Secrets escrita por Mila Kawaii


Capítulo 12
Why hide me So many secrets ?




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Sinto como se tantas perguntas viessem em minha mente, como um forte sopro de uma tempestade. Peças de um quebra cabeça ainda tão incompleto. Partes que não se encontram ao possível alcançar de minhas mãos, a única coisa que tenho como parte de meu consolo são as tão especiais pessoas que acompanham-me, a foto acolhida em minha mão, atormenta-me, tirando-me da realidade. Dando aos meus pensamentos um ponto de interrogação. O que me liga as estas pessoas? Mesmo estando tão pouco informada sobre o que acontece ao meu redor estou certa em dizer que o desespero já caiu sobre mim, o terror psicológico se formando em minha mente. Porque não poderiam ser apenas um sonho? Lembro-me de meus pesadelos, estes que me assustavam tanto quando criança. Rostos desconhecidos teimavam em perseguir-me, entretanto naquela época, eu tinha meus pés ao chão, sabendo que tudo iria se acabar do abrir de meus olhos.

Ainda posso sentir levemente uma dor em meu braço, o ferimento em minhas costas após ter sido atirada contra a parede, queria poder nunca ter revelado este meu lado a ele, ter impedido que o desespero tomasse conta de meu corpo, ditando minhas ações, estas que tive de cumprir cegamente. O que deu em mim? Nada foi dito em meus lábios, as palavras nunca expressariam minha dor.... Entretanto esta magoa estaria em meu peito, sinto como se a dor estivesse junto as lagrimas que expulsei de meu corpo, restando apenas um grande alivio.

O grande vazio em minha mente foi preenchido por inúmeras teorias, pensamentos que afirmo me negar a acreditar. Ainda seguro a fotografia em minha mão, esta é a tal prova que faltava para eu acreditar?

E igualmente como o bilhete em meu bolso, posso sentir a mesma sensação de receio ao carregar comigo esta fotografia. Precisamente tenho meus 12 anos, e minha memória falha em tentar relembrar este momento de minha vida. Tudo parecia tão calmo e sereno, o sorriso em meu rosto é verdadeiro, e entristeço-me a poder afirmar que ao ver esta fotografia apenas o que sinto é uma imensa dor em meu peito, sabendo que este passado não pertence mais a mim.

Me nego a pensar que meus pais escondiam algo de mim, porquê haveriam segredos em uma família? Isso não está certo. Me sinto apenas como uma fugitiva, correndo em intermináveis voltas, levando-me ao nada. O dia mal se pôs ao fim, e sinto-me como se ao amanhecer meu corpo se despedaçaria. Penso que em minha vida eu estava apenas sendo vigiada? Meus passos? Os momentos, sempre estando abaixo de medonhos olhos, estes que acabaram com a vida de meus pais? Sinto um enorme vazio, um desespero de perguntar há alguém o que é certo. De gritar por ajuda.

Posso ver uma larga mesa posta em um dos cantos do porão, tendo sua madeira velha e desgastada. Porém, não há como ignorar o fato do quão é parecida com a que pude ver no escritório do diretor. Moveis a serem jogados no lixo talvez? Junto com essa pergunta algo vem em minha mente, perguntando-me o quanto de história teria para me contar este objeto antigo... E de certa forma, sinto isto incomodar-me.

As velas logo se apagariam, revelando-me a escuridão. Sinto-me tão distante de todos como se isto tirasse-me o ar. Caminho a ponta desta mesa largando ali a fotografia, tão próximo a uma das velas, acesas não há muito tempo. Onde Lysandre estaria? Bom, rendo-me em me contentar com sua ausência. E ali, fico a olhar brevemente meu passado. Até que posso ver uma das folhas próximas a fotografia, lendo em silenciosamente apenas para mim, e vejo o quão simples versos e frases podem despertar meu imaginar, levando-me ao lugar citato ali.

“ De que valeriam todas estas flores há um olhar seu sobre mim? ... “

Repetitivas frases citam a beleza do amor ao comparar flores a pessoa amada, “ Vê-la se tornou tão importante quando o nascer do sol. “ Esta frase pode ser lida em uma das folhas deixadas ao lado, a caligrafia demostra seu cansaço ao escreve-la. E igualmente na mesma pilha uma das folhas esta completa de riscos, e grandes X em desaprovação.

“ Em meio a tantas cores, sinto como se apenas estivesse olhos para você”.

Ao ler esta frase, lembro-me de seu simples desenho, este que pude ver em seu bloco de notas. Afirmo ciente em dizer que o virar das páginas não durou sequer minutos. Estas exuberantes, belas em suas cores, tão vivas. Transmitindo um certo sentimento de paz, como o que ele pode sentir ao desenha-las. Pergunto-me novamente o que passaria em sua mente, para quem estava sendo direcionado este amor?

– “ Posso dizer que minha inspiração não veio das flores. Mas sim, de uma pessoa. “ – Ouso novamente estas palavras como se as ouvisse em tempo real, porém, não passa de uma de minhas lembranças. Como a primeira palavra que pude ouvir de sua boca “ Desculpe” Isto foi o suficiente? Para tirar-me o foco, lembro-me que neste momento mal meu nome conseguiria me lembrar. Apenas sei do ressoar de sua voz direcionada a mim. Tinha algo tão familiar, e pude sentir isso apenas ao esbarrar em seu ombro. Meu coração queria dizer-me algo?

A vela em minha mão perde seu brilho rapidamente, mostrando-me que o tempo continua a passar, e que as horas não estão ao meu favor. Tenho de conviver com isto, saber que o mundo continua o mesmo, por mais que eu não tenha vontade de ir adiante. O que aguardaria-me? Temo não saber o que há de ser reservado para mim.

Posso dizer que alguns de seus versos soam tristes ao serem lidos. Xingo-me mentalmente em estremecer apenas pelo devaneio da doce voz do albino dizendo estas palavras, escritas pelo mesmo. Certamente tendo sua medida de clichê. Porém, amar já se tornou tão repetitivo, diria que a definição de algo “ clichê ”, entretanto ninguém nunca deixou de amar.

Neste momento ouso um barulho vindo de fora da sala em que estou, meu corpo simplesmente se rende, ao paralisar diante a situação. Seria o Lysandre retornando ao porão? E de onde exatamente este barulho vem?

Ao pensar isso acabo por dar rápidos passos para trás, recuando do desconhecido. Que apenas se aproxima de mim. E após este ato esbarro em uma das mesas repleta de páginas, este realmente é o último momento em que queria ter sido desastrada. Entretanto, sinto uma de minhas mãos pressionando algo como um botão ao tentar não se render ao desiquilíbrio. Certamente minha queda provocaria um alto barulho, e paro para pensar em que estou tocando, um interruptor de luz talvez? E ao me fazer esta pergunta, recebo de imediato a tão desejada resposta. O local se enche com a fraca luz, tirando a atenção que estava sobre as velas. Que agora não são nada, inúteis ao iluminar o local que por fim ganhou cor. E com isto posso ver tudo claramente. Vendo o quão bagunçado esta, um cenário de um louco filme de terror eu diria. Até aí compreendo, este lugar não me diz mais nada do que os anos em que permaneceu abandonado? Ao pensar isto me engano cegamente. Tudo isto me parece apenas mais uma sala normal, que há tempos não é novamente utilizada. Teria uma razão para isso? Não há porão neste colégio... então o porquê deste nome?

E com isso posso me lembrar da cara de surpresa do Nathaniel ao ouvir esta informação vinda de alguém mistério como o Lysandre, ele saber da existência desta sala.... Nada espantoso

não? Já que seus segredos não passam de informações que apenas eu pareço não entender. Respostas não veem até mim, sinto-me como um imã de perguntas, estas desesperando-me.

Posso lhe dizer finalmente o que mais me chama a atenção, isto é a descoberta que não há apenas coisas indicando o albino, digo, como as páginas de seu bloco de anotações, há instrumentos e pichações no local, todas em um forte e intenso vermelho. Não me espantaria em pensar em sangue.... Porém, este vermelho me faz relembrar uma de minhas antigas lembranças, a primeira que tive deste novo mundo em que vivo, seus cabelos eram exatamente na mesma cor, idêntico até mesmo ao tom. Penso que todas as pessoas que pude encontrar, ou até mesmo ver em minha vida estão por trás de uma longa e inacessível explicação.

“ Os verdadeiros nunca esqueceram quem reinou aqui. “ – Esta frase é um mistério para mim.

Leio, em minha mente esquecendo por longos segundos do barulho fora da sala em que estou, a tinta que escorre das letras carrega consigo todo o sentimento que foi posto ao escrever desta frase.

Agradeço imensamente pela claridade em que estou, o local mal iluminado sufocava-me, fazendo com que eu sentisse uma estranha sensação de solidão, estando sendo apenas observadas pelas paredes. Estas que agora posso ver, sujas e tendo uma aparência velha. Tão diferente do ambiente imposto por este colégio, porque? é apenas mais um dos escritórios, mesas, bancadas e um grande armário... Pichados com as iniciais “ T. M “

Thomas.... Não consigo não pensar no nome de meu Pai, certamente sinto saudades da minha família. Porém o sobrenome que carrego comigo é Collins, após herdar de meu pai. O que se passa em minha mente é que provavelmente adolescentes invadiram esta sala, tomando para eles... Lysandre estaria entre esses vândalos? O que realmente sei sobre ele?

Sinto como se estivesse em um refúgio, algo que carregou consigo dor e pensamentos negativos por muito tempo. Porém, me sinto bem, as batidas em meu coração, mal posso senti-lo tão calmo pulsar silenciosamente.

Entretanto mal sei o que seria o certo a se pensar. Não tenho o que reclamar, porém, não há como conversar com o Nathaniel, este teria apenas perguntas para mim. Além de não confiar a mim sua desconfiança sobre o albino, eu nunca pensaria em entrar numa sala assim, esperaria algo como um porão, velho e caindo aos pedaços. Certamente era a única. E acredito que de perguntas eu sinto como se as minhas já fossem o suficiente. Todavia sinto como se o Lysandre... esconde algo de mim, não há mentiras em suas palavras, porém, estas tão incompletas, poupando-me de algo que parece ser uma das peças que faltam, tão perto, entretanto, o que me impede? O que me impede de por fim, saber a verdade?

Toco nas iniciais pichadas no gélido metal do armário. Iniciais de um dos alunos provavelmente. Entretanto escritas a muito... muito tempo, a raiva em sua caligrafia é algo visível. E acredito eu julgar certo. Mas não há como ter precisão em meus palpites, tenho comigo apenas a versão disto tudo que criei em minha mente. Espero ter garganta quando tudo finalmente for revelado a mim.

A fotografia se encontra longe de mim, na mesa em que a deixei, sei que não saiu daqui sem ela, isto é uma das poucas certezas que tenho. Porém, admito que os versos, e poesias escritas pelo Lysandre, me intrigam de certa forma. Uma curiosidade de leva-los comigo, saber e até mesmo poder perguntar ao próprio se há um porquê... se há alguém por trás de tudo isso.

E logo recebo a resposta da pergunta que estava em minha mente, há papeis jogados em algo como um grande lixo ao lado do alto armário em que estava a observar, relatórios como os de mais cedo... Folhas amarelas e sujas. Porém, tendo um motivo de serem conservadas por tantos anos aqui. E vejo pegando em minha mão o nome da pessoa que recebia estes papeis, documentos escolares e listas de alunos, nesta época vejo ser outro diretor. Miller é o nome escrito, estando apenas seu segundo nome, não há como identifica-lo assim, e percebo suas iniciais no armário... O que há para ser ligado? O que peças tão distantes tem em comum... assuntos que julgo não serem da minha conta.

Abaixo-me vendo que neste grande latão há documentos desde de sua expulsam ao cargo... por mais que sinta algo perguntar a mim mesma querendo saber o porquê suspiro deixando as coisas como estão.

Os documentos estão repetidamente riscados, há uma folha explicando o porquê de sua expulsam, e com a mesma tinta das pichações vejo escrito: Herói.

“ Devolva-me ao meu mundo suas cores “

Pego este frágil papel em minhas mãos, posso ver escrito como a assinatura de quem o escreveu algo como: “Sua sombra”. A caligrafia é mesma de todos, e sinto como se não me cansasse de admira-la, por mais destorcida que possam ser em alguns dos bilhetes. E abaixo da frase esta desenhado algo como um contorno de um rosto, a face de uma pessoa, uma mulher precisamente, porém em seu cabelo representando apenas por delicados fios se encontra uma bela flor. E em seus olhos algo faz com que pareça-me surreal. Brilhando a cor tão pura do verde.

– Eu sinto em admitir, porém, não sou tão bom em desenho assim. – E neste momento sinto como se meu coração fosse por fim explodir, ao ouvir a voz daquele que sempre foi o motivo de eu estar aqui. Tendo o desobedecido. E afirmo não ter algum tipo de remorso sobre isso. Pude acalmar-me e esclarecer certas coisas. Mesmo que no fim, eu tenha apenas me confundindo mais. – Mesmo que eu de minha alma a representar o que sinto.

– Você já faz isto muito bem em seus versos. – E assim respondo-o olhando agora em sua direção. O sobretudo que este usada não está, mas em seu corpo, deixando-o apenas com uma camisa branca tendo seus botões indo até seu peito. Em uma gola ocultada por seus cabelos. O preto parece completar, em harmonia com o pálido branco.

Seus olhos que tiram-me o foco não repreendem-me. Estes no mesmo fraco e misterioso brilho. Cada uma das cores dizendo-me algo.

– Entretanto você pareceu dar mais importância para aquilo que não foi eu quem escreveu.. – Ele diz e antes que eu o responda ouso continuar.

– Estudei nesta escola, nós temos em que tudo aqui era diferente Agatha, essa.. – Seus movimentos com a mão indicam o local em que estamos. – Era a antiga sala do Diretor, ele era tão diferente deste atual... Por favor acredite em mim, eu conheço Adam Mason. E quando acabou o reinado do s..

– Reinado? Foi você quem escreveu aquelas palavras? – Pergunto-o tentando entender.

– Pode se dizer que sim, foi algo como um protesto entende?

– .... – Não o respondo.

– Não queria que você os tivesse lido, estas páginas, não são mais nada de que meus desabafos. Palavras que não tinha com que dizer....

– E que o sufocavam. – Completo sua frase me aproximando do local em que seu corpo permanece parado. Ocorreu-me que nem ao menos ouvir o som do abrir da porta, como se ele apenas estivesse todo este tempo aqui.

– São iguais no seu bloco de notas?

– Não. – Ele sorri verdadeiramente e creio se estivesse em outro momento responderia da mesma forma... seu rosto se ilumina tão belo.

– São tantas páginas rasgadas, o que as faz diferentes das que você carrega consigo?

– Memorias, Agatha. – Ele diz se aproximando de mim. – São memorias, e carrego comigo as que nunca irei desejar esquecer...

– Como o jardim...

– A primeira vez que a vi... – Ele sussurra apenas para si mesmo. Fazendo com que eu não ouça. Seria isto tão importante, porque esconder de mim...?

E após isso restou um silencio entre nós. No fundo, eu desejava tanto sua resposta... Mas apenas deixo que mude o rumo da conversa.

Não estou ciente de que horas possam ser, apenas que meus olhos teimam em se fecharem, rendendo-se ao cansaço.

– Vi que o Nathaniel estava no corredor, porque não esperou junto dele? – Ouso-o questionar-me. – Não posso falar a você o que fazer, entretanto espera sua compressão Agatha.

– É só isso que espera de mim? Que eu me cale e deixe que você resolva suas coisas? ... – Sinto como se a qualquer momento fosse chorar e sem perceber permaneço segurando em minha mão o bilhete que a pouco eu estava a ler, e amaço-o em minha frustração.

Seus olhos não mudam a expressão, porém creio que neste momento ele se sentiu impotente sobre mim.

– Quer que eu a diga? Agatha eu estou vendo você achar suas próprias respostas sozinhas.... Quem abaixa a cabeça e não opina sou eu. – Ele desabafa suspirando hesitando em continuar, porém, cospe suas próximas palavras. – Sempre foi assim.

– Explique-me o que há por trás do seu sempre! –Grito mal percebendo que minhas palavras saíram como um rosnado, como um animal irracional. Desde quando esta raiva reinava sobre mim? – O que há em seus versos, estas canções um dia serão cantadas? E para quem... – E antes que eu possa terminar de falar...

– Para você. – Suas palavras são firmes, chegando até mim como um de seus tons que ainda não ouvi sair de seus lábios. Meu coração pareceu responder de imediato, porém, nada disto fazia sentindo e não havia reação certa para aquele momento, não havia o que dizer. E me limitei apenas em abaixar minha cabeça. Esta que logo foi erguida pelo toque de sua mão, afastando os fios de meu cabelo do meu rosto, em uma caricia que mal pude reagir sobre este ato, os fios cobriam um pouco de meu rosto, estes dificultando minha visão. Seu toque é delicado, como se estivesse ao tocar em um cristão, nesse momento nos encaramos, meus olhos olhavam certamente na mesma direção que os seus, encontrando-ses finalmente. Em somente um sentimento. Porém, não há como eu conseguir responde-lo. E recuo ao observar o aproximar de seu rosto. Nego-me ao olhar em seus lábios, este certamente não é o momento, não saberia o que dizer a ele após aceitar seu afeto, após me entregar ao seu beijo. Por enquanto não há como corresponde-lo apropriadamente. E sinto uma pontada em meu peito como se algo atravessasse-me ao ver a decepção em seus olhos.

E desviando o olhar, sem coragem para encara-lo posso ver há minha frente um objeto em suas mãos. Lysandre estava segurando o celular que a dias dei como perdido. Que nunca pensei em vê-lo novamente.

– Perdoe-me... – Ouso seu sussurrar. E seu corpo não está mais tão próximo ao meu, tomando uma distância suficiente para que com o estender de suas mãos ele possa me entregar o objeto.

– Mas... como? – Lembro-me de procura-lo quando estive na casa do Nathaniel e .. este não estava mais comigo. Como?

– As coisas parecem simplesmente aparecerem aqui... eu vim para lhe entregar o que é seu a você Agatha, porém, eu estava ciente de suas perguntas se me acompanhassem até aqui... já que tudo isso pertence a você.

Arregalo meus olhos, ouvindo cada de suas palavras soarem como um eco. Essa é certamente o pior dos momentos para que eu deixe me levar pelo sono...

– Devagar... – Imploro tão confusa, há como pensar assim? Minha mente grita sem intervalos.

– Agatha... Por favor descanse antes! – Sinto sua mão sobre meu ombro e o afasto deixando este ato por simples instinto.

– Quem é você? ... – Digo, e sinto como se nunca estivesse dito algo que saiu mais grave do que esta frase. Eu precisava apenas desta resposta...

Certamente ele está preocupado com meu estado, sinto isso em sua voz... seu olhar frustrado sobre mim... um receio que somente cresce em seu peito, o medo das palavras.... Fazer aquilo que nunca esteve acostumando. Dizer. Se expressão além de só observar de longe... Em seus poemas.

E sinto meu corpo tão pesado, a ponto de ter de admitir não aguentar sustentar meu corpo em pé... tendo só o chão como rumo. Eu cairia...?

Tolice a minha me fazer esta pergunta, penso isto logo sentindo meu corpo em seus braços, estes que me põem em segurança erguendo-me do chão, este que sentia como se estivesse cravada, ao ponto de não conseguir me mover, dar um passo a diante. Sem sua ajuda.

– Pensei que faria isso apenas uma vez... – Ele diz me tendo em seus braços, carregando-me como algo que nunca deveria se quebrar. Estou tão perto de seu coração. Posso sentir o ritmo acelerado e o nervosismo de suas mãos... As mesmas sensações em que pude sentir no dia em que alguém me trouxe até o Nathaniel, carregando-me .. Não era o ruivo, entretanto não há dúvidas que foi ele quem me salvou daquele medonha local, deixando-me sozinha em um local que julgava seguro, porém ele continuou adiante. Lembro-me do som de suas botas. Apenas coloquei a imagem do garoto desconhecido em minha mente, não tendo outra alternativa. Não sabendo o que era certo ou errado... Tão confusa. Entretanto esse simples foi minha certeza, o que precisava para me lembrar daquela noite. O frio... e o cenário escuro que estava em toda direção que eu olhasse, nunca dando-me uma luz, porém não era disto que eu precisava... Eu necessitada de sua cor, a noite parecia não ter outro tom além do cinza... e o sombrio negro do céu. E ali pude ver seus olhos... Lembro-me de achar por um minuto que estava diante do sol, dá tão familiar manhã, e ao continuar olhando para ele pude ver algo cintilar... como uma esmeralda. Meu mundo ganhou cor.


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Notas finais do capítulo

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