O Caminho da Expressão escrita por GMarques


Capítulo 10
Concentração 006


Notas iniciais do capítulo

Sabe a felicidade de entrar e ver que tem uma mega recomendação nas notificações? Estou muito feliz pois é a primeira que recebo. :')
Espero que gostem do capítulo de hoje que rodei a baiana para poder postá-lo. E o contador me diz que tês 4 pessoas acompanhando a história, vou para de confiar nele. :v

RESUMÃO DO CAPÍTULO PASSADO:
Marcos e Helena foram ao cemitério, o que despertou em Marcos um pequeno espírito de vingança. Os dois foram até a casa de Fábio e Marcos aceitou invadir o sistema. Acompanhem agora:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628288/chapter/10

—Mas antes quero saber uma coisa. —Falo.

—Todos queremos saber de muitas coisas. —Fábio responde —Pode perguntar qualquer coisa.

—Por que annullare? Por que a GDV tem medo de uma simples palavra? —É algo muito vazio.

—Ele tem razão, —Helena entra na conversa —por que a GDV tem medo de uma palavra tão simples? Se é que eles têm medo, claro...

—Não é a palavra em questão mas sim de onde ela veio. —Fábio abre um mapa sobre uma mesa de centro de vidro.

—Já vi este mapa em algum lugar. —Helena comenta —Talvez no Centro Educacional.

—É um mapa-múndi do mundo antigo. —Alice explica, sua palidez é maior neste lugar cheio de móveis brancos —Alguns desses lugares estão debaixo d'água e outros não são biologicamente sustentáveis.

—Por que vocês estão nos mostrando um mapa antigo? —Questiono, até agora isso não me faz sentido.

—Por que o lugar onde essa palavra foi inventada está nele, conhecem a Itália? —Fábio pergunta e tanto eu quanto Helena respondemos que não com a cabeça —Foi lá onde nós, os contrários, começamos a existir.

Alice nos mostra no mapa onde se localizava a Itália cujo contorno lembra uma bota, parece-me que era um lugar pequeno considerando o tamanho de outros locais do mapa.

—Como podem os contrários terem nascido do outro lado de um imenso oceano? —Helena indaga.

—Ainda ensinam sobre os oceanos? —Fábio parece surpreso.

—Podemos responder essa pergunta, Helena. —Alice responde no lugar do pai. Pergunto-me se ela puxou à mãe, seu pai não é pálido —E muitas outras, mas precisamos primeiro que Marcos faça o combinado.

—Eu tentarei, —Digo —mas é algo quase que impossível! Terá senhas e muitos outros programas de segurança.

—Sim, terá. Por isso você usará isto, vai quebrar a segurança —Fábio me entrega um pen-drive —Foi feito pela Isabella, ou foi a Isabelle? Não sei. A questão é: basta inserir.

—Se é tão fácil por que vocês já não fizeram isso antes? —Pergunto —O que estão esperando?

—Porque, como você já sabe, precisamos de alguém que entre lá dentro com facilidade e tenha acesso aos computadores. —Ele responde e completa —Este alguém é você.

—Vocês têm que ir agora. —Alice fala.—O porteiro vai querer saber o que vieram fazer no sétimo andar, diga que vocês procuravam por mim e ele não perguntará mais nada.

—Quando você conseguir, Marcos, —Fábio me chama a atenção —venha direto para cá.

Saímos do prédio e já é por volta das 17:30 da tarde, estou com o pen-drive em mãos. Primeiro passamos na casa de Helena, seus pais trabalham com produtos alimentícios, têm um salário melhor, uma casa melhor. É comum que as pessoas tenham somente um filho ou não tenham. Quando chego a casa Júlia ainda não chegou, deito no colchão e adormeço.

~~~

Como já é praxe levantar-me cedo eu não preciso de despertador. Júlia deve ter chegado logo depois que adormeci, está dormindo num outro colchão. Nossa casa mesmo sendo simples é organizada: uma cômoda, uma geladeira muito velha, uma televisão também velha sobre a cômoda e outros móveis úteis.

Eu me arrumo para o trabalho, sempre ponho a roupa mais formal que tenho para ir-me. Belisco um pão que minha irmã deve ter trazido ontem, escovo os dentes e quando estou pronto olho bem para o pen-drive em cima da cômoda, quando finalmente pego-o Júlia acorda.

—Você já está indo? —Uma voz sonolenta

—Sim, estou indo.

Ela se levanta, me abraça desajeitadamente me diz "bom trabalho" e vai ao banheiro, provavelmente lavar o rosto. Realmente terei que fazer um bom trabalho por hoje.

Saio de casa rumo à Rua principal, onde trabalho. A rua é, como sempre, movimentada. Pessoas que andam para lá e para cá com malas na mão, terno. Alguns com roupas mais diárias, mas todos indo para um único lugar: ao trabalho. É legal imaginar o que cada um pensa, se está feliz ou não. Existem alguns loucos que dizem que nossa sociedade atual é muito melhor que há algumas centenas de anos atrás.

O prédio do Centro de Pesquisas e Dados seria todo espelhado se não fosse pela parede de cor fosca do térreo. Para entrar é necessário de um cartão de acesso, que todos os funcionários, inclusive eu, têm. Sempre ficam alguns guardas da GDV que se percebem algo suspeito entram em ação.

Tomo o elevador e subo para o andar em que trabalho, o décimo segundo. É uma sala com vários computadores, cada pessoa possui uma mesa na qual trabalha. Nesses computadores existe a vida de cada cidadão konetista, inclusive a minha e a de minha irmã.

Inicio o computador, ele pede confirmação de identidade, a minha digital é a que está cadastrada neste computador, qualquer um que tente entrar neste computador que não está cadastrada seria rastreado na hora.

O acesso é liberado, sempre que entro há vários nomes ou locais a serem encontrados na tela, como uma lista, este é meu trabalho: encontrá-los. Passo a mão em meu bolso e posso sentir o pen-drive, tiro-o do bolso e fico girando-o na mão por um tempo. Será que se eu inseri-lo vou ativar o sistema de segurança ou realmente as gêmeas são boas invasoras de sistemas? Não penso muito e enfio o pen-drive na máquina.

Não demora muito para aparecer uma janela de pesquisas, na qual em baixo da barra de pesquisa está escrito: acesso liberado. Para mim deu certo. Pesquiso por Campo de Trabalho e uma página começa a carregar, sinto que passa uma eternidade. Tenho medo de que alguém apareça por isso sempre olho para os lados a fim de ver se alguém está vindo. Quando a página finalmente carrega tudo que está escrito é sem resultados. Eu não entendo.

—Bom dia, Marcos. —Fecho a página de pesquisa rapidamente e me viro para trás, é José.

—Bom dia, José. —Respondo como se não tivesse feito nada.

José é um garoto dois anos mais velho que eu que trabalha na mesa do lado, ele é uma das poucas pessoas com quem falo por aqui e muitas vezes nossas conversas se limitam a "oi, tudo bem".

—O que você está fazendo? —Ele pergunta.

—Meu trabalho, logicamente. —Respondo, quanto mais rápido ele for embora mais rápido poderei fazer meu trabalho.

—Logicamente... Vou para a minha mesa. —Ele sai com uma cara decepcionado ou sei lá qual.

Quando vejo ele se sentar abro a página de pesquisa novamente e encaro-a. O que devo pesquisar? Lembro-me de que os campos de trabalho são uma possibilidade, já sei pelo que devo pesquisar: pelo nome de meu pai.

Digito seu nome, Joseph Merk, e ponho para buscá-lo, o sistema carrega um pouco e tenho às mãos informações sobre meu pai, ao lado direito sua ficha e ao lado esquerdo uma foto sua.

REGISTRO 268433515710131-SO

Nome: Joseph Merk Jr.e: Giulia A. Merk † Pai: Joseph Merk †

Cônjuge: Dayanara P. Merk † Filhos: Marcos Merk & Júlia Merk

Nascimento: 05 de fevereiro de 2282 Idade Atual: 39

Setor de Nascimento: 1A Endereço Familiar: R. do Comando, 201

Avaliação: Alto Risco Localização: Concentração 006

Meu pai não nasceu aqui, sua avaliação é de alto risco e sua localização é Concentração 006 mas eu não faço a mínima ideia de onde isso fique, já tenho a resposta, já sei pelo que devo pesquisar e sei do mais importante ainda: meu pai está vivo.

Procuro por Concentração 006 mas a única coisa que o computador me mostra é sem resultados. Não tenho mais o que fazer a não ser o que sempre faço aqui por aqui: o meu trabalho. então retiro o pen-drive e passo o resto do meu trabalho fazendo o que devo fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acompanhem, favoritem, comentem que respondo todos com muito carinho.

Aviso: Esse capítulo não pude revisá-lo, então desculpem-me se tiver muitos erros aparentes.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Caminho da Expressão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.