Nadie dijo que sería fácil escrita por Miss Addams


Capítulo 25
Vinte e cinco




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Dulce

:- Tem certeza Dulce? Acho que deveria viajar com ele.

:- Tenho Iva, não da para fazer uma viagem agora, Dominique não quer ir e tenho novela.

:- Mas, é o Brasil? – ela me olhou com uma cara desacreditada.

:- Eu sei. Faz tanto tempo que não vou para lá, sempre fico escutando as histórias de Cris, me da saudade. Mas, agora não é o momento. E também estou me valorizando mais nessa relação, não posso viajar para fazer a vontade de Edu.

:- Se você diz. – ela deu os ombros. E escutamos uma buzina. – Deve ser Pedro, vou lá em cima pegar os meninos.

:- Vou com você. Não vai conseguir pega-los sozinha.

Subimos e vemos os três dormindo, Dominique, Vicente e Mauro. Também pudera depois de uma tarde inteira brincando juntos, com a chegada da noite tudo o que eles sentiam era cansaço. Aproveitei para conversar com Ivalu e descansar por que uma tarde inteira cuidando deles, não foi fácil.

Ela pegou Mauro e eu Vicente, e os levamos sonolentos para o carro onde Pedro nos esperava.

:- Me de ele Dulce, deve está pesado. – Pedro pegou o filho, depois de abrir a porta para colocá-lo.

:- Pedro coloca bem o cinto de segurança. – Iva falou com ele, antes de vir até onde estava.

:- Tchau amiga, obrigada pela tarde, da próxima vez a bagunça vai ser lá em casa. – Ela me abraçou se despedindo.

:- Está combinado. Dirigi com cuidado viu. – Soltei do abraço e cumprimentei Pedro.

:- Tchau, boa volta pra casa.

Vi os dois entrarem no carro e se despedindo com um buzina, e eu acenei entrando em casa. Subi para ver se Dominique ainda dormia, aproveitei para cobri-la com seu cobertor e dei um beijo na sua cabeça.

Voltei à sala e voltei para meu sofá, ligando a televisão para ver se passava algo interessante.

E um filme me chamou a atenção, talvez pelo ator que reconheci ser do Avatar um filme antigo que fez sucesso á um tempo atrás, por ter esse ator devia ser bom o filme que agora passava na televisão.

E era. Tão bom que cada vez mais eu ficava envolvida, na verdade para me contradizer, na atuação quem se destacava era a atuação de Keira e Guillaume os nomes eu pesquisei na internet rapidamente pelo meu celular.

Chegou uma cena que se passava na cozinha, e seu eu tentei passar o dia inteiro sem pensar em Poncho tudo foi por água a baixo, era impossível não se sentir representa ali, em uma situação diferente.

:- Nada que eu queira comentar. Eu só... – vi a personagem, abrir a geladeira e pegar um drink para ele. - Só sei que se tivéssemos tentado,

teríamos perdido tudo. Eu acho que ainda é tão intenso porque não fomos em frente. Estávamos apenas descobrindo que não éramos feitos um para o outro.

O filme me prendeu até o final, me fazendo pensar, me fazendo sentir no lugar de Joanna. Ainda mais quando mais uma frase dela ficou na minha cabeça fixa e verdadeira.

“Eu acredito que...Talvez eu nunca quis que isso mudasse. Tudo...Tudo muda, tudo, mas isso não mudou. Não para mim. Não diminuiu. Eu vi você esta manhã. E... no meio de tantas noites em que não consigo dormir...Eu ainda penso em você.

Lembrei de alguns textos que pedi para Cris me ajudar a traduzir do português para o espanhol, que depois do tempo parado ficou mais que enferrujado. Ela traduziu alguns de seus autores favoritos e brasileiros. Eu já sou fã de Paulo Coelho, então queria conhecer mais outros escritores. Eu li de Clarice Lispector a Tati Bernadi.

Não sei se Cris fez de propósito, mas os trechos traduzidos falavam de amor, em todas suas formas e em todos enxerguei Poncho e eu. E todo o acumulo de sentimento e inspiração a madrugada chegou e eu estava compondo e escrevendo, músicas, poemas, o que fosse para aliviar o que eu sentia por dentro, a reviravolta.

Estava sentindo que algo novo viria, e na situação que me encontrava, convivendo com meu ex, o homem que ainda mexia comigo, e estava disposto a lutar por mim. E namorando um cara que me fazia bem, e tentava manter a harmonia no nosso relacionamento. Em meio a tudo isso tinha minha filha que estava começando a torcer e demonstrar sua torcida para o cara que lhe contou do meu antigo apelido.

Estava sentindo que mais uma tormenta estava se aproximando, daquelas que você tem que tomar decisões que pode mudar sua vida completamente, qual barco eu pegaria para me salvar?

...

Eles se amam. Todo mundo sabe, mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.

Tati Bernardi.

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