Beside You escrita por Santos


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ola! Desculpem a demora, e desculpas antecipadas se tiver erros, fiz pelo celular e meu corretor não ajuda muito. Eu estou estudando pro Enem a uns dias e sabe como é? bem chato, mas pelos menos apareci. I love todos, inte logo ♥



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KARINA PV

Me sentia confusa. Pedro, Cobra, duas preocupações a mais na minha cabeça.

O guitarrista me pedia explicações como se eu devesse algo a ele, e não devia, eramos mais como estranhos a partir de agora.

– Eu vi você e ele – se não poderia ser mais inconveniente, ele fazia gestos irônicos com as mãos – se terminou comigo, porquê queria ficar com ele, poderia ter sido mais franca não acha?

– Isso não tem nada haver – comecei a me irritar com aquela bobagem dele – começou por acaso.

Pedro se fez o inacreditável, sem obter um argumento. Saiu sem falar nada, eu, fiz o mesmo, porque não aguento mais discutir com ninguém, quebrar minha cabeça em milhares de pedaços só me causa enchaqueca.

Entrei em casa transtornada. Podia piorar? sim, pois, ainda tinha que pensar na teimosia do outro, em como é chato, bronco, e me faz falta. Odeio admitir. Pra mim mesma, piorou. Ele me fazia falta, mesmo que tivéssemos acabado de brigar.

Acho que a porta bateu tão forte que fora capaz de causar algum tipo de tremor no solo.

João estava na cozinha, comendo tudo que via pela frente, como sempre faz.

– Brigou com o Pedro? - pulou da cadeira com um pedaço do sanduíche que atacava.

O Nerd me olhou desconfiado, provavelmente sabendo que eu ia interrogá-lo. Sei que os dois são amigos, é totalmente justo da parte dele ter dito algo ao Pê.

Fiz uma expressão obvia e cenho desconfiada. A cada reação minha João se afundava na cadeira quase se derretendo de medo, infelizmente eu causo medo nas pessoas, nunca gostei desse tipo de reação delas sobre mim, mas tenho que aceitar já que sou a "bruta".

- Infelizmente o seu amigo não aceita a realidade - lamentei friamente.

- A de que você e o Cobra vivem se pegando?

- Algo me diz que disse a ele né? - ele levantou as mãos como rendição.

- Falei nada não, sou amigasso dele, mas eu não teria muita coragem, ele ficaria puto e ia querer começar com os planos de te reconquistar. Na moral, amo o Pedro, só que acho as ideias dele horríveis. - ri, porque isso me trazia boas lembranças antigas - como vocês vão ficar agora?

- Sei lá, João, como sempre? Não consigo gostar dele como antigamente - minha voz se fez cansada.

- Por que? Tá gostando do Snake? - malicia era algo inevitável na voz dele, que paralisou quando me viu prestes a matá-lo - acontece K, não se pode controlar os sentimentos. Eu não queria ter gostado da Bianca quando ela ainda tava com o lutador pela saco, e deu tudo errado.

- Não tô apaixonada pelo Cobra, João. - suspirei, sentando na cadeira e enfiando o rosto nos braços - odeio aquele idiota.

- Brigaram também? - o esperto disse assim que viu meu desanimo se estampar - caramba, vocês são tão iguais que nem se entendem.

– Parece verídico.

– Ele gosta de você, talvez isso o deixe frustrado? - minha garganta travou, embora eu não enchergasse esse tal sentimento.

– Se frustração for o Pedro, entendo... - João sorriu vitorioso, parecendo ter certeza sobre alguma coisa – ele pensa que estou tirando proveito da situação pra esquecer o Pê.

– A desconfiança se tornou verdade, então – questionei dando de ombros. – ele gosta de você.

– Tchau João.

Balancei a cabeça negativamente, e depois decidi ir apreciar minha foça sozinha, no quarto. Consigo achar menos idiota o João agora, ele vinha se mostrando um garoto bem mais bacana do que pensei. Sinto-me pouco sozinha desde que me aproximei mais da Bi e do João, eles sabem da minha situação com o Cobra, e mesmo sabendo que tudo isso é uma loucura me apóiam.

Dormi em um sono conturbado. O despertador tocou exageradamente. Me levantei, não queria ir treinar, porém minha vontade de descontar a raiva foi maior.

Minha sorte cantava. Eu não o vi ali.

Pus as luvas e segui pro tatame à busca de Duca. Mas, por incrível que pareça não cheguei até lá. Alguém havia praticamente me sequestrado. Estávamos trancados no banheiro da academia, não sei como, o lutador roubou as chaves e foi nos arrastando. Dessa vez ele é quem veio atrás, porque depois do papel ridículo, eu não iria.

– Até quando vai ficar sem falar comigo? – ríspidamente pegou em meu braço e o segurou sem fazer muita força, porém, ele estava irritado e acho que frustrado. Seu cabelo se iluminava levemente devido ao suor do pós treino. Sabia que tinha exagerado nos golpes por minha causa – só disse aquelas coisas, porque era verdade, eu sei que a gente embarcou numa relação sem sentido, sendo que nem sentimos nada um pelo outro – ele engolia saliva a seco.

– Porra! discutimos horas atrás, não exagera. – olhei-o com rancor, e o rosto totalmente contorcido de raiva - Eu achei que você tivesse nisso tudo, porque queria, e não se importaria com meu recente passado com Pedro.

– Não é isso com que me importo, Karina – irou-se largando do meu braço e permanecendo metro a meio metro de mim – E se uma hora vocês se resolvem, e eu fico aqui? – Cobra passou a mão na nuca ainda mais irritado.

– E porquê você ia ligar? Acabou de falar que não existe sentimentos.

– Eu iria ligar sim – sua voz saiu baixa e calma, como se tivesse entregue a um tipo de derrota. – Eu não ia querer te ver com ele de novo, sabendo que pode se decepcionar mais uma vez

Eu ri ironicamente, por ter pensado numa possibilidade ridícula.

– Qual a graça?

– Eu pensando que talvez isso tudo fosse ciúmes seu – realmente conseguia criar coisas, as quais só eu via.

– Pode ser – indagou – só que eu acho que isso não importa mais né? a gente acabou. Agora você pode voltar lá com o Pedro ou com quem você quiser.

Toda a raiva que as palavras dele representavam, só me deixavam com mais vontade de calá-lo. Eu, nunca fui aquela que tem atitudes em nossa estranha relação, mas ele me fazia querer toma alguma.

Seus lábios se moviam sincronizadamente, enquanto eu apenas os encarava sem prestar muita atenção no que dizia. Dei dois passos, o que fez Cobra chocar as costas na parede e tomar um leve susto. Agarrei-o pela gola e o beijei, Cobra não relutou muito, minutos depois sentia suas mãos envolverem minha cintura, e só aquele maldito beijo que sabia dar bem, se intensificar. O ar que eu tinha havia acabado, e o dele não estava diferente, sua respiração era tão complicada quanto a minha.

– Detesto brigar contigo – confessei com a cabeça pousada em seu peito.

O peçonhento arfou e puxou meu queixo em sua direção.

– Fui idiota – que bom que ele sabia disso.

– Que novidade. Mal a gente se reorganiza e volta a discutir – olhei pra baixo novamente.

Meias palavras erradas queriam sair, as do tipo que levam ao fim, as segurei entredentes, queria me afastar e parar de me magoar com Cobra, por outro lado isso estava fora das minhas hipóteses.

Seus lábios desceram ao meu maxilar, os contornando chegando ao meu pescoço. E começava mais uma maldita forma de voltarmos a nos entender. É como se sempre estivéssemos correndo em círculos.

Talvez a melhor parte de nossas discussões, sejam as reconciliações.


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