Give Me Love escrita por ClaryFairhearth


Capítulo 7
♥ Capítulo 6 ♥


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!
Me desculpem, mais uma vez pela demora. Minha justificativa é o fato de que eu estava terminando minha outra fanfic ( Destinada à magia ) e eu reeditei muitas vezes este capítulo.

Grata, Clary Fairheart.
Bjs.



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Sábado, seis horas da tarde. Faltam duas horas para a festa e, a única coisa que quero é me jogar em um buraco qualquer para não escutar certas garotas mimadas ( filhas de Afrodite, mais especificamente) correndo por aí como retardadas ( desconfio que não seja apenas uma suposição) para ficarem lindas.

– Calem a boca - ouço Clarisse lá fora.

Não sou a única irritada com elas. Termino de afiar minhas flechas e me dirijo ao baú, retirando uma regata do acampamento meio sangue e um short jeans. O chalé está vazio, então entro no banheiro e ligo o chuveiro frio. Faltando uma semana para o verão, esse calor infernal já está nos importunando.

Mal saio do banheiro e já começo a suar. Dou um nó na barra da regata, deixando uma peauena faixa de minha barriga à mostra. Meus irmãos e irmãs já chegaram, estavam ajudando na organização da festa. Aproveito para ver como ficou.

Bandeiras vermelhas estão espalhadas por todos os lados, nelas a marca dos filhos de Atena: a coruja (que eu particularmente amo, aqueles olhos...). Comes e bebes estão dispostos por mesas em madeira rústica. As chamas da fogueira, como que por mágica, não tornam o ambiente insuportável. Ele está mais... aconchegante, Héstia sempre a deixa assim. O fim de tarde traz consigo um clima mais ameno.

O sol se vai, dando lugar ao brilho da lua. Apolo entrega o cargo à Ártemis. O céu, como que também comemorando a vitória, se enche de estrelas. É a noite mais linda da minha vida.

Oito horas da noite, as chamas da fogueira estão mais altas, sátiros tocam e dançam ao redor dela. As pessoas comemoram, se empanturrando de comida e acompanhando a folia.

Saio da roda para respirar o ar fresco, carregado pelo cheiro que emana dos pinheiros. Sinto um calafrio percorrer em minha nuca. Me viro e encostado à árvore está Daniel. Enquanto uma voz em minha cabeça (deve ser Eros) me diz para fugir dali, meu corpo me leva em direção ao garoto.

– Ótima noite para se olhar as estrelas, não? - dizia tentando ajeitar o cabelo bagunçado.

– Não ... quer dizer sim - Deuses o que estou fazendo? - A noite perfeita para uma festa. Mas que porra é essa? Desde quando você pode entrar aqui?

– Fica óbvio que sou um semideus, Thália.

– Mas, você não viu minhas asas. Ou...

– É, eu vi. Digamos que eu não tinha muito tempo para indagar qualquer coisa.

– Ok. E posso saber o que ocuparia tanto o seu tempo?

– Missões. Fique parado um segundo a mais no mesmo lugar e BUM - ele imitou o efeito de uma bomba com as mãos - você ganhou um monstro agarrado ao seu pé.

– BUM - repeti como a retardada que sou.

– Isso mesmo - ele abre um sorriso torto.

– Filho de que Deus? - me aproximo, sentando na terra fria ao lado da árvore. Tentando disfarçar a besteira que acabo de fazer.

– Apolo.

– Prove.

– Vem comigo.

Ele me leva até o campo de treinamento de arco e flecha. Com a aljava atravessada nos ombros e o arco em mãos, se posiciona a cinco metros do alvo. Me encosto em uma árvore, ao seu lado.

– Pronta?

– Com toda a certeza.

Primeira flecha lançada, foi certeiro. Ele foi mudando de alvo, cada vez mais longe, todos os lançamentos alcançaram o centro do círculo.

– Ainda não acredita em mim?

– É...

– Besta - nós rimos.

– Ok, minha vez - digo tirando dele o arco e flechas.

Meu primeiro lançamento não foi o melhor. Acertei o que seria o estômago do boneco. O segundo, foi mais próximo do peito. Algo estava tirando minha concentração, meus treinamentos sempre eram perfeitos.

– Espere - Daniel segura meu antebraço, me impedindo de alcançar a aljava.

– O que foi? - digo já irritada.

– Você está forçando o arco para baixo. Er... com licença - ele arruma minha postura, ajeitando minhas mãos no arco. Ponho a flecha nele, Daniel a ajeita - Agora lance.

A flecha atravessa a que fora atirada antes por ele. Em um impulso largo tudo no chão e lhe abraço. Ele retribui, fico estática.
Quando nos damos conta do que estamos fazendo, nos afastamos. Depois de alguns segundos voltamos a nos encarar. Ele começa a gargalhar e eu não consigo conter o riso.

– Que situação.

– Hilária - ele responde - nossos pais ainda têm uma inimizade.

– Ninguém mandou seu pai se gabar pelo fato de ter um arco especial. Quando menos esperava, Eros o atingiu - desenho com o dedo em seu peito - bem no coração.

– Você acaba de provar que meu pai estava certo. Veja suas flechas.

– Você tinha que ser igual a ele? Apolo ama se dizer melhor que os outros. Ele é tão... - saio pisando firme.

– Thália!

– Idiota! Estúpido! Sim, você e seu papaizinho.

– Cale a boca! - ele me puxa pela cintura e tapa minha boca - Se esqueceu que eles nos ouvem?

– Me larga - é o que tento dizer, tudo o que sai é um som abafado " bphf".

– Você não pode sair por aí falando mal dos Deuses - ele tira a mão de minha boca e me vira para ele - ou quer ser morta por uma flecha invisível?

– Eu falo o que eu quiser.

– Teimosa.

Ele então me cala com um beijo, mais uma vez congelo. Por um momento me entrego ao beijo, mas recobro a consciência e o empurro.

– Você não deveria ter feito isso - digo limpando a boca na barra da blusa.

– Por que? Vai me dizer que não gostou?

– Cala a boca! Quem está esquecido aqui? Filhas de Eros, proibidas de amar, de se envolver com qualquer um. As eternas donzelas, sem vontade própria.

Ele me encara com um olhar de arrependimento, não há mais nada que possamos fazer. A regra já foi quebrada.


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