Todo Bom Romance Começa no Porão escrita por Juno


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Então, honeys, eu tenho umas leitoras novas e pá, e fiquei super feliz com os comentários e boom, já escrevi outro cap. e estou postando pra vocês :D Então já sabem, né? Quanto mais comentários, mas rápido posto, pq fico mais inspirada e tal ;)



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POV Thalia

"Tá, e o que a gente faz agora?" Nico disse, enquanto deslizava as costas pela parede e se sentou ao meu lado, no chão de madeira frio do porão.

"Cê ta com o seu celular aí?" perguntei. "Eu deixei o meu no quarto quando desci..."

"Não acredito que não pensei nisso antes. Tô sim, espera aí" ele respondeu, enquanto vasculhava os bolsos.

Uma expressão de confusão se formou no seu rosto. Uma pequena ruga se formou entre suas sobrancelhas, tornando sua face ainda mais adorável. Eu estava me esforçando para manter esse tipo de pensamento sobre Nico longe, mas era difícil, com ele sendo tão lindinho.

"Que merda. Acho que deixei meu celular na sala depois que terminei de falar com Bianca." ele falou. "Vamos ficar aqui até apodrecermos."

Ele colocou a cabeça entre os joelhos e soltou o ar pela boca, frustrado. Poxa, era mesmo tão ruim ficar trancado junto comigo?

"Quer fazer alguma coisa? Sabe, pra gente não morrer de tédio e tal?" eu sugeri.

"Pode ser... quer jogar um jogo?" ele respondeu, tirando a cabeça de entre as pernas e olhando para mim.

"Claro." eu disse, levemente animada. "Que tal um jogo de perguntas?"

"Ok, eu começo." ele falou, enquanto uma sombra de malícia se mostrando em seu sorriso, me deixando apreensiva. "Você está gostando de alguém no momento, Grace?"

Senti minhas bochechas esquentarem. Não pude acreditar que Nico DiAngelo estava realmente interessado em minha vida amorosa.

"Não." menti.

Nico levantou uma sobrancelha, como se ele não tivesse convencido da minha resposta, mas não disse nada.

"Minha vez." eu falei. "Você e Lolie já... Você sabe, já chegaram... Terceira base?" me enrolei nas palavras.

Ele riu, mostrando covinhas lindas. O que sou eu? O QUE SOU EU?, eu gritava internamente, para mim mesma. Desde quando eu notava covinhas, sorriso, o modo como os cabelos de Nico caiam desorganizadamente por sua testa dando-lhe um ar infantil e doce ao mesmo tempo... Thalia Grace, se controla, criatura!, eu disse para mim mesma.

Ele tirou a camiseta, me deixando confusa e um pouco perdida nos poucos mas definidos músculos de seu peito.

"Escorreu uma babinha ali, Grace." ele caçoou, apontando para o canto da minha boca, e eu corei de vergonha. Ele riu do meu embaraço, e eu taquei um ursinho de pelúcia que estava jogado no chão nele.

"Por que você tirou a blusa, criatura?" perguntei, forçando um tom irritado em minha voz.

"Não quero responder a pergunta ué. Não quer responder, tira uma peça, simples."

"Eu nunca concordei com essa regra." ele deu de ombros, e então eu entendi. "AI. MEU. DEUS. Você e Lolie nunca..."

"Ei, ei, eu nunca disse isso." ele me cortou, meio nervoso. "Agora fica quieta que é a minha vez."

Eu cruzei os braços, um pouco emburrada por ele não ter me respondido, mas satisfeita pela visão de seu peito levemente definido.

"Manda" falei.

"Tá. Com quem foi seu primeiro beijo?" perguntou, arqueando uma sobrancelha.

"Luke", respondi na lata.

"Eu sempre soube, vocês eram muito grudadinhos mesmo, pro meu gosto."

"E desde quando o seu gosto importa, DiAngelo?" eu disse, levemente irritada, e ele ficou em silêncio.

"Cansei dessa brincadeira" ele comentou depois de um tempo, e nós paramos de jogar. Eu fiquei um pouco frustrada. Eu ainda tinha um monte de perguntas pra fazer.

Ele se deitou no chão de madeira. Nós ficamos em um silencio desconfortável. Eu comecei a fuçar nas caixas de papelão que estavam ali. Estávamos ambos quietos, até que eu soltei um arquejo.

"Nico, vem aqui ver isso! Um toca-discos antigo!" ele se levantou e se arrastou até mim. Nós dois ficamos ajoelhados lado a lado, calados, admirando aquela beleza. Eu tirei o toca- discos de dentro da caixa e coloquei-o no chão. Já tinha um disco dentro, e a agulha já estava posicionada. Abbey Road, dos Beatles. Liguei-o.

Uma musica suave começou a tocar.

Something in the way she moves

Attracts me like no other lover

Something in the way she woos me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows

That I don't need no other lover

Something in her style that shows me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

Eu me senti como George Harrison, naquele momento. Alguma coisa em Nico, eu ainda não sabia exatamente o que, me atraía de um jeito que ninguém nunca tinha me atraído. Alguma coisa no sorriso dele fazia eu me sentir nas nuvens, fazia eu me sentir como se nós fossemos as únicas pessoas no mundo. Alguma coisa em seus olhos negros me fazia querer agarrá-lo e não solta-lo nunca mais.

You're asking me, will my love grow?

I don't know, I don't know

You stick around now it may show

I don't know, I don't know

Essa atração poderia virar amor? Eu não sabia responder. Aliás, isso era mesmo só atração? Eram muitas perguntas sem resposta para mim.

Something in the way she knows

And all I have to do is think of her

Something in the things she shows me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

Eu não conseguia parar de pensar nele, isso era fato. Até mesmo agora, ao som da música dos Beatles, eu não parava de pensar nele. Em meus sonhos, lá estava ele. E agora aqui. Ao me lado. Escutando comigo, essa musica que parecia expressar tudo que eu estava sentindo. Essa musica que parecia me confrontar, me fazer perguntas que eu não sabia responder.

Então, saindo do meu devaneio, me virei em direção a Nico. Ele estava ali, tão próximo, tão real. Ele parecia um imã, e eu, um metal. Tudo que eu queria era perder meus lábios nos seus. Enrolar meus dedos em suas madeixas negras.

Ele olhou para mim, o tronco ainda descoberto. Eu precisava de respostas. Precisava mais que tudo.

"Nico..." sussurrei, insegura. "O que... O nosso beijo, ontem... Algo... Algo mudou?"

"Não, Thalia, nada mudou."

Abaixei os olhos. Eu era uma tola mesmo. Como se ele pudesse me amar, do nada. Senti meus olhos umidecerem, mas não derramei uma única lagrima.

Senti sua mão quente em meu queixo. Ele levantou meu rosto para ele.

"Quer dizer, acho que pra mudar, tem que ser um beijo de verdade, não é? Beijo de desafio não conta."

Repentinamente, Nico tomou meus lábios em um beijo tranquilo. Sua boca tinha um gosto doce, algo parecido com canela. Sua língua explorou cada canto da minha boca, e eu passei meus braços por seu pescoço, afundando meus dedos em seus cabelos macios. Sua pele nua em atrito com minha camiseta fina.

E então, com um estalo, a porta do porão se abriu.


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Notas finais do capítulo

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