A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoal, acho que de tanto vocês quererem me matar, os céus fizeram metade da metade do serviço, estou morrendo de torcicolo, sério, dói demais.
Por outro lado, cortei franjinha reta S2 ~e o cabeleireiro ainda disse que ficaria feio, tsc tsc u-u
Estou muito orgulhosa de mim mesma hahaha, finalmente atualizei duas originais que estavam há meses sem atualizar S2 ~acho que não tenho mais motivos para nenhum leitor de qualquer fic me matar hahahah
Ouçam a música do capítulo, ela é linda *-* ~eu sempre falo isso, né? Hahaha mas é inevitável
Enfim
Boa leituraaaaa!



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Capítulo 37

Eu tenho um monte de medo e eu sou fraca
Assim, o amor sempre foi longe
Por favor, aceite meu coração trêmulo
Para sempre, você é meu amor, (você) tudo
Suavemente, sua voz é baixa no meu ouvido
Você é a primeira pessoa que eu amei
Para sempre, você é meu amor, (você) tudo

Melody Day - You're My Everything

Elena suspirou após enviar o e-mail, seu coração estava acelerado no peito e tudo que ela queria era chorar. Conseguiria superar essas tantas barreiras impostas? Sentia que a qualquer momento ela deixaria seu coração ali.

– Com licença, licença – Elena ouviu uma voz familiar e até um pouco arrogante próxima a si, ela ergueu o olhar, dando de cara com uma loira que havia visto apenas uma vez, mas que com certeza a marcou de certa forma – Katherine?

Elena arregalou os olhos, surpresas. Qual era a chance de encontrar alguém familiar no avião destino a Alemanha?

– Não, eu sou a Elena – Elena respondeu.

– Ah claro, a irmã gêmea – Rebekah revirou os olhos, se sentando ao lado da morena – A Katherine me contou algumas coisas.

– Achei que não fossem amigas – Elena franziu o cenho.

– Estávamos brigadas. A Katherine é uma megera e eu uma vadia, somos a dupla perfeita – Rebekah deu de ombros, falando com seu explicito sotaque britânico.

– Ah sim – Elena estava ainda um pouco confusa. Amigas?

– Você está indo mesmo para a Alemanha? – Rebekah perguntou parecendo incrédula.

– Sim, recomeçar – Elena suspirou, se ajeitando na cadeira.

– Querida, sério? – Rebekah bufou, indignada – Você está indo para a Alemanha e vai deixar o super bofe sonho de qualquer mulher sã, Damon Salvatore, disponível?

– Não somos nada, Rebekah.

– Eu que não sou nada com o barman super lindo da balada de ontem a noite. Agora você, meu bem, você é tudo dele – Disse Rebekah, piscando um olho.

– Você fala como se o conhecesse.

– Eu o conheço, minha família e a dele são bem amigas, sabe – Rebekah novamente deu de ombros – Crescemos juntos, praticamente. Mas juro que é totalmente destino Katherine e eu sermos amigas – Revirou os olhos.

– Você tem uma vida... corrida.

Rebekah apenas sorriu, voltando-se ao seu celular. Elena observou que ela parecia concentrada e digitava rapidamente, como se não quisesse perder tempo.

– Elena, eu espero que você me perdoe – Ela sorriu amarelo ao sussurrar para a morena que a olhou confusa, prestes a perguntar do que ela estava falando, mas não houve tempo.

Rebekah revirou os olhos como se estivesse doente, colocou a mão sobre a barriga e começou a gritar de dor, chamando a atenção de todos os passageiros.

– O que você tem, Rebekah? Ah meu Deus! Alguém nos ajude – Elena gritou, lutando para socorrer a amiga de sua irmã.

Rebekah caiu no chão urrando de dor, segurou as mãos de Elena e suplicou para ela:

– Me ajuda, por favor! AHHHHH COMO DÓI! – Não demorou para o socorro chegar.

Rebekah foi colocada em uma maca com o auxilio de enfermeiros que sempre estavam no aeroporto de prontidão, mas em momento algum ela soltou a mão de Elena, dizendo o quanto doía e que queria que ela ficasse com ela.

– Rebekah... – Elena suspirou, lutando para fazer a loira larga-la enquanto eram guiadas para fora do avião – Eu tenho que ir, não posso perder o voo.

– Elena... Ahhhh, por favor! – Rebekah se revirou na maca, rolando os olhos – Você precisa ir comigo, odeio hospitais, simplesmente odeio.

– Eu vou ligar para alguém... Katherine! Katherine vai amar ficar com você – Elena sorriu como se fosse o melhor plano do mundo.

– Senhora, por favor, entre – Disse um enfermeiro baixinho, empurrando Elena para dentro da ambulância.

Ambulância?

Elena olhou em volta, notando que elas haviam saído do avião e agora estavam na pista de decolagem sendo levadas ao hospital por uma ambulância.

– Não, não, não! Eu tenho que descer... – Disse Elena desesperada – Eu não sou nada dela, eu realmente não posso ir ao hospital.

Mas antes que o enfermeiro – que fazia os primeiros socorros em Rebekah – dissesse algo, Elena viu seu avião decolar em direção a Alemanha, mas ela não estava dentro. Enquanto o avião ia, ela havia ficado aqui, presa nos Estados Unidos.

– Ah não! – Elena suspirou, apoiando os cotovelos na coxa e jogando os cabelos para trás – Rebekah, você está bem?

Subitamente Rebekah havia parado com os urros e agora apenas fazia uma careta de dor, segurando fortemente a mão de Elena.

– Não, nem um pouco bem, sinto que estou morrendo – Rebekah disse com uma expressão exagerada de dor.

Foi quando finalmente a ambulância parou no hospital. Rebekah foi levada ás pressas para a emergência enquanto Elena teve que ficar na recepção para preencher sua ficha. Ótimo! Elena se aproximou do balcão, pedindo uma folha a atendente que com um sorriso a entregou papel e caneta.

Nome: Rebekah... Rebekah o que? Elena nem a conhecia, era uma completa estranha que havia visto apenas uma vez na vida e agora estava ali, preenchendo sua ficha hospitalar. Tinha como piorar?

– Você não precisa fazer isso.

Elena ofegou, sentindo seu coração falhar por dois segundos. Ela sentiu aquela respiração que sempre a acalmou em seu pescoço, e os dedos longos e pálidos lhe tirar a caneta da mão, soltando-a sobre o papel, o braço praticamente a envolvendo.

– O que você está fazendo aqui? – Ela perguntou, a voz saindo rouca e falha, prestes a cair em lágrimas – Você não deveria estar...

– Aqui? Por que não? Pelo que eu sei, hospital é ainda um lugar publico – Damon soltou uma risada, balançando a cabeça.

Elena respirou fundo, tomando coragem e se virou, percebendo o quão próximo eles estavam. Olhando-o agora, ela podia notar o quão mal ele estava. Damon possuía marcas escuras embaixo de seus olhos e a barba estava precisando urgentemente ser feita.

– Você está péssimo – Ela disse, suas mãos voando para o rosto do amado, tocando sua barba, queria tanto toca-lo mais, sentia tanto sua falta – Quem fez isso com você?

– Uma certa morena – Ele respondeu com a voz tão baixa quanto a dela, aproximando seus rostos – Mas eu também sou culpado, sou o principal culpado, na verdade.

– Por ser um idiota estupido? – Elena perguntou, dando um pequeno sorriso de canto.

– Isso e muitas coisas – Damon suspirou, segurando o rosto de Elena em suas mãos, olhando-a nos olhos ele percebeu as grossas lágrimas que escorriam dos olhos castanhos – Me perdoa? Me perdoe por ser o cara mais idiota, egoísta e estupido desse mundo? Eu não percebi o quanto você era importante para mim, coloquei meus princípios na sua frente, na frente do que meu coração mandava eu fazer toda hora: correr até você e nunca te deixar ir novamente.

– Você sabe... – Ela respirou fundo, tomando folego – Que não será fácil. Eu ia para a Alemanha, eu estava decidida...

– Por favor, desiste disso, fica comigo – Ele suplicou, puxando-a para seus braços, a abraçando apertado.

– Eu queria ir para poder te esquecer – Elena se agarrou a ele, enterrando seu rosto no peito másculo – Ficar aqui e te ver sem poder me aproximar era uma morte lenta e muito dolorosa para suportar.

– Fique e me tenha para você para sempre – Damon sentia suas próprias lágrimas caírem.

Estava deixando tudo para trás por aquela mulher, seus princípios, crenças, e orgulho, porque no fim, nada disso importava se ele não a tivesse em seus braços.

– Você é a minha heroína – Elena soluçou em seu peito, falando entre pausas em seu choro – Não posso viver sem você! Eu não vou a lugar nenhum que não seja ao seu lado, Damon!

Ele a apertou ainda mais, sentindo-se o homem mais realizado da face da terra. E sem poder se conter, ele a beijou, sendo prontamente retribuído. Há quanto tempo não a tinha assim? Elena, a mulher por quem ele havia se apaixonada achando que era outra... não importava mais, a dor que sentiu em seu coração quando achou que a tinha perdido era a certeza de que a amava, não importando quem ela era.

– Eu te amo – Ela sussurrou, extasiada pelo beijo, de olhos fechados.

– Eu te amo – Damon respondeu, sorrindo como uma criança no natal.

Eles só perceberam que faziam uma cena no hospital quando ouviram os aplausos e olharam ao redor. Haviam várias pessoas os observando em seu momento lindo de reencontro, pacientes, acompanhantes e até médicos, alguns choravam emocionados e encantados pelos dois.

Eles sorriram cumplices. Elena sentiu suas bochechas corarem envergonhada tendo tanta atenção para si, mas não demorou para as pessoas voltarem ao que faziam.

– Mas como você sabia que eu estava aqui? – Elena perguntou.

– Hayley, relaxa, estou ótima – Elena olhou para trás, vendo Rebekah ir quase saltitante para fora do hospital enquanto falava no telefone – Apêndice? Gente, esses internautas são rápidos, viu.

Rebekah riu e desligou a chamada após alguns instantes, só então percebeu Damon e Elena, esta lhe olhava chocada. Rebekah sorriu e acenou, se aproximando do casal.

– Como você...? – Elena estava confusa.

– Ah, sim, aquilo no avião! – Rebekah pareceu se lembrar da cena que havia causado no avião – Foi um pedido do Damon. Damon, querido, cumpra sua promessa.

– Pedido? Promessa? – Elena olhou confusa de Damon para Rebekah.

– Ah, muito estressante! – Rebekah se abanou, fechando os olhos – Eu tenho que ir, tenho uma sessão de fotos, curtem o momento amor de vocês – E antes que Elena pudesse a impedir, Rebekah se foi.

– O que foi isso? – Elena perguntou.

– Rebekah é uma antiga amiga, ela é uma modelo e quando te viu no avião, ela me avisou. Eu pedi a ela que desse um jeito de fazer você descer com a promessa que faria ela uma garota propaganda do shopping – Damon explicou.

– Você manipulou ela? – Elena o olhou abismada.

– Foi uma troca justa – Damon deu de ombros – Se não fosse por ela, você estaria indo para a Alemanha nesse exato momento, eu não podia deixar isso acontecer.

– Você me perdoou de verdade? – Ela perguntou, abraçada a ele.

– Em qualquer lugar que você vá encontrará mágoas, a escolha de deixar isso te afetar ao ponto de mudar sua vida é sua. Não quero viver sem você, não posso, então, como você disse no e-mail, temos que deixar o passado no passado e nos preocupar apenas com o futuro.

– Não sabia que você podia ser tão poético – Elena sorriu.

– Vai se surpreender muito, minha doce Elena – Ele riu, beijando seu pescoço – Agora, onde quer ir? Te levarei a qualquer lugar.

– Primeiro – Ela o olhou séria – Acho que eu devo desculpas aos seus pais.

Damon sorriu orgulhoso, em seu íntimo sabia que ela diria isso, pois era de sua natureza ser correta, fazer tudo do jeito certo, e por mais que Damon não fosse tão assim, por ela, ele faria isso e muito mais.

– Vamos então.

O caminho até a casa dos Salvatore foi feito em completo silencio. Um silencio confortável, cheio de olhares significativos e sorrisos que prometiam coisas boas e um futuro maravilhoso.

Elena sabia que poderia muito bem ter pegado o próximo voo para Alemanha, mas que sentido faria? Sua vida estava ali, sorrindo que nem um bobo para ela, que motivo ela tinha para ir embora? Nenhum, mas possuía vários para ficar.

Ela não precisava mais temer as lembranças, porque agora eram elas que a definiam, definiam seu relacionamento confuso com Damon e com sua família. Tudo que ela julgou ser uma loucura, era a sua vida, sua realidade, que finalmente ela estava disposta a viver, a arriscar tudo.

– Quando tudo se ajeitar, vamos nos casar.

Damon disse, a olhando completamente apaixonado, sua mão direita pousada sobre a coxa esquerda da morena que amava.

Naquele momento, tudo parou de importar. Contanto que estivessem juntos, eles estariam bem e enfrentariam qualquer barreira do destino que foi o responsável por toda aquela maluquice que eram suas vidas.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? Valeu a pena não me matar? Hahahaha
Enganei todos vocês u-u
Espero que tenham gostado, porque FINALMENTE eles estão juntos. E sim, estamos entrando na reta final da história e eu ainda não sei como me despedir dela. Eu escrevi Esposa Do Século tão rápido, em tão poucos meses que é até um pouco de acreditar, mas ela será para sempre, meu maior xodó e orgulho S2
Bjs *--*