Pov Margarida

–MEU DEUS, ALGUEM LIGA ESSE AR CONDICIONADO! Gritou Bibi lá atrás.

–Já está no máximo. Disse Helena

–Quando eu encontrar eles, vou dar uma surra em todos. Disse Jaime

–Eu ajudo. Disse Jorge

–Eai Davi, a Valeria ta pesada? Perguntou koki

Os dois coraram instantaneamente.

–-Um pouquinho. Disse o menino sem graça.

–O QUE? Gritou a menina

–Brincadeira. Sorriu o menino com um pouco de medo.

–Por que ao invés de vocês reclamarem, vocês não ficam olhando a janela pra ver se não acham seus irmãos ou o meu carro. Disse meu pai

–Meio difícil se mexer aqui. Eu disse

–Façam um esforço. Disse Helena

Olhei pela janela e comecei a pensar, onde eles estariam agora?

Pov MaJo

Eu e Daniel estávamos em um profundo silencio.

–Tenho que admitir, estou ficando preocupada com eles. Eu disse

–Eu também, foi loucura ir sozinhos.

–Loucura da sua irmã.

–Da pra parar de falar mal dela?

–Okay não ta mais aqui quem falou. Eu disse fazendo sinal de rendição.

Seguimos em silencio.

–Aquilo que você falou, é verdade? Perguntei

–O que?

–Sobre eu ser bonita.

–Por que eu mentiria? Ele perguntou.

Paramos de andar, e ele foi chegando mais perto do meu rosto, ele colocou suas mãos na minha cintura, eu já podia sentir a respiração dele, quando ouço alguém gritar atrás de mim.

–ACHEI ELES!

Um carro parou do nosso lado, e de imediato o reconheci, era o carro da minha mãe, vi ela e Rene descendo do carro, e depois vi os outros descendo, saiu tanta gente, que parecia um carro de circo.

–EU VOU MATAR VOCES. Gritou Jaime

–Mais tarde, onde estão os outros? Perguntou Helena

–Não sabemos, nos separamos de Mario e Marcelina para procurar Paulo e alicia. Explicou Daniel.

–Ótimo, e agora? Perguntou Margarida

–Espera gente, acabei de receber uma mensagem da Marce, eles estão no hospital da cidade com a Alicia e o Paulo. Disse Davi.

–Então é isso ai pro carro todo mundo. Disse Rene.

–O QUE? ELES DOIS TAMBEM? NÃO CABE! Gritou Valeria desesperada.

–Se virem, vamos logo. Disse minha mãe.

Entramos todos no carro, eu e o Daniel tivemos que ir sentado no chão do carro, pois não tinha espaço algum, e ainda tivemos que aturar todos reclamando, mas por incrível que pareça eu não reclamei, so conseguia pensar no meu quase beijo com o Daniel.

Pov Paulo

–Por que demoram tanto? Peguntei

Eu, Marce e Mario estávamos sentados na sala de espera do hospital, esperando noticias da Ally.

–Tenha paciência Paulo, já vão dar notícias. Disse Marce

–Só pra lembrar que a culpa disso tudo é sua. Disse Mario olhando para mim.

–MINHA? O que eu fiz? Perguntei

–Ao invés de ter dito pra ela deixar de birra e ir com todos nós, você incentivou ela a ir com você ainda.

–Se eu disse pra ela não ir, acha que ela teria me dado atenção? Perguntei

Ele ficou em silencio, era impressionante, tudo que acontecia de ruim com a Alicia e com a família dele era culpa minha.

De repente a porta de entrada do hospital se abriu e vi minha mae, Rene e todos os outros entrando.

–EU VOU MATAR VOCES. Gritou Jaime.

–EU TAMBEM. Gritou Jorge.

–Bom ver vocês também. Falei ironicamente.

MaJo e Daniel vieram ao nosso encontro e nos abraçamos.

–Quando chegarmos em casa vocês 5 mais a Alicia vão ficar de castigo pro resto da vida de vocês. Disse Rene

Nós olhamos um pouco desesperados, mas por sorte o médico chegou.

–A Família de Alicia, por favor.

Todos ficamos de pé e olhamos pro médico.

Ele pareceu se assustar com a quantidade de gente, mas não disse nada.

–Bom ela está bem, so teve um resfriado e desmaiou por conta do cansaço.

–E ela já pode ir pra casa? Perguntou Helena.

–Já sim, mas ela pediu pra falar com alguém antes.

Mario já deu um passo à frente, obvio que ela iria querer falar com o irmão preferido.

–Quem de vocês é o Paulo? Perguntou o medico

O queixo de Mario caiu, vi que Daniel deu uma risada.

–Sou eu. Disse e acompanhei o médico, porem antes passei por Mario e disse:

–Eu aviso que você mandou oi. Ele ficou vermelho de raiva com isso.

Fui com medico até o quarto que alicia estava, quando cheguei lá, ela estava sentada na cama e me parecia bem, o médico saiu da sala deixando-nos sozinhos.

Eu me aproximei dela e perguntei:

–Como está?

–Melhor.

–Tem certeza, você ta meio pálida.

Ela sorriu

–Tenho, bem eu queria agradecer, por sabe... cuidar de mim.

–Você sabe que eu faria muito mais por você. Aquela frase saiu sem pensar.

Ela sorriu novamente.

–Sabe Paulo, eu tava pensando e não vale a pena a gente brigar depois de tudo isso que a gente passou, então acho que a gente podia... sabe... ser amigos.

Amigos? Pensei

Não queria ser só um amigo, eu não queria admitir mas eu estava apaixonado por essa menina.

–Só amigos? Falei novamente sem pensar.

–Como assim? Ela perguntou

–Nada deixa pra lá. Eu respondi desanimado.

–Vamos o médico já te deu alta, está todo mundo te esperando lá fora. Eu disse

Ela se levantou e fomos encontrar os outros.

.......

Depois de uma longa viagem já estávamos de volta em casa, fui para o meu quarto e quando eu cheguei o Mario já estava lá.

–Finalmente em casa. Eu disse me jogando na cama.

Ele apenas me encarou com um olhar de raiva e voltou a arrumar as coisas.

–Então…. Você não ta bravo pôr a Ally ter me escolhido pra falar com ela ne?

–Isso não te interessa.

–Ah bom... mas não pense que eu vou deixar barato o fato de você ter falado pra ela que eu falo dormindo.

–Como se eu tivesse medo de você. Ele respondeu

–Mas só pra você saber, enquanto quando a gente passou a noite na rua, ela falou o seu nome enquanto dormia. Eu disse

Obviamente que eu não contei o fato dela ter falado o meu nome duas vezes, não queria dar mais uma razão pra ele ter ciúmes.

–Serio? Ele perguntou sorrindo

–Serio. Eu respondi

Pov Carmem

–Que acampamento hein. Falou Valeria

–Nem me fale, não sei o que foi pior, Paulo e Alicia perdidos ou todos amontoados em um carro. Eu disse

–O pior foi eu ter assumido o meu namoro com o Jorge e terem me proibido de ficar com ele. Disse Margarida.

–Eu que não acredito que você tava namorando e não contou pra sua própria irmã. Disse Valeria.

–Meu pai nunca vai aceitar isso. Disse Margarida triste.

–Se você quiser eu posso falar pra minha mãe convence-lo. Eu disse

Elas me olharam incrédulas.

–Serio mesmo? Achei que não gostasse da gente. Disse Valeria.

–So acho que não vale a pena viver brigando, nossos pais casaram e não tem mais nada que a gente possa fazer a não ser tentar se dar bem. Eu disse

–Tem razão, obrigada por me ajudar. Disse Margarida sorrindo.

Pois é quem sabe esse não era o começo de uma bela amizade.

Pov Alicia

Estava terminando de arrumar as coisas quando Kokimoto entra no quarto.

–Meninas, a mamãe e o Rene querem falar com vocês 3 lá em baixo.

–Só nós 3?

–Não, também com o Mario, Daniel e Paulo.

Engolimos em seco, isso não era nada bom.

–Já estamos indo. Disse Marce

Nos três descemos as escadas, os dois estavam na cozinha junto com os meninos.

–Bom já que estão todos aqui, podemos começar. Disse Helena.

Pov Margarida

Estava conversando com as meninas, quando Jaime entra correndo.

–Vocês não sabem, papai e Helena estão conversando com Paulo, Daniel, Mario, Ally Marce e MaJo, parece que a coisa é séria.

–Então vamos lá ver. Eu disse

Quando descemos, encontramos o resto do pessoal amontoado na porta tentando escutar a conversa.

–Alguém ta ouvindo alguma coisa? Perguntou Davi.

–Não dá pra escutar nada. Disse Jorge.

–Calem a boca, não dá pra ouvir. Disse Bibi

–Silencio, se não vão descobrir a gente cacete. Disse Adriano irritado.

–Cheguem pro lado que eu também quero ouvir. Disse Valeria.

–Não da, eu já to encolhida aqui. Eu disse

–Calem a boca. Disse Koki

E todos ficaram em silencio tentando ouvir a conversa.

Pov Ally

–Então, por que chamaram a gente aqui? Perguntei

–Você ainda pergunta? Além de andarem perdidos por ai, roubam o meu carro e você ainda vai parar no hospital. Meu pai disse

–Não foi nada demais. Eu disse

–Chega vocês são alguns dos mais velhos da casa, deveriam dar exemplo. Disse Helena.

–Desculpa, isso não vai se repetir. Disse Daniel

Meu pai apenas o olhou e disse:

–Não mesmo, a partir de agora as coisas vão mudar...