Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 19
Correntes


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Galera, desculpe a demora mais aqui esta o capitulo como prometido! Com cenas fortes e de tortura. Já estejam avisados. Desde já uma boa leitura!



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Pedaços de plantas voavam pelos ares a cada golpe de sua lâmina enquanto cenas do passado corriam por sua mente.

Uma menina loira tora amarrada por correntes negras que lhe sufocavam.

Seus gritos a cada junco cortado refletiam seu ódio.

A menina chorava em sofrimento por estar passando por tal suplicio.

Esquivou-se para trás quando um junco veio de cima e se cravou no chão, aproveitou e sacou duas adagas de suas bolsas atadas a suas pernas, focalizou sua aura e as arremessou até seu alvo, porém em vão... Ambas foram aparadas por dois juncos que brotaram do chão protegendo sua mestra.

A jovem Assassina morde seu lábio em fúria ao ver que não conseguia acerta-la.

Por quê? – A pequena menina perguntava?

Por quê? – Pergunta Zie.

Porque esta fazendo isso comigo?

Como pode ser?

O que fiz de errado? – Chorava a menina.

Como sobreviveu?!

– ­Me solta!

­– Você morreu!!!

Mamãe!!!

Gothel!!! – Brada Rapunzel intensificando sua aura fazendo até os juncos que se aproximavam retrocederem. – Tire esse capuz! Eu sei que é você! Então pode parar com essa encenação toda! Mostre sua face pra min sua desgraçada!!! – Brada a jovem em fúria e com seus olhos verdes claros em chamas.

A pessoa a sua frente não reage, por alguns minutos o único som que se ouvia era da chuva caindo até que... Uma risada é ouvida, a pessoa de manto começa a rir baixo, um riso sínico e irônico para depois aumentar em uma gargalhada de deboche e loucura.

– Você cresceu mesmo, heim, querida? Já esta sabendo até usar palavras pesadas contra o outros, tsk, tsk! Se fosse em outros tempos eu teria te dado umas boas palmadas no seu bumbum... Hora mais que ideia a minha eu ainda posso dar, HAHAHAHA!!!!

Rapunzel rangeu os dentes ao ouvir aquilo e sem perder tempo lançou outra faca de arremesso em sua inimiga que dessa vez não foi bloqueada passando perto de seu rosto e ficando cravada na porta de carvalho do mosteiro. A mulher parou sua risada histérica ficando muda, um pequeno filete de sangue escorreu por seu rosto esquerdo e a jovem Assassina sorriu com quanto da boca por ter mesmo que só um pouco ferir sua inimiga e calar sua boca. Porém seu sorrio não durou muito, pois sua inimiga passou seu longo dedo pela ferida recém criada para logo depois passar deu dedo perto de sua boca e lamber o sangue que havia nele, deixando a jovem loira arrepiada e enojada.

– Sabe querida? Você não tem uma mira muito boa, se tivesse mirado um pouquinho mais para a direita essa sua faquinha teria fincado em minha testa e eu teria partido desse mundo... Ou não? Ninguém sabe não é? – Diz a mulher de manto ironizando as habilidades da jovem Assassina.

– Não menospreze minhas habilidades Gothel!!! Eu treinei muito para me tornar uma Assassina! E não serão suas palavras de deboche que iram me fazer hesitar em te matar... De novo! – Rosna Zie.

A misteriosa mulher chamada Gothel se cala, então lentamente ela junta suas mãos de frente ao corpo e uma imensa aura de cor roxa com detalhes em negro começa a emanar de seu corpo. Então lentamente separa suas mãos e delas uma corrente de energia verde surge materializando um imponente cajado de cor vermelho escuro, com uma ponta de lança dourada na sua parte inferior e uma grande orbe verde no topo do cajado, que o gira colocando ao seu lado.

A visão de tal arma fez o sangue de Zie gelar. Nunca tinha visto sua inimiga possuir tal coisa.

– O que é isso? Que cajado é esse?

Sua inimiga não respondeu apenas viu a orbe do cajado bilhar e seu rosto ser acertado por um dos juncos fazendo a garota cambalear para trás.

O quê...

O ataque foi tão rápido que ela nem conseguiu ver ou pensar e antes de ser quer poder ter tempo de respirar, outro junto acerta a boca de seu estomago fazendo-a perde o folego e ser jogada a alguns metros caindo de costa no chão. A jovem se vira e tapa sua boca, mas não consegue conter um grande jorro de sangue que sai por ela, havia recebido um grande dano interno e em um só ataque. A jovem Assassina passa as costas da mão sobre sua boca limpando um pouco do sangue, tenta se levantar, mas suas pernas fraquejam e ela cai de joelho no chão arfando e sua inimiga se divertia vendo aquilo.

– Então gostou dos meus carinhos querida? – Pergunta com ironia a mulher, que tem os olhos de Zie flamejando em ódio como resposta e isso a incomodou... E muito.

Antes de Zie ter chance um junco se enrola em seu braço esquerdo, justamente onde sua lâmina oculta esta e em um instante a ergue do chão deixando a jovem suspensa no ar há pelo menos três metros do solo.

– AHHHHHH!!!! – Grita de dor ao sentir o junto aperta seu braço, parecia que ia esmaga-lo! Tico estava certo, quando os juncos se agarram a sua vitima não soltam até mata-la, mas como era Gothel quem os estava controlando não ia mata-la logo de cara... Devia esta pensando em tortura-la como fazia no passado, porém...

Se ela acha que ainda sou a mesma garotinha fraca de antes? – Com sua mão livre Zie saca um crista verde de sua sacola atada à perna, focaliza sua aura nele e grita:

FOGOOO!!!!­

E um jorro de chamas brota da palma de sua mão, acertando parte do junco que a segurava. A planta que parecia viva ao sentir a dor das chamas solta o braço da menina que cai encolhida no chão segurando seu braço esquerdo que doía muito.

Graças a Deus... Consegui me soltar, mas... – Olhou sua braçadeira e viu que a lâmina oculta havia entortado e o restante do equipamento danificado. Estava com uma arma a menos. – Droga! – Disse baixinho.

– Bela manobra!

– Ah? – Ergue o rosto ao ouvir a voz de sua agressora.

– Nunca achei que você ia se livrar do junco tão rápido? E eu pensando que ele ia quebrar seu lindo bracinho. – Enquanto falava acariciava o junco que Zie queimou. – Usar uma matéria, pensou rápido filhota.

Só de ouvir ser chamada por esse apelido Zie bradou:

– NÃO OUSE ME CHAMAR POR ESSE APELIDO!!!

– Hora bolas e por que não? – Pergunta cínica a mulher. – Afinal nós somos...

– VOCÊ NÃO É NADA MINHA!!! – Grita Rapunzel. – Você é apenas uma pessoa vil e cruel que só trouxe sofrimento na minha vida! O que esta fazendo aqui em Valência? E que maldito cajado é esse? Não me diga que você é uma...

– Blá-blá-blá! Nossa você continua tagarela, heim? – Responde Gothel fazendo gestos com a mão como se fosse uma boca. – Mas já que pediu com tanta educação! Eu te respondo, mas primeiro!

Uma mandala roxa surge sobre o céu acima de Zie e antes que ela pudesse reagir correntes negras com um brilho fugaz brotam dela, fazendo os olhos da jovem se desfocarem.

– Não... ­– Disse em sua mente como um sussurro. E Zie tem seu corpo todo em volto pelas correntes. Duas delas se amaram em seus pulsos os forçando a ficarem juntos e a erguendo do chão, outra enrolou sobre seu pescoço a fazendo cuspir sangue, duas se cruzaram sobre seus seios lhe causando muita dor, uma mais grossa apertava seu tórax, e as outras correntes amarram suas pernas forçando a ficarem juntas e fechadas. Estava completamente imobilizada, seus cabelos que estavam presos se soltaram caindo sobre seu corpo, suas roupas foram se rasgando enquanto as correntes amarravam-se em seu corpo a deixando quase nua. A parte de cima quase se rasgou deixando seus seios a mostra, sua meia calça estava rasgada deixando suas pernas descobertas e parte de sua roupa intima a mostra. Tentou se soltar se sacodindo, mas quanto mais fazia isso parecia que as correntes a apertavam mais. Lagrimas de dor e desespero, brotavam por seus olhos que os fecha para suportar a dor e as trágicas lembranças que inundavam sua mente.

– Prontinho! Você esta do jeito que eu queria! – Diz a bruxa rindo de maneira maldosa e sagaz vendo o suplicio da menina e se aproxima dela. Observa a jovem da cabeça aos pés. – Você esta linda sabia? – E anda em volta dela. – Cresceu forte, sadia e bela. – Parando novamente a sua frente. – Os homens devem adorar você... Ou talvez nem todos, não é? – Pergunta com malicia a bruxa.

Zie que mantinha seus olhos fechados para suportar a dor pergunta com sua voz fraca:

– Por quê?

– Hum?

– Você é algum fantasma... Do passado, cof, cof! – Tosse cuspindo sangue. – Veio do inferno para me assombrar... Foi isso? – E abre seus olhos encarando a figura encapuzada que ergue sua mão e retira seu gorro, revelando ser uma bela mulher, de pele branca, cabelos escuros cacheados como a noite, olhos de cor cinza como a lua, lábios grossos pintados de um vermelho que reluzia a sangue.

Rapunzel ao ver aquela mulher a sua frente chorou, seu maior pesadelo estava bem ali na sua frente e a torturando como fazia no passado e não havia ninguém que pudesse ajuda-la... Estava sozinha.

Se isso for uma punição por eu ter machucado o Luiz, por favor, eu suplico... Eu suporto qualquer coisa, menos isso, não essa mulher e essas correntes que me trazem tanto sofrimento e lembranças ruins.

Infelizmente pra você, sou eu mesmo meu anjo! – Diz Gothel chamado Zie de volta a realidade. – Sou euzinha toda linda e glamorosa como sempre fui! – Ela gira se mostrando na frente da jovem. – Se não esta convencida veja isso! – E apontou para a pequena feria em sua bochecha esquerda que Zie havia feito nela quando lhe lançou uma de suas facas. – Fantasmas não sangram queridinha.

– Não pode ser! – Exclama ela apavorada.

– Mas é! E agora que tenho sua total atenção meu anjo. Vamos aos negócios! – Ao dizer isso uma raiz grande surge do chão como se fizesse um trono ao qual Gothel se senta cruzando as pernas e colocando seu cajado sobre o colo e encarando Zie divertidamente. – Bom ouça o que vamos fazer meu anjo, eu vou te fazer algumas perguntinhas e a cada resposta errada as correntes vão te apertar ainda mais. – Diz a bruxa acariciando a orbe de seu cajado. – Como fazíamos nos velhos tempos. – E ri deixando a jovem Assassina pálida de medo que em desespero começa a se sacudir de novo tentando se soltar.

– Você não vai sair dessa Gothel! – Brada Zie em lagrimas. – Eu tenho amigas e agora temos um mago muito poderoso ao nosso lado! Assim que ele souber o que você esta fazendo comigo ele vai acabar com VOCÊ!!!

Gothel se manteve neutra acariciando a orbe de seu cajado que brilha por alguns segundo, na mesma hora Zie sente as correntes a apertarem e ela grita em agonia!

– AHHHHHHHHHHHH!!!!!!

– Resposta errada queridinha. Você é muito mal educada sabia? – Exclama Gothel sonsa. – Mas já que tocou no assunto, suas amigas não vão poder te ajudar e muito menos o mago que veio do oriente, essa área que estamos esta separada por uma barreira que eu criei quando você e seu amigo pombo entram aqui, ou seja! – A orbe brilha novamente e as correntes afrouxam um pouco, deixando assim a jovem Assassina respirar.

– Arf, arf, arf! – Zie arqueava tentando recuperar seu folego, sua mente estava desolada, não acreditava que tivesse caído em tal armadilha e ela que tinha treinado tanto sua percepção e sua Aura, para evitar ser capturada, mas foi em vão. Essa mulher que a conhecia tão bem, pois abaixo todos os seus anos de treinamento em apenas alguns minutos... Ela era definitivamente... – Um monstro. – Foi o oque Zie conseguiu dizer quase como um múrmuro e pode perceber que sua inimiga sorria para ela. Cada sensação de dor, medo e raiva que ela demonstrava, gerava prazer para aquela mulher.

– Bom o que acha de começarmos? – Ela pergunta de sua posição confortável e Zie se tremeu. O que aquela louca iria perguntar?

– 1° Perguntinha: Você sabe o que são relíquias?

– Ah?

– Resposta errada! – E a orbe do cajado brilha e Zie e afligida novamente pelas correntes que lhe aperta mais.

– KYAAAA!!!!

– 2° Perguntinha: Sabe o que uma relíquia faz?

Zie quase não ouviu a pergunta, sua cabeça foi forçada a ficar para trás devido à pressão que as correntes faziam em seu corpo.

– Não ouviu a pergunta meu anjo? – E humilhada ela balança a cabeça negativamente, e sente seus cabelos sendo puxados fazendo seu rosto se voltar para frente encarado a bruxa. As corrente se amarram em seus cabelos criando uma imensa trança que ia até a mão da bruxa, foi assim que ela fez para que a menina ficasse de frente para ela. Nem seus pobres cabelos ela poupava. – Lindos cabelos amorzinho, mas repetindo minha pergunta, sabe o que uma relíquia faz?

– NÃO! – Gritou a menina. – Como vou saber de algo que nunca vi ou ouvir falar?! Você esta perguntando coisas que não sei só para me torturar... Como fazia no passado!

Gothel riu ao ouvir aquilo e se levanta de seu trono e caminha até onde Zie esta pendurada e estica a ponta de baixo de seu báculo que tinha uma ponta de lança dourada e a passa de leve na perna da menina que começa a sangrar.

– AI! – Geme Zie ao sentir o aço cortando sua pele.

– Vocês Assassinos são mais ingênuos do que eu pensei. – Dizia olhando a ferida que fez em Zie. – Agem como se fossem protetores do mundo e guardiões da verdade e da luz. Mas na verdade poucos de vocês ainda seguem esse lema. – Gothel agora aproxima seu cajado do abdômen de Zie e começa a corta-lo também.

– AHHHH!!! – Grita em prantos a jovem.

– Dizem que vão salvar a todos, mas não conseguem nem mesmo se salvar ou ajudar um outro irmão caído. Isso é triste. – Diz Gothel terminado o corte que ia do abdômen até perto do seio direito da jovem. – Tipo, vocês foram capazes de usar um pobre coitado e desiludido para esconderem suas identidades? Por quê?

– Hummm. – Gemia Zie.

– Estou te perguntado pirralha?! – E desfere um soco na barriga de Zie que a faz se contorcer toda e mais sangue espelhe de sua boca. Sua cabeça fica caída, cada tosse sangue era cuspido junto, seus olhos estavam começando a ficar sem foco, sentia seu corpo ficar frio e sua consciência apagando. – Não tão rápido anjo! – Brada a bruxa que ergue a cabeça de Zie forçando a olhar nos olhos. – Quem te deu o direito de apagar na minha frente pirralha?! – E esbofeteia o rosto da menina forçando-a abrir os olhos.

– Para...

– O que?

– Para... Por favor... – Implorava a Assassina.

O lamento de Zie parecia música para ela.

– Parar? Mas só estou começando... Zie! Há, há, há, mas que apelido mais bobo esse!!! Tinham que ter vindo de três vadias mesmo.

Ao ouvir isso Zie se remexe, podia falar o que quisesse dela, mas não de suas amigas e num movimento inusitado cospe na cara da mulher a sua frente que recua.

– Eca! – Brada limpando o cuspe de sua cara. – Você ousou cuspir em min? – Brada a mulher com seus olhos em chamas.

– Você... Nunca vai entender...

– O quê?

– Nunca vai se dar conta... O que uma família é de verdade. – A jovem fecha seus olhos. – Famílias cuidam dos seus, alimentam, amam, se sacrificam, uns pelos outros. Nunca dão as costas para nenhum dos seus e jamais darão! Isso é uma família... Esse é meu Credo... Gothel... – E encara sua agressora bem fundo nos olhos, seu brilho havia retornado. – Eu sou uma Assassina agora... E não estou mais... Sozinha! – E sorri fazendo Gothel levantar uma sobrancelha sem entender, até que sente uma rápida e veloz Aura se aproximando dela por trás, a bruxa só tem tempo de pular para a esquerda escapando por pouco de ser acertada por um punho que ao acerta o chão levanta pilhas de concreto e terra, os juncos que havia formado seu trono se desfazem recuando, uma nuvem de poeira flutuava pelo ar encobrindo a visão. A bruxa respirava fundo ainda em alerta, até que ouve passos e de dentro da nuvem de poeira e surge uma jovem morena de cabelos negros e brilhosos, pelas vestes era uma cigana, estava descalça e com seus punhos serrados e neles haviam resquícios de terra, mas a visão mais impressionante eram seus olhos... Verdes como duas grandes esmeraldas que ardiam em ódio puro.

– Então... Foi você quem fez minha irmãzinha... Gritar?! – Pergunta a recém chegada estalando seus punhos uns nos outros.

Gothel se recompõe e olha com deboche para a cigana e diz:

– E se for? Vai fazer o que... – Sua frase foi interrompida por um potente cruzado de direita da cigana que lhe acerta em cheio seu rosto, o soco foi tão forte que a fez rodar no ar, a cigana bate forte seu pé direito no chão criando um rombo e abre sua mão esquerda focaliza sua aura e acerta com tudo o estomago da bruxa que é jogada longe e vai sendo arrastada pelo chão devido ao impacto do golpe até bater em uma árvore a derrubando no processo.

A cigana respira fundo, mas sem baixa sua guarda e vira parcialmente seu rosto e olha para Zie que a contemplava com um grande sorriso e lagrimas de alegria. Ela então se aproxima de sua amada amiga e diz com um sorriso convencido.

– Desculpa pela demora... Anjo.

A jovem loira apenas meneia a cabeça e diz em lagrimas.

– Não tem problema... Eu nunca deixei de acreditar em vocês... Sabia que uma de vocês viriam me salvar... Obrigada Esme!

E Esmeralda sorri para sua amiga e lhe faz um carinho em seu rosto e em seguida da um beijo em sua testa.

– Agora vamos tirar você dai, tá?

– Não tão rápido cigana!!!

Ambas se assustam com a voz que ecoou pelo pátio, Esmeralda largou o rosto de Zie e se pós em posição de luta.

–Parece que não te bati com força suficiente não é vadia?! Quer mais?! – Pergunta a cigana abrindo os braços ironicamente.

– Esme, cuidado! Ela não é uma oponente qualquer... Eu mal tive chance contra ela... Você pode... – Zie tem sua fala cortada por um dedo de Esmeralda que lhe cobre seus lábios.

– Fica tranquila, estou assumindo agora. – Responde a cigana com uma piscadela e dando alguns passos adiante, sacode os braços, estala o pescoço e começa a gingar. – Pode vir bruaca!

Um enorme estrondo é ouvido vindo das árvores e uma imensa raiz de junco avança contra Esmeralda. Rapunzel ao ver aquilo entra em pânico e grita:

– ESMERALDA CUIDADO!!!

A cigana, não se mexeu apenas fechou seu punho esquerdo e com as costa da mão socou a raiz que se despedaçou em vários pedaços.

Sua amiga que esta acorrentada fica boquiaberta com tal cena, a cigana simplesmente deu um soco e raiz explodiu... Não, se desfez com o contato da Aura de sua amiga.

– Esmeralda?

A cigana sem preocupação olha as costas da mão retirando um pouco das lascas que ficaram nelas e olha para suas unhas e as assopra.

– E ai fofa? E só isso? Acredite eu quebro qualquer homem com o dobro do meu tamanho facinho! Você tem que ver, eles ficam com as mãos na barriga ou segurando as virilhas e falando com voz esganiçada... É hilário. – Debocha Esmeralda. – Porém... – Ela da alguns passos cruzando os braços. – Eu fico me imaginando alguém que não tem uma força física privilegiada deve estar se sentindo após tomar dois socos meus, não deve estar nada bem, não é? – E ri.

Mais afastada no meio das árvores, Gothel estava vomitando sangue, três de suas costelas estavam quebradas, seu estomago havia sido esmagado junto com parte sua face esquerda a deixando cega de um olho. Estava furiosa.

Como não vi essa maldita chegando?! Será porque eu estava concentrada em Rapunzel que me fez me distrair? ­– Pensava. ­– Não, eu estava focada, nada poderia ter chegado perto de min sem que eu percebesse a não ser... – Rapidamente ela checa suas veste e encontra uma pequena pena branca presa a elas e rosna ao perceber o que aconteceu. – Aquele familiar!!! – Brada a bruxa ao se lembrar da ave, quando o acertou algumas de duas penas voaram pelo ar e uma deve ter se fixado em suas veste a confundindo reduzindo sua percepção de aura ao redor. – Não acredito? Com apenas uma pena ele conseguiu me confundir? Aquele naniquinho é forte... Não! ­– Ela se cala e engole um seco. – Não, não é o pombo que é forte e sim seu mestre.

­No pátio onde Zie e Esmeralda estão.

– Porra! Essas coisas são duras? – Reclama Esmeralda, arrebentado as correntes que prendiam sua amiga só com puxões. Retirou a que estava envolta do seu pescoço para alivio da jovem.

– Obrigado Esme... Já consigo respirar melhor... – Agradece com sua voz um pouco fraca.

– Me agradece depois que eu te descer dai. – Responde a cigana seria. – Mas esses vilões, heim?! Porque eles tem essa mania de pendurar donzelas? Nunca vou entender? – Exclama Esmeralda meneando a cabeça.

– Acho que são pra fazer agente sofrer mais... – Comenta Zie com um sorriso fraco no rosto. – E sermos resgatadas por belos príncipes que ao cotarem as amarras caímos em seus braços e os abraçamos amorosamente... Bom foi o que eu li, mas no meu caso quem me resgatou foi uma princesa.

– Pois é pra você ver como são as coisas não é? Perai? Do que você me chamou?!

– Hi, hi, hi... Minha princesa. – Responde Zie sorrindo, mesmo com os machucados sua luz não se apagou.

Esmeralda coçou a cabeça envergonhada pelo comentário da amiga.

– Poxa assim você me deixa desarmada amiga! Mas infelizmente como não tem príncipe nenhum por aqui hoje eu visto as calças de um por um dia. – Diz Esmeralda debochando fazendo sua amiga rir, mas logo sessa ao tossir sangue. – Caralho! Vamos deixar a brincadeira pra depois, vamos cuidar logo de você. – E com mais alguns puxões ela consegue libertar Zie que cai nos braço da amiga.

Ao sentir o abraço acolhedor da amiga Zie envolve seu dorso e afunda sua cabeça em seus peitos e de desaba em lagrimas.

– Eu tive tanto medo... Snif... Pensei que não ia mais ver vocês.

– Calma você vai ficar bem agora. – Responde sua amiga acariciando sua cabeça, fazendo a jovem a se aninhar mais a ela.

– Que cena mais comovente!!!

Ambas erguem suas cabeças e no mesmo ato Esmeralda se coloca em frente a Zie que se abraça de medo.

– Puxa vida! Estava pensando quando ia dar o ar da graça de novo, bruaca! – E se levanta estalando as mãos. – Pode vir quente que eu to fervendo! Vou fazer você sofrer dez vezes mais dor do que você infligiu na minha amiga!

– Esme cuidado!

– Fica fria! Se bem que aquele idiota podia vir logo também! To louca pra ver ele em ação!

Zie não entendeu esse ultimo comentário da amiga.

– Quem?

– O Serge! Quero que ele venha logo! Não que eu não vou dar conta, sabe? Mais é que queria lutar ao lado dele, afinal ele me deixou empolgada quando o vi lutando.

Foi então que Zie se lembrou do Assassino de Masyaf e que ele estava no Mosteiro com sua amiga e tem um estalo.

– E verdade! Mas cadê ele?

Nessa hora Esmeralda fica muda e sua amiga loira percebe uma veia saltando de seu pescoço.

– Esme?

– Ele... Esta pagando por um dos surtos de esquecimento do Fei Thomas.

– Ah?!

– Bom... Como posso explicar...

Dentro do mosteiro...

– Sabe? Eu vim ver o que tava acontecendo aqui fora e o porquê de vocês estarem demorando? – Pergunta Oliver do lado do Frei Thomas – Ai, eu chegou e a Esme sai correndo que nem um furacão, ai vejo o senhor com cara de galinha choca e o Sege caído ao lado daquela espada MUITO maneira. O quê, que tá acontecendo aqui, heim? – Pergunta o discípulo de Serge abanando os braços.

Frei Thomas por sua vez estava com uma cara pensativa, enquanto coçava seu queixo.

– Hummm.

– O que foi esse, “hummm”?

– Nada, mas acho que a alma do Serge foi sugada para dentro da espada, só isso. – Diz ele com simplicidade.

– Ah tá... – Cinco segundo depois da mente de Oliver processar. – QUÊ?!!!

– Sim acho que a espada de meu irmão sugou a alma de nosso amigo para dentro dela... Incrível não acha?

– AI! MEU DEUS!!! – Berra Oliver puxando os cabelos.

– AI! MEU DEUS!!! – Berra Zie puxando seus cabelos.

– Pois é... Frei Thomas e suas bizarrices... Só espero que aquele lobo fique bem.

Enquanto isso em um mudo totalmente diferente e fora do comum, um jovem de manto azul com detalhes em branco estava em pé e com seu olhar completamente perdido contemplando o lugar em que estava.

– Onde é que eu estou?! – Brada Serge para o nada.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que será que acontecera com nossos personagens, não percam o proximo capitulo de Assassins Creed Union!

Você já sentiu a sua Aura?!



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