Obsessão por sugação escrita por Tris Cullen


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá... Amei esse capítulo!
Boa leitura!



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Encosto o carro no estacionamento e saio ligeiro. Ando atrás de Alec que anda muito rápido na minha frente. Consigo acompanhá-lo, mas é difícil manter esses passos rápidos na areia. Venta muito e há uma chuvinha fina que cai sobre nossas cabeças. As nuvens no céu são arroxeadas.

     Alec está sem a sua estranha capa, mas usa uma calça preta e um sobretudo preto também. Já notei que é “a sua cor”, ou talvez as dos Volturi. Seus cabelos bagunçados tampam um pouco os olhos vermelhos. Sua testa está enrugada por trás dos cabelos negros.

    -Aro decidiu reagir? Como assim? –pergunto preocupada.

    -Ele está desesperado. Está mandando vampiros para procurar você! –ele diz e diminui os passos.

    -Mandou mais? Mas ele já tinha mandado outros atrás de mim. Mandou você! –digo sem entender nada.

    -Mas isso não é o suficiente. Ninguém sabe que estou aqui, exceto você! –ele me encara. –Aro não é burro. Ele vai mandar vampiros para cá. Os Cullen já quebraram regras. Ele com certeza está desconfiado.

    -Não! –sussurro.

    -Se você vim comigo, eles não vão te achar. –ele diz e eu encaro o chão. –Vai ser mais fácil. Posso te deixar com pessoas e posso te falar sossegado sobre seu dom. Vai ficar longe deles e deixa-los seguros.

    -Por que isso? –pergunto. –Essa preocupação comigo e com o que vai acontecer com eles?

    -Não estou preocupado com eles... –ele sorri incrédulo. –Nem com você! Não estou nem ai.

    -Não? –pergunto confusa.

    -Entenda uma coisa... –ele aperta meu braço me fazendo virar para ele. Meu braço dói com seu aperto duro e frio. –Aro quer você e ele vai lutar para isso. Não vou me colocar contra meus irmãos. Nunca... Vou deixar cada um dos seus preciosos Cullen morrer e não vou levantar nenhum dedo para ajudar. Não estou aqui para ficar brincando.

    -Ai! –puxo meu braço para que ele solte. –Eu sei disso. Você é da parte dos maus, não tenho duvidas sobre isso!

    -Cuidado com as piadas Sara! –ele suspirar irritado e solta meu braço.

    -Não vai se colocar contra o seu Clã, então por que não me levou para eles? –pergunto.

    -Porque meus interesses não são os mesmo. –ele encara o céu.

    -Você me deixa confusa! –suspiro derrotada.

    -Que bom! –ele diz entediado.

    -Como Alice não viu que isso? Essa decisão do Aro? –pergunto pensativa.

    -Ah ela viu sim! –ele dá de ombro. –Talvez só não quisesse te contar.

    Por que ela faria isso? Alice não viu, isso sim é a resposta. Não notei ninguém preocupado ultimamente. Todos pareciam tranquilos... Tranquilos? Estavam fingindo? Balanço a cabeça para afasta os pensamentos.

    -Que coisa feia Cullen! –Alec sussurra com ele mesmo e sorri.

    -Ela não viu! –balanço os braços e dou um sorriso fraco.

    -Eu não entendo porque ela não falaria para você já que é da sua vida que se trata?! –ele suspira pensativo.

    -Para me proteger! –digo confiante. Ou não?

    -Mesmo assim... –ele balança a cabeça. –Isso sim é irônico! Não acha?

    -Vai à merda Alec! –grito e saio andando rumo as arvores.

     Ele não me segue, mas continuo andando. Não vou deixar Alec me controlar. Ficar com raiva dos Cullen? Não. Foi uma família que me salvou de virar uma assassina e me acolheu como parte da família. Alice é super protetora comigo. E ela não deveria ser assim com ninguém. Ela é a extrovertida e elegante da família e não deveria estar esquentando a cabeça comigo.

     Continuo andando entre as arvores. Desvio de uma arvore e deslizo no lodo. Caio no chão rolando e deslizo para dentro de um buraco fundo. Seguro em um galho grosso pendurado na beirada do buraco para não atingir o fundo. Minhas pernas doem e minhas mãos ardem. Olho para o fundo e vejo que tem uns cinco metros de fundura embaixo dos meus pés soltos. Seguro forte para não cair.

     Vejo insetos pela parede do buraco e no fundo. Grito agoniada. Minhas mãos doem muito.

    -Droga! –grito e odeio isso: –Alec!

    -Estou aqui baby! –ele aparece na beirada do buraco sorrindo. –Olha quem resolveu cair em um buraco...

    -Me tire daqui! –grito.

    -Deixa eu pensar... –ele se acoca e cruza as mãos na frente do corpo olhando para mim malicioso. –Acho que não!

    -Alec! –grito. Minha mão esquerda escorrega e grito novamente. Levo minha mão ao galho de novo. –Eu vou cair.

    -Jura? –ele sorri se divertindo com a cena. –Não imaginei isso!

    -Alec! –grito brava.

    -Se você cair dai não morre... Só quebra alguns ossos, isso se você cair de bom jeito. Porque se cair de mau jeito pode quebrar o pescoço. –ele ergue as sobrancelhas explicando.

    -Alec... –eu sussurro seco. –Por favor!

    -Sabe, você é até forte para uma garotinha! –ele dá de ombros.

     Não dá para aguentar mais. Espero alguns segundos e minhas mãos se soltam do galho. Sinto algo forte e gelado segurar meu pulso direito. Olho e vejo Alec com o braço estendido segurando meu pulso. Ele se curva para dentro do buraco e pega meu outro braço me puxando para cima. Minhas pernas estão fracas e eu caio rumo ao seu corpo. Ele me segura pela cintura. Estou próxima dele e sinto seu corpo frio em contato com o meu.

    -Te peguei! –ele sussurra.

    Sinto-me estranha. Encaro seus olhos vermelho por segundos e vejo a frieza deles tão próximo de mim. Não há brilho, só escuridão. Afasto-me confusa e balanço a cabeça.

    -Ia mesmo me deixar cair?! –digo irritada.

    -Um simples obrigado já basta! –ele revira os olhos.

    -Não fez mais que sua obrigação! –retruco.

    De repente ele me pega e joga novamente no buraco me segurando pelo braço. Sinto-me zonza pelo movimento rápido. Meu coração acelera. Sinto-me enjoada. Sinto calafrios na minha barriga e adrenalina.

    -Minha obrigação? –ele exclama. –Você acha que você é minha obrigação? Uma simples garotinha? Não sou babá de ninguém.

    -Não é por isso que está aqui? –eu digo baixo. –Está aqui porque Aro te mandou. Aro te deu uma obrigação, querendo ou não.

    -Você não sabe de nada! –ele diz irritado e desliza um pouco meu braço. Sinto que vou cair a qualquer momento e meus pulsos ardem.

    Se for um obrigado que você quer, então obrigada! –eu digo engasgada. –Obrigada Alec por ter salvado minha vida!

    -Você aprende rápido! –ele diz e me puxa de volta.

    Sacudo minhas calças para tentar tirar um pouco da sujeita. Passo a mão nos meus pulsos que estão vermelhos. Alec fica me encarando pensativo. Tiro as luvas e sinto alivio. Odeio luvas mesmo fazendo tanto frio.

 

 

    -O dom faz parte de nós. Eu te mostrei quando tentei matar você na casa. Ele emana de você. O meu, por exemplo, ele sair de dentro de mim para fora. É algo como controle. E o controle vem de dentro, vem do cérebro. Você que o controla. Você tem que tomar o controle do poder, se não ele acaba te controlando. –Alec explica próximo de mim. Estou encostada em uma arvore na sua frente. –Isso é somente o que eu posso falar sobre poder.

    -Isso é patético! –digo irritada. –Pensei que você pudesse me ajudar...

    -E vou... –ele me interrompe. –É só que você controla isso tudo. Não posso te ajudar se você não quer.

    -E eu quero. –digo.

    -Entenda, não estamos lidando com algo corporal. Estamos lidando com psíquica, que diz respeito à alma e às suas faculdades intelectuais e morais. É algo que não se aprende tão fácil, ainda mais que você é humana. Humanos sentem as coisas em uma escala menor que a nossa e isso não facilita nada. –ele diz.

    -Não sei se consigo fazer isso. –admito. –Como você disse, sou fraca!

    -Não disse que... –ele para e pensa. –Você é fraca, mas vamos tentar. Talvez você consiga!

    -Nossa isso foi muito convincente, confortante, estimulador e empolgante! –digo.

    -Só aprenda a se concentrar, imaginar e principalmente a me ouvir... –ele diz.

    -Isso vai ser interessante! –sorrio.

    -Não imagina o quanto! –ele dá de ombros e me puxa pelo braço. –Vem, você precisa ir para casa.

    -Mas não íamos falar sobre meu dom? –pergunto sem me mover.

    -E falamos! –ele diz.

    -Alec...

    -Sara... –ele sussurra perto do meu rosto. –Sou um vampiro e não consigo ficar muito tempo tão perto de você!

    -Entendi! –digo. –Desculpa!

    -Não trisca em mim com essa sua mão diabólica! –ele ordena me pegando no colo, sinto um frio na barriga quando ele faz isso.

    -Tudo bem! –digo fechando minhas mãos. –Só não me deixe cair.

    Ele sorri e dispara como um fleche pela floresta. Ele para alguns metros do carro e me coloca no chão. Sinto-me um pouco enjoada. Ele suspira e olha em volta. Parece que está conferindo se há alguém pela redondeza.

    -Posso te perguntar uma coisa? –pergunto desconfiada.

    -Não! –ele diz.

    -Por que Alice não consegue ver você nas suas visões? Por que ela ainda não desconfiou que estou me encontrando com você? –pergunto curiosa. –Ela nem sabe da sua presença!

     -Tenho meus truques! –ele dá de ombros.

    -Você tem muitos segredos! Não sei como vamos conseguir trabalhar nisso se você fica me escondendo coisas... –digo.

    -Não estou escondendo, só não vou contar. –ele me encara. –Vamos deixar isso só no profissional!

    -Alec...

    E de repente estou sozinha. Alec some em um vulto. Respiro fundo e macho até o carro. Coloco uma música alta e saio dali. Sigo pelo caminho cantando com a cantora. Viro na estrada e pego a estrada de casa. Escuto um barulho e me assusto com Alice do meu lado.

    -Alice! –grito fazendo um ziguezague na estrada.

    -Aonde você estava? –ela pergunta, parece preocupada.

    -Eu... eu... –preciso de uma resposta rápido. –Eu estava dando uma volta pela praia para pensar um pouco e acabei me distraindo.

    -Estávamos te procurando! –ela diz aliviada. –Estava preocupada, você demorou e já esta quase noite.

    -Desculpa Alice! –digo fazendo uma cara de anjinho.

    -Tudo bem, mas ande sempre com o celular... –ela suspira e pensa. – Ou melhor, não ande sozinha para tão longe. Se acontecer alguma coisa, não podemos te ajudar.

    -Parece tudo tranquilo Alice. –eu sorrio desconfiada. –Você não teve mais visões com Aro e se acontecer alguma coisa, você vai me falar!

    -Claro! –ela sorrir desviando o olhar.

    Oh não! Alice está mentindo. Respiro fundo para não falar nada e saio do carro. Ela me segue e passa na frente. Tiro meu casaco e enfio na bolça, abro a porta e me deparo com Jacob vestindo uma camisa verde.

    -Oi! –digo e sorrio. Amo ver Jacob sem camisa, mas ela se assenta bem com ele.

    -Oi, a onde estava? –ele parece cansado. –Estavam te procurando.

    -Estava andando por ai! –digo.

    -Sei! –ele diz desconfiado. –Quero que você me ajude com uma coisa amanha... Se não tiver compromisso.

    -O que eu posso fazer aqui? Nada! –sorrio e digo perto do seu ouvido. –Adoraria!

    -Que bom! –ele me dá seu beijo quente no meu pescoço. –E que a gente nunca fica junto, eu queria que fosse comigo.

    -Vou se você me ensinar a andar de moto! –sugiro e estendo a mão para ele sorrindo. –Feito?

    -Não! –ele sorri. –Não vou pegar na sua mão diabólica!

    “Mão diabólica”.

    -Mas aceito! –ele sorri.

    Colo minha testa na dele. Ele segura meu rosto com as duas mãos quente. Sinto-me tão bem, que ficaria assim para sempre. Jacob beija entre minhas sobrancelhas e escuto pisadas atrás de mim.

    -Jacob vamos! –Jasper chama. Eu me afasto vermelha. –E Sara não suma assim ou eu vou ter que te acorrentar em casa.

    -Tudo bem papai! –sorrio.

    -Boa garota! –ele sorrir também.

    Fico encarando eles entrarem na floresta e logo Edward se juntou a eles seguido por Rosalie e Emmentt. Não faço a mínima ideia do que está acontecendo, mas acho que não é nada de mais. E eu preciso urgentemente de um banho!


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Notas finais do capítulo

Genteee que clímax entre Alec e Sara. Amei! Que louca minha personagem...
Obs: podem shippar os dois... Eles vão ter muitos capítulos juntos assim como Jacob e to tentando achar um brecha para nossa amada Renesmee. Estou deixando vocês loucos? Entediados? Está chato né. Comentários por favor! Eu fico louca, pirada( de um jeito bom viu?) quando vocês comentam... Então me ajude, pelo menos para dizer "nossa você não é boa não", "que historia horrível" "Ta legal" "Ta ótima" "gostei".... Sugestões super bem vindas! Estou apaixonada pelo Alec. Mudei características dele... Ta diferente do da tia Stephenie Meyer que é maravilhosa. O meu é mais irônico! :D Espero que tenham gostado! Eu gostei...
Obrigada e até o próximo. Beijão!



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