Behind The Last escrita por Apenas uma Ampora


Capítulo 5
Capítulo 4 – Paul


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!! Capítulo curtinho, mas eu queria postar algo para avisar que a história nããão foi abandonada! Tenho a sensação que vocês não vão gostar muito do capítulo. Ou vão. Sei lá né Õ.Ô



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Você vai mesmo viajar?!

Eu preciso… já falamos sobre isso.

Lauren, estamos falando de FLÓRIDA. Você nem nunca fui lá!

– Mais um motivo para eu ir! – Peguei uma caixa de cereais e coloquei no carrinho de supermercado.

Existem centenas de pessoas na Flórida. Você sair perguntando para todo mundo “Oi, você é meu marido de outra vida?”, Lauren? Pense um pouco, né?!

– Não vou sair perguntando para todo mundo. Eu já sei quem ele é!

Lina ficou calada uns segundos.

Sabe?? Quem?!

O Paul, ora essa! Ele deve está, se está viajando a trabalho! Ele sempre vai para lá.

Lauren, você poderia vir aqui em casa assim que sair do supermercado? Preciso falar com você antes que faça alguma bobagem. COMO VIAJAR PARA OUTRO PAÍS. – Eu suspiro, revirando os olhos, e empurrando meu carrinho para a seção das frutas e legumes.

– Nós já conversamos sobre isso. Bastante até. Sua avó disse ontem que eu precisava achar essas pessoas, e disse para eu começar pelo meu namorado.

AH, QUAL É! MINHA AVÓ É LOUCA! Lauren, pelo amor, para de maluquice!

– Não é maluquice! – falei, já estressada. – Você está falando como se eu fosse procurar por um estranho! É só o Paul!.

Nesse momento, congelei.

Lauren, eu realmente preciso falar com você, ok? Você vem ou n…

– Depois te ligo. – E desliguei, sem conseguir parar de encarar a figura a minha frente.

Senti o pior frio na barriga que alguém pode sentir, quando meu olhar cruzou com o dele, e ele ficou pálido.

Senti um misto de confusão e tristeza.

Ele não devia estar aqui. Ele devia estar na Flórida.

– Olá Paul…

– Ah… Lauren! Oi! Hm… Você acordou, afinal! – Ele estava visivelmente constrangido. – Hehe… Que bom!

– Você não foi me visitar…

– Eu fui! Eu… fui… ahn… a quanto tempo você está acordada?

– Você disse que estava viajando…

– Eu… espera, o quê? – Ele ficou confuso. – Eu nunca disse isso.

Senti meus olhos queimarem.

– Olha, Lauren, a gente precisa conversar…

– Não, tudo bem. Você deve ter estado ocupado com o trabalho… eu entendo! Juro que entendo. A gente podia sair para jantar hoje a noite, que tal? – Funguei, tentando me acalmar.

Estava no meio de um supermercado, Paul estava comigo, e estava tudo bem. Não havia por que chorar.

– A gente não pode sair hoje para jantar.

– Por que não?

– Porque eu…

– Achei, Paul! - uma moça loira de olhos castanhos segurando um pacote de bolachas chegou perto de nós e o coloco na carrinho dele. – Ah… oi? –Ela olhou para mim, arqueando uma sobrancelha. – Quem é ela?

– Miriam…Essa é a Lauren.

Olhei para ela, da pontinha dos pés com saltos cor de rosa até a cabeça onde a raiz castanha mostrava que o cabelo era descolorido.

– E essa ai, quem é? – Perguntei para Paul, tendo um péssimo pressentimento.

– Essa é a Miriam. Ela é minha namorada.

A pontada no meu peito doeu mais do que imaginei. Nesse momento eu refleti sobre minhas escolhas.

Eu podia implorar para ele não fazer isso comigo.

Podia xingar aquela vaca.

Podia sentar e chorar.

Escolhi dar um soco bem dado no rosto do meu novo ex.

Virei as costas, largando o meu carrinho lá, e saí do supermercado, amaldiçoando aquele estúpido covarde e idiota, e aquela baranga oxigenada.

Entrei no meu carro, batendo a porta com força, e dirigi rápido até a casa de Lina.

Entrei como um furacão assim que ela abriu a porta.

– Ah, finalme…

– ELE MENTIU, LINA!

Lina ficou pálida e arregalou os olhos, fechando a porta lentamente.

– O quê…?

– Ele não está na Flórida, Lina. – falei, encarando meus pés, a fúria contida em mim.

– … Como você tem certeza?

– Ele estava no supermercado. – Agarrei meu cabelo com força, coisa que sempre fazia quando estava nervosa.

– Ah, por isso você desligou na minha cara…

– Ele está namorando com uma tal de Miriam.

Lina ficou quieta. Quieta demais. Olhei para ela, incrédula e furiosa.

– Você sabia…

Ela segurou meu braço e me puxou para sentar no sofá, mas me desvencilhei dela e a encarei.

– VOCÊ SABIA, E NÃO ME CONTOU!

– Tente me entender!

– ENTENDER O QUÊ? VOCÊ ACHOU QUE EU NÃO DEVERIA SABER QUE MEU NAMORADO TINHA ME TROCADO?

– LAUREN, CARAMBA, SE ACALMA E ME OUVE!

E eu tentei me acalmar. Essa tentativa durou quase uns dez minutos, o tempo de Lina ir fazer um chá para mim.

Eu não estava com raiva por ter sido trocada em si. Estava com raiva por ele não ter a coragem de me dizer isso. De nunca mais dar as caras e achar que estava tudo bem. Para ele podia ter sido 5 meses, mas para mim nada tinha passado de uma noite ruim. Uma noite ruim depois que ele deu a entender que ia me pedir em casamento.

Lina trouxe o chá, e eu bebi, sentindo o liquido quente escorrer pela garganta e me aquecer por dentro. Fechei os olhos. Eu não tinha chorado antes. Não iria chorar agora.

– Quando?

– Um mês e meio depois do seu acidente.

Bebi mais chá.

– Por que não me contou? Eu tinha o direito de saber.

– Sim, você tinha. Mas eu não sabia como. Aquele canalha praticamente falou “se vira ai com ela”.

– Mas…

– Lauren… Você tinha acabado de acordar de um coma de cinco meses. Você estava confusa e perdida, era visível na sua cara. E ainda por cima você teve aquele sonho, e aquele evento estranho com o espelho e tudo. Eu ia te contar hoje… foi por isso que te chamei aqui. Mas me desculpe, ok? Eu devia ter dito antes.

Respirei fundo, absorvendo tudo. Assenti.

– Me desculpe, também… não devia ter descontado em você. É só que…

– Sim, ele é um filho da mãe. Agora esquece ele ok?

Dei um meio sorriso para ela e terminei de beber o chá.

– Então você não vai para a Flórida, vai? – Quase vi os olhos dela brilhando.

– Na verdade, agora é que eu vou mesmo. Não há nada para me impedir, e ainda tenho gente para… salvar, ou seja lá o que eu tenho que fazer.

– Mas e o trabalho?

– Nós duas sabemos que eu só preciso de um computador, uma cadeira e internet. – suspirei. - Não preciso ficar no prédio da revista. Eu preciso ir.

– Argh! Você é uma cabeça dura, garota!

Dei um meio sorriso para ela e suspirei. Estava triste, no fundo, e só queria ir para casa. E foi o que fiz assim que me despedi de Lina.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e deixem um comentário c:

Ontem fui pra um evento de cosplay. Tentem imaginar a alegria da criança aqui XD

Beijinhos da Ampora