Beside You escrita por Santos


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá. Em primeiro lugar: mil desculpas. Eu achei o capítulo anterior ruim e o apaguei e nisso, demorei séculos até conseguir ter uma idéia, desculpa de novo. Obrigada à Bruna por ouvir as minhas frustrações kkkkkkkkk e as vocês por me permanecerem lendo a fic ♥



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KARINA PV

Senti minhas maças esquentarem numa temperatura elevada até de mais. Subentendi que ele havia dito que estávamos numa espécie de relacionamento, ao qual eu, não sabia dar uma definição lógica.

– Continua junto? – respondi incrédula, não achando àquelas duas palavras ruins, e sim, surpreendida com efeito que a voz do lutador causava nos meus ouvidos. – Achei que não gostasse de rotular relações com uma pessoa

– E, não gosto. Isso não foi um rótulo, só disse o que é meio óbvio, novinha – mencionou, rindo ironicamente.

– Eu não sei se gosto disso tudo, Cobra. – bagueei a cabeça negativamente.

– Por que tá comigo? – perguntou num leve sussurro em meu ouvido. Em meio às milhões de frases eu poderia dizer que era apenas por simples experiência, porém, eu sabia que pra ter aceitado ter esse tipo de relação com o lutador, é porque sei que poderia me sentir confortável em beijá-lo e, mesmo assim, podê-lo ter como amigo quando precisasse.

Me virei e sem menção coloquei minhas mãos em torno do seu pescoço. Cobra sorria cada vez que me via fazendo isso. Pensei numa reposta que pudesse convencer a cabeça dura que tem.

– Talvez, porque a velha Karina tenha cansado de fazer coisas certas – falei involuntariamente. De início achei que não fosse sair como uma ofensa, mas tudo mudou quando a cara morena á minha frente se fechou.

– Se amadureceu, como pode querer continuar errando? – uma pequena ponta de rancor saiu de sua voz. Os olhos de Cobra não estavam mais tão escuros, pois, vi uma pouco de fogo clarear tudo ali.

– Eu não disse como se você algum erro ao qual eu esteja cometendo. Mas, você também não é a pessoa mais correta do mundo

Ele me empurrou pela cintura e entrou atrás do balcão em disparado. Sua raiva foi cada vez mais fulminante enquanto me olhava de longe.

– Você tá comigo – pausou a voz como se o que poderá dizer fosse um crime. – porque aqui tem, o que não tinha com aquele mané do seu ex.

Ele é sempre inacreditável, bastava um simples momento de desconforto pra ter a oportunidade de achar algo que me magoasse e fosse suficiente pra que me afastasse, e, às vezes queria estar longe de toda essa arrogância que ele sempre fará questão de esbanjar.

– Porque com o Pedro era um dia qualquer, você se sentia desgastada mesmo o amando, talvez a falta de maturidade dele tenha te cansado de alguma forma – ele pôs o braço na madeira e olhou pra baixo, visivelmente derrotado – creio que pra você eu seja só aquele que vou assolar as coisas que te machucam por conta dele, Karina – meus olhos se encheram de água e Cobra parecia não esboçar nenhum tipo de arrependimento sobe cada palavra que dizia.


Mesmo chorando, não deixei de mostrá-lo meu sorriso de total decepção. Minha vontade era de socar a boca dele por cada coisa dita sem pensar.

– Você consegue ser ruim até mesmo com palavras – e sem arrependimentos revidei, sabendo que não o feria, não tanto quanto o que ele havia me dito. Assentiu e sorriu.

Cansei de adiar minha idá à ir embora, se eu ficasse mais, poderia escutar entre um turbilhão de coisas que me faria querer matar ele, mais do que já tinha vontade. Massageei as temporãs e parei em baixo da sacada de casa, presenciado cada vez mais uma dor de cabeça.

Entrei em casa e me despi das roupas. Todos pareciam estar no milésimo sono, o que me deixava em vantagem e livre de ouvir sermões. Deixei que água do chuveiro caísse, comigo tentando em uma frustrada ação de me afogar nela, numa vontade temporária de morrer. Apoiei a mão na parede e deixe que as gotas me molhassem minha cabeça na busca de que, a dor latejante passasse.

Sai do banheiro na ponta dos pés pra que não acordasse Bianca, isso não era muito necessário, afinal, o sono dele é bem pesado.

– Karina Duarte – ouvi meu nome ser pronunciado num tom baixo.

Virei pra trás e vi minha irmã sentada na cama com os cabelos fora do lugar e o rosto completamente inchado.

– Caralho Bi! – exaltei a voz, pondo a mão no meio do peito – achei que você tivesse dormindo.

– Estava, mas ouvi o chuveiro aberto e achei que fosse o idiota do João.

– Foi mal – falei baixo, porque com a altura de nossas vozes, Gael levantaria e viria ver o que ocorria.

– Onde você tava?

– Por ai – tentei fugir do assunto.

– No QG – respondeu objetiva – É só lá que você fica agora.

– Era... Pode ter certeza que não volto, pelo menos até uma eternidade inteira – bufei, vestindo meus shorts pretos e a blusa cinza. A atriz se embrulhou no lençol, permanecendo ainda sentada.


– O quê rolou? – nem adiantava tentar fugir dessa situação, a garota sempre saberá quando algo está fora do lugar em mim.

Deitei na cama e fiz um silêncio infinito, antes de conseguir dizer alguma coisa sobre a discussão com Cobra.

– A gente só brigou – queria diminuir o acontecido, mas eu sabia que não era algo mínimo.

– K, se não disser o que aconteceu com mais detalhes, não vou poder te ajudar.

– Cobra acha que aceitei me relacionar com ele assim, porque me sentia cansada do Pedro, como se fosse uma forma de tentar me aliviar.

– E não é?

– Não Bianca.

– Então, por quê? – perguntou duramente, como se esperasse pela reposta correta e mais sensata possível. E pra isso, eu não tinha uma exata resposta.

– Eu não sei, acho que me cansei de fazer as coisas de forma ajuizada, até nisso ele sentiu uma ponta de ofensa. Eu e ele somos tão parecidos que achei que não seria uma ideia ruim tentar ficar com ele. Pensei que nossa convivência seria fácil, que a gente sempre ia se entender, e me enganei quanto a isso – por fim deixei que às lágrimas rolassem um bocado mais.

– K, você magoou ele – deu um tempo – ele te magoou também, isso acontece, mesmo sendo apenas amigos, não vão morrer por passarem um ou dois dias sem se falar.

Ela tinha razão, pessoas se desentendem o tempo todo, e comigo e o lutador não seria muito diferente, o pesar, é que somos parecidos e os temperamentos batem, dificultando um pouco tudo.

Depois do conselho da pessoa mais adulta da casa, dormi longas horas, ouvindo o despertador tocar em seguida. Não tinha ninguém em casa mais, pelo visto dormi até tarde. Me arrumei e desci às escadas com pressa. Pedro estava enfrente à porta, num semblante temeramente irritado. Parei e cruzei os braços sem olhá-lo, e esperando pelos lamentos ou pela enchorrada de xingamentos por parte dele.

– Feliz?

– Feliz, como? – dei de ombros, mesmo desconfiada.

– Com seu amigo – gritou alto.


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