A Filha de Roma e Grécia escrita por Wondy


Capítulo 16
Frank - Museus não são lugares legais


Notas iniciais do capítulo

Hey divosas!
Mais um cap, uhuuullllll!!!!!
Então, eu sei que vocês devem estar se perguntando o porquê de eu não ter postado quarta-feira passada. É o seguinte, minha internet bugou e eu não consegui postar ¬¬
Por que tudo isso acontece justo quando eu vou postar um cap, senhor??????
Mas o que interessa é que o cap novo está aqui, yay!!!!
Enjoyyy



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Nós estávamos mais do que ferrados.

Eu, Annabeth e Percy, corríamos pelos corredores do museu de vida marinha de Atlanta – ou também conhecido como museu de monstros marinhos de Fófis e Cindy -. Eu conseguia ouvir os passos de alguém correndo atrás de nós. Esse alguém era apenas a deusa dos monstros marinhos, Ceto (ou Cindy, depende de que roupa ela usar). Não podia ser a deusa das borboletas, nem a deusa dos coelhinhos, tinha que ser a deusa dos monstros marinhos.

– Estamos quase lá! – gritou Annabeth.

Ela estava certa, eu conseguia ver a luz reluzindo da porta de saída. Minha mochila pesava em minhas costas, já que eu posso ou não ter dado uma passadinha na loja de presentes. Ok, eu realmente dei uma passadinha na loja de presentes, mas a culpa não é minha se Leo jogou fora quase todas as minhas roupas. “Quase” por que Hay conseguiu pegar algumas antes que Bufford, a mesa maravilha, saísse com elas para espalhar o “aroma” de semideus e confundir as corujas romanas.

Passamos correndo pela porta, mas não ousamos parar de correr. Só paramos quando chegamos ao Argo II. Leo, Hayley e o Treinador Hedge estavam no convés.

– Hey! – cumprimentou-nos Hayley. – Conseguiram algo? – perguntou, observando eu, Annabeth e Percy recuperarmos o fôlego.

Já que nenhum de nós tinha ar para falar, apenas confirmamos com a cabeça.

– Precisamos ir – Annabeth ofegou. – Para Charleston. Agora!

Leo mexeu nos controles de Wii e o navio levantou voo. O solavanco quase me fez perder o equilíbrio.

– O que acharam? – perguntou ele, depois de largar os controles.

– Hum – murmurei, pegando minha mochila. – Umas camisetas, pêssego em caldas, algemas chinesas que não são tão chinesas assim, doces....

Olhei para o lado e parei de falar. Annabeth me encarava como se tentasse manter a calma para não me estrangular.

– Tem pirulito de morango? – Hayley perguntou, como se fosse uma criança de seis anos de idade. Tirei a caixa de pirulitos de dentro da mochila e joguei para ela. Seus olhos brilharam. Annabeth encarava a cena incrédula, assim como o resto do pessoal que eu nem tinha notado que tinham subido também.

– Precisamos ir mais rápido – anunciou Percy, fazendo com que todos voltassem a atenção para ele. – Estamos sendo seguidos.

– Por quem? – perguntou Hayley, abrindo a caixa de pirulitos e tirando um lá de dentro e logo depois o colocando na boca. O fato de estarmos sendo seguidos não parecia incomoda-la.

Balancei a cabeça, o pânico enchendo meu peito.

– Baleias, krakens, golfinhos, quem sabe? - falei, o pânico era evidente em minha voz. – Talvez até Cindy e Fófis!

– Cindy e Fófis? – Jason perguntou, confuso.

– Ele quis dizer Ceto e Fórcis – Annabeth corrigiu. – Ceto é a deusa dos monstros marinhos e provavelmente mandou um amigo atrás de nós.

Hayley tirou o pirulito da boca.

– É só continuarmos no ar – disse ela, tranquila. – A não ser que exista algum monstro marinho com asas.

Ela até que estava certa. Eu não tinha pensado nisso antes. No mesmo instante me senti mais calmo, o pânico se esvaindo de meu peito.

– E o que vocês descobriram? – Percy perguntou, com uma carranca ao lembrar de onde eles tinham ido.

Hayley pegou um papel dobrado de dentro do bolso da jaqueta de couro.

– A localização de Nico – disse, tirando o pirulito a boca e desdobrando o papel. Cheguei mais perto e notei que se tratava de um mapa de Roma com uma área circulada de caneta vermelha.

– É aqui? Nessa rua? – perguntei, aproximando-me.

– Bem, eu acredito que ele esteja no subterrâneo. – Hayley comentou, dobrando o mapa e tirando seu caderno de dentro da jaqueta. – Faria mais sentido quanto a como dois gigantes se esconderam de todos. Nem a névoa conseguiria disfarçar todos os detalhes... – ela colocou o pirulito na boca e começou a procurar algo no caderno. Suas mãos o folheavam tão rápido, que eu fiquei com a impressão de que o papel rasgaria. Quando finalmente encontrou o que queria, Hayley virou o caderno para que nós pudéssemos olhar também.

Era o desenho de um lugar que mais parecia com uma caverna, com gaiolas penduradas no teto abrigando bichos de todas as espécies, na parede da tinha um tipo de máquina cheia de botões, alavancas e alguns monitores, como aqueles de seguranças - até aqui, o lugar parecia uma batcaverna/zoológico -, mas o que mais me preocupou não foi a máquina nem os bichos. Ao lado dos monitores estavam os dois gigantes gêmeos. Um usava uma camisa havaiana que “exagerada” seria pouco para descreve-la e o outro usava um collant de ballet azul, com direito a tutu e tudo. Eu os acharia engraçados se não tivessem cobras como dedos dos pés e uma lança de três metros nas costas.

– Deuses – Hazel murmurou ao meu lado. – Nico está aqui? – Sua voz estava carregada de preocupação. Apertei sua mão no intuito de consolá-la, recebendo um olhar agradecido em troca.

Hayley apontou para uma parte do desenho que eu não tinha notado. Era uma espécie de jarro de bronze, mas não acho que Otto e Efialtes o usam para colocar flores. Era onde Nico estava.

– Ele está aqui? – A pergunta escapou de meus lábios. – Quanto tempo ele tem até que o oxigênio acabe? – Hazel apertou minha mão e eu desejei não ter falado nada. Seus olhos estavam marejados, mas ela não chorava.

Hayley tirou o pirulito da boca. Vi preocupação em seus olhos, provavelmente por causa de Hazel.

– Segundo Nêmesis, cinco dias – Leo se intrometeu, virando-se para Hazel. – Seu irmão é claustrofóbico?

– Acho que não – Hazel respondeu. Leo voltou a encarar o desenho com a testa franzida.

– Então não precisamos nos preocupar com o pânico. Posso dar uma olhada? – perguntou ele e Hayley lhe entregou o caderno. Leo voltou a encarar desenho e eu juro que vi as engrenagens trabalhando em sua cabeça. – Pelo diâmetro do jarro, uma pessoa de 1,80 de altura sentada caberia aqui. A nossa única preocupação é o tempo – ele olhou para cima, e se deu conta de que Hazel estava junto. – E é claro que nós vamos chegar a tempo. – concluiu, cautelosamente. Seus olhos mandavam uma mensagem silenciosa de desculpas à Hazel.

Todos ficaram em silencio depois disso, como se não soubessem o que dizer.

– Então – Hayley quebrou o silencio. – O que vocês acabaram descobrindo? – perguntou a Percy. – E eu não me refiro a lembrancinhas, Frank – completou assim que eu abri a boca. Senti meu rosto esquentar. É claro que ela estava falando de Fórcis e Ceto, coisas realmente importantes.

Percy pareceu aliviado por mudar de assunto e narrou tudo o que aconteceu no museu, com Annabeth sempre acrescentando o que ele esquecia de falar. Por exemplo, como ela conseguiu extrair as informações necessárias sem que Fórcis se desse conta do que falava, como Percy acabou “sem querer” irritando Ceto com suas objeções quanto a como estavam tratando os animais marinhos (nessa hora, Hayley quase teve um ataque e Percy precisou acalmá-la para que ela não voltasse para o museu nadando) e como eu acabei deixando escapar o fato de que nós éramos os semideuses da profecia. Todos me olharam quando ela terminou de contar a história, fazendo-me baixar a cabeça para não encará-los. Eu preferiria que Annabeth não contasse essa parte da história, mas agora já foi.

– Parem de encarar! – repreendeu Hayley, irritada. – Não foi culpa dele e isso já não importa mais, precisamos nos focar no tal mapa em Charleston. – Que os deuses salvem Hayley Bennet. Lancei um olhar agradecido à ela quando todos desviaram o olhar, envergonhados.

– Um mapa – falou Piper. – Mas um mapa para encontrar o quê?

– A Marca de Atena – Percy olhou com cautela para Annabeth. Era como se “não quero falar sobre isso” estivesse escrito em sua testa. – O que quer que ela seja, sabemos que é algo que pode acabar com a rixa entre romanos e gregos.

No mesmo instante, Hayley lançou um olhar à Annabeth que eu não consegui entender, mas percebi que Annie fez um mínimo movimento com a cabeça, concordando com algo.

– Isso é possível? – Hazel perguntou, sua testa estava franzida. Pelo menos ela esqueceu do irmão por um segundo. – Quero dizer, essa rixa existe há séculos, acha que a Marca de Atena pode unir duas culturas tão rivais?

Todos olharam para Annabeth, esperando uma resposta. Pude perceber seu desconforto diante da situação. Seu olhar implorava por ajuda e ela mordia o lábio de forma nervosa. Hayley atendeu seu pedido.

– Vamos saber isso quando a acharmos – ela interrompeu, recebendo um olhar agradecido de Annabeth. – Agora precisamos nos focar em encontrar Nico e o tal mapa.

Jason franziu a testa, como se algo lhe tivesse lhe ocorrido naquele momento.

– Você disse que Nico é grego – ele observou, virando-se para Percy. –, mas ele estava no Acampamento Júpiter.

– Ele sabia dos dois acampamentos e nunca falou nada – Percy entrou na linha de raciocínio. – Ele transitava entre eles.

– O que querem dizer com isso? – Hayley perguntou, jogando o palito do pirulito por cima do ombro. Sua voz estava um pouco mais ríspida, como se estivesse tentando disfarçar seu desgosto ao ouvir o irmão desconfiar de Nico.

– Como podemos confiar em alguém que sempre soube dos dois acampamentos e nunca falou nada? – Jason respondeu. Hazel soltou uma exclamação indignada.

– Como pode falar isso? – perguntou ela, claramente ofendida. - Ele é meu irmão! Ele me trouxe de volta do Mundo Inferior, e vocês não querem ajuda-lo?

Percy piscou.

– Não é isso...

– Hazel – Jason interrompeu. – Eu conheci Nico no Acampamento Júpiter e agora descubro que ele transitava entre o Acampamento Meio-Sangue também. Isso é um pouco suspeito. Você sabe de verdade a qual lado ele é leal?

Os braços de Hazel tremeram e a adaga de Piper saiu voando pelo corredor dos dormitórios.

– Você... o grande Jason Grace... o pretor que eu admirava. E agora você...

Hazel bateu o pé e saiu em direção ao seu dormitório pisando duro.

– Deixa-a esfriar a cabeça – aconselhou Piper, quando eu fiz menção de segui-la.

– Mas... – comecei a retrucar, mas ela me lançou um olhar de “acredite, isso vai piorar as coisas”. Bufei. – Ok, vou esperar.

– Não acredito que disse aquilo! – Piper exclamou, virando-se para Jason.

– Estou sendo cauteloso! – retrucou ele, ofendido. – Como vamos saber se podemos confiar nele?

– Como é que é? – Hayley interrompeu. Seu punhos estavam cerrados e a raiva brilhava em seus olhos verde-mar. – Ele está morrendo! Como pode ser tão insensível?

Jason pareceu ofendido.

– Por que está defendendo ele? – Percy interrompeu, antes que Jason pudesse retrucar. Ele parecia mais com raiva do que confuso. – Você nem o conhece!

Hayley hesitou.

– Eu tenho os mesmos sonhos há meses – ela disse depois e um tempinho. Sua voz estava trêmula de raiva. – E em todos eles eu vejo o mesmo garoto preso e lutando para sobreviver. Percy ele está morrendo! Não importa a lealdade dele, eu sei que você não está nem um pouco afim de ficar com isso pesando em sua consciência. E você para-raios – Sua voz ficou mais carregada de raiva quando olhou para Jason. – Se você pudesse ter o mínimo de bom-senso, não teria abordado esse assunto com Hazel aqui, então comece a pensar antes de falar se não quiser que eu mesma te dê de comida para um grande tubarão branco, capiche? – Perto do dela o olhar de lobo de Jason era uma piada. Hayley saiu atrás de Hazel pisando duro.

Ouvi a porta de seu dormitório bater e o encanamento estourou.

Todos ficaram em silencio. As palavras de Hayley atingiram Jason e Percy como um soco.

Mas uma coisa não deixou minha cabeça. Ela não falava como alguém que só sonhou com Nico. Ela falava como se realmente o conhecesse. E pelo que parecia, Percy notou isso também.


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Notas finais do capítulo

Então pipous???
O que acharam da nossa HayHay Diwa dando um turn down for what?
Agora um poema:
Azul é a cor do céu
O céu é bem bonito
Se você não comentar
Jogo um raio no seu casal favorito
Até o próximo



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