Ever Dream escrita por Christine


Capítulo 5
Capítulo 5




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Ron respirou fundo e perguntou-se, pela quinta vez naquele dia, o que diabos estava errado com Draco Malfoy.

"Draco..." – começou, paciente – "... eu não estou te evitando. Isso é paranóia. Pára com isso, por fav..."

"Babaca. Seu babaca mentiroso."

Qualquer pessoa que entrasse naquela sala provavelmente acharia que eles estavam tendo uma conversa tranqüila. Mas Ron já convivia há muito tempo com Draco para saber que quando os olhos cinzentos dele começassem a brilhar a ponto da pupila parecer se crispar, o mais prudente a se fazer era, sem dúvida, aparatar dali.

Mas, naquele dia em especial, ele estava determinado a não deixar que as coisas desandassem ao ponto em que tudo começasse a explodir.

"Draco" – começou de novo – "eu não estou te evitando na cama."

"Claro que está!" – rebateu o outro, praticamente soltando faíscas pelos olhos.

Ron olhou de soslaio para a lareira ao seu lado e ponderou se fugir correndo por ela seria muito humilhante.

"Nós não fazemos sexo há quase duas semanas! Duas semanas!" – exclamou Draco, parecendo um pouco desequilibrado com o cabelo despenteado e a aparência um pouco amassada de quem acabara de acordar de um cochilo – "Francamente, se você não estivesse com problemas com a minha aparência, é óbvio que não me evitaria tão descaradamente." – concluiu, desgostoso.

Ron deu um longo e pesado suspiro.

"O que você quer que eu diga, então? Que você está gordo como um erumpente?"

"Eu só quero que você diga a merda da verdade!"

Ron não respondeu imediatamente. Draco continuou no meio da sala, dizendo impropérios em voz baixa.

"Eu não acho que você está feio, só um pouco... ahn... hum... fofo." – tentou Ron, hesitante.

Draco não disse nada.

"Mas isso é bom" – continuou Ron, sentindo-se encorajado – "Mostra que o menino... ou a menina, não sei, está saudável aí dentro. Eu estaria preocupado se você não estivesse gordinho."

Parou de falar, esperando uma resposta, mas Draco não disse nada por algum tempo.

"Sabe, Ronald, às vezes, eu realmente odeio você." – respondeu, levantando os olhos do chão.

Ron deu um suspiro de alívio. Draco estava quase rindo, o que significava que nada ia explodir. Pelo menos, naquele momento.

"Por que você me odeia?" – perguntou ele enquanto puxava um relutante Draco Malfoy para um abraço.

"Porque você me deixou nesse estado, idiota." – ralhou Draco – "Por sua culpa, eu senti enjôos, tive tonturas, engordei e vou sofrer dores horríveis quando essa criança resolver vir ao mundo."

Ron começou a rir.

"Pare de ser dramático" – disse, enquanto tirava uma mecha de cabelo loiro da testa de Draco – "E pessimista" – acrescentou, pensativo.

Draco rolou os olhos para o teto.

"Se você estivesse no meu lugar, aposto que não diria isso."

"Talvez" – admitiu Ron – "Mas, se eu estivesse no seu lugar, eu seria um pouco mais otimista."

"Duvido."

"Claro que sim. Em primeiro lugar, eu teria certeza que as coisas dariam certo no final, por mais que parecesse que elas dariam completamente errado."

Draco deu uma risadinha descrente.

"Vocês, grifinórios, são mesmo positivos até a morte."

"E o que isso tem de errado?"

"Tudo." – afirmou Draco. – "Vocês não são realistas. Por isso tem esse complexo de herói romantizado e sempre se ferram no final."

Ron balançou a cabeça, conformado.

"Um sonserino cínico e um grifinório com complexo de herói. Que par harmonioso nós formamos."

Draco levantou as sobrancelhas.

"Não esqueça que foi você que propôs casamento para mim."

"Apenas porque eu não sabia o que me esperava" – zombou Ron, puxando Draco mais para perto e beijando-o antes que ele tivesse tempo de responder.


 

There's some things in this world

You just can't change

Some things you can't see

Until it gets too late… (1)

Uma música começou a chegar aos ouvidos de Ron, despertando-o. Era baixa, parecia estar tocando longe, mas foi o suficiente para arrancá-lo do sonho e jogá-lo de novo na realidade. E, pela primeira vez desde que os sonhos haviam começado, ele se sentiu mal por isso.

Virou-se na cama e olhou para o teto. A música parou de tocar de repente. Ron ponderou quem havia feito o som cessar.

Pelos passos no corredor e pela entrada de Draco no quarto alguns minutos depois, ele teve certeza que havia achado certo.

"Desculpe acordar você. O rádio está com defeito e, quando eu liguei, ele começou a tocar no volume máximo." – justificou-se quase sussurrando, sem olhar para o outro.

Ron sentou-se na cama e tentou encarar Draco, mas esse desviou o olhar.

"Escuta, eu... Draco!"

Sem esperar que Ron falasse, ele simplesmente dera as costas e saíra do quarto. Ron levantou quase correndo e foi atrás dele. Encontraram-se no meio da sala.

"Draco!"

"O que foi?" – perguntou ele, trêmulo e parecendo terrivelmente ansioso.

"Eu preciso falar com você."

"Nós não temos nada para falar."

Quando Draco desviou o olhar do dele pela terceira vez em menos de um minuto, Ron perdeu a paciência. Acabou com a distância que os separava em menos de quatro passos e puxou-o para si, segurando-o pelos braços.

"Não! Na verdade, nós temos muita coisa para falar!"

"Me larga, você está me machucando!"

"Primeiro, você vai me explicar algumas coisas, Draco."

O loiro estremeceu.

"Me solta" – pediu, com a voz mais fraca.

"Primeiro" – começou Ron, ignorando o pedido de Draco – "eu queria saber porque você fez aquilo."

Sentia-se um pouco mal de tratar Draco daquela forma, principalmente o outro estando naquela situação, mas sua paciência realmente já havia se esgotado.

"Aquilo o quê?"

"O beijo. Você me beijou e depois saiu correndo."

"Eu não sai correndo!" – exclamou Draco, indignado.

"Que seja. Você me beijou e depois ficou me ignorando. Parecia que você estava com medo de mim ou qualquer coisa assim."

"Você está louco" – afirmou Draco, mas não conseguiu evitar um estremecimento.

"Eu quero saber porque você agiu assim. Aliás, porque está agindo assim."

"Você está completamente..."

"Draco, por favor." – pediu Ron, já um pouco desesperado, afrouxando o aperto – "Me diz."

Silêncio. Draco parou de tentar se livrar, mas não disse nada. Ficou apenas respirando fundo várias vezes, como se quisesse recuperar o oxigênio perdido. Parecia verdadeiramente agoniado.

"Não foi nada. Na verdade, eu... eu apenas quis que as coisas não ficassem complicadas depois."

"Como assim?"

"Complicadas, oras." – disse Draco, nervoso – "Eu sei que você só correspondeu ao beijo porque estava confuso e, talvez, um pouco carente e não porque sentia alguma espécie de afeto por mim."

Ron ficou sem palavras por alguns instantes, estupefato.

"Você enlouqueceu?"

"Eu sei, você não precisa..."

"Você está completamente louco! De onde diabos você tirou que eu só deixei você me beijar porque estava confuso e carente?"

Draco começou a corar.

"Eu..."

"E de onde" – interrompeu-o Ron – "você tirou que eu não sinto nada por..."

"Você não sente" – disse Draco, elevando o tom de voz – "Eu sei que não."

Ron resolveu mudar de estratégia.

"Mas não importa que eu goste de você, não é? Você me disse, no dia em que eu acordei, que só nós casamos pelo bebê. Eu lembro disso, Draco. Aliás, eu perguntei duas vezes. E você disse que não. Então, porque você se importaria agora com esse negócio de afeição?"

Draco parecia mais pálido que nunca. Ron sorriu, satisfeito.

"Eu sei porque" – continuou ele – "Você mentiu. Eu sei que você mentiu desde que eu recordei o dia que eu descobri que você ia ter um bebê. Eu lembrei que disse que gostava de você." – fez uma pausa – "Você mentiu para mim, Draco, e eu quero saber porque."

Draco não falou nada. Apenas ficou lá, pálido e trêmulo, bem próximo de Ron.

"Me diz, por favor." – pediu Ron, soltando um dos braços dele e tirando alguns fios loiros grudados na testa, sentindo uma espécie de nostalgia ao fazer isso – "Fala alguma coisa. Faz alguma coisa, por Merlim."

Draco fez alguma coisa. Ergueu a cabeça, encarou Ron e o beijou. Não gentilmente como fizera no dia anterior, mas de uma forma muito mais faminta e urgente, que fez com que os lábios de Ron ficassem quase dormentes depois de alguns minutos. Era inebriante, envolvente, um emaranhado de sensações; quando deu por si já estava com as mãos debaixo da camisa de Draco e a meio caminho de tirá-la.

"Não, espera... eu... você..."

"Nós teremos todo o tempo do mundo para falar disso depois" – sussurrou Draco, puxando Ron novamente para si.

É claro que ele sabia que aquilo se tratava de uma pequena trapaça para evitar contar certas verdades, mas depois de alguns minutos, ele já havia decidido adiar aquele assunto para o dia seguinte. Depois de algum tempo, ele sequer se lembrava daquilo.


 

Fumaça e escuridão. Ron sequer sabia aonde estava indo. A todo instante tropeçava em tapetes, vasos e mesas viradas – sinais de habitação daquele lugar onde, há menos de meia hora, Comensais da Morte jantavam tranqüilamente antes de ter que sair correndo quando a Ordem invadiu o local.

Chegou a uma pequena sala que parecia estranhamente um pouco mais iluminada. Bastou olhar para o lado para entender porque: havia algumas janelas ali que, embora fossem um pouco escurecidas, deixavam passar um pouco de luz de dia e o luar à noite.

Ron andou um pouco para examinar o lugar. Aparentemente, era um depósito de coisas velhas. Do lado que estava, havia alguns livros com aparência suspeita, alguns praticamente destruídos pelo tempo. As coisas não pareciam estar organizadas por ordem alfabética ou algum tipo de lógica – varinhas quebradas ao meio estavam lado a lado com ovos de cobras flutuando em potes com um líquido vermelho que lembrava horrivelmente...

"Expelliarmus!"

Distraído, Ron não percebeu o vulto que entrara silenciosamente na sala. E que agora o desarmara, jogando sua varinha para um lado da sala e ele para outro, batendo dolorosamente contra um estante próxima a uma janela.

Tentou se levantar, mas suas costas machucadas pareciam não colaborar. Sentiu algo quente escorrer pela pele desprotegida do pescoço e parte das costas, e quase gritou de dor. Era como se estivesse em chamas.

"Caiu em cima da única estante que tinha poções perigosas" – uma voz riu, zombeteira – "Muito sortudo, Weasley."

Ron tentou mais uma vez se levantar, sem sucesso.

"Desista, Weasley. Você se ferrou mesmo."

Uma mão puxou-o repentinamente para cima e Ron pode ver perfeitamente o autor do feitiço.

Theodore Nott, perigosamente maior do que da última vez que Ron o vira, quase oito anos antes, sorria insolentemente para ele.

"Então, esses são os grandes combatentes da Ordem da Fênix?" – Sua risada aumentou de tom – "Agora, consigo entender como até hoje sequer chegaram perto do Lord. Nocauteado por um simples Expelliarmus... Weasley, você deveria ter vergonha."

Ron não conseguiu pensar em nada digno para responder. Nott pressionou a varinha contra a sua têmpora.

"O que aconteceu? Tão calado..." – Deu um muxoxo de desaprovação – "Eu queria tanto conversar. Saber as novidades."

"Vá se foder, Nott!"

O sorriso debochado dele aumentou mais ainda.

"Então, vejamos... como vai aquele bastardo traidor com o qual você se casou?"

"Não te interessa" – respondeu Ron, sentindo seu sangue ferver.

"Ah, me interessa. Muito, aliás. Me surpreendeu o casamento de vocês, no início. Mas depois que me contaram que ele estava com uma barriga considerável no dia da cerimônia... Eu entendi." – Pressionou a varinha com mais força contra a têmpora de Ron, sem desviar o olhar – "Me diga, ele se ofereceu muito para você?"

Ron não respondeu nada, mas seu rosto estava cada vez mais vermelho.

"Para mim, ele se ofereceu" – continuou Nott, ignorando os sinais óbvios do ódio de Ron – "Muito. Ele já contou para você sobre as nossas brincadeiras? Aposto que não. Não se conta uma coisa dessas para o marid..."

Ron não agüentou mais de raiva e investiu insensatamente contra Nott. Sendo que o Comensal estava com a varinha e em perfeita forma física, e Ron estava sem varinha e consideravelmente machucado, o pequeno combate durou menos de um segundo. Ron viu estrelas de dor quando sua cabeça bateu fortemente contra a parede.

"Weasley, Weasley..." – comentou Nott tentando parecer despreocupado, mas os olhos brilhando de ira – "Isso não é algo que se faça. Mas, pensando bem..." – comentou, olhando interessado para a janela – "... acho que você me deu uma idéia interessante."

Com apenas um feitiço, Nott fez a janela se estilhaçar. Um caco de vidro passou rente à bochecha de Ron, arranhando-o. Se Nott se machucou, pareceu não sentir.

Segundos depois, Ron sentiu o ar anormalmente frio da noite quando Nott empurrou parte do seu corpo para fora da janela. Os pedaços de vidro que ainda estavam na parte de baixo da janela machucavam seu corpo. Quando uma rajada um pouco mais forte de vento brincou sadicamente com seus cabelos, Ron sentiu uma palpável sensação de pavor.

O tempo todo ele sentira raiva; o medo parecia ter se escondido só para reaparecer naquela hora, com toda a sua força e extensão. A despeito do frio, Ron gelou dos pés a cabeça.

"Então, Weasley, aqui estamos." – comentou Nott, parecendo se divertir com a situação.

Suas costas estalaram quando Nott endireitou seu corpo repentinamente, de forma a encará-lo melhor. Seus narizes quase se encostavam agora.

"Sabe o que tem lá em embaixo, Weasley?" – perguntou Nott. Como Ron não falasse nada, ele mesmo respondeu – "Um pequeno jardim. Confesso a você que achei uma completa babaquice quando Pansy o fez, mas agora ele será incrivelmente útil. Ela ama bromélias e fez questão de plantá-las aos montes pelo jardim. E você sabe qual é a parte interessante disso? As bromélias têm espinhos. Muitos espinhos."

Ron sentiu o sangue das feridas começar a escorrer pelas suas costas.

"Acho que a queda daqui até o jardim é de uns... vejamos... sete ou oito metros. Você já estaria todo quebrado se fosse apenas isso, mas contando que você já está machucado pelo nosso pequeno duelo e... bem, acho que o fato de você ter se chocado contra várias poções com efeitos dolorosos e algumas possivelmente anticicatrizantes... acho que você está bem ferrado."

Nott sorriu mais um pouco após seu pequeno discurso. Empurrou Ron alguns centímetros para fora da janela. O ritmo cardíaco do ruivo se acelerou, em pânico.

"E o mais divertido" – concluiu ele, com um inconfundível brilho de satisfação nos olhos – "é que, quando eu encontrar seu esposo, eu vou contar tudo para ele. Até como você estava absolutamente apavorado quando morreu dessa forma tão... trouxa."

E empurrou.

As pernas de Ron perderam seu parco ponto de equilíbrio e ele caiu, começando sua queda em direção ao chão. Em meio ao pânico, os poucos sons que chegavam aos seus ouvidos pareciam muito distantes.

Em um determinado momento, ele ouviu um grito alto e então a velocidade da queda começou a diminuir. Mas não o suficiente para impedir o choque.

Sentiu quando bateu em uma vegetação. Os espinhos se enterraram na sua carne. Ele teria gritado se não estivesse tão fraco.

A inconsciência, um redemoinho negro de escuridão e silêncio, não pôde ser mais bem-vinda.


 

"Ronald!"

Ron abriu os olhos, sobressaltado, e encarou o rosto preocupado de Draco pouco acima do seu.

"Eu... o quê?"

"Você estava murmurando umas coisas estranhas e se mexendo muito. Eu pensei que você estivesse tendo um pesadelo e resolvi te acordar." – explicou, um pouco vermelho.

Ron assentiu com a cabeça.

"Eu sonhei com a noite que Nott me jogou pela janela." – Ele crispou os punhos involuntariamente, cheio de raiva – "Desgraçado filho de uma..."

"Então, foi o Nott?"

"Foi" – confirmou Ron sentando-se na cama, a mente já explorando mil possibilidades de matar dolorosamente o Comensal. Algo lhe fez parar bruscamente os pensamentos - a constatação que ele estava praticamente despido, com exceção apenas da roupa de baixo.

De repente, todas as lembranças da noite anterior, suprimidas momentaneamente pelas do pesadelo, voltaram a sua mente. Não conseguiu evitar corar um pouco.

Virou-se para Draco só para constatar que ele se encontrava completamente vestido, e com um ar saudável de alguém que tivera uma excelente noite de sono.

"Você sempre fazia isso?"

Draco sorriu com um ar inocente.

"Isso o quê?"

"Me seduzir para não contar a verdade para mim."

"Eu tentava, mas infelizmente você sempre se lembrava de perguntar de novo depois do sexo" – disse Draco com seu melhor ar sarcástico.

"Não funcionou de novo." – informou-lhe Ron – "Diga."

Draco deitou-se de novo na cama, suspirando pesadamente.

"Eu não posso contar."

"Claro que pode."

"Não posso."

"Pode."

"Na verdade, eu gostaria que você soubesse sozinho."

A última frase pegou Ron de surpresa.

"Como?" – perguntou, certo de que ouvira errado.

"Você enten... ah, droga." – Draco sentou-se e colocou as mãos na barriga, pressionando-a com força.

Alarmado, Ron se aproximou.

"O que foi?"

Draco continuou a pressionar a barriga, agora com a parte de cima do pijama levantada. Subitamente, fez uma careta estranha, como se as feições tivessem sido costuradas com uma espécie de linha invisível e soltou uma exclamação aguda de dor.

Foi quando Ron viu a barriga se contrair e endurecer, e algo se mover lá dentro.

Foi completamente incapaz de respirar durante alguns segundos, desnorteado. Apenas quando Draco o chamou, a voz anormalmente baixa e calma, ele pareceu voltar ao estado normal.

"Ronald?"

"Draco, o que está acont...?"

"Eu acho que o bebê está querendo nascer" – disse ele bem devagar, como se não quisesse deixar qualquer dúvida.

"Nascer... o bebê vai..."

"Sair de dentro de mim, Ron!" – ralhou Draco, irritado, se movendo de um lado para o outro para tentar aliviar a dor.

Ron abriu e fechou a boca várias vezes, mas nenhum som saiu da sua boca.

"Escuta" – disse ele, puxando Ron por um braço – "eu preciso de ajuda agora, senão essa criança vai acabar me matando, entendeu!"

"Entendi, mas... mas..." – olhou para baixo e teve um súbito acesso de pânico – "Eu estou quase sem roupa!"

"ENTÃO, ACHE UMA MALDITA ROUPA!"

Ron saiu aos tropeços da cama e começou a colocar a primeira coisa que viu pela frente no armário.

Draco se deixou cair na cama e gemeu de dor quando o bebê deu um chute mais forte bem nas suas costelas.

Algo lhe dizia que esse era apenas o começo de um dia muito longo.


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Notas finais do capítulo

(1) Trecho de Bright Lights, do Matchbox Twenty.



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