Secrets escrita por Mila Kawaii


Capítulo 2
Mysterious note




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Posso ouvir algo como uma gritaria, vozes invadem meus ouvidos fazendo com que minha cabeça volte a doer, não sei onde estou. A única coisa que me lembro é da noite em que quase perdi minha vida, porém tinha mais uma pessoa junto a mim, pude ser salva. Quem será esta pessoa? seus cabelos ... lembro apenas do vermelho, este que parecia queimar como o fogo.

Esta chama iluminou a escuridão da noite em que perdi as pessoas que tanto amo, em meu 17 aniversario conheci um lado deste mundo que fez com que minha visão sobre este mundo mudasse completamente. Olho para mim mesma e tento ver o que restou da garota que a dias atrás sorria acompanhada pelos seus amigos. Kentin... será que o verei mais uma vez? As pessoas que faziam parte da minha vida.. parece tão distantes de mim.

Enquanto me perco em meus pensamentos procuro pelo meu corpo onde pode estar meu celular, vejo que isto é inútil ... Apenas corri fugindo de minha casa, esta que agora é apenas uma cena do crime, onde meus pais foram assassinados. Nunca me esquecerei da expressão em seus rostos, se ao menos eu pudesse ver algo sobre a pessoa que arruinou minha vida. Entretanto ... de nada adianta ficar pensando sobre isso.

Me acostumo com claridade e posso finalmente olhar nitidamente a minha volta, vejo que o sol acaba de nascer, o dia apenas esta começando e de nada adiantaria se eu permanecesse jogado ao chão.

– Droga... - Sinto minhas pernas tremerem, estando sem forças para aguentar o peso de meu corpo, por fim consigo me por de pé apoiando-me a parede. Enquanto procuro meu celular vejo cair do bolso de minha calça o bilhete que guardei comigo depois daquele noite, finalmente vou poder lê-lo.

"Adam Mason "

Isto poderia ser um nome? Não entendo o que isto servia para mim, porém sinto que devo continuar a guardar comigo, apenas por ter a caligrafia de meu Pai ... Mesmo que eu nunca vá descobrir o que isto realmente significa.

Olho repetidamente para os lados, tendo ainda esperança de ver algo familiar, uma única coisa... porém estou num local completamente desconhecido, algo como um porão de uma casa, não há mais vozes, ou barulhos que vinham do andar de cima. Somente o silencio esta presente fazendo-me companhia. Penso em pedir ajuda, porém a duvida vem em minha mente, me fazendo hesitar.Não sei onde estou ou quem me trouxe para este local, decido que neste momento o melhor a fazer é apenas permanecer calada. Por quanto tempo me prenderia aqui ? ... e o que vira depois?

Tento me lembrar de mais alguma coisa, porém o medo fez com que eu desmaiasse, uma onda de raiva percorre meu corpo por ter sido tão fraca em um momento tão critico, fui salva por um pessoa que não pude ao menos ver seu rosto, esta me salvou realmente? Ou naquele momento eu estava diante ao culpado da morte de meus Pais?

Balanço minha cabeça querendo afastar este pensamento de minha mente, não havia como isto fazer sentido. Somente o que importava agora é que eu me mantivesse firme diante a esta situação. Respiro fundo caminhando lentamente, passo por passo ouvindo o alto barulho que vinha do piso ao apoiar de meu corpo, como um rugido. Rapidamente congelei meu corpo permanecendo no mesmo lugar. Havia apenas uma porta, somente uma saída deste quarto. Deixei me tomar pela mínima esperança que tomava conta de meus sentidos, e sem ao menos me importar com o alto barulho que era produzido apenas por meus passos caminhei apressadamente até a grande porta, e antes mesmo que eu tentasse abri-la outra pessoa o fez por mim, pude encarar seu rosto, a expressão em sua face era divertida tendo em seus lábios um fino sorriso. Seus cabelos eram negros, junto aos seus olhos que pareciam ser um eterno abismo, havia cicatrizes espalhadas por seu rosto, fazendo sua face jovem perder sua beleza. Em seu bolso a uma faca cravada com as inicias de um nome, não posso prestar muito atenção para que me certifique que ele não perceba meu interesse. Por conta disso apenas desvio meu olhar vendo a expressão e me seu rosto, seu olhar parece ver através de minha alma, percebendo rapidamente o medo que estava pressente em meu inseguro olhar, após isto deixei que a raiva tomasse a frente, ditando meus próximos passos. Via-se em meus olhos a chama vermelha queimar como fogo diante ao tão belo verde esmeralda, a raiva era refletida em meus olhos.

– Não pense que será não fácil assim docinho, nem ao menos demos boas vindas e você já pretende ir? - O sorriso em seus lábios se alarga e sinto sua mão sobre seu queixo levantando meu rosto para que eu olhe em seus olhos. Não pude sentir nada além de nojo com o toque de sua mão sobre minha pele. - Tenho uma má noticia.

– Não toque em mim! - Por impulso afastei agressivamente sua mão, dando passos para trás. Minhas pernas tremiam sobre o seu olhar, este que apenas se tornou mais assassino. - Me diga onde estou! ... - Minha voz falha, impedindo que eu prossiga minha fala. Fazendo com que as palavras descem de volta a minha garganta.

– Não me ordens, por um momento pensei que você era mais obediente... Já que seu Pai era um covarde.

– Não ouse falar assim de meu Pai! - Digo elevando meu tom de voz, não penso antes nas palavras, estas são simplesmente ditas por mim, soando como um rugido. "Era" ... ouso ecoar em minha mente, estas pessoas estão cientes da morte de meus pais, não posso simplesmente ignorar esse fato.

– Posso afirmar que o conheço mais que você, pequenina. Agora vamos combinar uma coisa. - Ele volta a se aproximar novamente de mim ficando a minha frente. Seu passos são pesados, fazendo com que os movimentos de seu corpo sejam lentos. - Você permanece calada, e eu não antecipo sua morte agora mesmo. Basta você escolher.

Seu tom de voz era serio, não pude fazer nada além de balançar minha cabeça positivamente. Porém não aceitaria permanecer calada.

– Posso lhe fazer uma pergunta? -Pergunto tendo minha voz firme, lutando contra minha vontade de gritar.

– Como pediu permissão, vou ser bonzinho. Faça antes que eu mude de ideia.

– Sabe algo sobre a morte dos meus Pais? - Seus olhos arregalam, um longa risada ecoa pelo local. Ele parece estar se divertindo com a situação.

– Se eu fosse você, eu me preocuparia mais com a sua situação atual... Até porque seus pais já estão mortos e ....

– Responda minha pergunta. - Corto sua fala impedindo que continue sua frase. Não consigo acreditar o quão grosso meu tom esta se tornando, as palavras parecem arranhar minha garganta, a fazendo sangrar.

– Não, docinho. Apenas tivemos a ótima noticia que aquele canalha teve seu fim. Ah... e se você um dia saber quem fez este favor, agradeça-o por mim.

– E em nome de quem devo agradecer? - Pergunto ainda com esperanças que ele possa cair neste jogo.

Neste momento percebo seu braço se mover indo de encontro ao meu rosto, porém antes que eu possa sentir seu soco pude segurar em seu braço cravando neles minhas unhas, fazendo cortes profundos, tendo agora minha mão manchada de sangue.

– Sua...! -Ouso algo como um grito de dor vindo de seus lábios, sua atenção se encontra agora em seu ferimento, e mesmo antes que posso levantar sua cabeça apondo uma faca para seu pescoço, pressionando sem que possa cortar. Meu olhar reflete seu ódio, porém seu olhos se arregalam em surpresa. Realmente posso afirmar que seus movimentos são lentos já que nem ao menos pode perceber quando peguei a faca de seu bolso.

– Adam Mason. - Digo voltando ao meu tom de voz normal, com receio que alguém possa nos ouvir. Não vou ser tão otimista, neste momento eles podem estar a caminho para me matar, por fim cavei minha própria cova. Estavam atrás dos meus pais... E agora o alvo sou eu, acredito que não reste muito tempo para mim, somente me resta fazer estes mínimos momentos valerem a pena. - Diga-me o que sabe sobre essa pessoa.

– Não tenho nada a dizer. - O homem a minha frente responde.

– Você esta mentindo! - Pressiono mais a faca em seu pescoço, sentindo fazer um corte em sua pele, minhas mãos tremem, isto se torna algo que eu não posso controlar.

– Vá em frente, me mate! Garanto que a encontro no inferno! - Ele parece se divertir com essa situação. Não iria tão longe a este ponto, me nego a me tornar como eles. Ter o sangue te outra pessoa manchando minhas mãos... Esta é uma ideia assustadora. Não há nada o que eu possa fazer.

Por fim acabo por largar a faca deixando que cai junto ao chão, fazendo com que o barulho agudo tome conta do local. Estaria neste momento diante ao meu fim, apenas dei passos para trás, recuando. Em meus olhos lagrimas insistiam em manchar meu orgulho, não tinha mais como reagir. Fecharia meus olhos e esperaria o que viria a seguir.

Pude perceber que nada acontecia, não havia dor, ou escuridão ao meu redor... Sinto como se nesse momento o tempo parasse para mim, me fazendo viver em um mundo tão frio. Por quanto tempo esta seria minha realidade? Não a ninguém ao meu lado. Não posso me reconhecer mais, não viram nada se olhasse para meus olhos.

O alto barulho da porta batendo contra a parede faz com que eu volte a realidade, percebendo que mais uma pessoa esta junto a nós, seria esta inimiga? ... Quais chances eu poderia ter de ser salva?

Ao abrir mais uma vez meus olhos os mantenho arregalados, demonstrando meu espanto. Vejo novamente o vermelho de seus cabelos, como se a cena apenas se repetisse, porém esta pessoa esta diante a mim, em seu rosto á uma faixa cobrindo seus olhos, me impedindo de ver os traços de sua face, nem ver a expressão do seu olhar sobre mim.

O homem que estava a minha frente a pouco segundos tinha em seu olhar o desejo assassino, porém agora se encontra jogada ao chão, a faca que antes estava em minha posse, se encontra agora na mão daquele que vejo pela segunda vez, seu ar misterioso faz com que perguntas venham em minha mente sem respostas. E antes que eu pudesse levar minha mão a boca para abafar um grito que parece vir da minha alma. Sinto uma mão me agarrar agressivamente, me puxando para fora do porão desta casa, e antes que eu possa dizer alguma coisa, meu rosto é vendado. Me deixando no total escuro. Sua mão segura em meu braço firme, seu toque é quente... e sinto algo como uma longa capa ser envolvido pelo meu corpo. Escondendo-me do olhar de todos.

Não tinha como manter meus pés ao chão, estava em seu colo, como se ele quisesse fingir minha morte, levando-me consigo. Novamente não pude olhar em seu rosto, e nenhuma palavra parece sair de meus lábios, permaneço quieta ouvindo o barulho de seus passos. Seria ele quem me salvou aquela noite? ... Não consigo acreditar que aquele homem estaria realmente morto. Se ele matou friamente aquele homem... não hesitaria em me matar.

– Shhh ... - Sinto seu dedo sobre meus lábios, sua mão estava por baixo na longa capa, fazendo com que meu coração dispare simplesmente por sua aproximação, este gesto faz com que eu me cale.


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Notas finais do capítulo

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