A Filha de Roma e Grécia escrita por Wondy


Capítulo 15
Leo - Conhecemos o Senhor-Eu-Me-Acho-O-Máximo


Notas iniciais do capítulo

Olá divosas!
Vocês devem ter percebido que esse cap saiu bem mas cedo do que de costume, não é?
É que quando eu vi que o Nyah! tinha entrado em manutenção, eu já adiantei esse cap e sinceramente, eu não consegui esperar.
Por que?
POR QUE NESSE CAP FREDDIE LEWIS IRÁ APARECER!!!!!!!!!!!
Enjoyyyy



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Oh yeah baby! Leo na área, finalmente! (Wondy: Narra a história, senão eu nunca mais te dou um POV, capiche?) Ok, estressadinha.

Quando pousamos em Atlanta, a primeira coisa que fizemos foi nos dividir em grupos. Um iria com Percy procurar por um tal de Fórcis e o outro iria com Hayley encontrar o tal de Freddie Lewis. Percy perguntou, como quem não quer nada – to sabendo -, quem Hades era Freddie e quando a palavra “amigo” saiu da boca de Hayley, ele teve um chilique.

– Você não vai para lá sem mim! – Percy dizia, irritado.

Hayley o olhava com cara de tédio, como todos nós estávamos fazendo.

– Você poderia parar com essa frescura, por favor? – perguntou Hayley, respirando fundo tentando se acalmar.

Percy fez uma cara pensativa irônica.

– Hum, me deixe pensar... Não!

– Hazel e Leo vão comigo, ok? – argumentou Hayley. Opa lá, eu não disse nada sobre sair procurando o peguete de ninguém.

– Hazel e Leo? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

Hayley me olhou e pela primeira vez pude ver algo além de desprezo em seu olhar. Ela me olhava desesperada, passando a mensagem silenciosa: Por favor!

Sinceramente? Eu tenho medo daquela garota. Muito medo. É claro que eu não vou deixar isso claro para todo mundo, mas sejamos racionais, Hayley Bennet me odeia! Só o fato de ela não ter me ignorado já era um milagre, ainda mais ela pedir para que eu fosse junto com ela e Hazel.

Ok, eu tenho certeza que o único motivo pelo qual ela quer que eu vá junto é por que eu fui a primeira pessoa que lhe veio à cabeça.

De qualquer jeito, quinze minutos depois eu me encontrava seguindo Hayley e Hazel pelas ruas de Atlanta. Acreditem, nem eu mesmo sei como eu fui parar lá, mas acho que foi depois de Hazel me olhar como aqueles filhotes de cachorrinho fofos que você sente vontade de fazer tudo o que eles querem só para ver eles correndo de um lado para o outro e soltarem latidinhos fofos, e dizer “Por favor, Leo!”. Nem se eu fosse feito de bronze celestial teria conseguido dizer não.

– Tem certeza que você sabe para onde está indo? – perguntei à Hayley. Ela já não estava me ignorando mais, porém ainda parecia não gostar muito de mim.

– Tenho – respondeu ela, virando a esquina. – É só torcer para que ele não tenha se mudado nos últimos meses.

Isso, com certeza, deixou meu ânimo nas alturas. Sorte a minha eu já ter conseguido reparar quase todo o casco do Argo II, só precisava de algumas coisinhas, mas eu duvido que fará uma diferença muito grande.

Bem, eu espero.

Eu estava quase atravessando a rua, quando senti Hazel me puxar e um carro buzinar passando na minha frente. O motorista gritou algo como “Você é louco, moleque?”.

– Você ficou doido? – perguntou Hazel com olhos arregalados. Olhei para ela confuso até que notei que eu estava tão focado nos meus pensamentos que nem notei que estava quase sendo atropelado.

– Foi mal – desculpei-me.

– E depois a distraída sou eu – gritou Hayley, à poucos metros de onde nós estávamos, indo em direção a um prédio. Ele parecia velho e provavelmente corria risco de desabamento.

Quando eu e Hazel chegamos mais perto, Hayley tocou o interfone. Ela teve que tocar mais duas vezes até alguém atender.

Alô? – perguntou uma voz masculina depois de um tempinho.

– Sou eu, Freddie – disse Hayley, simplesmente.

Ah deuses, lá vem problema pro meu lado.­ – comentou o cara que deveria ser o Freddie. Notei que ele tinha algum tipo de sotaque – acho que era holandês, sei lá -, mas ele falava bem o inglês.

A porta apitou e Hayley a abriu, fazendo um sinal para que entrássemos. A porta se fechou às nossas costas com um estrondo.

Detalhe: o prédio não tinha elevador.

– Precisamos ir pelas escadas? - Hazel perguntou, fazendo uma careta.

– Sim – disse Hayley começando a subir os primeiros degraus. – Esse prédio é da época da 2ª Guerra Mundial.

– E na guerra não lutaram por um elevador? – murmurei. Hazel segurou o riso do meu lado.

Hayley me olhou com cara de Sério?

– Que andar é? – perguntei, mudando de assunto.

– Doze – respondeu Hayley, fazendo-me soltar um gemido de frustração. Fala sério, subir doze lances de escada? Posso ser louco, mas nem tanto! Hazel não pareceu gostar da idéia também, pois me acompanhou quando comecei a reclamar.

– Parem de agir como dois velhinhos! – exclamou Hayley quando chegamos ao nono andar. Eu já estava me esquecendo de como era ter fôlego e Hazel não estava muito diferente.

– Não... posso... treinar... para o... futuro? – perguntei, totalmente sem fôlego. Perco a respiração, mas não a piada.

Hayley rolou os olhos e começou a subir mais e mais escadas. Cara, ela por acaso era feita de ferro? Não e possível alguém subir tantas escadas assim sem nem demonstrar cansaço!

– Você é algum tipo de robô, Hayley? – perguntei, quase sem voz.

Hayley se virou para mim com a testa franzida.

– Como assim? – perguntou ela, confusa.

– Você não sente nada, não se cansa, não demonstra dor... – comecei a listar. – Acho que a única vez que te vi cansada de verdade, foi quando fugimos do Acampamento Júpiter.

Hayley me olhava sem entender, mas pude ver mágoa em seus olhos antes de eles se tornarem os mesmos ilegíveis de sempre.

– Eu não sou um robô – disse simplesmente, e voltou a subir as escadas como se eu nunca tivesse abrido a boca.

Quando chegamos ao décimo segundo andar, eu não agüentei e acabei me sentando no chão tentando fazer com que minha respiração voltasse ao normal. Alguns segundos depois, Hazel sentou-se ao meu lado enquanto Hayley nos esperava pacientemente. Não sei quanto tempo fiquei ali sentado, mas quando levantei, Hayley tocou a campainha do apartamento 901.

A porta se abriu depois de alguns segundos, revelando um cara ruivo de altura mediana. Ele usava uma camiseta escrito Fatality. Só notei isso por causa que Mortal Kombat é meu vídeo game favorito.

– Hayley Bennet – falou Freddie, sorrindo. Sua voz tinha um sotaque holandês quase imperceptível. – No que posso te ajudar?

Hayley retribuiu o sorriso.

– Feitiço de Localização - ela disse, simplesmente. – Precisamos achar Nico di Angelo. – ela falou o nome de Nico de um jeito estranho, como se estivesse torcendo para que Freddie não reconhecesse.

O sorriso de Freddie desapareceu no instante que Hayley disse o nome. Ele olhou para mim e para Hazel e sua expressão ficou ainda mais confusa.

– Quem são esses? – perguntou Freddie, e notei que ele nos avaliava com os olhos. Hayley nos olhou como se só agora tivesse se lembrado da nossa presença.

– Esses são Leo – ela me indicou com a cabeça e eu fiz o cumprimento Vulcano do Star Trek. – e Hazel – então apontou para Hazel, que murmurou um “oi”.

Freddie abriu mais a porta e entrou para dentro sem falar uma palavra. Hayley o seguiu, Hazel foi atrás e eu corri para alcança-las. Quando entrei no apartamento, minha boca se abriu num perfeito “O”. O lugar inteiro era o mais moderno possível, computadores de última geração ocupavam a mesa de janta, vídeo games como Xbox e PlayStation, estavam abaixo da TV de plasma de 48 polegadas.

Notei que eu tinha ficado para trás quando olhei em volta e não vi Hazel. Saí pelo corredor em busca dela ou de Hayley e perto de uma sala, consegui ouvir a voz de Hazel. Sem nem pensar no que eu estava fazendo, eu a segui.

Quando cheguei num quarto perto da cozinha, vi que Freddie, Hayley e Hazel estavam atrás de um mapa mundial que estava em cima de uma mesa vermelha.

– Você tem algo do cara? – perguntou Freddie, secamente. Hayley e Hazel se entreolharam. Nenhum dos três parecia ter notado a minha presença ainda.

– Isso é necessário? – perguntou Hayley.

Freddie deu de ombros.

– Depende – respondeu ele. – Se você tem uma noção de onde ele está e com quem, não.

Hazel olhou para Hayley com expectativa.

– Você teve os sonhos! – exclamou ela, a alegria era evidente em sua voz. – Conseguiu ver onde Nico está?

A expressão de Freddie se tornou – se era possível – mais rígida.

– Sonhos? – perguntou ele, como quem não quer nada.

Hayley não pareceu ter notado o fato de Freddie estar com raiva ou se notou, ignorou completamente. Ela apenas deu de ombros calmamente.

– É – respondeu ela. – Ele estava no subterrâneo preso dentro de algum tipo de jarro feito de bronze celestial. Tinha dois gigantes com ele. Os gêmeos Otto e Efialtes.

– Sabe em que lugar ele poderia estar? – perguntou Freddie, mais secamente.

– Roma.

Freddie trocou o mapa mundial por um só de Roma, pegou um frasco e derramou seu conteúdo vermelho encima do mapa. Começou a falar em latim e o liquido vermelho começou a ir em direção uma parte de Roma. Quando percebeu isso, Freddie parou de falar e o liquido se transformou em uma linha vermelha, como se fosse tinta de caneta.

– É isso? – perguntou Hazel. Percebi que ela estava tensa. – Meu irmão está aqui?

Quando ouviu Hazel chamar Nico de irmão, Freddie franziu a testa e pareceu confuso. Ele lançou um olhar para Hayley que eu não consegui entender muito bem, mas ela sim. Hay lançou um olhar de “te explico depois” para ele. Interessante.

– Então é só isso? -perguntou Freddie.

– Na verdade, não. – respondeu Hayley dando um sorriso amarelo.

Freddie franziu a testa, parecendo confuso.

– O que mais você precisa? – perguntou ele.

– Vamos atravessar o Mare Nostrum – respondeu Hazel. - O Mediterrâneo é o mar mais perigoso para os semideuses. Precisamos saber o que vamos enfrentar.

Freddie arqueou as sobrancelhas e lançou um olhar de desculpas à Hazel.

– Desculpe, mas eu não posso ajudar com isso – desculpou-se ele. – O Mar Mediterrâneo tem tantas surpresas quanto o Mar de Monstros, talvez até mais.

– Que reconfortante – murmurei, e Freddie olhou para mim como se só tivesse me notado agora. Na verdade, eu tenho certeza de que ele só me notou agora.

– Um filho de Hefesto – disse com desdém. O jeito que ele falou fez com que minhas mão tremessem, loucas para queimá-lo – Não sabia que andava com zé ninguéns – comentou para Hayley.

Antes que eu pudesse dar uma bela resposta para aquele abençoado de Hera (não é um elogio), Hayley me interrompeu.

– Por que a surpresa já que eu andava com você? – perguntou ela. Juro que quase vi seus olhos faiscarem. Tive vontade de aplaudir. – Não se meta com meus amigos, Lewis.

Para tudo!!!!! (ok, isso foi muito gay)

Hayley Bennet me chamou de amigo?

Eu realmente ouvi bem? Eu acho que preciso fazer uma consulta no médico para ver meu problema de audição.

Freddie parecia tão surpreso quanto eu.

– Seus amigos? – perguntou ele, olhando de relance para mim. Se eu não estivesse tão surpreso, teria ficado com raiva.

– É – Hayley confirmou, olhando-o com desdém. – Bem, já temos tudo o que precisamos. – disse, indo em direção á porta. – Até algum dia.

Quando eu e Hazel já estávamos quase saindo do apartamento do Senhor-Eu-Me-Acho-o-Máximo, Freddie pegou Hayley pelo braço.

– Preciso falar com você. – disse ele. – É importante – completou, quando viu que ela não iria com ele.

Hayley suspirou derrotada.

– Me esperem aqui – pediu ela, seguindo o Senhor-Eu-Me-Acho-o-Máximo pelo corredor.

Olhei para Hazel que parecia tão confusa quanto eu.

– Ela me chamou de amigo – As palavras escaparam antes que eu conseguisse conte-las.

– Acho que depois do incidente com os eidolons, ela acabou notando que não foi culpa sua... – a destruição do Acampamento Júpiter.­ Mesmo que Hazel não tivesse dito essas palavras, eu sabia que era isso que ela iria dizer.

Suspirei concordando, para então ficarmos os próximos minutos num silencio constrangedor.

– Vou no banheiro – avisei, mesmo sem ter vontade nenhuma de ir. O que eu queria era ouvir a conversa. Hayley estava com raiva de Freddie, o que deveria ter feito com que ela não quisesse falar mais com ele. Porém, quando Freddie disse que “era importante”, Hayley topou conversar com ele na hora. Tinha mais coisa nessa história.

Entrei no apartamento e fiquei andando até que eu ouvisse a voz de algum dos dois. Devo ter andado por alguns segundos até parar em frente à uma porta.

O que você quer com Nico? – perguntou uma voz, que eu reconheci sendo de Freddie.

Era esse o assunto importante que você queria conversar? – exclamou a voz de Hayley. – Achei que fosse algo ligado à Resistência!

E por que isso não seria importante? – Freddie parecia com raiva. – Ele nos usou para passar informações da Resistencia à Hades! Por que você vai procurar esse cara?

– Por que ele é importante para a minha missão – As palavras de Hayley eram cortantes.

Importante para sua missão ou importante para você? – perguntou Freddie.

Silencio.

– Viu, você nem nega! - Freddie estava gritando agora. – Sabe muito bem que Nico di Angelo usou você e ainda gosta dele? Ainda vai defende-lo? – Pude imaginar a expressão ilegível de Hayley.

– Não estou defendendo ele! – Hayley gritou de volta. – Estou usando a cabeça, algo que você deveria fazer de vez em quando! – Hayley praticamente cuspiu as palavras. Ela estava com muita raiva. - Acha que eu não sei que Nico me usou para conseguir informações? Eu só estou tentando acha-lo por causa que ele é crucial para a missão contra Gaia e tem uma irmã que o ama procurando-o. Eu sei o que ela está passando, então nem tente me impedir de ajuda-la! – A voz de Hayley ficou mais alta e consegui ouvir seus passos perto da porta. Corri para a saída quando notei que a porta estava se abrindo e quando Hayley chegou na porta, eu agi como se eu nunca tivesse escutado nada do que ouvi e segui ela e Hazel pelas ruas de Atlanta.

Porém uma coisa não saía da minha cabeça.

Hayley conhece Nico.

E eu tenho pena dele quando ela o achar.


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Notas finais do capítulo

Oh yeah! Teresa Palmer as Annabeth Chase!
Me contem o que acharam do Freddie nos reviews!! Eu irei responder todos, juro solenimente pelo rio Estige!
Até o próximo...



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