Laissez-aller escrita por Eckl


Capítulo 5
Jorge


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei mais uma vez, mas vou compensar com dois capítulos seguidos! Esse vai introduzir o Jorge na história. Devo admitir que ele é um dos meus favoritos, então vão ver bastante dele por aqui. Enfim, espero que gostem, pois, mesmo que poucas pessoas estejam acompanhando a fic, eu a escrevo de coração. Nunca, jamais esqueçam de visitar o meu tumblr, que agora concentrará todas as minhas fics. >> http://ecklsplace.tumblr.com/ << Lembrando que todos os capítulos saem primeiro na página e depois aqui.



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Ser um jovem rico, inteligente e atraente no Brasil certamente proporciona realizações acima das mais otimistas expectativas de qualquer pessoa normal. É exatamente assim, normal, que Jorge não se afirma. E autoafirmação é uma das especialidades do rapaz, tal qual a soberba, a vaidade e falta de amigos de verdade. Além de ser o mestre da expressão enojada, por que ele realmente acredita que está acima de qualquer pessoa, de qualquer regra e de qualquer coisa. Jorge é a epitome do que é ser um adolescente elitista e sente-se como tal: intocável. Todavia, no caso dele, com uma exagerada pitada de narcisismo e muitas colheradas de intransigência.

— Aquele judeu pensa que vai me atingir de alguma maneira com aquela festinha idiota… - Sussurrava Jorge para si mesmo. – Como ele está errado... – Continuou após beber todo o restante de vodca que estava em seu copo. Suas frases eram interpostas por gritinhos e outros barulhos típicos das pessoas que se deixam levar pela fúria e pela inveja. Tudo isso pelo fato de a house party de Davi, por pura coincidência e falha comunicativa, ter sido marcada no mesmo dia em que Jorge daria uma festa, uma vez que a única dentre os amigos mais próximos de Davi a ser convidada fora Maria Joaquina, que não avisou a ninguém sobre nenhuma das reuniões. Já totalmente admitindo sua frustração, Jorge ingeriu mais um copo com álcool bem depressa. – Isso não vai ficar assim, Rabinochato. Você me paga.

A relação de Jorge com os ex-colegas do colégio Mundial era a mais estranhamente tensa possível. Os outros não detestavam o rapaz, apenas não apreciavam a ideia de passar algum tempo com ele. Jorge também não odiava os outros. Era tudo uma questão de “não se envolver demais com a ralé”, exceto por Daniel. O desprezo dele pelo outro se dava pelo fato de ele ser “o mais desprezível dentre os pobres coitados que perambulam pelo planeta” e, mais concisamente, por ele ter quem Jorge mais desejava no mundo. Lá atrás pode ter parecido que o motivo do riquinho ter entrado para a escola Mundial foi sua amizade com Maria Joaquina, entretanto foi o fato de ter conhecido Mário em uma das festinhas de Maria que o fez migrar para a instituição. E quando Mário escolheu Daniel ao invés dele, o narcisista paulistano começou a cultuar um desprezo quase letífero pelo seu rival.

— Hey, Jorge, cara, do que é que você tá falando? – Um dos colegas ali presente perguntou após dar um leve toque em seu braço esquerdo. O anfitrião apenas o encarou com um esboço de sorriso voluptuoso nos lábios por alguns segundos antes de puxá-lo pela camisa para muito perto de si. Um beijo quente entre eles foi a cena da noite para todos os convidados e empregados.

— Meus caros, aproveitem a festa o quanto desejarem. – Disse o dono da casa em voz alta após o som ter sido reduzido e as atenções estarem voltadas a ele. – Eu e o Rafael vamos resolver algumas coisas lá encima. Com sua licença. – Com um sorriso maroto no rosto, ele se dirigiu até seu quarto puxando o outro pela mão.

Rafael foi empurrado na cama assim que ambos adentraram o aposento e Jorge engatinhou da entrada até o colo do companheiro após trancar a porta e acender as luzes. Sem delongas ou carinhos desnecessários, ambas as camisas foram jogadas ao chão, assim como todas as outras peças de roupa que não eram calças ou cuecas. E quase que instantaneamente o atrito de pele contra pele transformou o cômodo em uma câmara prazerosa. Jorge, apesar da pouca idade, sabe exatamente como dar prazer a alguém. Sua língua, quando não estava ocupada na boca do parceiro, passeava por todo espaço exposto do corpo do outro enquanto suas mãos vagavam pelo perímetro entre as pernas de Rafael, que ocupava ambas as suas mãos com os firmes glúteos do mais jovem sempre que podia. Com as calças fora do caminho, Jorge se preocupou em lamber todo o caminho entre o pescoço e a virilha do mais velho até chegar ao prêmio principal. Lá, ele se ocupou bastante com todo o comprimento que dispunha enquanto seu cúmplice deixava sons de puro deleite escapar demonstrando o quão bem ele estava sendo trabalhado. A visão de Jorge fazendo aquilo entre suas pernas e o encarando com o olhar mais libidinoso que ele já vira dirigia Rafael ao êxtase máximo daquele ato. A cada segundo ele se aproximava mais e mais da tão esperada sensação e quando ele já se preparava para se deixar liberar, o mais novo parou abruptamente, se pôs de pé e atirou as roupas do outro sobre ele.

— Fiquei entediado. Sai daqui. Agora. – Respondeu Jorge à expressão de confusão do parceiro. – AGORA! – Ele gritou ao perceber que o outro nem se movia para obedecer a sua ordem. Rafael levantou-se com suas roupas nas mãos e saiu furioso do aposento. O anfitrião deitou-se em sua cama ainda desnudo para mergulhar em pensamentos e naquele repentino tédio. Tão súbito quanto o que acontecera naquele quarto há pouco tempo, Jorge levantou-se, tomou um banho rápido e vestiu-se impecavelmente e saiu. Alguns dos convidados notaram que o dono da festa acabara de sair, mas a maioria estava absorta demais para perceber. Ele entrou no carro e o motorista o levou direto para a casa de Davi.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Deixem-me saber! Comentem, favoritem, RECOMENDEM e favoritem e comentem e RECOMENDEM. Ah, é! Não esqueçam de recomendar! Hahaha! Também não esqueça de visitar o tumblr oficial da fic (ecklsplace.tumblr.com). Vamos apoiar a história? Opiniões? Dicas? Sou todo ouvidos (olhos, no caso). Até mais, meus amorecos!



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