Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 12
Discípulo e Cigana


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoa e vamos com mais um capitulo! Era pra ter postado ontem mais tive alguns probleminhas com meu pc, tudo resolvido agora. Agora sem mais delongas vamos ao capitulo de hoje!



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O clima estava mais calmo dentro da torre do campanário, Serge já havia decido do topo da torre e estava tomando um ensopado com Oliver e sua família, porém comia em silencio e com medo. Oliver obvio notou isso.

– Cara não acredito! Você matou 11 soldados e tremeu na base contra minha mãe! Que espécie de Assassino é você?!

Serge não responde apenas continua tomar seu ensopado.

– Eu sei que ela parece assustadora e tudo mais, mas ela é muito boa, só ta preocupada comigo.

Serge continuava quieto.

– Você vai se fingir de morto é isso mesmo? – Reclama o garoto.

Ao ouvir as palavras de seu amigo Serge reage:

– Se a sua mãe larga as... Uma, duas, três QUATRO FACAS! Que ela esta segurando e mirando em min! Eu converso numa boa!

Oliver fica mudo ao ouvir isso e olha para sua mãe e um frio percorre sua espinha, ao vê-la com quatro facas na mão prontinhas para taca-las em Serge.

– Mãe pra que isso?!

– Para evitar que um certo Assassino te influencie com más ideias meu filho, e acho que ele já passou da conta hoje! Não acha Serge? – Pergunta Helen sorrindo friamente para ele, fazendo-o se encolher.

– S-Sim senhora! – Responde o Assassino se tremendo.

– Que bom! Então. – Ela larga as facas e volta com seu sorriso bondoso de sempre. – Pode comer à vontade! Os monges nos forneceram o bastante, crianças comam tudinho certo.

Os irmãos de Oliver já estavam raspando o prato em quanto ela falava.

– Sim, mamãe!

– Muito bem! Depois vocês vão escovar os dentes e...

– Puxa vida, você realmente despertou o lado mais macabro da minha mãe Serge. Até eu fiquei com medo dela agora. – Diz Oliver impressionado.

– Foi mal amiguinho! Eu não consigo lidar com mães! Elas sempre me vencem! Deve ser meu único ponto fraco? – Diz ele chorando.

– A tá... Perai? Como assim, ponto fraco?

Serge coloca seu prato ao lado de Oliver e olha para sua mãe.

– Tá vendo aquilo?

– O quê? – Pergunta o menino.

– Sua mãe.

– To olhando... e?

– Elas são capazes de tudo...

– Oi? – Pergunta o menino confuso.

– Capazes de enfrentar um exercito por suas crias, animais selvagens... E até monstros... Só para protegerem aqueles que elas mais amam. Isso sempre vai me admirar e me tirar às forças. – Diz o Assassino triste.

O menino repara um tom triste na voz de seu amigo e na forma como ele olhava para sua mãe e decide perguntar:

– Serge... Você tem família? Tipo pai e mãe?

O jovem houve a pergunta de Oliver e um raio de lembranças passou por sua mente, momentos felizes, triste e de desespero. O dia que ele perdeu tudo e ao mesmo tempo ganhou tudo. O dia que perdeu sua mãe e ganhou um pai.

– Minha mãe esta no céu Oliver... Lá em cima cuidando de min. – Responde o Assassino olhando para o alto do campanário.

– Lamento. – Responde Oliver triste. – Ela era uma pessoa boa?

O Jovem Assassino abaixa sua cabeça e ri olhando para seu amigo.

– Muito! Era o cão chupando manga quando ficava brava... Mais muito boa, e olha que ela nem era minha mãe de verdade.

– AH?!

– Pois é amiguinho. Eu fui abandonado muito novo e fui criado em um orfanato e a madre que cuidava do lugar se tornou minha mãe e as crianças de lá meus irmãos em suma minha família. – Completa Serge.

– Puxa vida, que legal! E o que ouve com eles? – Pergunta Oliver.

A expressão de Serge fica sombria, suas mãos tremiam o que assustou Oliver. O Assassino olhava fixamente a sua frente, como se visse algo que os outro não conseguiam e por um minuto ele voltou a antiga sala de seu orfanato em chamas, ainda podia sentir o calor das chamas crepitando e ao fundo da sala viu sua tutora presa a parede por tenebrosos cristais negros, estava morta e o demônio que a matou a sua frente, se vira lentamente, seus olhos de felino encarando-lhe e sorrindo sadicamente, em seguida apontando-lhe sua enorme foice.

O olhar de Serge se torna frio como gelo, era como se o demônio estivesse na sua frente e ele pudesse avançar e lhe fincar sua lamina oculta. Teria sua revanche em fim chegado, até...

– S.... Serge!

Ele ouve uma voz o chamando.

– Serge!

A voz ecoava pela sala em chamas.

– SEGER!!!

– HUM!

Ele acorda e a visão em sua mente desaparece e ele estava novamente junto com Oliver e sua família, sua respiração estava acelerada, suava e piscava incontáveis vezes para ter certeza de que estava ali.

– Serge o que ouve? – Pergunta Oliver preocupado.

– Ah?! O quê?

– Você tá bem? – Pergunta Oliver preocupado.

– Ah? S-Sim eu to. Desculpe é que... – O Assassino não conseguiu terminar a frase. Mesmo despois de dez anos, aquela imagem nunca saiu de sua cabeça e de seus sonhos, talvez nunca o deixe de assombra-lo. Lynx havia destruído sua família, o jogou nas trevas do desespero e da solidão. Mas mesmo o demônio não consegui lhe tirar sua esperança e a chance de recomeçar sua vida, de se fortalecer, ganhar uma nova família e um novo pai. Os Assassinos o acolheram como um filhote de águia machucado e perdido e fizeram que suas pequenas e inofensivas garras, se tornassem afiadas e prontas para defender e derrotar quem ele quisesse. Ele suspira e olha para seu amigo e faz um afago em sua cabeça. – Eu perdi muito amiguinho, mas também ganhei muito. – Faz uma pausa e olha bem para seus punhos. – O que eu não consegui proteger no passado, eu protejo dez vezes mais agora e todos aqueles que tentarem me fazer mal ou alguém que eu ame... Terá de se entender com minhas garras! – Completa o Assassino.

O menino olhou seu amigo e pode sentir uma enorme força de vontade vindo dele. Cada uma de suas palavras e cada ação transmitia confiança, força e coragem. Não era atoa que ele gostou de Serge logo de cara, não foi apenas pela historia de Anna e Elsa que o fez o admirar, não foi muito mais! Foi por suas ações e seus gestos que ele demostrou que fizeram crer nele e confia-lhe a segurança de sua família. O menino sorri para o Assassino e coloca sua mão sobre seu ombro chamando sua atenção.

– Você não esta mais sozinho.

– Hum?! – Exclama Serge supresso.

– Não importar o que você tenha sofrido no passado, isso já passou! Você tem que olhar para frente, rumo a um novo amanha.

– Oliver?

– E você não precisa se preocupar você tem seu mestre, os Assassinos, eu a minha família e a Anna! Você não esta mais sozinho, né?

E a mente do jovem Assassino parou no tempo, aquelas foram às mesmas palavras que seu mestre havia dito há muito tempo atrás. Então como um irmão mais velho ele puxa o menino para perto de sí e o abraça.

– Você é um garoto muito sábio mesmo! Sabia?

– EU SEI! – Responde o menino todo convencido.

– O que você estão fazendo? – Pergunta a mãe do menino se aproximando.

Serge solta o garoto e diz:

– Só estou agradeço seu filho dona Helen. Ele é um excelente filho e a senhora tem que ter muito orgulho dele! – Exclama Serge.

Helen fica boba ouvindo o elogio do Assassino e olha quase sem acreditar para Oliver que levanta os dois polegares para cima e mostra um tremendo sorrisão para ela, que não aguenta e ri.

– Alias! – Serge se levanta. – Peço desculpas se eu e o frei assustamos a senhora sobre a história da Aura, não tínhamos essa intenção, peço perdão em meu nome e do dele. – Diz o Assassino baixando a cabeça em sinal de respeito.

A mãe de Oliver se surpreende com tal atitude. Seu coração não estava com raiva, mas sim com medo, por ele estar ensinando algo perigoso para seu filho, mas...

– Essa Aura... É algo perigoso Serge? – Pergunta.

O jovem Assassino levanta sua cabeça e diz com um sorriso sincero.

– Não senhora, pelo contrario, é a coisa mais maravilhosa e segura que existe.

– Ah? – Exclama ela.

– Quando você apreende a usar a Aura, você se torna um novo individuo!

– Novo individuo... Como assim? – Pergunta ela sem entender.

– Coisas que pareciam impossíveis de se fazer se tornam possíveis, você começa a acreditar mais em você mesmo, permitindo acreditar que sua existência neste mundo tem um significado muito maior.

– S-Significado maior?

– Sim! Nós podemos assim crescer, evoluir, compreende melhor nosso mundo e subirmos de nível.

– MESMO?! – Pergunta ela incrédula.

– Sim, por isso... Não culpe seu filho ou o ache um estranho, pois muitas pessoas que utilizam a Aura às vezes se sentem sozinhas e marginalizadas... Mas como vocês são uma família muito unida, creio que isso não será nenhum problema para vocês. – Então ele se aproxima de Helen e sussurra. – O que ele mais queria era ser forte para proteger vocês e ajudar o pai, por isso peço que não interrompa o...

Antes de Serge terminar sua frase Helen cobre a boca do jovem com um dedo e pode ver ela sorri e seus olhos lacrimejarem.

– Ele disse isso? – Pergunta ela emocionada e com prazer Serge confirma.

– Sim! Seu filho ama a senhora ao ponto de enfrentar cinco soldados para protegê-la. Então eu faço um pedido, um tanto quanto egoísta... Deixe-me ensina-lo a usar a Aura, deixe seu filho sair do ninho e vira uma grande águia, eu lhe peço?

Como ela poderia dizer não a tudo aquilo. As palavras do Assassino cativaram seu coração e sua confiança, e olha para seu filho que estava sentado na cama olhando as matérias intrigado, fechava os olhos e quando abria sorria ao conseguir fazer as matérias brilharem com sua Aura. Então ela segura as mãos de Serge e diz:

– Serge Strider... Como mãe, fico assustada por saber que meu filho tem esse dom, por outro fico feliz que tenha alguém como você por perto e de confiança que possa ensina-lo corretamente. Eu autorizo por min e pelo pai dele.

Em resposta o Assassino fecha os olhos e abaixa sua cabeça até as mãos de Helen e as beija dizendo.

– Prometo ensina-lo de maneira correta e segura, como e onde usar sua aura e as matérias...

Antes de terminar de falar os dois são interrompidos por uma pequena explosão na sala, causada acidentalmente por um Oliver que estava com uma matéria verde na mão. Ainda sem se virar Serge fecha os olhos, respira fundo.

– Primeira lição: Não usar uma matéria dentro de casa, OLIVER!!!! – Berra Serge se virando e encarando Oliver que olha seu amigo e sua mãe com cara inocente e apenas diz:

– Ops! Foi mal! – Diz o menino largando o pequeno cristal.

Serge olha o menino com cara invocada, se vira para sua mãe e pergunta:

– Aproposito, eu como professor a senhora me autoriza a dar cascudos nele para cada merda que ele fizer?

Rápida e direta ela responde

– A vontade!

– Obrigado!

– AI!!! – Grita Oliver ao levar dois cascudos de Serge. – Isso dói!!!

– Um pela explosão e outro por pegar matérias sem avisar. – Responde Serge.

– OI?! Não entendi.

– Oliver escute! Após conversar com Serge eu desci deixar ele te ensinar a usar a Aura e as matérias. – Responde sua mãe.

Ao ouvir essa frase o menino se esquece da dor e abre um largo sorriso e sem esperar pula da cama e abraça sua mãe.

– Obrigado mãe! A senhora não sabe como fico feliz! Eu finalmente vou poder me tornar forte e proteger vocês! Obrigado, obrigado, obrigado!!! – Diz o menino entre soluços e abraços.

Sua mãe apenas se agacha e seguras eu rosto e diz olhando bem fundo em seus olhos.

– Quero que você aproveite cada minuto e cada ensinamento e me deixe orgulhosa entendeu?

– Eu vou pode deixar que eu vou mãe!

– Eu sei que vai. – Diz ela beijando a testa e logo em seguida as mãos do menino.

Serge que presenciava a cena, apenas sorri e põe sua mão sobre o peito aonde estava o pingente de Anna, o Assassino fecha seus olhos e faz um pedido para ela.

– Guie-me, assim como meu mestre me guiou. Para que eu possa ensinar ao Oliver o verdadeiro sentido da força. ­– Ao final da prece ele sente seu peito esquentar e sorri logo em seguida. – Obrigado!

­Uma batida na porta desperta Serge de seu transe, na verdade três batidas.

– Deve ser o frei?

– Ah? Acho que preciso me desculpar com ele por telo assustado. – Responde Helen colocando as mãos sobre o rosto.

– Mãe você assustou todo mundo naquela hora, liga pra isso não. – Diz Oliver brincando.

O jovem Assassino se dirige até a porta e bate quatro vezes, para depois a abre vê uma bandeirinha branca surgir pela fresta da porta.

– Saudações! Eu vim em paz! – Diz Frei Thomas do lado de fora da sala.

– Frei pra que isso? – Pergunta Serge com uma gota na cabeça.

– Proteção! Quem sabe o que aquela mulher doida vai fazer se me vir. Estou apenas preservando minha integridade.

Serge engole um seco ao ouvir isso do frei, então olha para aonde Oliver e sua mãe estão e vê uma aura assassina emanando dela. Porém a atitude que ela teve foi mais inusitada e assustadora possível. Ela vai até a cama, pega uma matéria e entrega na mão de Oliver e diz:

– Filho amado, lembra que você disse que ia proteger a mamãe e seus irmãos contra quem fosse?

– Sim eu lembro.

– E então me faz um favor... TRASFORMA ESSE FREI DE UMA FIGA EM CINZAS AGORA!!!!! – Berra Helen fazendo os poucos cabelos do frei se arrepiarem. – Ah! Serge pode sair dai, não quero que o Oliver te acerte. – Diz a mãe de seu amigo.

Não precisou dizer uma segunda vez Serge já estava longe do frei, mas precisamente no topo do campanário!

– Pode tacar agora!

– Obrigado! Oliver faça as honras!

– DEIXA COMIGO! – Responde o garoto todo animado.

– NÃOOOO!!!! – Berra o monge desesperado abanando as mãos.

– Peça penico frei e eu pouparei sua vida, muahahahahaha!!!! – Diz Oliver rindo com uma voz macabra.

– TA BOM PENICO... Espere o que isso quer dizer? – Pergunta o frei confuso.

Silencio, nem mesmo o menino sabe muito bem o que disse, só quis parecer legal.

– Tenho que pensar em frases de efeito melhores. – Pensa.

– Puxa vida a coisa tá boa por aqui, heim? – Diz uma voz atrás do frei.

Todos se calam ao ouvir a voz desconhecida, menos Serge que pensou:

– Conheço essa voz!

Então uma bela jovem adentra a sala do campanário, vestia uma blusa simples branca que deixava seus ombros a mostra, saia cor de vinho e com adereços dourados, era morena e seus cabelos eram negros e brilhantes e estavam presos por uma fita rosa que ela utilizava como um arco. Oliver e sua família ficaram intrigados com aquela presença, não estavam esperando mais ninguém. A mãe das crianças achou estranho a presença da jovem e por instinto ficou a frente de Oliver e perguntou:

– Ah... Desculpe-me, mas quem é você?

A moça pareceu alheia à pergunta de Helen, apenas ficava olhando para o interior da torre e suspirava.

– Puxa vida, anos se passaram, mas isso aqui não mudou nadinha! Não é Frei Thomas?

O frei que estava ajoelhado se levanta e responde.

– Sim minha criança! Sempre mantenho tudo como esta. Nunca sabemos quando vamos receber visitas ou amigos, então sempre mantenho esta sala do jeito que esta. Trouxe recordações?

A moça se vira e sorri para ele.

– MUITAS!!! Eu lembro quando corria pelas vigas dando piruetas e cambalhotas, lembra como o senhor ficava?

– Arrancando os poucos cabelos que eu ainda tinha!

Os dois acabam rindo.

– Ai! Bons tempos aqueles. – Exclama a moça.

– Sim é verdade. – Diz frei Thomas.

– Com licença?!

O frei e a jovem são interrompidos ao ouvirem uma voz os chamando. Viram-se e vem Helen os encarando.

– Se os dois já acabaram a conversa podem nos dar a devida atenção, por favor?

Os dois se entreolham e percebem que não estavam sozinhos e ficam encabulados.

– Ai! Que vergonha a minha! – A jovem se aproxima de Helen e Oliver e estende sua mão. – Desculpe devia ter me apresentado eu sou a...

Antes de ela terminar sua frase Serge surge e sua frente ficando entre as duas, havia saltado do alto do campanário até lá e encarava a jovem com olhar serio e pergunta:

– O que você esta fazendo aqui?!

Serge sabia quem era ela, era uma das moças que estavam com Luiz na cidade, quando a conheceu tinha uma cara inocente e até boba, mas agora sua fisionomia era totalmente diferente, era como estar de ante de uma...

“Não pode ser?”

­Ele não tem tempo de pensar, pois sem avisar ou dizer a moça o agarra e o trás para perto de si, deixando seus rostos colados um no outro. O jovem Assassino fica sem ação, sua respiração fica acelerada e seu coração começa a bater descontroladamente e sem ter tempo de reagir há moça o beija. Um beijo doce e quente que o fez ficar de pernas bambas.

Todos na sala ficam em silencio. Oliver estava boquiaberto com acena, mas em mente ele pensava:

– BOA SERGE! Espero que isso também faça parte do treinamento?!

– Por Deus o que vocês estão fazendo?! Tem crianças nesta sala! – Berra a mãe de Oliver tapando seus olhos, porém ele levanta um dedinho para continuar vendo a cena.

– Ela tem razão! – Brada o frei fechando a porta e correndo para tapar os olhos dos irmãos menores de Oliver. – Vocês dois, JÁ BASTA!!!

Logo após o berro do frei a jovem desgruda seus lábios dos de Serge e se afasta dele sorrindo. O jovem Assassino, porém acaba caindo sentado num banco próximo todo sorridente, parecia fora de orbita.

– Senhor Serge? O senhor esta bem? – Pergunta Helen sacudido o jovem.

– Porra mãe como ele vai ficar bem depois de levar um beijão de uma gata como essa?! Alias, prazer meu nome é Oliver tenho nove anos, sou do signo de... – Diz o menino indo até ela todo sorridente.

– OLIVER!!!!! – Brada sua mãe ao velo se engraçando com a moça.

– Que foi? Só estou me apresentado.

– Não quero saber! Vem cá agora!

– Mas...

– JÁ!!!

O menino perdeu essa, era impossível vencer sua mãe quando ela falava daquele jeito. Serge estava certo, mães são difíceis de vencer.

Falando em Serge, estava todo zonzo sentado na cadeira, como se estivesse num sonho. A moça olha para ele e diz:

– Ai, ai, acho que exagerei no beijo... Fiz a mente dele ir pra lua! – Diz a moça rindo.

– MENINA!

Ela sentiu um frio na espinha, se vira lentamente e da de cara com um frei nenhum pouco feliz.

– Sabe não me interessa o que você faz lá fora na rua... Mas aqui na casa de Deus não! Ouviu?

A moça esfrega os dedos um no outro acanhada.

– Desculpe não resistir! Eu queria dar uma recompensa a ele, sabe? Pelo show de hoje há tarde contra os soldados, entende? – Sorri dando uma linguinha pra fora.

Essa ultima frase fez Serge sair do transe em que se encontrava, sacode a cabeça e se levanta e como se se seu corpo reagisse antes de sua mente puxa Oliver e sua mãe para trás dele, que ficam sem entender.

– Você disse show?

Ela se vira para ele sorrindo, era realmente linda! Mas dessa vez manteve a compostura e olhou bem a moça, cada detalhe de sua roupa, adereços e postura e pode perceber quem era a moça.

– Você é uma cigana, não é?

A moça levanta uma sobrancelha e tom de falsa surpresa.

– Descobriu isso no beijo querido? – Diz ela provocante, porém o jovem Assassino agora estava atento a cada movimento e pior começou a se sentiu um idiota! Caiu no truque mais velho do mundo, o charme feminino que consegue esconder e enganar os mais desatentos. Foi um dos ensinamentos mais repetidos por seu mestre:

– Não importa quanto você treine seu corpo, alma e força, quando se trata do coração nenhuma armadura consegue te defender!

E ele estava certo, acabou baixando sua guarda e acabou deixando uma desconhecida entrar no campanário pondo seu amigo e sua família em risco, isso o deixou furioso.

As cadeira e mesas ao redor começar a estremecer, o ar a ficar mais pesado e todos puderam ouvir ossos e músculos sendo estalados. A mãe de Oliver se assusta não entendendo o que estava acontecendo, já Oliver fica mudo, pois teve a impressão de ver um brilho branco sair do corpo de Serge. Ele pisca varias vezes para ver se não era uma ilusão... E para sua surpresa não era. O menino estava vendo em primeira mão a Aura sendo liberada para fora do corpo e ficou impressionado. O mais surpreendente era que parecia não ser o único a vela, pois a cigana se afasta um pouco do Assassino e faz um gesto com as mãos e diz:

– Calma! Eu não estou aqui para atacar ninguém... Só para conversar. – Diz a cigana. – Então porque não abaixamos essa Aura e conversamos o que acha? – Pergunta cigana.

Porém ele não a abaixa, pelo contrario a aumenta ainda mais, fazendo todos ao seu redor recuarem um pouco. Olhava a cigana com olhos frios e ferozes, estava com raiva, pois acabou caindo em uma armadilha que podia ter acabado com todos eles se ela quisesse.

– Ela podia ter me matado naquela hora então...

Este pensamento ficou em sua cabeça por alguns minutos, até que o jovem fecha seus olhos, o ar em volta da sala deixa de ser pesado e os moveis pararam de tremer e seus olhos voltaram há coloração normal havia abaixado sua aura, mas não sua guarda. O jovem então cruza os braços e pergunta:

– Acho que quem deve explicações aqui é você não acha? Esmeralda! É esse seu nome, não é?

A cigana ao ouvir seu nome desfaz o tom serio, coloca suas mãos sobre a cintura e comenta:

– Estou lisonjeada que se lembre de min, mesmo eu tendo parecido uma idiota mais cedo, desculpe era meu disfarce. Enganei bem né?

– Devo dizer que sim. – Responde o Assassino, que pega uma cadeira, a gira pondo as costas da mesma a frente e se senta apoiando seus braços sobre ela. Sua lamina oculta estava pronta para saltar a qualquer segundo caso a cigana fizesse algum movimento em falso. – Mas vamos ao que interessa cigana... Ou devo te chamar de... Irmã? – Pergunta O Lobo Branco.

Todos exceto o frei se surpreende ao ouvirem aquela frase. Como assim irmã? Pensavam Oliver e sua família. A cigana apenas sorri desfaz sua postura sedutora e assume um tom mais serio então juntas as mãos a sua frente, fecha seus olhos e faz uma reverencia para Serge, dizendo:

– Esmeralda Esmeril! – Ergue seu rosto e seus olhos verdes se cruzam com os azuis de Serge. – Mas para os mais íntimos, Assassina Esmeralda ao seu dispor irmão! – Completa sorrindo.

E Serge conhece mais um membro da Irmandade, conforme as leis de sua ordem deveria cumprimentar e receber um irmão ou irmã com cordialidade, mas essa moça foi uma exceção a regra, pois escondeu sua identidade dele e de Luiz que com certeza não deve nem imaginar que uma de suas belas namoradas é uma Assassina como eles.

– O que será isso que estou sentindo? Era para eu estar feliz por conhecer mais um membro da Irmandade, porém não sinto isso. Sinto como se estivessem me fazendo de bobo. – Diz o jovem em pensamento. – Se essa garota é uma Assassina então é bem provável que as outras duas que estavam com ela também sejam. – Serge agora morde a ponta de seu polegar e olha para Esmeralda que sorria pra ele. – Tem algo errado... Muito errado!

Pensa o Assassino, sem saber na trama em que ele estava preste a se envolver.


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Notas finais do capítulo

E ai esta o que será que acontecera a seguir? Descubram no próximo capitulo!

Você já sentiu a sua Aura?!



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