Todo Bom Romance Começa no Porão escrita por Juno


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá amorecos



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POV Bianca

Eu fiquei esperando no aeroporto por um bom tempo. Mas tudo bem, valeria a pena. Fazia tanto tempo que eu não via o meu Nico. Eu ainda me lembrava daquela musiquinha que eu cantava quando dele não conseguia dormir. A saudade e a ansiedade corroíam meu peito.

Tá bom, tudo estava ótimo, até que um cara estranho, alto, começou a me observar. Fui no banheiro, comprei uma revista, comi um lanche, e o cara não tirava os olhos de mim. Então eu fui até ele.

“Com licença, moço, tem algum problema comigo?” eu perguntei, cruzando os braços e empinando o nariz, tentando impor algum respeito, mesmo que o topo da minha cabeça só batesse no peito dele.

“Na verdade, acho que vou ter que chamar os seguranças.”

Eu entrei em desepero. "Ai meu Deus, o que eu fiz? Por que esse cara vai chamar a segurança?" pensei.

“P-por que?” gaguejei.

“Porque você tá roubando o brilho de todo mundo, gata.” Ele respondeu,

Não pude resistir e explodi em risadas. Quer dizer, ele só podia estar brincando, né? Chegaram a escorrer lágrimas de tanto que eu ri, juro.

“Qual é, linda, eu surfo!” ele disse, e segurou meu pulso.

Uou, uou. Ele não estava brincando. Tentei puxar meu braço, mas ele não soltava. Comecei a ficar assustada

“Bom pra você que você surfa, agora me larga e vai embora!” eu praticamente gritei, com um pouco de medo

“Ah, isso eu não faço, broto.”, ele falou, segurando meu pulso com mais firmeza, percebendo que eu tentava cada vez mais me soltar.

“ME SOLTA! EU VOU CHAMAR OS SEGURANÇAS!” dessa vez, realmente gritei.

“Puta que pariu, garota mais fresca, garota dodóizinha!” ele finalmente me largou e se afastou de mim, enquanto eu esfregava meu pulso, ainda assustada.

Depois do episódio mais assustador e bizarro da minha semana, chamaram meu voo, e eu andei até o portão designado. Subi no avião, e me espremi entre os assentos, até achar o meu. Após a decolagem, peguei o cobertor do avião e comecei a me ajeitar. Graças a Deus, ninguém tinha comprado o lugar ao lado do meu, e eu pude deitar nos dois assentos. Fechei os olhos e dormi.

[...]

“Atenção, senhores e senhoras, coloquem os cintos, por gentileza. O avião pousará daqui a doze minutos.”

Acordei um pouco exaltada, por conta da voz alta na minha cabeça, e só então me lembrei que eu estava chegando em NY. Tão perto do Nico, mas ainda tão longe! Mas eu controlei minha ansiosidade, sabia que, naquele momento, faltava pouco para eu apertar as bochechas do meu irmão.

“Srta., você precisa colocar o cinto de segurança.” me avisou uma das aeromoças.

“Oh, desculpe.” eu disse enquanto arrumava o cinto. Tirei um espelhinho da minha bagagem de mão e dei uma ajeitada nos meus cabelos.

Então, o avião começou a descer. Segurei-me no assento e empurrei meu corpo contra o encosto da poltrona, tentando me manter imóvel, e já tendo náuseas. Então, ele deslizou levemente até o final da pista e parou. Foi anunciada a chegada e, depois de alguns minutos, a escada já tinha sido colocada. Agarrei minha bagagem de mão e desci até o solo.

Enquanto o calor da Califórnia era absurdo, ali eu vi até pessoas de casaco, embora fosse um exagero. Me senti novamente em casa. Além de ter saudades de Nico, também tinha saudades do clima ameno daquela região, das noites frias, de observar as minhas bochechas coradas pelo frio do final de, de andar pelas ruas parecendo um monte de casacos ambulantes. Eu amava a Califórnia, mas, as vezes, me sentia sufocada pelo calor de lá.

Peguei minha mala na esteira e passei pelos detectores de metal. Nada aconteceu. Fui até a rua e chamei um taxi, e dei o endereço do apartamento de Nico e Percy ao motorista.

Quando o taxista deu partida, meu celular tocou. Conferi o visor, era Nico.

“Bia… Eu esqueci de avisar. Nós estamos na casa da Annabeth.”

“E qual é o endereço dessa guria, Nicolas?” perguntei, um pouco irritada.

“Niquito… Quem é no telefone?” estranhei a voz feminina no fundo, mas antes de eu tirar satisfação, Nico respondeu a voz.

“Lolie, é a minha irmã, a Bianca!”

“Quem é Lolie, Nico? broqueei.

“Depois eu te explico, Bianca. O importante agora é o endereço.”

Ele me passou o endereço e eu o ditei para o taxista, que mudou de rota. Então Nico desligou.

POV Nico

Eu terminei a chamada e então todos calaram a boca.

“E aí? A Bianca tá chegando?” O Percy perguntou.

“Ta vindo pra cá.”

“É… Thalia, será que você pode buscar meus patins no porão? Eles são roxos com… Bolinhas verdes!” Annabeth disse para Thalia, que fez uma cara meio estranha, mas atendeu o pedido.

“Calma, Tha, eu vou com você!” Piper disse, e correu atrás dela em direção ao porão.

“Pipes, eu sei o que são patins. Posso ir sozinha.” escutamos Thalia reclamar.

“Mas a porta do porão emperra as vezes…” Piper falou, com uma leve tensão na voz.

“E como você sabe?”

“Annie comentou hoje mais cedo” Piper respondeu, parecendo meio desesperada com o interrogatório.

Então as duas se calaram. Depois de alguns minutos, com todos comentando sobre Bianca, escutei um barulhão e Piper correu até a sala.

“Nico, eu soltei a porta sem querer e ela emperrou… Me ajuda!”

“Tem que ser eu?” respondi, desanimado.

Ela só rolou os olhos e me agarrou pela camiseta.

Quando chegamos lá, me agachei e notei que a porta só estava trancada. Destranquei e me inclinei em direção ao interior do porão.

“Pipes, a porta só estava trancada. Foi você que trancou?”

“Nico, saí dai! A Piper…” Mas, infelizmente, Thalia não conseguiu concluir a frase, pois Piper me empurrou e eu caí para dentro do porão, em cima de Thalia.

Escutei mais um estrondo. Piper tinha fechado novamente a porta.

Tentei abri-la de todas as formas. Esmurrei, tentei destrancar com um grampo que estava no chão, e Thalia só ficou sentada no canto, observando meu esforço.

“Sério isso? Você só vai ficar sentada aí, olhando?” perguntei, já puto da vida.

“Caraca, Nico, será que você ainda não percebeu que não vai conseguir abrir?” então ela começou a gritar por ajuda. Eu já estava meio desesperado, então me juntei a ela, mesmo sabendo que não ia adiantar nada.

Depois de uns dez minutos que estávamos gritando, escutei uma voz diferente.

“Thalia, cala a boca. Acho que a Bianca chegou.”

Paramos de gritar e prestamos atenção. Era Bianca, com certeza. Estava conversando com os outros.

“Bianca, aqui, no porão! Socorro! Esses loucos trancaram a gente aqui! Me ajuda, pelo amor de Deus!” gritei.

Escutei passos acima de nós, e então… Clic. A porta se abriu suavemente, o rosto da minha irmã numa expressão bem conhecida por mim, que significava “O que diabos está acontecendo?”.

“Bianca, graças a Deus, que bom que você chegou.”

Mas ela bateu a porta na nossa cara e trancou de novo.

“Cara, qual o seu problema? Bianca, abre o raio de porta!”

“Desculpe, irmãozinho, mas me contaram que duas pessoas andam brigando demais... Acho que vocês precisam de algumas horas de convivência forçada! Não fique bravo, isso é para o seu próprio bem.” ela disse, com a voz abafada pela porta e afastou-se do porão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amores, me dêem sugestões para os próximos capítulos, ainda não tenho eles prontos, estou escrevendo. Então digam aí, o que gostariam que acontecesse e tal :P Beijinhos :*



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