Laissez-aller escrita por Eckl


Capítulo 7
Laura


Notas iniciais do capítulo

O sétimo capítulo da história tem Laura como o foco. Mesmo sem ter sido convidada, ela resolve aparecer também na house party do Davi e leva Bibi, sua fiel escudeira. Ah! Esse é o último capítulo na house party, finalmente.

Sei que demorei novamente, mas é que eu estava um pouco sem inspiração. Maaaaaaaaas... serão dois capítulos de uma vez só! Afivelem os cintos e vamos que vamos!

Ah! Não posso esquecer de agradecer à lindinha da Sátia Garcia que deu a primeira recomendação da fic. Isso me indica que eu estou agradando pelo menos uma pessoa e se essa pessoa tirou um pouquinho de seu tempo para escrever uma recomendação, ela é muito especial pra mim e pra história. E enquanto eu souber que estou agradando pelo menos uma pessoa, vou continuar escrevendo a história. Sátia, sua fofa mais fofa, muito obrigado mesmo. tanto pela recomendação, quanto por acompanhar minha fic desde sempre! Te adoro, sua linda!



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O clima da Flórida naquela época do ano era simplesmente maravilhoso. Sol, praias, garotos e tudo mais que uma adolescente poderia desejar de uma viajem de férias. Para completar, a melhor amiga para fazer companhia e uma generosa mesada para gastar à vontade. Tudo foi planejado com muita antecedência, mas foi assim que ficou: apenas planejado. Laura se tornou uma garota sem respeito, petulante e intransigente. A outrora doce, romântica e companheira menininha crescera e se transformara numa espécie de víbora em forma humana. Com Bibi sempre a seu lado, a moça não media as palavras, tampouco as ações e isso sempre a encrencava. Não que ela ligasse pra isso, mas foi por um de seus rompantes de presunção e hostilidade que sua tão esperada viagem foi cancelada. A notícia foi recebida com protestos e inúmeros vasos e estatuetas quebradas.

A vantagem de ter uma sidekick tão fiel sempre por perto é que ela pode continuamente ser o alvo humano de toda fúria e ainda assim permanecer com você. E foi Bibi quem absorveu todo o furor de Laura sem se queixar após não haverem mais objetos quebráveis no caminho. A ruiva ouvia tudo bem quietinha com os olhos fixos na tela de seu celular e os dedões mexendo-se freneticamente tocando no aparelho. Quando notou que a amiga parara de esbravejar, ela ergueu os olhos e sorriu ao ver o que a outra fazia. O narguilé já estava aceso e Laura já aspirava ao conteúdo com avidez, além de beber de um copo entre tragadas. A garota não perdeu tempo e se juntou à morena. Em instantes ambas já estavam rindo histéricas das formas que ambas imaginavam que faziam com a fumaça que expeliam pela boca e das flores que supostamente Bibi estava usando nas bochechas.

— Ei, Bibi, sabe o que seria legal agora? – Perguntou a morena entre risadas.

— Sei lá! Talvez zoar com os tarados na internet? – Sugeriu a outra.

— Não. Isso já tá chato. Que tal se a gente aparecesse na festa do Davi?

— Ah, sei lá, Laura. Não tô querendo confusão agora.

— Ah, para, Bibi. Quando foi que você se tornou tão medrosa? Vai, levanta. Arruma essa maquiagem que nós vamos dar uma olhadinha naquela festa. – Disse Laura com um tom de “ponto final”.

Ambas se arrumaram rápido, chamaram um táxi e se puseram a caminho da casa do judeu. Elas não tinham sido convidadas, mas isso nunca fora um problema para Laura. Ela entrava onde queria, quando queria e da maneira que queria, então uma house party não seria nenhum problema. Na porta da residência dos Rabinovich, a visão das duas saindo do veículo amarelo gerou certo burburinho por parte dos ali presentes, pois todos sabiam que as meninas não eram mais tão bem vindas ali como foram outrora. Sem se importar, ambas adentraram a garagem e se separaram quase que instantaneamente. Bibi foi a procura de algum sinal de Marcelina e Laura se dirigiu em passos rápidos até onde Paulo se entrelaçava com uma garota.

As mãos da herdeira dos Gianolli se encheram com as madeixas douradas da garota e as puxaram com força para longe do garoto. A loira que estava há poucos segundos aos beijos com Guerra, agora era arrastada para fora da garagem pelos cabelos. Quando jogou a outra com truculência ao chão, Laura se agachou perto dela e a deu um olhar quase mortal.

— Se eu pegar mais uma vez você com o meu garoto, eu te mato. – Ela sussurrou antes de se levantar e voltar para dentro a passos elegantes. O colo de Paulo foi o seu destino. – Guerra, Guerra. O que eu faço com você? – Disse ela passando o dedo indicador suavemente no lábio inferior do rapaz logo antes de agarra-lo forte nas bochechas e beija-lo com avidez. E os dois começaram a eterna brincadeira que ambos tinham há anos. As mãos dela se ocupavam das madeixas dele, apertando a cabeça do menino contra a dela para ficarem mais próximos e o beijo mais colado. As dele se ocupavam de todos os pontos que não deveriam se ocupar em público, porém os jovens ali estavam absortos demais em seus próprios devaneios para notarem qualquer coisa que não fosse a mudança da faixa musical.

Bibi ia e vinha procurando Marcelina até se deparar com Jorge, que estava ao lado de um cooler com bebidas e entornava qualquer uma dos drinks ali tão rápido quanto podia.

— Tá procurando a Marcelina, lésbica ruiva? – Perguntou o garoto em tom debochado.

— Me chama de lésbica de novo e eu quebro esse seu narizinho perfeito.

— Oh, obrigado, Bibi. Meu nariz é mesmo perfeitinho demais. – Respondeu ele com o mesmo tom de deboche. – Mas se está procurando seu amorzinho, já aviso que ela não está aqui. Foi para casa. E parece que a Alícia foi com ela. – Jorge sabia como provocar as pessoas. A expressão no rosto de Bibi se alterou drasticamente e ela saiu batendo os pés na direção do banheiro.

A música mudara e as inconfundíveis batidas do funk paulista eram predominantes. O tamborzão foi mais suficiente para que os jovens mais que alterados se desprendessem do pouco de inibição que ainda lhes restavam. Garotas subiam e desciam rebolando como se não tivessem ossos. Garotos se apossavam de quem quer que fossem em danças eróticas sem serem reprimidos. Casais, trios, quartetos e quaisquer outras combinações se embolavam, beijavam, lambiam e tocavam como se tudo fosse permitido. Jorge, bêbado além da conta, dava show e permitia que toda e qualquer mão que quisesse dar um passeio por seu corpo o fizesse sem rodeios. Paulo se balançava por ali sozinho enquanto Laura tinha ido buscar bebidas, todavia ele não fez de rogado e se agarrou na mesma garota loira de antes, que requebrava por ali. Erro mortal.

Laura voltava com duas garrafas de uma bebida esverdeada nas mãos e a cena não a agradou. “Eu te avisei, piranha, eu te avisei.” Ela pensou antes de ir rápido até a garota, puxá-la mais uma vez pelos cabelos e ataca-la com uma das garrafas. O golpe na parte de trás da cabeça fez com que o objeto de vidro se chocasse violentamente contra a vitima e quebrasse, mandando pedaços cortantes para todo lado. Paulo se afastara rápido e protegera o rosto logo que sentiu que um pedaço de peça cristalina lhe cortara a testa de leve. Sem dar tempo para que ninguém processasse o que acontecia, tampouco para que a outra garota pudesse se defender, a morena atingiu o topo da cabeça dourada com a segunda garrafa. A atacada, sem defesa, foi ao chão. A bebida se misturava com o sangue que saia de seu crânio e a dor era tremenda. A visão embaçara e ela estava a ponto de desmaiar.

— Eu te avisei, não avisei, piranha? Eu disse que se você chegasse perto do meu garoto novamente eu mataria você! Vai lá! Toca no meu homem de novo, vadia, toca! – Laura berrava para a moça ao chão enquanto desferiu dois chutes no tronco da loira. Todos pareciam muito chocados ou altos demais para intervir até que Paulo puxou Laura para longe da menina. – Ah, vai se foder! Me larga! – Ela tentava se desvencilhar do garoto. Davi e Valéria ajudaram a menina que começava a parecer ruiva e levaram-na para dentro da casa. Paulo entrou com Laura em um taxi e eles rumaram para a residência dele assim que ela se acalmou. Jorge não mais podia ser visto entre os convidados, que se dispersavam e iam deixando o local devagar. Fim de festa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram, minha gente? Espero que sim! Pequei muito? Deem-me suas impressões para que eu continue com o trabalho. Alguma sugestão? Se sim, é só deixar nos comentários. Agradeço quem acompanha a fic. Sério, eu fico muito feliz por ter pessoas realmente lendo o que eu escrevo. Muito obrigado mesmo, gente! Adoro vocês pra caramba!

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