Laissez-aller escrita por Eckl


Capítulo 10
Dia Seguinte II


Notas iniciais do capítulo

Essa é a segunda parte do que está acontecendo com as personagens depois do ocorrido na festa e na manhã seguinte. Apesar de o título ser "Dia Seguinte", não é exatamente um retrato do dia seguinte à house party, mas dos dias que se seguem. Nessa parte, Mário e Cirilo serão os focos. Estamos chegando nas partes interessantes das tramas das personagens.



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O dia fora cansativo. Os professores pareciam furiosos com os alunos de alguma maneira, pois a quantidade de lições, trabalhos e deveres de casa era quase absurda. Os pedidos de passeios com cachorros ocuparam toda a tarde do garoto, o que não foi de todo ruim, pois dinheiro era sempre bem vindo ao lar dos Ayala, ainda mais com Diana adoentada e o velho Rabito com a saúde cada vez mais frágil. Quando a noite chegou, Mário estava completamente moído. Só uma coisa o faria melhor do que uma boa noite de sono e foi exatamente o que ele fez. O caminho da casa dele até seu destino não era muito longo, mas pareceram mil léguas. Quando a porta se abriu e Daniel o recebeu com um abraço, todo o cansaço de Mário se esvaiu e ele sorriu aliviado.

— Mário, um dia longe de você é como uma eternidade. – Disse Daniel antes de selar os lábios nos do namorado ali mesmo na porta da frente da casa. – Vem comigo, me deixa mostrar uma coisa que eu fiz pra você. – Um arrastou o outro pelo braço escada acima até o seu quarto dando tempo apenas para o visitante dar um olá corrido para a mãe do namorado no caminho. Nos aposentos, Daniel pegou um pedaço de papel um tanto grande no qual estava um desenho a lápis de um Mário ainda criança sorrindo abraçado com um Rabito ainda jovem. Todos os detalhes da imagem levaram o Ayala até aquele exato momento. Lágrimas felizes brotaram.

— O dia em que eu disse que gostava de você...

— E que você seria meu namorado quando a gente crescesse. – Daniel completou.

— E você disse que a gente não precisava esperar. – Ambos sorriram encarando-se. – Está perfeito, Dani. Obrigado.

— Mas não é seu ainda. Tenho que terminar alguns detalhes e...

— Não. Está perfeito assim. – Ele enrolou o desenho e o pôs na bolsa que trazia consigo. – Você sabia que eu te amo? Tipo, muito?

— Meio que sei sim, mas se você quiser de novo não vou te impedir. – Daniel se aproximou do namorado e o envolveu com os braços ao redor do pescoço.

— Mais do que qualquer pessoa nesse mundo, Dani, eu te amo. – Ele disse olhando fundo nos olhos do outro e selou as palavras com um beijo. Singelo e apaixonado. Verdadeiro. O laço que unia Mário a Daniel era tão forte que parecia indestrutível, todavia, devido a todas as circunstancias, também era frágil como uma correntinha de metal barato. Ambiguidade que não podia ser atribuída ao amor dos dois. Esse é poderoso e arrebatador como o de Romeu e Julieta jamais foi.

— O desenho não é a única coisa que tenho pra você. – Ao dizer isso, Daniel foi até o seu criado-mudo, abriu a primeira gaveta e tirou uma caixinha revestida de veludo azul-marinho. Ele ajoelhou-se à frente de Mário e revelou o conteúdo da caixa: um par de alianças de prata. – Mário, não há nada nesse mundo que eu queira mais do que estar com você por toda a vida. Quer ser meu noivo?

O outro não sabia o que dizer, o que pensar ou como agir. Aquilo o tinha pegado de surpresa e o atingira como um tapa na cara. Obviamente ele queria estar com Daniel para sempre, mas noivar parecia um passo grande demais para suas pernas, afinal ele não tinha nada mais a oferecer ao garoto. – Dani... – Com os olhos molhados, ele ponderou as palavras. – Eu também quero ter você comigo para sempre, mas... Eu não tenho nada pra te oferecer, a minha vida é muito difícil e...

— Tudo que eu estou te pedindo agora é por seu amor, Mário. Só quero o seu amor. Claro, e que você seja meu noivo.

— Mas o que sua mãe e seu pai achariam disso?

— Minha mãe me ajudou a escolher as alianças e meu pai pagou por elas. Você não quer ser meu noivo, Mário? – A dúvida se estabelecera na expressão de Daniel.

— Não, Dani. Eu quero. Eu te amo, mas... – O sorriso que Daniel abriu naquele momento fez as dúvidas desaparecerem. Aquele sorriso era tudo que ele necessitava para mantê-lo forte contra todos os obstáculos da vida. Aquele era o sorriso pelo qual ele faria de tudo para manter sempre no rosto de Daniel. – Droga, Dani, eu te amo tanto. Sim, eu aceito ser noivo. – O beijo de comemoração foi doce e um tanto lascivo. Ambos sorriam e se abraçavam e se beijavam e sorriam e se beijavam.

Não muito longe dali, na residência dos Rivera, Cirilo e Maria Joaquina assistiam alguma coisa na Netflix enquanto comiam pipoca e alguns doces. Na verdade eles estavam pouco ligando para o que estava sendo exibido no televisor, eles se concentraram na comida e na conversa aleatória que estavam tendo. Maria reclamava do quão curto a cabeleireira tinha cortado seu cabelo, fato que o rapaz não tinha notado até aquele momento. Cirilo, por sua vez, falou empolgado da futura viagem que ambos iriam fazer para Toronto em duas semanas. Para o garoto era uma viagem de estudos, para expandir seus conhecimentos acadêmicos e culturais e aprimorar seu inglês. Para a garota era uma oportunidade para ficar longe de todas as outras garotas que ela achava que ficavam se oferecendo a seu namorado, além de uma oportunidade de ambos poderem ficar a sós longe dos olhos de outros. Certo que a mãe do Cirilo iria com eles, mas o casal conseguia leva-la no papo facilmente.

— Lilo, imagina o que a gente vai poder fazer! As oportunidades vão ser infinitas!

— O que você quer dizer com isso, Maria Joaquina? A gente vai para o Canadá para estudar. – Ele tentou parecer sério naquela afirmação.

Okay. Quero ver se você vai continuar com essa ideia quando eu te mostrar o que consegui comprar. So awesome! – Ela disse provocando.

— Só por curiosidade, o que você comprou? – Cirilo perguntou mirando a televisão sem muito interesse no que estava sendo exibido.

— Quer ver o que é? Eu trouxe. – A típica expressão lúbrica brotou no rosto da garota.

— Me mostra. – Ele duvidou. Ela levantou-se e foi até o banheiro. Voltou vestida com o roupão dele. – Mas esse ai é meu roupão. Minha mãe comprou, não você. – Sem dizer uma palavra, ela tirou o roupão e exibiu um lingerie cor-de-rosa. A expressão na face dela era ainda mais libidinosa. – Ai eu gostei. – Atirando o balde de pipoca já vazio para o lado e os doces ainda embalados para outro, o menino abriu espaço. – Vem aqui vem.

Desfilando devagar, Maria foi parar sentada sensualmente no colo do namorado. O beijo foi molhado e as línguas dançavam de uma boca a outra e se enrolavam e eram lascivas. Mãos percorriam corpos e adentravam terrenos prazerosos e em questão de minutos ambos já estavam desnudos ali mesmo naquele sofá enquanto Maria Joaquina quicava e gritava de prazer e Cirilo enlouquecia de volúpia ao entrar e sair da namorada sem mover um músculo sequer.


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Notas finais do capítulo

Gostaram, amorecos? Espero que sim! O que acharam? Deem-me suas impressões para que eu continue com o trabalho. Alguma sugestão? Se sim, é só deixar nos comentários. Sério, eu fico muito feliz por ter pessoas realmente lendo o que eu escrevo. Muito obrigado mesmo, gente! Amo vocês!!

Sei que demorei novamente pra postar, mas é que o processo criativo tá ficando cada vez mais complicado. Todavia... Vocês sabem que eu sempre tento compensar pelos atrasos, né? Então... vou liberar logo TRÊS capítulos de uma vez! Um atrás do outro! Então vamos lá! Comentem, favoritem, acompanhem e, claro, RECOMENDEM! Ajudar o trabalho do coleguinha não faz mal nenhum, seus lindos!

Sei que faço sempre pedidinhos, mas esse aqui é sério. Eu tenho outras fanfics aqui e preciso que vocês leiam. Claro, se for dentro da sua faixa etária. Deem uma olhadinha lá, sério. Por mim. por favorzinho, seus lindos! E não esqueçam de passar no meu tumblr. Beijinhos!

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