The story of my life - Cobrade escrita por Alice Fic


Capítulo 42
Meu menino!




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***

—Jade o que você achou desse?-Perguntou Lucrécia em quanto escolhia algumas joias para o seu “casamento de negócios”, pois era assim que Ed chamava. - Jade você tá se sentindo bem minha filha?- perguntou Lucrécia

—Tô... Sim! Acho que foi só uma contração. Eu acho!- Sussurrou, pois há alguns dias a morena vinha sentindo sensações parecidas.

—Ei? Tudo bem mesmo?- perguntou Ed sentando no sofá ao lado da morena.

—Tá sim Ed!-Respondeu. –Ed?-Chamou ela. –É... Você acha que a mamãe tá feliz?

—Você quer dizer com o casamento?

—É!

—Eu não sei minha querida, mas nem sempre o que achamos que nos faz feliz nos traz felicidade. -sorriu!

—O que vocês estavam falando aí? –Disse Lucrécia interrompendo a conversa.

—Sobre felicidade. Você está feliz Lucrécia ? –Perguntou irônico.

—Ah Ed, não vem com essa agora. -Falou enquanto o mesmo se levantará deixando mãe e filha á sós. Ele estava alí só para marcar presença ,o casamento de sua amiga estava há semanas e  o mesmo não compareveria, pois dizia haver motivos para o não comparecimento.

—Você tá linda mãe!-Disse Jade, reparando os poucos cabelos que nasciam em sua mãe. –Seus cabelos, sua pele... –Lucrécia riu.

—E os seu sempre foram lindos. –Completou referindo-se aos cabelos da filha. -Você não sente mais vontade de buscar refugio neles não? –Perguntou porém com um grande receio a ser invasiva.

—Não, mãe! Eu nunca mais senti vontade!-Respondeu com um sorriso nos lábios. Ela não sabia, mas apenas procuramos refugio quando não tem em quem ou no que confiar ou amar. E ela tinha quem e alguém a dedicar tal amor agora.

—Respirou fundo!-Você não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir isso.

—Eu também mamãe.

(risos)

—Posso perguntar uma coisa?

—Sim!

—Você...A senhora ama o seu noivo?

—Jade?!

—Ama?

—Eu...

—E o meu pai? A senhora amava?

—Jade por favor eu não gosto de falar sobre isso.

—Por que? Eu também tenho o direito de saber quem ele é e... quem ele seja que eu estou pensando ou eu acho ser ele também tem o direito de saber.

—No que... O que você tá falando?- Perguntou a mesma um pouco alterada.

—Há alguns anos atrás, eu... foi sem querer mas eu encontrei isso nas suas coisas. –Falou lhe entregando uma foto antiga de sua mãe no teatro municipal;ela estava Alegre, pois acabara de ganhar um dos mais importantes prêmios de sua carreira, ela estava ao lado do Ed e com um sorriso imenso, todavia a importância da foto se dava ao seu verso e não a imagem. No seu verso se de tratava de confissões e de uma declaração de sua mãe para o seu pai.

—Jade!-Disse ,com lágrimas nos olhos. Você...você não tinha o direito. Isso é, isso era algo particular.

—Isso é a minha vida e você querendo ou não eu tinha o direito de saber. Eu acho que tá mais do que na hora dessa foto ser entregue você não acha?

—Não dá mais tempo Jade, não dá! – Disse derramando algumas lagrimas, que já estavam retidas há algum tempo.

—Mãe, desiste desse casamento. Esse... Isso disse apontando para tudo ao seu redor. - Esse mundo não é pra você.

—Jade por favor! - Disse levantando-se

(...)

—Poxa pensei que não fossem mais chegar.

—Por que você não disse que viria pra minha casa, aliás, como você entrou aqui. - perguntou Lucrécia de forma brincalhona.

—Eu ainda tenho todas as suas chaves, se é que você me entende.

(risos)

—Eu tava fazendo um chá, servidas?!

—Claro meu querido! - respondeu Lucrécia enquanto Jade queixava-se de dores nos pés.

—Mãe, por favor? - pediu ela.  

—Jade, você não entende. Isso não é... Isso não vai fazer a mínima difereça.

—Um pai pra mim vai! - respondeu deixando cair uma lágrima solitária.

***

Ligação on

—Ricardo meu filho, você não acredita na animação que seu irmão tá.

—Diz que eu tô mandando um beijão pra. E fala pra ele me assistir aí.

—Impossível filho, o seu irmão esquecer disso. Ele tá numa pilha só!

—E o Robson?

—A, você sabe né. Ele se faz de Durão mas no fundo, no fundo já te perdoou.

É...

—E por uma coisa que você não fez!

—Pode crê minha mãe. Pode crê! Vê se a senhora não perde essa luta aí também tá.

—Pode deixar filho! E o meu netinho, a minha nora? Como estão?

—Eles estão bem mãe! Acho que dessa semana não passa.

—Hehei papai, tá feliz!?

—Não poderia estar melhor!

Ligação off

***

(...) - Um pai pra mim! - Disse deixando uma lágrima solitária cair. - Se você não contar eu conto!

—Contar o que? - perguntou Ed interrompendo a conversa.

—Que... - iniciou com a voz embargada enquanto olhara o semblante entristecido da mãe. - Que você é o meu pai Ed!

...

—Jade-Disse a abraçando

—Ed eu sempre...

—Olha pra mim?! - ele a interrompeu. - Eu, eu adoraria ser o seu pai, a final, eu sou o seu pai, mas não o biológico.

—Não?! - a morena disse intrigada

—Não meu amor! Eu adoraria, mas eu não sou o seu pai.

—E quem é então?

—Ele se chamava Rodrigo e... - Ela tentou mas as lágrimas lhe tomaram.

—Ele morreu Jade! -Concluiu Ed.

—Morreu? Mas e a foto as declarações e...

—Não, ele... Ele não morreu simplesmente ele...Foi assassinado. Assassinado pelo meu pai. O meu pai matou ele...

—O seu Pai? –Perguntou Ed não muito crente.

—Foi tudo um acidente ED! Os meus pais nunca aceitaram o fato de eu querer ser artista, muito menos de me apaixonar por um garoto pobre do subúrbio que cuidava da iluminação do teatro municipal, então eles deram um jeito de tirar ele.... O Rodrigo da minha vida. Pra sempre!

—Nossa, dessa parte da história eu não sabia. -Pronunciou-se Ed!

—Foi tudo planejado, o Rodrigo entraria num carro e os freios estariam soltos, mas ele teve a “incrível” ideia de falar com o meu pai sobre nós; eu já estava no inicio da gravidez e o meu pai entrou no carro obrigado por ele e... O resto vocês já sabem! –Ela suspirou enquanto suas lágrimas escorriam pelo seu rosto. –Agora você entende Jade, o porquê não dá? Eu juro que queria entregar essa foto, pois é a única recordação que tenho dele; foi ele quem a tirou. Você não sabe o quanto eu queria dizer tudo isso que está escrito ai e em troca ouvir a sua voz outra vez. –o silêncio tomou aquela sala.

—Nossa! Eu... Me perdoa mãe ?! –Ela pediu. Para Jade a dor que nascera naquele momento não era tão diferente e nem tão arrebatadora assim, pois a mesma acostumou-se com as versões anteriores em que a mãe lhe contara que seu pai havia falecido, mas se tratando da forma do acontecido e das consequências do mesmo era doloroso para duas.

***

Alguns dias depois...

—Senhoras e senhores. Bem vindos à extraordinária arena de lutas. Em mais um grande dia nessa edição do campeonato de Muay Thai... W-O-R-R-I-O-S – Dizia o apresentador no palco enquanto rangia os dentes e prolongava cada palavra dita fazendo a galera gritar.

—É a tua hora campeão. –Disse Gael. –eu quero que você preste bastante atenção no seu adversário, matem essa guarda alta e protege o seu rosto. Vai lá e traz esse premio pra casa.

—Eu sei mestre. Pode deixar!!!

—E principalmente... força e honra!!!

—Força e honra!-Desse Cobra!

(...)

—Vai, vagabundoooo!!! –Gritou jade da arquibancada.

—Jade! Vagabundo não né!-disse Lucrécia

—Vagabundo!!!

—Jade!

—Ahhh Vagabundo!- Gritou mais uma vez. –A bolsa estourou! A bolsa estourou! E agora o que é que eu faço? – perguntou olhando pra mãe.

—Eu não... Bora pro hospital.

...

—Para aí, para aí! O que ta acontecendo ali. -dizia um dos meninos.

—Ta acontecendo o que?- Perguntou cobra.

—É meu camarada, parece que a bolsa da Jade estourou.

—Bolsa? Que bolsa?!

—A do bebê Cobreloa! –disse Gael irritado...

***

—Força garota, só mais um pouquinho. -Dizia o medico a Jade entre as suas pernas. Se tratava de um parto normal tudo o que a morena não queria.

—Hummm!!! Eu não consigo doutor eu não...

—Só mais um pouquinho Filha. Dizia Lucrécia segurando firme na mão de sua filha.

(...)

—Vamos Cobra! –gritava Gael de uma distancia considerável do Ring. Se tratava do ultimo Round daquela Luta e ambos os lutadores já estavam cansados. Cobra foi atingindo no maxilar com uma direita surpreendente de seu adversário o que fez o mesmo ir ao chão.

—Levanta, Cobra Levanta!!! –Gritava Gael desesperado enquanto o Juiz iniciara a contagem regressiva para o fim daquela tão sonhada suta.

Era triste de se imaginar, mas nem sempre o que tanto queremos ou sonhamos em ter é realmente o que precisamos. Mas não custa nada tentar...

... –Levanta Cobra! Levanta! Isso “vamo” lá rapaz.

(...)

—Só mais um pouquinho Jade só mais um pouquinho...

—Anhnhnh!!!

—Isso Garota. Vamos lá!

—Ahhhhhhm!!!

—Nasceu, nasceu, meu netinho nasceu !!!-Gritava Lucrécia com os olhos marejados em quanto a sua filha respirava aliviada.

—É um menino. Um lindo menino. –Dizia o medico analisando o garoto enquanto uma das enfermeiras o levava para ver a sua mamãe.

—Meu menino! -Ela sussurrou beijando o seu rostinho ainda melado de sangue. -Meu menino!

(...)

—Vamos lá Cobra mais uma vez. Isso meu garoto isso jab, jab !!! –Dizia Gael repetindo com precisão todos os movimentos feitos por cobra. Agora seria a sua vez! Os seus olhos brilhavam naquele tatame e sua força e vontade de ver o seu filho nascer era tamanha que poderia ate mesmo ser notado um breve sorriso em seus lábios.

—Isso, Isso!!! Nocalte!? Ele venceu!-Disse ao tomar Cobra nos braços junto com todos os outros de sua academia invadindo o Ring.

 Aquele dia não foi um dia comum como tantos outros, mas sim, mais um dia feliz de suas vidas.

***


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Notas finais do capítulo

Me Desculpem pela demora e por esse cap + - . ultimamente estou sem tempo e cabeça. Mas vejo vocês no cap 43 / bj bj bj ;)



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