Liga da Justiça - The Kids escrita por Araimi


Capítulo 13
Capítulo 13




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– Você disse que nunca tinha jogado boliche antes.

Diana riu do comentário mau humorado de Matt, que observava incrédulo enquanto a bola dela derrubava todos os pinos.

Ela encolheu os ombros, voltando ao seu lugar ao lado dele.

– Eu disse que aprendo rápido.

Esse era o primeiro encontro oficial deles, ela poderia chamar assim, e os dois estavam adorando.

– Minha vez.

Matt levantou-se, pegou uma bola e fez todo um ritual que fez Diana gargalhar antes de jogar a bola. Ele também conseguiu derrubar todos os pinos e ele levantou as mãos fechadas em punhos ao ar.

– Isso!

Ele virou-se sorridente para Diana e ela se surpreendeu quando seu coração acelerou ao vê-lo sorrindo para ela. Matt caminhava em sua direção, com uma determinação que parecia que ele a pegaria em seus braços e a beijaria ali mesmo, mas foi impedido por um rapaz loiro que chamou por ele:

– Matt?

Matt virou-se para o rapaz e sorriu, os dois se abraçaram.

– Mike. – Matt disse. – Como vai, cara?

– Vou bem. – O rapaz virou-se para Diana, olhando-a de cima a baixo e sorriu para Matt. – Você então, hein?

Matt riu, colocando as mãos nos bolsos da calça.

– Essa é a Diana. – Ele disse. – Diana, esse é o Mike, meu irmão mais novo.

Ela sorriu para Mike, por isso eram tão parecidos.

– Oi. – Ela disse.

– E aí?

Mike voltou sua atenção novamente para Matt.

– Então, vamos jogar? Você e Diana contra eu e a minha namorada.

– A Spencer? – Matt perguntou. – Onde ela está?

Mike riu, balançando a cabeça.

– Sei lá, terminei com ela. Estou com a Mary.

Matt riu e olhou para Diana.

– Tudo bem por você?

Ela assentiu.

– Tudo ótimo, vamos ganhar mesmo.

Mike olhou para ela e depois para o irmão e riu.

– Essa eu tô pagando pra ver.

–***-***-***-

John andava de um lado para o outro na sala de seu apartamento, suas mãos apertavam umas as outras furiosamente, ele estava nervoso, e muito, mas isso precisava ser feito. Vixen iria voltar naquele dia de sua viajem de uma semana por causa dos desfiles e era nesse dia que ele iria terminar com ela para que pudesse finalmente viver em paz com Shayera.

A porta se abriu e ele parou estático em um lugar, observando Mari entrar com suas malas. Ela levantou os olhos e sorriu quando o viu, largando a mala que tentava trazer para dentro na porta e caminhando em direção a ele.

– Oi, amor.

Ela passou os braços pelo pescoço dele e quando se inclinou para beijá-lo, John afastou-a delicadamente. Ela olhou-o preocupada.

– Tudo bem, querido?

Ele passou a mão por sua cabeça, tentando achar uma maneira de dizer aquilo.

– Mari, eu...

Ela fitava-o insistentemente.

– Você... – Ela tentou estimulá-lo a continuar, mas isso o deixava ainda mais nervoso. – Algum problema, John? Você pode me falar qualquer coisa, meu amor.

Sua mão fazia um caminho pelo braço de John, descendo e subindo. Ele se afastou, acabando com qualquer contato físico que tinham.

– Eu quero terminar com você. – Ele disse por fim.

Vixen prendeu o ar nos pulmões e encarou-o por um momento, não querendo acreditar no que havia escutado, mas ela tinha que ser sincera consigo mesma, ela nunca se sentiu segura com Shayera por perto, mesmo com John assegurando-lhe que queria ficar com ela, mas desde que aqueles jovens apareceram, ela só esperava por aquele momento. Mesmo assim, era tão difícil de acreditar, ela queria que não fosse verdade, que fosse só uma brincadeira de muito mau gosto.

– Mari? – John perguntou, preocupado com ela.

Ela puxou o ar novamente e desviou seus olhos dos dele para o carpete creme. Ela passou as mãos pelos cabelos e, ainda olhando para o chão, perguntou:

– É por causa dela?

John sabia quem era ela e não queria que Vixen ficasse com raiva de Shayera, ele era o culpado por toda a confusão, não Shayera, nem mesmo Mari.

– Mari, por favor...

Ela levantou o rosto, colocando as mãos na cintura.

– John, por favor, eu não sou a vadia que todo pensa que eu sou. Eu só quero que você me diga a verdade, é por causa dela? Da Shayera?

Agora foi a vez dele olhar para o chão, envergonhado com sua atitude.

– Sim.

Ela deu um riso sem humor.

– Tudo bem. Ok.

Ele esperava que ela gritasse agora, esperneasse, dissesse que não iria abrir mão dele, mas talvez ele tenha se superestimado, por que Vixen simplesmente caminhou até a porta, pegou sua mala e saiu de seu apartamento e de sua vida.

–***-***-***-

Selina balançava levemente o bebê de quase um mês em seus braços, ela fazia caretas e sons com a boca, buscando sempre fazer com que a menininha sorrisse, as vezes ela conseguia.

– Srta. Kyle.

Selina ergueu a cabeça, olhando para Alfred, que trazia suas malas e as do bebê. Ela sorriu docilmente para ele e disse:

– Obrigada, Alfred. Pode colocar no carro?

Ele assentiu e ela voltou sua atenção para sua filha novamente.

– Srta. Kyle.

– Sim, Alfred? – Ela disse, sem olhar para ele.

– Tem certeza de que não quer falar com o Sr. Wayne.

Ela olhou-o nos olhos e negou.

– É melhor não.

– Temo que isso não será possível.

Selina lhe lançou um olhar interrogativo e nesse mesmo instante a porta se abriu e um Bruce sorridente adentrou a mansão Wayne. Seu sorriso morreu quando viu as malas nas mãos de seu mordomo. Selina o fitava com um pouco de arrependimento.

– O que está acontecendo? – Bruce perguntou, olhando de Selina para Alfred.

– Alfred. – Disse Selina. – Pode levar as malas para o táxi?

Alfred assentiu e saiu da casa, Bruce o observou e depois voltou sua atenção a Selina.

– O que você está fazendo? – Ele perguntou.

Ela encolheu os ombros.

– Voltando para casa.

Bruce pareceu chocado.

– O que?

– Ora, Bruce, eu e Helena já estamos bem. Podemos ficar sozinhas, não há necessidade de ficarmos aqui.

Bruce ainda parecia chocado.

– Essa é a sua casa agora, Sissy.

Alfred entrou novamente, caminhou até Selina e estendeu os braços; ela entrou Helena para ele. Eles esperaram até o mordomo sair para retomarem a conversa, Selina cruzou os braços sobre o peito e fitou Bruce, esperando que ele começasse a falar.

– Você não vai a lugar nenhum. – Ele disse, firme.

Selina revirou os olhos.

– Ah, eu vou sim. – Ela disse. – Bruce, por favor, eu não vou me mudar para outro planeta com a Helena, nós só vamos voltar para o meu apartamento, é aqui em Gothan.

Bruce passou os dedos pelos cabelos negros.

– Achei que tivéssemos feito um acordo.

– Eu também achei isso. – Ela soltou uma risada. – Acho que discordamos de qual é o acordo. – Ela olhou para os pés e depois voltou a fita-lo. - Você pode ver a Helena sempre que quiser. – Levantou uma das mãos. – Tchau.

– O que eu posso fazer... – Ele fez com que ela voltasse ao seu lugar, seus olhos nos de Bruce. - ... Para que você fique?

Bruce não esperou que ela respondesse, caminhou rapidamente até ficar há apenas alguns centímetros de distância dela e se ajoelhou.

– O que você está fazendo? – Ela perguntou.

– Eu não tenho um anel...

– Bruce...

– Mas eu vou te dar um. O que você quiser. Casa comigo?

Bruce olhava diretamente para ela, mas Selina fazia de tudo para não olhá-lo nos olhos, mas acabou não conseguindo. Ele se assustou um pouco quando a olhou nos olhos, estavam marejados, com medo, como se ela estivesse acuada.

– Eu posso te fazer feliz. – Ele dizia. – Eu faço qualquer coisa por você.

Selina olhou para o teto e soltou uma gargalhada rápida e leve.

– Seria um sonho, não? – Ela disse, olhando a mansão ao seu redor. – Você, eu e Helena, vivendo na sua mansão linda. – Selina limpou uma lágrima teimosa com os dedos, sem fitar Bruce nos olhos. – Mas isso não pode acontecer, não vai. Não é real. – Bruce levantou-se, disposto a argumentar a favor da relação nada simples que eles tinham, mas Selina o silenciou com um único olhar. – Acorde, Bruce. Nós não somos como os seus amigos. Você é o super-herói e eu sou a vilã. Você já se esqueceu disso?

Bruce detestava quando eles falavam dela, o auter-ego de Selina, Mulher Gato.

– Ela não tem nada a ver com a gente. – Ele disse, tentando permanecer calmo.

– Como não tem. – Já Selina não fez a menor questão de esconder a irritação. – Ela sou eu como eu sou ela.

– Ela não é você...

Bruce levantou a mão, com a intenção de tocar o braço da mulher a sua frente, mas Selina recuou alguns passos e caminhou para longe dele.

– Bruce, eu tenho uma doença. Eu não sei o que acontece quando ela está aqui, mas eu sinto. Eu preciso que você ame a nós duas, porque ela é parte de mim e se você só ama uma parte, então não é de verdade. Eu preciso de liberdade e você não vai me dar isso. Eu não posso ficar aqui... – Ela passou as mãos pelos cabelos e deixou-a sobre os lábios. Bruce observava ela caminhar de um lado para o outro, tentando achar as palavras certas para explicar como ela se sentia, mas isso era sempre muito difícil. Ela parou. – Dupla personalidade é uma droga! Eu não sei quando começou, mas eu sei que não vai acabar. – Ela olhou diretamente para ele. – Você tem me aceitar como eu sou, porque, se você não fizer isso, eu nunca vou me sentir segura com você. É isso o que você tem que fazer: Me ame, em todas as minhas formas.

Bruce deu um passo em sua direção, incapaz de dizer qualquer coisa. Selina olhou para ele mais uma vez, seu olhar contendo tudo o que ela nunca conseguiu dizer, e praticamente correu para fora da mansão.


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