra sua covinha na bochecha e que lembrava uma criança de dez anos. Ele segurou o rosto de Elena, a puxando para um beijo apaixonado.

– Eu cresci nessa casa. Meu avô morava conosco aqui quando eu era pequeno, vivíamos brincando no jardim, ele era o melhor.

– Onde ele está? – Elena perguntou, temendo a resposta.

– Ah não – Damon riu – Ele não morreu não, aquele velho é osso duro de roer. Ele está viajando o mundo faz dois anos, parece demais para um idoso, mas ele não se deixa abalar, sabe?

– Isso é lindo – Elena respondeu. Damon abriu seu braço e ela se deitou sobre seu peito, abraçada a ele.

– Apesar da minha família ter sido sempre rica, meu avô gostava de fazer brinquedos de madeira. Acho que eu tive a melhor infância do mundo com ele. E você, conte-me mais sobre Elena Pierce.

– Elena Pierce não tem muito a contar – Elena sorriu – Mas quando eu era ignorante sobre minhas origens, quando eu era Elena Gilbert, eu tive uma vida comum de uma garota americana.

– O que você fazia quando era criança? – Ele perguntou, mexendo nos cabelos castanhos de Elena enquanto ela falava.

– Todos finais de semana eu ia para o campo com o meu pai, ele amava futebol – Ela riu, se lembrando – Todo domingo minha mãe fazia uma comida especial e a família se reunia, meu pai desmarcava todos os compromissos no hospital e ficava com a gente. Todo dia, minha mãe me levava e me buscava na escola. Quando tinha alguma festa, ela fazia questão de me levar. Ela nunca exigiu nada de mim, mas eu sempre dei o meu melhor para deixa-los orgulhosos.

– Você ainda se sente assim? Que eles são os pais que você deveria orgulha-los?

– Não sei. Eu tenho muitas lembranças boas, e durante toda minha vida eles foram os pais que eu conheci e considerei, eles foram tudo para mim. Quando eles faleceram, foi como se o mundo caísse sobre mim, eu sofri muito, achei que nunca superaria, depois minha avó ficou doente e tudo só piorou.

– Você os perdoou – Não foi uma pergunta.

– Por que acha isso? – Elena o olhou.

– Se você não tivesse perdoado, não falaria deles dessa forma, com compaixão e carinho, arrisco até amor – Ele sorriu – Você é grata pela vida que eles te deram, mas se sente injustiçada pela vida que eles te tiraram.

– Acho que você está certo – Elena suspirou, sorrindo em seguida.

– Claro que eu estou – Damon sorriu presunçoso, beijando a cabeça de Elena – Eu te amo.

– Eu devo ter minha sorte – Disse Elena de olhos fechados e sorrindo.

– Por que?

– Por ter encontrado você na minha vida – Ela abriu os olhos, encarando Damon apaixonadamente – Obrigada por não desistir de mim... de nós.

– Eu fui um cego por muito tempo, estava em tempo de abrir meus olhos – Ele respondeu – Nunca mais vou te deixar, e nem pense em sair do país sem mim.

Elena só fez rir, beijando Damon em seguida.

Pela primeira vez, ela se sentia feliz, realizada, o mundo poderia acabar agora que ela não se importaria. Tudo que ela queria e já desejou em sua vida, ela tinha, mesmo que suas conquistas tenham vindo tão dificilmente, depois de muitas lutas e degraus.

– Damon?

– Hum? – Damon resmungou, estava quase dormindo depois de noites sem conseguir dormir direito, tudo por causa de certa morena, percebendo isso, Elena deixou seus pensamentos de lado e deixou-o quieto para descansar. Com um sorriso, ela se aconchegou em seus braços e se preparou para dormir também.

Cuidaria de tudo amanhã... Hoje, na verdade, já que era madrugada.

Acordaram apenas duas da tarde, o sol batendo no rosto de Damon que resmungou, se ajeitando na cama de uma forma que ele não o incomodasse, só então notou o corpo próximo a ele que o abraçava. Ele observou a cabeleira castanha e logo depois o sorriso que Elena tinha mesmo dormindo. Foi impossível não sorrir junto e desejar estar para sempre ao seu lado.

– Bom dia! – Ele disse ao vê-la abrir os olhos.

– Bom dia – Ela saudou, escondendo o rosto no pescoço dele – Isso é um sonho?

– Felizmente, não – Damon riu, beijando sua testa – Vamos? Acho que temos muito a explicar para a sua família.

Elena assentiu, se levantando da cama. Ela escovou os dentes e esperou Damon tomar um banho e fazer sua higiene matinal para saírem juntos. Eles almoçaram, pulando o café da manhã já que era tarde, e foram para o carro.

– Antes de irmos... – Elena segurou no braço de Damon, impedindo que ele entrasse no carro e o encarou – Você me prometeu dizer quando foi que se apaixonou por mim... No dia do casamento... – Elena desviou o olhar, sentindo-se envergonhada.

– Ok – Damon sorriu, puxando Elena para um abraço. Seus olhos azuis se voltaram ao céu que estava em um dia lindo – Eu me apaixonei a primeira vista. Você, jogada no sofá daquele jeito desengonçada... Eu nunca vi mais linda.

Elena o encarou, sentindo-se a pessoa mais feliz e realizada do mundo. E sem esperar ou avisar, o puxou para um beijo que foi prontamente correspondida.

O caminho foi novamente feito em silencio, mas vez ou outra seus olhares se encontravam e eles sorriam, felizes. Quando o semáforo ficava vermelho, Damon segurava a mão de Elena e lhe sorria apaixonado, quando o semáforo tornava a ficar verde, ele ria e voltava a atenção a pista.

Eles deram as mãos e Elena tocou a campainha, respirando fundo. Quem apareceu no identificador de chamada foi Jeremy que arregalou os olhos e deu um largo sorriso, abrindo o portão. Quando os dois passaram pelo portão, viram Jeremy correndo até eles. Elena soltou a mão de Damon e abriu os braços, recebendo Jeremy em um abraço apertado.

– O que... O que você está fazendo aqui? Eu achei... – Jeremy estava afoito e respirava rapidamente.

– Damon impediu que eu fosse – Disse Elena, sem explicar a história toda, sabia que todo mundo iria querer saber o que aconteceu e ela preferia contar tudo de vez com todos para ouvir do que ter que contar a mesma coisa várias vezes.

– Pelo menos uma vez você tem que servir de algo, não é? – Jeremy sorriu de canto, batendo nas costas de Damon como um cumprimento formidável. Bom, pelo menos eles não estavam se atracando novamente.

– Você, por acaso, já viu minha ficha? – Damon sorriu autoritário, segurando Elena pela cintura que ria da ironia dos dois. Ela imaginava quando essa mini guerra acabaria entre eles.

Jeremy bufou, e os três começaram a caminhar até a casa.

A partir daí, Elena viu muitos sorrisos e risadas. Isobel a agarrou e lhe deu vários beijos, feliz por ter a filha de volta, e claro, agradeceu muito Damon por não deixa-la viajar. No fim, estavam todos no sofá, ouvindo a história sobre como Damon a impediu de embarcar.

– Rebekah? – Katherine riu alto, causando estranheza em todos, porque geralmente ela não era tão expressiva assim – Aquela vadia realmente fez algo de útil na vida dela.

– Se ela tivesse feito de graça, eu a elogiaria – Damon revirou os olhos, seus dedos fazendo carinho na mão de Elena que segurava.

– Pelo menos ela fez, agradeça, ou então você talvez nunca mais me veria – Elena disse, tirando de Damon uma carranca indignada.

– Tudo bem, tudo bem, obrigado Rebekah – Damon bufou, fazendo todos rirem. Elena o beijou na bochecha e quando ia se afastar, Damon a puxou, dando-lhe um beijo de verdade.

– Epa, epa, epa... – Jeremy interrompeu – Não na minha frente, brô.

– Estou achando que ele é o pacote que todo namorado carrega da namorada – Damon sussurrou no ouvido de Elena, fazendo-a rir e chamar a atenção de Jeremy que insistia em saber do que eles riam.

– Por falar nisso, onde está Bonnie? – Elena estranhou a ausência da amiga, franzindo o cenho.

– Você sabe, nessa época do ano ela sempre viaja para ver o pai – Jeremy deu de ombros – Ela me disse que te deixou algumas mensagens.

Elena assentiu, se lembrando disso.

Finalmente, a sua vida estava completa, se sentia feliz como nunca antes. Damon estava ao seu lado, caminharia com ela e a apoiaria, Elena não precisava de mais nada. O sorriso apaixonado que ele lhe deu foi a certeza da vida maravilhosa que teria ao seu lado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu espero que vocês tenham um natal muuuuuuuuito feliz, animado, cheio de felicidade S2 Eu também vou estar me divertindo do lado daqui ^^
E sim, pessoal, esse é o penúltimo capítulo da fic e o próximo é o epílogo, eu nem sei o que dizer porque estou quase chorando, é muito emocionante isso ~calma Yas, é só uma fic, menina
Enfim, espero que tenham gostado S2