–Sim, mas eu não vou correr o risco de dar de cara com ela e ainda mais toda suja desse jeito. Você me leva?

– Claro minha Dama o seu pedido é uma ordem.

***

Pov. On Cobra

Jade foi o caminho todo sem dar uma palavra. Ela parecia estar nervosa, com medo realmente do que poderia vir a acontecer. Suas mãos não paravam, ora estavam na cabeça, ora em suas pernas e me pedia em de cinco em cinco minutos para acelerar. O sinal fechou, e Jade confessou estar à beira de um colapso. Peguei uma de suas mãos e a apertei numa tentativa de lhe passar conforto. “Calma eu vou te ajudar!” Foram as únicas palavras que cosseguram tomar forma de minha boca, eu não fazia muito o papel de ombro amigo, mas com ela era diferente. Por mais tentador que fosse senti uma grade vontade de cuidar, de querê-la bem! Deixei a jade em casa e fui direto pro Q.G a noite tinha sido cansativa, porém ótima. Pensei no que teria acontecido se o celular da Jade não tivesse tocado e de como teria sido bom. Pensei também se todo o meu Jogo com ela seria justo e se eu faria com ela o que faço com todas. “Cobra, Cobra o que tá acontecendo com você”, falei em meio aos pensamentos.

Pov. off Cobra

***

Pov. on Jade

Cheguei em casa e dei graças a Deus por minha mãe não está, as luzes estavam apagadas, tentei fazer o máximo possível de silêncio para não acorda-la. Bom, tudo em vão! Levei um baita susto.

–Bonito... Isso são horas Jade?- Já se passavam das 02:00 da madrugada.

–Desculpa mãe pelo amor de Deus é que... -Tentou se explicar.

–Eu quero saber, onde e com quem você estava? E por que você mentiu pra mim?

–Mãe eu não fiz nada eu Juro! E que... Eu- Falou Jade aos prantos, agravando a situação.

–Para Jade! Me poupe de suas desculpas o seu choro não me comove. Você não aprende não é? Você só me decepciona desse jeito com tanta imaturidade e ainda me aparece toda suja.

–É que, eu fui à praia.

–Isso eu tô vendo. Você não merece a minha confiança.

–Para mãe, não fala assim, me desculpa?!

–Fala Jade com quem você estava?

–Eu, eu tava com o Lírio e Joaquina num Luau na praia. –Menti se o cobra entrasse naquela situação eu seria uma garota morta.

–Não mente pra mim Jade.

–Eu só queria me divertir um pouco, aliás, eu passei naquele maldito teste eu merecia um pouco de diversão você não acha?-disse um pouco alterada.

–Diversão. Diversão Jade? Às três da manhã? Eu na sua idade já tinha uma carreira estava preocupada com a minha vida, lutando pelo meu ligar ao sol. Você simplesmente não merece o que tem.

–Acontece que eu não sou você mãe!

–Não, pode-se perceber que não é. – A minha mãe me olhou dos pés a cabeça e despejou aquilo, desprezo e decepção eram as palavras sucumbidas por ela. Apenas levei as mãos aos meus cabelos os arrancando numa tenta falha de redenção. “É Jade, você nunca será como a grande bailarina Lucrécia Gardel”.

***

O dia amanheceu e os problemas e as indecisões apenas continuaram...

–Acorda Jade, Acorda!

–Ed, o que você ta fazendo aqui? Cadê a minha mãe?

–Calma Jade, a sua mãe teve que dar uma saidinha e eu quis vir cuidar de você, hoje eu vou te levar pra Ribalta. -Disse sendo carinhoso. –Mas me conta o que aconteceu ontem.

–Ed, a minha mãe me odeia.

–Não meu amor não é verdade, você é o que de mais precioso que existe pra Lucrécia.

–Não, não sou não Ed. Eu sou a decepção da vida dela.

–Vem Jade, você tá precisando de uma boa xicara de café, croissants e bolo pra adoçar essa vidinha. Você é motivo de orgulho pra qual quer um, qual quer um viu?

–Oi Ed Bom dia! O que é isso? Croissants, bolo

– O Resultado saiu?

–Ainda não Ed?

–Bom dia mãe? -eu disse ainda receosa devido ao acontecido da noite de ontem.

–Eu vou embora pra Ribalta, de insaturação na minha vida já basta essa mesa. - Disse batendo a porta pela qual acabara de entrar.

–Ela me ignorou?

–O Negocio foi serio então e põe serio nisso. - disse Ed ao ver a reação de Lucrécia.

***

No Q.G...

–Fala cobeloa?

–Eai?

–Servicinho dez o que você me passou. Usei, abusei, descartei e ainda deixei a conta do motel pra gatinha pagar. Isso foi um favor que você me fez então ainda te devo uma.

–Relaxa. Eu sei cobrar muito bem quem me deve.

–Mas, vem cá, eu tô aqui por que o mestre mandou te chamar pra uma parada que vai rolar hoje à noite.

–Parada? Oh, se for droga eu tô fora em.

–Relaxa, Cobreloa, a parada é firmeza. Luta por dinheiro. Topa?

–Luta e dinheiro é? Fechou.

–E ainda tem mais. Depois da luta a rapaziada toda sai invadindo umas boates pela noite “entrada franca”. E com a quantidade de mulher bonita que vai ter lá, você vai me agradecer. Já é?

***