Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 20
Relíquias – Parte 1: O Ciclo Auricular


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos nós de novo pessoal! Este capitulo esta maior do que os outros devido a começar um dos temas principais da historia, as relíquias! Ficaram com duvida leiam e descubram o que se trata, desde já uma boa leitura para todos!!!



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Estava imóvel como uma estatua, não sabia onde estava, nem como foi parar lá.

– Mais que merda! – Disse o jovem.

Sentia as ondas do mar baterem em suas botas, a areia branca como a neve cobria todo aquele cenário, o céu estava encoberto pelas nuvens impedindo de saber se era dia ou noite.

– Uma praia deserta...

Rochas separavam a areia de um caminho feito de pedras que levava a uma pequena elevação.

– Ficar parado aqui não vai me ajudar em nada.

Prosseguiu o caminho a sua frente, as rochas eram íngremes, mas para alguém que cresceu em Masyaf, aquilo era fácil. Escalou com rapidez e precisão e ao chegar ao topo sentiu um vento frio cruzar seu rosto obrigando a fechar os olhos. Quando sentiu o vento diminuir abriu-os novamente e se deparou com algo fora do comum...

– Mas o quê?!

A sua frente, fixada no fundo de um lago, residia uma grande cidade com um imponente castelo no seu centro, a sua volta existiam casas que eram de cor cinza e sem vida, neve jazia por todos os cantos daquele lugar, barcos e navios estavam destruídos ou afundados no porto. A cidade toda emanava uma aura de puro abandono.

– Meu Deus...

O jovem sem ter aonde ir decide se aventurar por aquele estranho ambiente, desceu a elevação rochosa, saltou sobre algumas árvores e chegou com facilidade até o solo e caminhou até a grande cidade.

Ao chegar a seus portões ficou desolado com o que viu. As casas estavam todas em ruinas, janelas, portas e telhados quebrados, nenhuma viva alma era sentida. Nenhuma Aura, nenhuma presença... Nada... Uma verdadeira cidade fantasma.

– Este lugar...

Era familiar, como se já estivesse lá antes.

– Mas quando?

Ouve um barulho.

– Hum! – Rapidamente se coloca em posição, sua lâmina oculta brota de sua braçadeira direita em posição. – Quem esta ai?! – Inqueri o jovem que não recebe resposta. – Vamos apareça! Não irei lhe fazer mal! – Diz recolhendo sua lâmina oculta e erguendo os braços em sinal de paz. – Só preciso de algumas informações? Não tenha medo.

Nessa hora o jovem ouve passos, respira fundo, não sabia o que poderia encontrar naquele lugar abandonado, mas para sua supressa foi algo revelador.

De trás de uma construção ele veio. Com suas quatro patas ele caminhou até sua frente, seus olhos azuis se encontram com os dele que também tinham a mesma cor, era alto e esbelto, seu pelo brilhava como cristal e suas orelhas eram pontudas capazes de ouvir e sentir tudo a sua volta e seu focinho longo e negro fareja o ar à frente.

Tal visão deixou o jovem paralisado e fascinado, de ante dele estava um majestoso lobo branco que o encarava com imponência e respeito.

– Eu só posso estar sonhando? Um lobo do ártico? Mas... Pensei que estivessem extintos? – Disse para si mesmo.

O lobo continuava encarando o jovem sem se mexer.

– Ei... Vem cá! – Chama o jovem se ajoelhando e batendo no peito. – Não vou te machucar. – E estende sua mão esquerda para que o animal pudesse cheirar.

O lobo ao ver tal gesto se aproxima com cuidado, cheira a mão do jovem, uma, duas, três vezes, até que começa a lamber sua mão.

– Isso... Bom garoto! – O jovem se aproxima, mas com cuidado e com sua mão livre faz um afago na cabeça do lobo que se reclina aceitando o carinho do jovem, para logo depois lamber sua face. – Ei! Isso faz cócegas!

O lobo nem se importou e continuou a lamber o rosto do jovem, poucos minutos depois estava com o rosto todo babado.

– Bom se isso foi o comitê de boas vindas eu agradeço... Eca! – Limpa com as mãos a baba do lobo que estava sentado olhando a para ele. – Então amigão? Pode-me dizer onde estou?

O lobo não expressou reação alguma.

– Ora bolas onde estão meus modos? – Diz dando um tapa em sua testa. – Nem me apresentei... Prazer sou Serge! – Responde esticando a mão e para sua surpresa o lobo estendeu sua pata tocando a mão do jovem em forma de cumprimento. – Rapaz... Você é esperto, heim?

A resposta foi um latido.

– Vou entender isso como um sim!

E tem outro latido como resposta.

– Bom, as apresentações já feitas... – E se levanta fazendo um afago na cabeça do lobo. – Sabe onde estou amigão?

O lobo ao ouvir isso se levanta e começa a caminhar para o norte, olha para trás e lati como se quisesse que o jovem o seguisse.

– Tudo bem... Eu vou com você.

E Serge segue o lobo por aquela estranha e familiar cidade.

Enquanto isso no Mosteiro...

– Serge, Serge, acorda! – Gritava Oliver sacudindo o corpo de seu amigo que jazia desacordado. Colocou seu ouvido esquerdo em seu peito e pode ouvir seu coração. – Ele tá vivo! Mas nem se mexe! Frei Thomas o que aconteceu aqui afinal de contas?! Que história é essa da espada ter sugado a alma do Serge?! Me explica?! – Pedia o garoto em suplica.

Por sua vez o frei estava parado olhando a espada de seu irmão a contemplado, nem pareceu ouvir o menino, que ao notar isso foi até ele e deu um pisam em seu pé fazendo o berrar:

– AAAIIII!!!! – E fica pulando segurando o pé pisado. – O que pensa que esta fazendo minha criança?!

– Chamando a porra da sua atenção! O que mais eu estaria fazendo, tricotando? – Diz o garoto com ironia. – Agora que tenho sua humilde atenção... DA PRA ME EXPLICAR O QUE TA ACONTEÇENDO AQUI?!!! – Grita o menino a plenos pulmões fazendo os poucos cabelos do frei subirem para o alto.

– Nossa que gogo! – Responde o frei. – Já pensou em entrar para o coral da igreja? Sua voz ia ser muito bem vinda...

– Se o senhor não calar a boca eu vou pisar no seu outro pé!

– Então onde estávamos mesmo? – Pergunta o frei fugindo só assunto “pisam”.

– Vou resumir pro senhor velhinho! – E levanta os dois indicadores e logo em seguida apontando para Serge. – Meu amigo aqui esta caído, desfalecido, dormindo, sem alma, ou seja, lá o que for e não se mexe nem que a vaca tussa! – Agora aponta para si mesmo. – Ai, vi que vocês estavam demorando pra volta, fiquei preocupado e fui verificar o que aconteceu, os monges me contaram que viram o senhor correndo com meu amigo aqui desfalecido. – Aponta para Serge. – A tira colo! Sendo seguidos pela minha deusa de ébano que correu atrás de vocês. – Ele esta se referindo a Esmeralda. – Ai eu chego, vejo ela sair que nem maluca correndo, dizendo algo sobre uma tal de... Rapunzel que estava gritando e chorando. – Aponta para o caminho que ele veio. – Então eu do de cara com o senhor com essa cara de bezerro desmamado olhando pro meu amigo e mentor e sem mover um musculo! – E aponta para o frei que o ouvia com cara divertida segurando o riso.

– Não ria frei maluco! A coisa é seria! – Brada Oliver agitando os braços.

– Realmente é meu filho. – Responde o frei surpreendendo o menino. – Mesmo em minhas décadas de vida e de luta nunca iria imaginar que isso um dia fosse acontecer justo com a espada que meu irmão e eu forjamos. – E senta cruzando as pernas. – Aqui criança... Sente ao meu lado. – Pede o frei batendo de leve no chão para que o menino se juntasse a ele.

– Mas... O meu amigo?! – Pergunta o menino preocupado.

– Não se preocupe... Ele esta bem. Agora venha aqui quero lhe contar uma coisa.

Oliver percebeu que não conseguiria dobra aquele velho teimoso, então a contra gosto se sento seu lado cruzando as pernas e os braços.

– Espero que seja importante velho gaga!

O velho Frei ri do jeito do menino, lembrava muito a Gerik mais novo, sempre apressado e impulsivo.

Estou tendo muitas emoções nostálgicas hoje.

E ai! Vai falar ou não?! – Reclama o menino.

– Com toda a certeza! – Responde sorrindo. – Você sabe o que são relíquias minha criança?

O menino desfez sua cara enfezada e levantou uma sobrancelha.

– Ahnnn? O quê?

– Relíquias meu caro? Já ouviu falar?

Oliver pensou um pouco.

– Não, nunca.

– Imaginei! – Responde o frei sorrindo. – Relíquias são... – E olha para Crissaegrim. – Nosso legado neste mundo minha criança.

– Como é?

– São objetos, que um dia foram muito importantes para alguém, minha criança e que guardam em si um grande poder! – Diz Frei Thomas com ênfase.

Ao ouvir tais palavras os olhos do garoto se arregalam e se levanta e grita:

– COMO É QUE?!!!

– Nossa que pulmões! – Brinca o frei.

– NÃO É HORA PARA PIADAS! QUE HISTÓRIA É ESSA DE GUARADAREM PODERES?! PENSEI QUE SÓ AS MATÉRIAS TIVESSEM ESSE PODER? – Brada Oliver balançando os braços freneticamente.

– HÃ! Você chegou aonde eu queria meu jovem! – Responde o frei que tira uma matéria de sua batina. – Veja só minha criança... Eu lhe contei que as matérias são tesouros que nosso mundo nós concedeu para que pudéssemos apreender sobre sua historia e lendas...

– Mas também para nós proteger, não é? Pois com elas podemos usar magia. – Responde Oliver.

– Precisamente! Mas você sabe como uma matéria se forma Oliver?

O menino pensou por um tempo, realmente tinha pensando em perguntar isso a Serge em outra ocasião, mas...

– Na verdade não. Eu pedi pro Serge me explicar sobre isso, mas ai aconteceu um monte de coisas e nem fiquei sabendo sobre os tais níveis também?

– Perfeito! Vou poder te explicar tudo de uma vez só então! – Expressa o frei feliz.

– Perai frei maluco! Tem certeza que essa é a melhor hora pra me ensinar algo? O Serge tá ali esparramado no chão e Esme foi não sei pra onde? E se estiver acontecendo algo muito importante? Não seria hora nem lugar para...

– Oliver... – O frei olha para o menino com olhos sérios, mas também cansados. – É por algo importante estar acontecendo que preciso que me ouça.

– O quê? – Pergunta o menino sem entender.

– Neste momento minha discípula... Esta lutando nos portões do mosteiro contra uma pessoa extremamente perigosa, para salvar uma preciosa amiga.

O menino ao ouvir isso, sente seu coração quase sair pela boca. Levanta-se assustado, olha para a direção que Esmeralda seguiu.

– O senhor tá brincando... Não é? – Pergunta o menino tremendo.

– Quem dera fosse. – Responde Thomas.

– Então mais um motivo para nós ajudarmos!!!

– Ah? – A reação do menino surpreendeu o frei.

– Não podemos ficar aqui sentados! Se um amigo esta precisando de ajuda é nosso dever ajudar! O Serge me ensinou isso! – Exclama o discípulo de Serge já pronto para correr, quando...

– Oliver espere! – Ordena o frei.

O menino se vira para o frei.

– Olha, eu não sei quanto ao senhor, mas eu não consigo ficar parado sem fazer nada, me admira o senhor ficar parado ai enquanto sua discípula luta, o senhor não vai fazer nada para ajuda-la?

O velho Assassino fecha seu olhos, parecia cansado.

– Minha criança... Você é muito novo.

– Hum?

– Eu já a estou ajudando. – Responde o frei de maneira enigmática.

– Ajudando? Mas como? Se o senhor tá ai sentado? – Pergunta o menino confuso e repara um sorriso nos lábios do frei.

– No momento em que sentei aqui meu filho, estou usando esta matéria que jaz em minhas mãos.

– O quê?! – Exclama Oliver atônito.

– Sim, com ela criei uma barreira que cobre todo o Mosteiro de São Jose, assim sua família e os monges que tanto amo como meus filhos estão protegidos... Pelo menos enquanto minha Aura durar, he,he,he.

Oliver ficou pálido com o que ouviu, sua boca ficou seca, seu coração batia acelerado, as palavras do frei ressoavam em sua mente.

– O senhor... Esta fazendo... O quê? – Perguntava incrédulo.

E o frei esboça seu tradicional sorriso enquanto um filete de sangue escorre pelo canto de sua boca, deixando o menino apavorado.

– Frei Thomas!!! – E corre até ele se ajoelhando perto do frei. – O senhor tá sangrando!!!

– Ora! – O velho frei passa sua mão esquerda limpando o sangue de sua boca e sorri para o menino. – Não se preocupe... Sou velho, mas muito resistente, porém acho que se eu conversar com alguém me ajudaria a me distrair e passar o tempo, enquanto nosso amigo não volta o que acha? – Pergunta Thomas sorrindo para o menino que começou a chorar.

Serrava seus punhos com força e mordia seus lábios enquanto lagrimas escoriam por seu rosto.

Eu sou um idiota!!! – Bradava em sua mente. – O frei ariscando a vida dele e eu o ofendendo!!! – E olha para o corpo de Serge. – Que droga de discípulo eu sou?! – E encara Frei Thomas que mantinha seu sorriso, mas começou a ver um suor escorrendo por sua testa e tomou uma decisão. Sentou-se a sua frente e colocou suas mãos na matéria que o frei segurava e começou a se concentrar. ­

– Minha criança... O que esta fazendo?

O menino não respondeu, apenas fazia o que Serge e o frei haviam lhe ensinado e uma pequena Aura azul clara começa a emanar de seu corpo e passando para a matéria e o frei começou a sentir menos cansado, porém o menino a sua frente arfava o peito respirando muito fundo. Ao notar isso grita.

– Meu jovem o que você fez?!

– Ora... Não é obvio? – Dizia com dificuldade. – To te ajudando a manter a barreira que o senhor falou, só não tinha ideia que isso... Cansava tanto. – Respondeu o menino quase caindo.

– Oliver!

– E então? Vai me contar sobre as relíquias ou não?

– Ah?!

– Vamos lá velhinho... Precisamos de algo para nós manter acordados não, é? – Pergunta o menino com um sorriso debochado, que o frei responde com um sorriso ainda mais bobo.

– Somos dois bobos mesmo!

– É mais ninguém precisa ficar sabendo, então bico calado!

– Há, há, há... Pode deixar! Então vejamos... Relíquias são...

Enquanto isso fora do mosteiro.

­– Cai dentro bruaca!!! – Brada Esmeralda destruindo cada junco que avançava contra ela com soco e chutes.

Vários juncos atacam a cigana que se movia como com uma velocidade fora do normal até para um Assassino.

Zie estava sentada ao chão logo atrás de sua amiga, estava muito ferida e não tinha como ajudar sua amiga. Sentia-se uma fraca naquele momento, sua amiga se ariscando e ela ali caída sem poder fazer nada.

Se eu fosse mais forte. – A jovem morde seu lábio inferior em raiva. – Como eu queria ter forças para ajudar...

– E você tem... Só não teve oportunidade. – Diz uma voz em sua mente.

– Ah? – Conhecia aquela voz e por instinto olha para a parede do mosteiro e vê um pequeno pombo preso por juncos.

Oi! To vivo!

– Senhor Tico! – Exclama a jovem aliviada. – Pensei que o senhor estivesse...

– Morto? Há, há, há. Claro que não minha criança! Sou um familiar não é tão fácil assim de me matar... Se bem quem... ­– O familiar de Allen observava a cigana lutando. ­– Tua amiga manda bem no combate corpo a corpo, heim? – Exclama Tico pasmo vendo Esmeralda lutando.

É, já eu... – A jovem loira abaixa a cabeça e uma lagrima escorre por seu rosto.

Ei! Nada de lagrimas agora princesa! – Exclama Tico. – Precisamos agir e rápido!

– O que? Como assim?

– Eu estava meio grogue, mas conseguir ouvir parte dela te interrogando sobre relíquias. Estou certo?

Zie engole um seco, queria esquecer o suplicio que acabou de passar, mas aquela palavra lhe despertou, então olhando para Tico pergunta:

Senhor Tico, o que seria uma relíquia? Ela me perguntou, mas não faço ideia do que sejam, é algo importante?

Muito! Tão ou mais valiosas que as matérias. Elas são...

– O coração de pessoas que fizeram grandes feitos em nosso mundo e que deixaram seu legado para proteger seus entes mais queridos e as futuras gerações. – Responde Thomas para Oliver que o ouvia com atenção.

– O coração de pessoas? C-Como assim?

– Oliver... Neste mundo todos nos temos aura, ela nós acompanha do nascimento até nossa morte. Alguns vivem sem nem saber que ela existe, outros como nós estudamos, treinamos a aprender o seu manuseio e até como faze-la crescer. A Aura não é apenas uma força para batalhas ou morte ela é um registro de todos os nossos feitos, sejam eles bons ou ruins.

– Como se fosse um livro? – Pergunta o menino.

– Sim! A Aura seriam as folhas e nossas ações a tinha e pena que escrevemos nela.

– Boa colocação! Mas...

– Sim meu filho, algo lhe deixou curioso?

– Bom... Se a Aura nós acompanha até nossa morte... Ela desaparece quando morremos?

O velho frei apenas meneio a cabeça.

– A Aura é eterna! Mesmo quando nosso corpo perece e nossa alma segue para o descanso eterno a Aura não deixa de existir, ela então segue por dois possíveis caminhos.

– Dois?

– Isso. O primeiro deles chamamos de “Ciclo Auricular”.

– “Ciclo Auricular”... O que é isso? – Pergunta o menino.

– Bom, digamos que é como o ciclo da vida, nascemos, crescemos, nós reproduzimos e morremos. – Diz Frei Thomas. – O Ciclo Auricular é mais ou menos isso... Porém segue por um caminho totalmente diferente.

– Diferente, como?

– Todos nós Oliver ao nascermos recebemos uma parcela de Aura, que se originou de nosso mundo. Cada vida neste grande mundo, todos nós sem exceção carregamos um pouco desta Aura que veio da mãe terra.

– UAU!!! – Exclama o menino.

– Incrível não acha? Agora deixe me continuar, ao recebermos essa parcela de Aura podemos fazer com ela o que quisermos, podemos escolher fortalece-la ou até mesmo ignora-la, mas ai eu te pergunto? Por que deixarmos de usar um presente tão especial, não acha?

– Com certeza! – Exclama Oliver. – Eu mesmo me surpreendi quando comecei a usar a Aura, agora que sei... Na boa, não quero parar mais!

– Ótimo! É assim que se fala meu jovem.

– Obrigado! Mas o senhor falou de dois caminhos?

– Sim, o primeiro começa e termina no mundo. Quando já alçamos o ápice de nossas forças ou de sabedoria e vamos para o descanso eterno, nossa Aura volta para o centro do mundo onde fara parte novamente do infinito Ciclo Auricular, assim Oliver nosso legado fica perpetuo para sempre na Aura deste mundo é maravilhoso não acha?

Oliver não tinha palavras para descrever sua emoção, aquilo era algo surreal, estranho e ao mesmo tempo incrível!

– Então... Mesmo que... As pessoas esqueçam de nós... – O menino começa chorar emocionado. – Mesmo que não tenhamos cometidos feitos extraordinários e que poucos ou quase ninguém se lembre de nós, o mundo nunca vai esquecer que um dia nós existimos?

O frei apenas sorri e responde.

– Exatamente minha criança... E deste legado é que elas são formadas. – E estende a matéria que esta na sua mão, fazendo os olhos do menino brilharem. – Graças a nossos esforços em vida... Podemos juntos com mundo ajudar as futuras gerações com elas... As matérias, ou como os antigos chamavam as sementes do mundo.

O menino estava pasmo, não tinha ideia que o frei possuía tamanha sabedoria.

– Quer dizer então? Que as matérias são...

– Sim! Elas são a condensação da Aura do nosso mundo que foi criada com a sabedoria que nossos antepassados passaram para o mundo e com elas podemos evoluir também.

– Os tais níveis? – Pergunta o discípulo de Serge.

– Exato! Cada matéria possuiu o que chamamos de memoria guardada ou magia oculta. Que para ser destravada precisamos falar com ela, ou melhor, dizendo unirmos nossas Auras com ela. – Explica o frei. – Assim a matéria começa a “se lembrar” do seu antigo poder sendo assim capaz de ajudar melhor seu protetor com magias de ataque ou defesa mais fortes. Esta matéria por exemplo que estamos usando chamasse “Barrier” que quer dizer barreira... Ela se encontra em nível 4, ou seja sou capaz de usar o poder oculto da matéria entende?

A boca do menino parecia um grande “o” .

– Vou entender isso como um não.

De repente o menino se encolhe e ergue a cabeça berrando:

– ISSO É MUITO LEGAL!!!!

– Ah?!

– Eu sabia que as matérias eram coisas maneiras, mas não a esse ponto! Cara eu to empolgadão!

– E olha que nem te falei a melhor parte.

– NÃOOOO, tem mais?!

– Claro! As matérias podem chegar até nível 5, elas chegado a esse nível não podem mais evoluir, quer dizer então que a matéria alcançou seu nível máximo ou “Master” e ela gera uma outra matéria igualzinha a ela, só que em nível 1 de novo.

– As matérias dão filhotes?! Que maneiro! – Exclama o garoto todo bobo.

– Não Oliver ela apenas produzem outras... Mas não deixa de ser um nascimento. – Diz o monge se corrigindo. – Uma nova matéria nasce e esta pronta para começar sua jornada, assim como a matéria que original teve.

– Isso é fantástico! – Exclama o menino.

– Sim, não importa quantos anos se passem sempre vou admirar as matérias e seu comportamento.

– To vendo! Então as matérias que o Serge tem são de nível 1, por isso que ele não conseguiu me curar por completo?

– Precisamente, alias Oliver esqueci de dizer que quanto mais alto o nível da matéria, mais aura precisa ser usada.

– Serio? Nossa isso então faz delas serem...

– Uma faca de dois gumes! – Completa o frei. – Pois fatalmente precisamos usar mais Aura para invocar seus poder oculto e acredite meu filho... Ficar sem Aura numa batalha é o mesmo que pedir para te matarem, então muito cuidado na hora de usar uma matéria ouviu?

O menino engole um seco ao ouvir a palavra “morrer”.

– Pode deixar... Vou manter isso em mente! – Diz todo se tremendo. – E as relíquias? Onde elas se encaixam nessa historia?

– Oh! Sim não podemos esquecer-nos delas. Elas são... – Thomas faz uma pausa e olha para Crissaegrim e depois volta sua atenção para Oliver que o encarava com seus olhos brilhando. – Elas são provas de amor e lealdade, minha criança.

– Provas de amor e lealdade?

– Sim, digamos que você ame muito alguém ao ponto de ariscar sua vida por ela, ou quem sabe por um sonho, uma aventura ou até mesmo o desejo de se vingar de alguém. Esses sentimentos não ficam apenas retidos em sua Aura, chegam a ultrapassar essa fronteira e se fincam até em seu próprio coração.

– Nossa! Espera! O que o senhor tá querendo dizer com isso?

– Que se a pessoa tinha desejos, assuntos inacabados ou até sonhos a serem realizados, ao invés da Aura do individuo retornar a centro do mundo, ela fica vagando pelo mundo ou habita dentro de algo... Pode ser seu coração, um objeto pessoas, quando isso acontece ele deixar de ser um mero objeto e se torna o que chamamos de...

Relíquias! ­– Diz Tico em mente para Zie. ­ – Ao contrario das matérias que precisam de uma parcela de Aura nossa para serem usadas, as relíquias não! Elas ativam um poder diferente que varia com o poder que o dono ainda em vida usava. Ou seja, se você usar um cajado de um mago que usava magias de fogo... Você poderá ter acesso às magias que esse mago usou em vida, já que ele depositou muita Aura naquele objeto ou talvez toda a que ele tinha. – Explica Tico. – O processo de criação de uma relíquia ainda é um mistério, algumas sedem seu poder sem demostrar força ou oposição já que seu dono em vida não tinha uma alto estima muito forte, porém... – Faz uma pausa. – Agora se esse dono foi alguém que tinha um senso de honra, força interior e uma Aura muito forte! A relíquia poderá julga-lo se ele é digno ou não de ser seu novo mestre! E se ele for aprovado... O CARA VAI TER ACESSO A TODO O PODER QUE O ANTIGO DONO TINHA EM VIDA!!! E SEM TER QUE EVOLUIR DEVAGAR COMO SE FAZ UM MATERIA!!! Ele se torna um novo individuo capaz de operar até milagres!!! Dizem que no passado grandes heróis mudaram o rumo de batalhas só de terem essas belezinhas ao seu lado! E quando eles morreram... Suas Auras se fundiram as Relíquias tornando ainda mais poderosas, fizeram isso para proteger o futuro! Entendeu Zie A COISA É SERIA!!!!

– Meu Deus! – Exclama Zie tapando sua boca.

Pois é, meu anjo! E pela historia que sua amiga contou... Tem uma relíquia dentro desse mosteiro. Não importa o que aconteça... Não podemos deixar que ela fique com tal artefato! Não quero nem pensar no que uma bruxa dessas poderia fazer com uma relíquia.

Zie fica apreensiva ao ouvi as palavras do familiar.

Então o que devemos fazer?

– Primeira coisa! ME TIRA DAQUI!!! – Brada o pombo se contorcendo todo ainda preso aso juncos.

Ah... Tá bom... Esme! – Chama Rapunzel. – Preciso que você faça uma coisa!

– To meio ocupada agora! Da pra esperar? – Responde a cigana destroçando os juncos.

– Preciso que você solte o senhor Tico, estou sem minha lâmina oculta e minhas adagas acabaram. – Exclama Zie sentada no chão. Estava muito ferida e não conseguia andar.

– Eu to descendo a porrada aqui não percebeu?

– Eu sei, mas é um caso de vida ou morte... Mais pra morte do que pra vida. – Diz a Assassina loira.

A cigana ao ouvir isso fica com sua fisionomia seria.

– Tá eu solto, cadê ele?

– To aqui meu bem!

Esmeralda ao ouvi uma voz esganiçada se vira encara o dono da voz. Seus olhos verdes se arregalaram ao ver um pequeno pombo branco preso por juncos, mexendo as asas e falando.

– Oi docinho, prazer em conhecê-la, sou Tico! Sou amigo da Zie, pode me ajudar a sair daqui.

A cigana olhava para o pequeno ser completamente muda e com seus olhos arregalados, se vira parcialmente para Zie que apenas diz:

– Não se apavore! Ele parece estranho mais é gente boa, fala pelos cotovelos... Quero dizer asas. – A jovem loira tenta explicar para sua amiga que parecia completamente fora de orbita. – Ele é um familiar de um mago que veio do oriente só para nós ajudar, ele tentou me ajudar mais foi derrotado por uma coisa que saiu não sei da onde e a Gothel prendeu ele ali.

Esmeralda continuou ouvindo sua amiga, mas desta vez se mexeu e um tentáculo brotou exatamente onde ela estava, deu mais alguns passos para trás ainda olhando o pássaro com seus olhos arregalados.

– O pobrezinho não consegue sair sozinho, por isso preciso que ajude ele, eu to sem munição então... Esme o que você vai fazer com esse pedregulho? – Pergunta Rapunzel atônita ao ver que sua amiga socou o chão e tirou um imenso bloco de concreto que fazia parte do pátio e sem mais nem menos ela joga o pedregulho... No pombo!

– Ai... Isso vai doer.... – E é esmagado, com junco parede e tudo.

– SENHOR TICO!!! – Berra Zie erguendo os braços desesperada. Esmeralda por sua vez só bateu as palmas das mãos umas nas outras tirando a poeira com um sorriso no canto do lábio.

– Prontinho! – Diz a cigana colocando as mãos sobre a cintura.

– Prontinho? O que foi que te deu amiga?! Você matou o senhor Tico! – Barda Zie chorando.

– Ah, me poupa Zie! Se ele é mesmo um familiar vai reviver rapidinho... Olha lá. – Responde apontando um pequeno redemoinho de penas que se juntam criando uma pequena esfera e explodindo logo em seguida, surgindo um pombo todo branco onde a esfera estava. O pequeno familiar ao renascer fuzila a cigana com os olhos, que apenas ria despreocupadamente e sem perder tempo vai até ela ficando cara a cara com ela.

– O que, que te deu na cabeça menina? Porque tacou um bloco de concreto em minnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn?????!!!!!! – O grito do pombo foi tão alto que os juncos que se aproximaram retrocederam entrando para debaixo da terra de novo. Zie que chorava preocupada com o pássaro encarava ele aliviada.

– Senhor Tico o senhor esta vivo!

– É claro que estou meu bem, sou praticamente imortal.

– Então porque tá reclamando de um bloquinho na sua cabeça?

O familiar ao ouvir isso começa a se debater que nem louco enquanto gritava.

– Não e porque eu sou “tecnicamente” imortal. – Tico faz sinal de aspas com as asas. – Não significa que eu não sinta DOR!!!

– Ah, tá “entendi”. – Responde Esme fazendo sinal de aspas também, para irritação do pombo.

–Cê tá me zuando pirralha?

– “Imagina”. – Responde a cigana fazendo sinal de aspas de novo.

– Você tá sim! Zie faz alguma coisa ela tá implicando comigo! – Exclama Tico fazendo voz de criança.

– Hi,hi,hi. – A jovem loira só ria.

– Tá rindo do que loirinha. – Reclama o pombo.

– De vocês!!! Lembrei-me da Mérida te esganado quando descobriu que o senhor era um familiar, foi hilário!

– Há, há, há, muito engraçado!

– Então você é mesmo um familiar? Bem que eu suspeitava. – Diz Esme surpreendo sua amiga e o pombo.

– Perai? Esme você sabia que o senhor Tico era um familiar?

– Na mesma hora que bati os olhos nele. Eu já vi muita coisa estranha nesse mundo, por isso eu meio que tenho um sexto sentindo pra essas coisas. – Responde a cigana com simplicidade enquanto balançava os cabelos.

Sua amiga a olhou admirada, não tinha ideia que sua amiga tinha tal conhecimento, já Tico a olhava consternado. Algo veio em sua mente, ou melhor, para a ponta do seu bico:

– Se você sabia que eu era um familiar... – Faz uma pausa dramática. – Porque raios você tacou aquele pedregulho em minmmmmmmmmm???!!!

E resposta veio com um sorriso acompanhado de três silabas.

– To de TPM. – A mera menção daquela palavra fez Tico ficar mais pálido que um fantasma. – Então preciso tacar coisas em alguém pra me acalmar. Obrigado por sua cooperação pombinho me sinto bem melhor agora. – Termina dando uma piscadela para o pombo que voa para trás de Zie todo se tremendo.

MEEEDDDOOOOOOO!!!!! – Exclama o pombo na mente de Zie que tinha uma gota atrás da cabeça após presenciar aquela cena.

– Bom agora que acabamos com o aquecimento. – Exclama Esme estalando seu pescoço e fitando as arvores a sua frente. – Que tal dar o ar da sua graça para nós fofa? Creio que já se recuperou dos meus “carinhos”?

Mal ela acabou de falar e uma torrente de aura roxa e negra brota do chão a poucos metros onde as Assassinas e o familiar estão e dela surge a bruxa com seu manto verde musgo rasgado, um de seus olhos cinza estava branco indicando que estava cega, haviam pequenos hematomas por sua face e em sua mão, seu vestido vermelho que usava por debaixo do manto estava com alguns rasgo, e em sua mão direita segura com imponência seu báculo, o sorriso presunçoso e vil havia sumido para dar lugar a uma carranca de puro ódio. Zie que estava sentada se encolhe ao ver a face da mulher, desvio seu olhar, não conseguia olhar para ela, Tico ao perceber isso da alguns pulinhos ficando na sua frente e abrindo suas asas como se fosse protegê-la. Já Esmeralda a encarava debochada.

– E então? Conseguiu se curar amor? – Pergunta com sarcasmo à cigana fazendo a bruxa bufar. – Oh, acho que não né? Afinal tá com um olhinho cego. – Provocava Esmeralda fazendo beicinho.

A bruxa aperta seu cajado com força, serra seus dentes e seus olhos ardiam em puro ódio, estava pensando qual seria a melhor maneira de matar aquela cigana insolente.

– Vou trucida-la! Esquarteja-la! Mata-la bem devagar!!! Essa piranha, vai se arrepender de ter ousado tocar em meu belo rosto!!!

E, ai? Você vem ou não vem?

A bruxa estava preste a atacar, quando...

Pare!!!

– Hum?! – A bruxa detém seu movimento ao ouvir uma voz ressoar em sua mente.

Gothel! Esqueceu-se de sua missão? Recuperar a relíquia que esta no mosteiro. Porque perde tempo com essas meninas e esse familiar tolo?­ – Diz a voz em sua mente com autoridade.

A bruxa sentiu um frio na espinha ao ouvir aquela voz.

Estou resolvendo problemas pessoas agora não podemos conversar depois?

– Para que? Para ver você ser derrotada por esta cigana?

A bruxa morde seu lábio inferior fazendo um filete de sangue escorrer por ele, assustando Zie e Tico e fazendo Esme ergue uma sobrancelha.

Esta me dizendo que eu não posso derrotar essa cigana?! Com que você pensa que esta falando?!

– Com uma bruxa ultrapassada que nem se deu conta das habilidades de sua adversaria! – Responde a voz em sua mente. – Esta menina é usuário de Ryuken (Os punhos do dragão)! Uma técnica usada na indonésia pelos usuários do silat. – Explica a voz para Gothel que fica muda ao ouvir tal informação. ­– Os usuários desse estilo conseguem fazer proezas com seu ardo treinamento de focalização da Aura, são capazes até mesmo de destruí uma magia como você viu agora a pouco... Posso dizer que você teve sorte de sobreviver a dois golpes dela... – Faz se um silencio até... – Thomas realmente tinha uma peça rara em suas mãos, maldito ancião! Quando não é o irmão mais novo que já esta morto é o mais velho! Infelizes!!!

– Então o que eu faço?! Não posso sair daqui sem dar o troco nessa cadela! E quero me divertir mais com Rapunzel. ­– A bruxa lambe seus lábios ao olhar para a jovem que estava encolhida e assustada.

A voz parece refletir com tais palavras proferidas pela bruxa que responde.

Parece que não vou conseguir fazer você voltar atrás não é mesmo?

– Obvio!

– Muito bem... Nesse caso... Pode usa-lo!

Os olhos da bruxa brilham ao ouvir aquilo.

Eu posso? Mesmo?

– Sim... Na verdade devo admitir que fiquei excitado com os “carinhos” que você fez na menina loira.

Gothel ri ao ouvir aquele comentário.

– Eu sabia que você era sádico.

– Não precisa espalhar... Mas me faça um favor?

– Qual querido?

– Rasgue todas as veste dela dessa vez é um pedido meu!

– Com um pedido desses, me sinto até na obrigação de te atender, há, há, há.

– Ok, então... Divirta-se!

Com todo o prazer!!! – Exclama Gothel encarando os três com um olha como se fosse devora-los. – Desculpem faze-los esperar, mas estava tendo uma proza.

– Com quem? Com o mostro do pântano. – Responde Esmeralda rindo.

– Na verdade estava calculando a melhor maneira de me vingar de você sua cigana nojenta... E claro ter mais algum dedo de proza com a minha filhota!

– NÃO ME CHAME ASSIM!!! – Brada Zie em lagrimas.

– Chamo quantas vezes eu quiser querida... Afinal uma mãe tem todo o direito de chamar sua filha do jeito que ela quiser, não concorda?

Esmeralda e Tico ficam mudos ao ouvirem tais palavras da Bruxa enquanto Zie abaixava sua cabeça escondendo seu rosto em prantos.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas pelo capitulo grande pessoa, as foi preciso para passar o máximo de detalhes possível para ficar bem calor na historia o que quero mostrar. Fiquem no agurado do próximo e eletrizante capitulo!

Você já sentiu a sua Aura?!



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