Pov Ally

–Como assim mudar? Perguntou Marcelina preocupada.

–Bom, Primeiramente, vocês estão de castigo por tempo indeterminado, sem festas, shows, saídas, sem nada, apenas vão ficar em casa, e quando as aulas voltarem vai ser da escola pra casa. Disse Helena

–Querem matar a gente de tedio? Perguntou Marcelina indignada

–Não se preocupem, obviamente não vamos deixar vocês sem fazer nada. Disse Rene.

–Então, o que vamos fazer? Perguntou Mario

–Simples, vão fazer as terefas da casa, lavar a roupa, limpar os moveis, arrumar os quartos e etc. Disse Helena sorrindo

–Mas pra isso temos empregada. Disse MaJo

–Demos férias pra ela. Disse Rene

–Ótimo, se isso é tudo, eu estou indo pro meu quarto. Disse Paulo se levantando.

–Tem mais. Disse Rene

–MAIS? Perguntamos em coro

–Sim, vocês a partir de agora irão fazer trabalho voluntario. Disse Helena

–Só pode ser piada. Eu disse

–Não é piada, cada um de vocês vai trabalhar em um lugar, Mario ira para uma ONG de animais, Alicia vai trabalhar em um orfanato, MaJo em um azilo de idosos, Daniel em uma instituição do meio ambiente, Paulo ira para uma instituição de crianças com Câncer e Marcelina para uma creche. Disse Helena sorrindo

–Até que não é tão ruim. Disse Mario

–Diga por você, eu fiquei com o pior. Disse MaJo

–E isso vai até quando? Perguntei

–Já disse, tempo indeterminado. Disse Rene.

Todos começamos a reclamar imediatamente.

–SILENCIO! Deviam agradecer, por Helena ter me convencido a não mandar todos para a escola militar. Disse Rene.

–Eu não me surpreenderia. Eu disse

Meu pai apenas me encarou com um olhar severo.

–Bom vocês começam amanhã, podem ir. Disse Helena.

Escutamos alguns passos fortes, com certeza era nossos irmãos que estavam ouvido a conversa e agora saíram correndo.

Subimos para o quarto de Mario e Paulo.

–Isso é um absurdo, como eles podem fazer isso com a gente? Perguntava MaJo

–Poderia ser pior. Disse Daniel

–Acho difícil. Disse Paulo.

Me deitei na cama de Mario e suspirei, estava exausta, e sabia que amanhã e os próximos dias seriam bem longos.

Pov Paulo

Ficar sem sair? Limpar a casa? Trabalho voluntario? Eles estão loucos de acharem que eu vou fazer isso.

–Vocês pensam muito pequeno. Eu disse

–Como assim? Perguntou Mario

–Fácil, vamos fugir de casa, uma hora eles vão ver que estão errados e ai voltamos. Eu disse como se fosse obvio.

Alicia que estava deitada me encarou como se eu fosse louco.

–Você tem problemas, é logico que não vamos fugir isso é loucura. Disse Daniel.

–Ninguém é obrigado a ir, eu vou, os espertos que me acompanhem. Eu disse

–Até que não é uma ideia ruim? Disse MaJo

–Raciocinem, se fugirmos vai ser pior, nossos pais vão nos achar e quando isso acontecer o nosso castigo vai ser mil vezes pior. Disse Daniel

–São uns bobos mesmo, preferem viver como escravos por tempo indeterminado do que ser livres. Eu disse

–Paulo, vamos fugir e vamos pra onde? Pra rua de novo? Sem dinheiro sem nada, esquece, alguém pode se machucar seriamente e eu não to afim de visitar um hospital de novo. Disse Alicia me olhando.

Ela tinha razão, não podia correr o risco de ver alguém machucado ou algo do tipo.

–Tudo bem, então o que faremos? Perguntei

–Aceitamos. Disse Mario

–Assim? Fácil? Perguntou MaJo

–Podemos fazer uma greve. Sugeriu Marce.

–Aceitamos e pronto, não pode ser tão difícil assim. Disse Daniel.

Todos começaram a discutir o que fazer, pude ver que a Alicia estava bastante calada, pelo visto estava dormindo na cama de Mario.

Me aproximei dela e fiquei a encarando, como uma pessoa podia ser tão linda dormindo? Acariciei o seu cabelo e sorri um pouco. Como alguém pode conseguir dormir no meio de uma discussão?

–Posso saber o que você está fazendo? Perguntou Mario atrás de mim.

Quando virei para trás vi que todos estavam me encarando, Marcelina sorria um pouco.

–Eu... vim ver..... é.. se ela estava dormindo. Eu disse.

Mario continuava me encarando com uma certa raiva.

–Bom então está decidido, vamos deixar as coisas assim mesmo, afinal não podemos fazer nada. Disse Daniel.

A porta se abriu com tudo, fazendo um barulho tão alto que Alicia acordou, assim vimos Jorge entrando.

–Então, como foi lá? Perguntou ele.

–Vai me dizer que não escutou atrás da porta. Disse Mario.

–Bem... mais ou menos, não deu pra ouvir muito bem. Disse ele com cara de inocente.

De repente Valeria entra gritando no quarto.

–GENTE! OLHA O QUE CHEGOU!! Gritou ela.

–O que, pirralha? Perguntou Mario

Valeria mostrou a língua e continuou.

–Sabe aquela festa que tem todo ano aqui na cidade?

–Aquela que só entra gente de 15 a 19 anos? Perguntou Daniel

–SIM! Então vai acontecer amanhã, as nove horas, e esse ano eu tenho idade pra entrar. Disse ela fazendo uma dança estranha.

–Nossa, essas festas são demais, preciso de uma roupa nova. Disse MaJo.

–Não precisa não, estamos de castigo, esqueceu? Perguntou alicia.

–Eu não vou perder a maior festa da cidade, por causa de um simples castigo. Eu disse.

–O que pretende fazer? Perguntou Daniel.

–Simples, eu tenho uma ideia...